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Terceira conferência da ESSAlcoitão teve como mote a Inteligência Artificial

Decorreu, nesta quarta-feira, no auditório do Centro de Medicina de Reabilitação do Campus de Alcoitão, a terceira conferência do ciclo de conferências “Outros Saberes”. Tendo como orador convidado o professor doutor José Júlio Alferes, diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, o assunto não podia ser mais atual: “A Inteligência Artificial no Ensino e na Investigação”.

A sessão foi presidida pela provedora da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, e comentada por João Sàágua, reitor da Universidade NOVA de Lisboa.

Na sua intervenção, o professor José Júlio Alferes começou por explicar o objetivo da Inteligência Artificial, tendo em conta as suas inúmeras definições. Assim, e antes de tudo, a IA pretende “desenvolver sistemas que exibem comportamento inteligente, e que sejam capazes de aprender. Um sistema de IA, a partir objetivos complexos, decide e age no mundo físico ou digital, possivelmente de forma autónoma, observando o ambiente que o rodeia, aprendendo e raciocinando sobre o conhecimento que detém (aprendido por ele, ou dado à partida)”.

A partir desta definição, o orador convidado desta terceira conferência da ESSA explorou a área científica da IA, através das várias formas de aprendizagem (Machine Learning, Supervised Learning, Deep Learning, entre outras) e demorou-se no ChatGPT, “o último grande responsável pelo aparecimento da IA nos media”, como lhe chamou.

A terminar, José Júlio Alferes deixou alguns alertas para o futuro sobre a o papel que a IA desempenhará no mundo, nomeadamente “a desvalorização de competências humanas, a diminuição de responsabilização e a perda de individualidade, privacidade e controlo”. Para o professor, a IA é um fator de divisão: “os sistemas são caros e consumem enormes recursos; quem não os tiver” arrisca-se a ficar para trás. Haverá também uma “mudança no mundo do trabalho e relações laborais”, acrescentou.

Ciclo de Conferências ESSA

A provedora Ana Jorge, na sua intervenção de boas vindas, lembrou as várias parcerias com a Universidade Nova, destacando a criação recente de um centro académico e clínico dedicado à investigação e ao conhecimento, que incluem a Escola Superior de Saúde do Alcoitão e o hospital de Sant’Ana.

ESSAlcoitão tem novos cursos com direito a atribuição de bolsa de estudo a 100%

A ESSAlcoitão vai abrir novas formações, no próximo ano letivo, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Os novos cursos de média e curta duração destinam-se, sobretudo, a profissionais de saúde que queiram aprofundar conhecimentos, uma vez que os programas educativos preveem formações técnicas e de competências transversais para profissionais de saúde não médicos. Os cursos de literacia em saúde, disponíveis também para não profissionais da saúde como cuidadores informais, são constituídos por programas de curta duração dirigidos a participantes que procuram desenvolver as suas competências técnicas com vista à melhoria das suas atividades diárias com a população infantil e idosa.

As formações receberão financiamento através do programa “Impulso Adulto”, que resulta de fundos do PRR, que tem o objetivo de aumentar o número de formados nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Segundo Jorge Torgal, diretor da ESSAlcoitão, a escola superior de saúde da Santa Casa tem previstos e organizados 36 cursos, num plano curricular que poderá sofrer alterações, anualmente.

“Neste momento temos 30 cursos já preparados e seis que ficarão definidos até setembro. No segundo ano, provavelmente, teremos diferentes. Os novos conhecimentos que vão chegando, quer nas práticas quer nas tecnologias, permitem que durante quatro anos existam atualizações. Nós entendemos que é importante dar aos profissionais que trabalham o acesso a essas novas tecnologias, a esses novos conhecimentos. Anualmente faremos a revisão e atualização do nosso programa de ensino”, explica Jorge Torgal.

