Continuar a promover, incentivar e exibir filmes de terror produzidos em Portugal é um dos objetivos do MOTELX, que regressa a Lisboa entre os dias 2 e 13 de setembro. Nesta missão de apoiar a produção cinematográfica portuguesa, a Misericórdia de Lisboa assume-se como principal aliada. Pela primeira vez com o apoio da Santa Casa, o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa 2021 vai atribuir um valor monetário de cinco mil euros à película vencedora, nesta que é também uma aposta na revelação de novos talentos do emergente cinema de terror nacional.
Para este que será um dos momentos altos da 15ª edição do festival de cinema de terror, a organização contabilizou cerca de 80 curtas submetidas, mas apenas 12 foram selecionadas para disputarem o prémio mais importante do MOTELX. Estes 12 filmes estarão também em competição para o Méliès D’Argent – Melhor Curta Europeia, juntamente com mais 11 curtas de realizadores europeus.
O MOTELX é já um habitué do programa cultural da cidade de Lisboa, que traz até às salas da capital o que de melhor se faz no cinema de terror. Segundo a organização do certame, a produção e o sucesso deste género “tem vindo a aumentar”, assim como a adesão do público a este evento. A associação da Misericórdia de Lisboa à iniciativa surge com o propósito de apoiar a cultura e os seus agentes, mas, sobretudo, com o intuito de impulsionar o talento de jovens cineastas portugueses e permitir que o seu trabalho seja reconhecido dentro e fora de portas.
O terror instalado no Largo
Se entre os dias 2 e 4 de setembro vir cenas de terror projetadas nos muros da Biblioteca de Alcântara, em fachadas de prédios do Cais do Sodré ou nas paredes que formam o Largo Trindade Coelho, não será de estranhar. A julgar pelo sucesso das edições anteriores, prevê-se um warm-up com muitas pessoas a deambularem pelas ruas de Lisboa, fãs de cinema de terror que querem marcar presença nestas iniciativas únicas – e de entrada livre -, que acontecem antes do arranque oficial da 15ª edição do festival.
Em 2021, a cultura volta a sair à rua. Com a cumplicidade da Santa Casa, o Largo Trindade Coelho recebe uma sessão de cinema ao ar livre no sábado anterior ao início do MOTELX, uma tradição que se mantém desde 2018. No dia 4 de setembro, às 21h30, será exibido um clássico do cinema de terror, nesta que é a forma encontrada pelo MOTELX para marcar a rentrée cultural.
Mas o arranque oficial das sessões de warm-up do festival acontece dois dias antes, a 2 de setembro, na Biblioteca de Alcântara. A partir das 21h30 estará em exibição “Rapsodo”, um espetáculo que promete levar o público a viajar pelo universo do terror e do fantástico, através do storytelling de Maria João Luís, José Anjos, Miguel Borges e Vítor Alves da Silva, e do cosmo sonoro de NOISERV.
Já no Cais do Sodré, a encenação pictórica de Edgar Pêra, “Vizões do Ego”, estará pela Travessa de São Paulo, entre os dias 3 de setembro e 3 de outubro, das 19h00 às 00h00. Ao longo deste mês, o público poderá assistir à primeira incursão de Edgar Pêra no mundo da pintura, feita através das lentes do teatro expressionista e do cinema fantástico.
De 7 a 13 de setembro, o terror passa da rua para uma das salas mais emblemáticas de Lisboa: o Cinema São Jorge, morada cativa do certame. Durante sete dias serão exibidos mais de 70 filmes, com um cartaz composto por obras para todo o tipo de públicos.