A ESSAlcoitão tem já no seu site oito cursos PRR disponíveis para inscrição:

Observações estruturadas da Integração Sensório-Motora (SOSI-M) e as observações exaustivas da proprioceção (COP-R)

Pós-graduação “O Brincar”

Medicamentos e Dispositivos – Segurança e Gestão de Risco de Medicamentos e Dispositivos Médicos na Prática Clínica

Desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo de crianças em idade escolar no 1º ciclo – sinais de alerta e prevenção de distúrbios

Instrumentação – Módulo 3: Cirurgia Reconstrutiva da Mama

Desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo de crianças durante a primeira infância – Sinais de alerta e prevenção de distúrbios

Demência – Construção de interações significativas

Imagiologia: Curso avançado de angiografia por Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética

 

Formação com direito a atribuição de bolsa de estudo a 100%

Durante quatro anos, a ESSAlcoitão prevê formar 2210 alunos através dos cursos PRR. Mas esse é apenas um entre vários objetivos. O PRR pretende permitir o acesso à formação a quem normalmente não tem, sem que a situação financeira do aluno seja um empecilho no acesso ao ensino superior.

Dos cerca de dois milhões e 600 mil euros provenientes dos fundos do PRR, a ESSAlcoitão irá alocar mais de 60% desse orçamento no financiamento de bolsas de estudo. A bolsa de incentivo no valor total da propina estará à disposição dos alunos que frequentem cursos de formação técnica, transversal ou de literacia em saúde, independentemente de o curso ser de curta ou média duração.

“O dinheiro que nós recebemos do PRR são verbas que serão utilizadas na aquisição de um conjunto de equipamentos para investigação e o restante para a formação, que será utilizado para o pagamento de professores e funcionários e para o financiamento das propinas dos alunos. O aluno paga a sua inscrição e a propina, mas, caso no final da formação o aluno tenha aproveitamento, a propina é-lhe integralmente devolvida. Além disso, para cursos com propinas mais elevadas, também prevemos o pagamento faseado das propinas. O PRR prevê precisamente isso, de permitir o acesso ao ensino a toda a gente”, explica Jorge Torgal.

Toda a informação sobre os cursos PRR da ESSAlcoitão está disponível, aqui.

 

Um trabalho de equipa

Consciente do seu foco (reabilitação física) e da necessidade de integrar parceiros de outras áreas de especialização, como a enfermagem e as tecnologias da saúde, a ESSAlcoitão convidou várias escolas de enfermagem de Lisboa com as mesmas visões e objetivos, para fazerem parte deste projeto. Os cursos PRR, sob a liderança e coordenação da ESSAlcoitão, contam com o apoio da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL), a Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa-Lisboa (ESSCVP-Lisboa) e a Egas Moniz – Cooperativa de Ensino Superior, C.R.L, entidades que contribuirão para a prossecução das metas estabelecidas.

Estas escolas constituem-se como elementos fundamentais para a definição dos cursos e para a identificação do pessoal docente mais adequado a cada desafio. Além disso, estes copromotores estão empenhados em aprofundar o trabalho de equipa previsto no âmbito deste consórcio, sabendo que também lhes permitirá inovar nas metodologias de ensino e expandir os seus programas formativos para além da sua atual oferta.

Os programas oferecidos no âmbito dos cursos PRR pretendem responder a necessidades expressas pelos profissionais de saúde, nomeadamente no que diz respeito à adaptação às mudanças do papel profissional e à atualização das novas técnicas e tecnologias utilizadas nas respetivas áreas de trabalho. A fim de garantir que os programas formativos respondem às necessidades atuais e futuras e que sejam executados de forma a maximizar o desempenho profissional dos participantes, a ESSAlcoitão estabeleceu parcerias a LHEA – Lifelong Health Education Association, CUF e a Associação Nacional das Farmácias (ANF).

A LHEA é representada comercialmente através da sua marca AHED – Advanced Health Education, e dedica-se a fornecer soluções de formação ao longo da vida dirigidas a profissionais experientes, através de programas práticos de pós-graduação de curta duração, baseados em recursos Dry e Wet Lab. O papel da LHEA no projeto passa por desenvolver, planear, promover e fornecer à ESSAlcoitão serviços educacionais no âmbito desta iniciativa.

No caso da CUF, um dos maiores grupos de prestadores de cuidados de saúde em Portugal, terá um papel no design e no desenvolvimento dos programas formativos, identificando especialistas com a experiência clínica mais relevante para serem considerados como pessoal docente, disseminando entre os seus funcionários a oferta formativa de forma a atrair participantes.

Já a ANF, uma associação privada que representa 97% das farmácias portuguesas, será um elemento fundamental na elaboração de programas formativos dedicados a farmacêuticos, identificando especialistas com experiência relevante para integrarem o corpo docente, ao mesmo tempo que difunde entre os seus associados a oferta formativa para atrair participantes aos cursos.

Santa Casa promove oferta formativa na Futurália 2022

A Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão) e o Centro de Educação e Formação Profissional da Aldeia de Santa Isabel, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, estiveram representados na 13º edição da Futurália – Feira de Oferta Educativa, Formação e Empregabilidade, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa, de 30 de março a 2 de abril.

A captação de novos alunos foi o principal objetivo da presença destas duas entidades de ensino da Santa Casa, que, em espaços de exposição próprios (stands), convidaram os visitantes Futurália a conhecer, mais de perto, as respetivas ofertas formativas.

A Futurália é visitada todos os anos por milhares de estudantes, professores e famílias. “Como (posso) construir um futuro sustentável?” foi o tema escolhido para a edição de 2022, que pretendeu apresentar um debate aberto, centrado na sustentabilidade, com foco nas alterações climáticas, nos oceanos e na transição energética.

O programa incluiu dezenas de atividades, como visitas de estudo, conferências, workshops, talks, mesas redondas e uma “talking point” para promover uma conversa entre empresas e estudantes.

O desporto teve igualmente destaque na edição deste ano, nomeadamente no Pavilhão 2, onde várias federações desportivas nacionais -algumas delas apoiadas pelos Jogos Santa Casa-, proporcionaram aos visitantes um primeiro contacto com cada uma das modalidades ali representadas.

Futurália ESSA

Testemunhos de visitantes dos stands da ESSAlcoitão e da Aldeia de Sta. Isabel

A ESSAlcoitão disponibiliza, atualmente, três licenciaturas: Fisioterapia, Terapia da fala e Terapia ocupacional, além de um leque de várias pós-graduações, mestrados e formações contínuas. A escola superior de saúde da Santa Casa continua a ser das que, a nível nacional, apresenta das melhores taxas de empregabilidade do mercado.

António é aluno do 12º ano na Escola Secundária Vergílio Ferreira, em Telheiras, Lisboa. Filho de médicos, já decidiu que é na área da saúde que reside o seu futuro. “Eu já conhecia a escola, tenho uma prima que tirou lá o curso de Fisioterapia e sempre me disse que a ESSAlcoitão era uma referência. Como gosto da área da saúde, estou a pensar se, para o ano, ingresso na escola”, referiu o estudante em entrevista no local.

Para António, a Futurália é uma oportunidade para “clarificar dúvidas que temos e que os nossos pais ou amigos não nos conseguem esclarecer”, realçou o jovem que classificou, ainda, este certame como “o local certo para conhecer o programa Erasmus”.

Beatriz, aluna finalista da Escola Secundária Gago Coutinho, em Alverca, foi outra de centenas de jovens que passaram no stand da ESSAlcoitão, com a curiosidade de perceber melhor os cursos que a escola oferece.

“Quem gosta da área da fisioterapia, já ouviu falar da ESSAlcoitão de certeza”, comentou a jovem, acrescentando que “o futuro ainda não está decidido, mas a Futurália serve mesmo para isso, para reduzirmos as nossas opções”.

Já no stand da Aldeia de Santa Isabel, no Pavilhão 2, os alunos tomaram conhecimento dos cursos de nível I e nível II, disponibilizados pelo Centro de Educação e Formação Profissional desta aldeia, situada em Albarraque, nomeadamente os que têm habitualmente mais saída profissional: cabeleireiro e mecânica.

Carolina, 18 anos, residente na linha de Cascais, foi uma das jovens que visitou o espaço, motivada pela curiosidade em “conhecer os cursos de nível II”. Depois de uma breve explicação, mostrou-se interessada em alguns cursos e prometeu candidatar-se. “Gostei de vários cursos. Não me importava de seguir alguns cursos. Acho que o de cabeleireira é o ideal para mim”, concluiu.

Das cadeiras da Escola Superior de Saúde do Alcoitão para um lugar de sonho

O sonho de António esteve sempre presente nas suas escolhas. Surfista amador e apaixonado por desporto no geral, desde tenra idade que sabia que o caminho que seguiria profissionalmente estaria relacionado com esta área. “Mal acabei os estudos do secundário, sabia que iria seguir algo ligado ao desporto. Felizmente tinha média para entrar tanto em engenharia biomédica, como em fisioterapia”, recorda.

Após a fase de candidaturas ao ensino superior, António ingressou na Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão), em 2009, tendo aí concluído a licenciatura de fisioterapia, em 2013. Sobre os seus tempos de estudante, não tem dúvidas: “Foram os melhores anos da minha vida”.

“A escolha foi muito fácil. Quando conheci a escola fiquei encantado. Pela dimensão da escola e pelo facto de que aqui somos uma família, todos se conhecem, e os professores estão sempre prontos a ajudar no que for necessário”, afirma o terapeuta.

Durante os quatros anos de curso, a paixão pelo desporto prevaleceu sempre. “Recordo-me que quando entrei na escola, até quase ao final do meu segundo ano, era aquele aluno da primeira fila. Com o passar dos anos fui andando para trás na sala, mas havia algumas aulas mais ligadas à vertente desportiva, como as aulas de músculo-esquelética, que eu seguia com enorme entusiasmo”, realça António.

Em 2013, o seu percurso estava traçado. Primeiro um estágio proporcionado pela ESSAlcoitão, à semelhança do que a escola faz com todos os seus alunos, na clínica da Fisioforma, que lhe abriu as portas do Rugby do Belenenses. Daí ao clube da Luz foi um salto.

“Felizmente tive a sorte de ter tido boas referências na profissão. Aliado ao que tinha aprendido na ESSAlcoitão, o meu percurso foi-se construindo de uma forma natural”, diz o fisioterapeuta sorridente.

Em 2016, António recebe um telefonema inesperado de um colega de profissão, com uma pergunta para a qual tinha já uma resposta em mente, ainda antes de a revelar. “Recebo um telefonema de um colega a questionar-me se tinha interesse em ir para o Benfica. Escusado será dizer que a resposta foi positiva, logo no segundo seguinte”, lembra o jovem.

Assim iniciava António Loio um novo percurso, agora no Sport Lisboa e Benfica. Depois de selecionado, é convidado a integrar a equipa multidisciplinar de preparação dos sub-16, seguindo a mesma formação de jogadores até aos sub-19. Entretanto, passa pelo basquetebol dos encarnados e, recentemente, é convidado a integrar a equipa de fisioterapeutas da equipa B de futebol do clube da Luz.

“Tive a oportunidade de ver evoluir e privar de perto com alguns dos maiores nomes do nosso futebol. Para mim é um motivo de satisfação poder estar ao lado destes jogadores, acompanhar a sua evolução e saber que por momentos também faço parte do seu sucesso”, conta António.

No seu dia a dia profissional, o jovem fisioterapeuta coloca em prática tudo o que aprendeu na ESSAlcoitão, realçando que “as pessoas não têm noção de que os jogadores têm de ser monitorizados constantemente”, e de que “o nosso papel é, acima de tudo, precaver lesões e preparar os jogadores para estarem no pico das suas potencialidades. Para nós o trabalho está bem feito quando eles (jogadores) não têm lesões”, destaca.

Defensor acérrimo da constituição da Ordem dos Fisioterapeutas, algo que só foi conseguido em 2019, António acredita que os fisioterapeutas portugueses são “dos melhores que existem mundialmente” e não tem dúvidas de que a “ESSAlcoitão forma os melhores fisioterapeutas nacionais”.

“A Ordem traz sobretudo um papel fundamental, que é consolidar a confiança dos cidadãos nos fisioterapeutas e valorizar a relevância da intervenção dos fisioterapeutas, nomeadamente, tornando o acesso à fisioterapia mais fácil e mais seguro”, realça ainda.

António Loio acredita que o futuro da profissão passa pela “união” dos profissionais, sendo “necessário continuar a apostar na formação e na qualificação dos futuros profissionais, tal como a ESSAlcoitão tem vindo a fazer desde a sua criação, até aos dias de hoje”, concluiu o fisioterapeuta.

De aluna a professora: o percurso de uma terapeuta da fala formada na ESSAlcoitão

A fala é o transporte de excelência na transmissão da cultura, das memórias e das vontades. Sem ela, somos meros espetadores visuais de tudo o que nos rodeia. É uma das melhores ferramentas que temos para conhecer o mundo e interagir com ele.

Foi esta ideia que fascinou Jaqueline Carmona a enveredar por um futuro na área, já depois de ter concluído uma licenciatura em Linguísticas, no final do milénio, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.

Filha de pais portugueses, nasceu em terras germânicas, viveu alguns anos na Suíça e acabou por vir, mais tarde, com os pais para Portugal, para se estabelecerem no centro do país, na Figueira da Foz.

“Depois de concluir os meus estudos na Figueira, sabia que o meu futuro seria em Lisboa”, conta. E assim foi. No verão de 94, rumou à capital para ingressar no curso de Linguísticas.

“Foi uma mudança natural. Na altura que ingressei no curso (Linguísticas) era este o percurso que imaginava que iria seguir, mas o futuro prega-nos partidas”, comenta a atual professora de terapia da fala da ESSAlcoitão.

Foi durante a sua passagem pela Universidade Nova de Lisboa que Jaqueline viria a descobrir a sua atual paixão, a terapia da fala. Desde cedo que tomou gosto pela área que, na altura, era apenas “algo desconhecido e que poucas pessoas sabiam o que era”.

“Durante o curso de Linguística, uma das professoras que também dava aulas na Escola Superior de Saúde do Alcoitão falou-nos sobre a licenciatura em terapia da fala. A minha primeira reação foi: “O que é isso?”. Mas desde aí que o fascínio ficou”, revela.

Os dados estavam lançados para uma futura aposta. Nesse mesmo dia, Jaqueline falou aos pais na possibilidade de concorrer à licenciatura em Terapia da Fala, na Escola Superior de Saúde do Alcoitão. A resposta foi imediata e sem grande surpresa: “Mal falei aos meus pais que estava a pensar concorrer a Terapia da Fala, eles automaticamente disseram que não. Não por não acreditarem na área, mas queriam que eu terminasse primeiro o (curso) de Linguística”.

Assim foi. Depois de concluir o curso na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Jacqueline candidatou-se a uma das vagas ao bacharelato em Terapia da Fala, posteriormente reconhecido como licenciatura pós-Bolonha, na ESSAlcoitão, com uma amiga. “Inscrevemo-nos. Eu entrei e ela não. Foi muito aborrecido”, relembra.

Reportagem_ESSA

Terapia da fala: Uma carreira que nasceu de uma paixão inesperada

Jaqueline Carmona até pode não ter sonhado com uma carreira como terapeuta da fala desde tenra idade, mas a área acabou por conquistá-la definitivamente e construiu uma carreira reconhecida. Desde a formação de futuros terapeutas até ao aconselhamento que dá numa vertente clínica.

O encantamento pela profissão começou justamente quando chegou a Alcoitão e percebeu que a possibilidade de ensinar se juntava à de tentar dar “o devido reconhecimento que a Terapia da Fala devia ter”.

“Este curso não tem a visibilidade que deveria ter, mas é uma área muito nobre que vai da neonatologia até à velhice”, afirma a terapeuta de 46 anos.

Jaqueline entra na Terapia da Fala no ano letivo de 2000/2001. Durante o curso dedica-se à área da disfemia, comumente conhecida como gagueira ou gaguez, e no final da sua formação o convite que tanto ansiava chegou.

“Eu já sabia que era isto que queria fazer, era uma área que me enchia profissionalmente e logo depois de terminar a licenciatura sou convidada para lecionar Linguística Clínica na escola, em 2004”, recorda sorridente a professora.

Desde então, já são mais de 15 anos a formar futuros profissionais reconhecidos internacionalmente “como os melhores”, vários convites para colóquios e jornadas dedicadas ao tema da terapia da fala e uma colaboração no livro “Sentidos”, do autor Nuno Lobo Antunes. Uma obra que é, para muitos, uma das bíblias para pais e profissionais sobre as perturbações do desenvolvimento das crianças, como o autismo, a hiperatividade ou a dislexia.

Reportagem_ESSA

ESSAlcoitão com candidaturas abertas para os cursos de licenciatura

Reconhecida internacionalmente como um exemplo de ensino de excelência na área da saúde em Portugal, a Escola Superior de Saúde do Alcoitão, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, já se encontra a preparar o ano letivo 2021/2022.

As candidaturas às três licenciaturas da escola – Fisioterapia, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional, já estão disponíveis na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, cujos resultados serão conhecidos a 25 de agosto.

Para o próximo ano letivo, a ESSAlcoitão disponibiliza 50 vagas para o curso de Fisioterapia, 30 para Terapia Ocupacional e 30 lugares para a licenciatura em Terapia da Fala.

É também possível concorrer às bolsas de estudo, oferecidas pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa à Escola Superior de Saúde do Alcoitão, para os cursos do primeiro ciclo. O apoio concedido é uma prestação pecuniária de valor fixo anual, atribuída através de isenção de propina e de outros emolumentos, até ao valor total de 5000 mil euros.

As candidaturas podem ser feitas online, através do site da ESSAlcoitão. Nesta mesma página é possível ter acesso a toda a informação sobre os cursos disponíveis, propinas e condições de acesso.

ESSAlcoitão celebra 55 anos

Com mais de cinco décadas de existência, a Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAalcoitão) tem como missão promover o aprofundamento e a difusão do conhecimento em prol da melhoria do nível de saúde e bem-estar da população. Muitos dos fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e da fala começaram os seus estudos aqui.

A ESSAlcoitão é um estabelecimento de ensino superior pioneiro e de referência nas suas áreas de atividade formativa: Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da Fala. Além destas licenciaturas, disponibiliza mestrados, pós-graduações e ações de educação e de formação contínua, quer nessas áreas de especialidade, quer no âmbito do trabalho social. Outras áreas de aposta formativa são por exemplo a estimulação sensorial das crianças ou a fisioterapia no período pós-natal.

O seu ensino pauta-se por elevados padrões de qualidade e por um equilíbrio entre as componentes teórica e prática, desde o primeiro ano dos cursos, com ligação direta ao Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Integra mais de 500 alunos e possui um corpo docente com cerca de 100 académicos, e profissionais de saúde, entre os mais qualificados a nível nacional. A ESSAlcoitão resultou da conversão, em 1994, da Escola de Reabilitação (ERA), criada em 1966, a qual deu continuidade aos cursos de formação, no domínio da reabilitação que surgiram em Portugal em 1957.

Ao longo dos anos, tem mantido uma forte componente de internacionalização, através da filiação nas redes europeias de escolas superiores de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, da Carta Universitária Erasmus e da participação ativa em consórcios no desenvolvimento de projetos académicos-científicos.

Numa aposta na educação, a Santa Casa disponibiliza, ainda, anualmente 30 bolsas de estudo à ESSAlcoitão para os cursos do primeiro ciclo, contribuindo também para reduzir o número de estudantes que abandonam a sua formação por incapacidade financeira das famílias.

Terapeutas debatem causas e tratamentos de perturbações sensoriais nas crianças

A iniciativa, que decorreu num formato totalmente online, devido à pandemia de Covid-19, encontra-se inserida na comemoração do primeiro centenário do nascimento de Anna Jean Ayres, terapeuta ocupacional americana, considerada como a pioneira da teoria da Integração Sensorial.

Durante dois dias, a ESSA juntou terapeutas ocupacionais, pedopsiquiatras, educadores e professores, que debateram causas e métodos de intervenção das perturbações sensoriais que podem provocar comportamentos e impulsos descontrolados nas crianças e interferir no seu desenvolvimento global.

Na conferência plenária “O futuro das perturbações regulatórias”, que deu início a estas jornadas, o pedopsiquiatra Pedro Caldeira da Silva salientou que “o processo de tratamento de uma criança com problemas regulatórios deve ser sempre feito em harmonia com a família”. É essencial que “os procedimentos sejam enquadrados a cada criança e não generalizados, porque cada criança têm a sua própria necessidade”, reforçou.

Para o diretor de pedopsiquiatria do Hospital D. Estefânia, a grande maioria dos diagnósticos que os especialistas fazem “estão errados”, considerando que “a melhor ferramenta para um diagnóstico o mais fiável possível é a prática clínica”.

“A questão da validade dos diagnósticos nas perturbações regulatórios do processamento sensorial é bastante complexa, porque muitas das vezes os profissionais têm de perceber se o problema é mesmo uma perturbação ou se é apenas um conjunto de sintomas”, frisou ainda Pedro Caldeira da Silva.

II Jornadas de Intervenção Sensorial

Apresentar e debater resultados de projetos de investigação na área de integração sensorial, incrementar a divulgação dos trabalhos realizados no âmbito do mestrado em Terapia Ocupacional da ESSA, o processamento sensorial e severidade do autismo e o processamento sensorial e a participação ocupacional em pessoas cegas adultas, foram algumas das questões que preencheram o programa das II Jornadas de Integração Sensorial.

Atividades que se tornam cada vez mais complexas – com movimentos, texturas, sons, cores e até sabores diferentes, adaptadas a cada caso – são ferramentas para estimular sensorialmente as crianças, tendo em vista colmatar lacunas na sua aprendizagem, comportamento e desenvolvimento motor, social e emocional. A Integração Sensorial é, assim, usada na prática da Terapia Ocupacional e aplicada em Pediatria e em Educação na Infância, nomeadamente, para desenvolver respostas adaptadas dos indivíduos às solicitações do meio ambiente.

Se não teve oportunidade de assistir às II Jornadas de Integração Sensorial da ESSA, pode fazê-lo através dos seguintes links de vídeo:

II Jornadas de Integração Sensorial da ESSA | Sessão do dia 20/nov/2020

II Jornadas de Integração Sensorial da ESSA | Sessão do dia 21/nov/2020

ESSA é um futuro com saída

Conhecida e reconhecida pela sua qualidade e já firmada como uma referência no ensino superior na área da saúde em Portugal, a Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA), da Misericórdia de Lisboa, já se encontra a preparar o ano letivo 2020/2021.

Entre 7 de agosto e 2 de setembro decorrem as candidaturas para a primeira fase do concurso às três licenciaturas lecionadas na escola, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da Fala, sendo que os resultados serão conhecidos a 04 de setembro.

Para o próximo ano letivo, a ESSA disponibiliza 50 vagas para o curso de Fisioterapia, 30 para Terapia Ocupacional e 30 lugares para o curso de Terapia da Fala.

Numa aposta na educação, a Santa Casa disponibiliza, ainda, anualmente 30 bolsas de estudo à Escola Superior de Saúde do Alcoitão para os cursos do primeiro ciclo, contribuindo também para reduzir o número de estudantes que abandonam a sua formação por incapacidade financeira das famílias.

As candidaturas podem ser feitas online, através do site da ESSA. Nesta mesma página é possível ter acesso a toda a informação sobre os cursos disponíveis, propinas e condições de acesso.

Terapia da Fala em Congresso Europeu

Decorreu no passado fim-de-semana o 10º Congresso Europeu de Terapia da Fala (CPLOL) da organização europeia da Terapia da Fala, onde profissionais de todo o mundo mostraram o estatuto da profissão e o seu distinto âmbito de competências especializadas. No Centro de Congressos de Cascais, a organização recebeu profissionais, parceiros e amigos para uma reunião de alta qualidade sobre a temática.

Os Terapeutas de fala qualificados empenham-se de uma forma profissional, contribuindo para uma melhor comunicação e saúde neste ambiente cada vez mais multicultural e multilíngue em que vivemos. Numa Europa submersa em grandes mudanças, à medida que cresce o número de profissionais bem treinados e qualificados, em Terapia da Fala também aumenta a consciência da sua relevância na sociedade.

Participaram, neste congresso vários conferencistas internacionais, de certa forma ligados a esta temática, tendo a Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA) sido um dos principais patrocinadores deste congresso.

A ESSA esteve presente no congresso com um stand próprio a divulgar toda a sua área de intervenção associada à terapia da Fala, tanto no âmbito das atividades académicas, cientificas, na comunidade que desenvolve, bem como da sua presença em iniciativas internacionais.

Estiveram presentes por parte da ESSA neste congresso e com intervenções específicas, Portuguesas especializadas na área Terapia da Fala ligadas à ESSA, como a Isabel Guimarães, Inês Rodrigues, Ana Cláudia Lopes, Jaqueline Carmona e Margarida Grilo.

Saiba mais sobre a ESSA em http://www.essa.pt/portal/

GALERIA DE FOTOGRAFIAS

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas