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Open Conventos regressa a Lisboa com 36 conventos de portas abertas

Organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, Quo Vadis – Turismo do Patriarcado e Instituto de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa, o Open Conventos abre as portas de um conjunto de antigos espaços conventuais emblemáticos de Lisboa, com o objetivo de dar a conhecer locais de grande importância para a História, Arquitetura e Urbanismo da cidade.

 “A PAUSA e o SILÊNCIO” é o tema de reflexão escolhido para este ano. Uma conversa aberta e a exibição de um filme no dia 23 de maio introduzem a questão da organização do tempo e da importância da contemplação e da fruição. Que modelo de sociedade queremos no século XXI? O que podemos aprender com as comunidades que habitavam e habitam conventos e mosteiros numa época marcada pela aceleração e acumulação?

Esta conversa, moderada por Teresa Nicolau, diretora da Cultura da Santa Casa, acontece no centro cultural Brotéria, às 17h00, com a escritora Ana Margarida Carvalho, a maestrina adjunta Inês Tavares Lopes do Coro Gulbenkian, o P. João Norton SJ da Brotéria e a Irmã Anatália das Monjas de Belém (Zoom). Às 20h30, no Convento de São Pedro de Alcântara, é exibido o documentário “O Grande Silêncio”, de Philip Groning.

Nos dias 24 e 25 de maio, há muito para ver, desvendar e usufruir nos conventos que integram esta terceira edição, com uma programação cultural variada e dirigida a toda a população.

Todo o programa, os itinerários e a informação histórica e cultural sobre cada convento estão disponíveis aqui.

open conventos 2024

Open Day do CRNSA quer mostrar o quotidiano de um deficiente visual

O Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos, que promove a reabilitação de pessoas com cegueira ou baixa visão, vai celebrar 62 anos de existência no próximo dia 27 de maio.

Nos últimos tempos, o Centro tem-se dedicado a promover ações de sensibilização e de informação, tanto internas como externas, no sentido de “contribuir para uma sociedade mais inclusiva”. A descrição é de Isabel Pargana, diretora do equipamento que, neste contexto, decidiu, com a sua equipa, promover o Open Day do CRNSA no dia do seu aniversário.

“A intenção é permitir às pessoas da comunidade e às pessoas do mundo académico e do mundo empresarial, virem passar o dia connosco, conhecer-nos e ter a oportunidade de perceber o que é o dia a dia das pessoas com deficiência visual, contribuindo, dessa forma, para uma sociedade onde esta diversidade deve ser considerada e deve ser respeitada no seu todo”.

Assim, no dia 27 de maio, entre as 10h00 e as 17h00, pode dirigir-se ao Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos, na Travessa Recolhimento Lázaro Leitão 19, em Lisboa, e passar um dia, no mínimo, diferente. Poderá conhecer a história do centro e do edifício, vivenciar o dia a ida da pessoa com deficiência visual através de atividades práticas, explorar perceções e curiosidades sobre a deficiência visual, de forma lúdica e pedagógica, conversar com utentes e profissionais, partilhando experiências e, claro, conhecer o trabalho de reabilitação promovido no Centro.

O CRNSA dispõe, atualmente, de duas grandes respostas: a primeira, centrada no programa de realização para adultos para pessoas maiores de 16 anos, vindas de qualquer ponto do país, PALOP e ilhas; e a segunda, que consiste num programa de estimulação sensorial na primeira infância para crianças dos 0 ao 6 anos que, por circunstâncias diversas,
têm alguma limitação visual. 

Terceira conferência da ESSAlcoitão teve como mote a Inteligência Artificial

Decorreu, nesta quarta-feira, no auditório do Centro de Medicina de Reabilitação do Campus de Alcoitão, a terceira conferência do ciclo de conferências “Outros Saberes”. Tendo como orador convidado o professor doutor José Júlio Alferes, diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, o assunto não podia ser mais atual: “A Inteligência Artificial no Ensino e na Investigação”.

A sessão foi presidida pela provedora da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, e comentada por João Sàágua, reitor da Universidade NOVA de Lisboa.

Na sua intervenção, o professor José Júlio Alferes começou por explicar o objetivo da Inteligência Artificial, tendo em conta as suas inúmeras definições. Assim, e antes de tudo, a IA pretende “desenvolver sistemas que exibem comportamento inteligente, e que sejam capazes de aprender. Um sistema de IA, a partir objetivos complexos, decide e age no mundo físico ou digital, possivelmente de forma autónoma, observando o ambiente que o rodeia, aprendendo e raciocinando sobre o conhecimento que detém (aprendido por ele, ou dado à partida)”.

A partir desta definição, o orador convidado desta terceira conferência da ESSA explorou a área científica da IA, através das várias formas de aprendizagem (Machine Learning, Supervised Learning, Deep Learning, entre outras) e demorou-se no ChatGPT, “o último grande responsável pelo aparecimento da IA nos media”, como lhe chamou.

A terminar, José Júlio Alferes deixou alguns alertas para o futuro sobre a o papel que a IA desempenhará no mundo, nomeadamente “a desvalorização de competências humanas, a diminuição de responsabilização e a perda de individualidade, privacidade e controlo”. Para o professor, a IA é um fator de divisão: “os sistemas são caros e consumem enormes recursos; quem não os tiver” arrisca-se a ficar para trás. Haverá também uma “mudança no mundo do trabalho e relações laborais”, acrescentou.

Ciclo de Conferências ESSA

A provedora Ana Jorge, na sua intervenção de boas vindas, lembrou as várias parcerias com a Universidade Nova, destacando a criação recente de um centro académico e clínico dedicado à investigação e ao conhecimento, que incluem a Escola Superior de Saúde do Alcoitão e o hospital de Sant’Ana.

Pai é quem cuida… e acolhe

Vamos chamar-lhe André.

André tinha 3 anos quando ganhou uma segunda família, com direito a pai, mãe e dois irmãos.

Tiago e Sofia, pais do Tomás e da Clarinha, estavam de acordo num ponto: ambos queriam uma terceira criança nas suas vidas. A forma como tal aconteceria é que os dividia. “Eu estava mais com aquela ideia romântica e cliché de ‘vamos ajudar alguma criança que já esteja neste mundo e que precise’, sendo que a única forma que conhecia para o fazer era a adoção”, começa por nos contar Tiago Swart, o coprotagonista desta história inspiradora.

Nem de propósito: um dia, está Sofia – a outra personagem principal – parada no trânsito quando vê um cartaz da Santa Casa relativo ao programa de acolhimento, na traseira de um autocarro que parou, literalmente, à sua frente. Chegou a casa, comentou com o marido Tiago e, calhando a circunstância de terem um amigo funcionário da instituição, telefonaram-lhe para obterem mais informações sobre o assunto.

Esclarecidos em traços gerais, foi o que bastou para tentarem perceber melhor o que estava em causa. Contactaram a Santa Casa, que os encaminhou para uma formação online de quase dez meses (coincidiu com a altura da pandemia do covid-19). No final, não tiveram dúvidas de que seria ‘o’ filho que queriam abraçar com total dedicação.

“Uma ou duas semanas depois de termos terminado a formação, e de termos sido aceites como família ‘pronta’ para o acolhimento, foi-nos proposto o André. Na altura, tomámos conhecimento de uma doença muito específica de que padecia, pelo que, ainda antes de o conhecermos, visitámos a instituição em que estava inserido para podermos conversar com as técnicas que o acompanhavam, no sentido de percebermos os cuidados especiais de que precisava. Depois de uma tarde reunidos, e de termos compreendido todas as possíveis necessidades que o André poderia ter, decidimos, então, aceitar e avançar com o seu acolhimento, recebendo-o em nossa casa”, relembra Tiago.

O dia-a-dia na nova família

A adaptação de André à sua nova casa foi tranquila, muito graças ao ambiente acolhedor que já existia. Rapidamente se tornou parte da dinâmica familiar, com todos a contribuírem para que tal acontecesse. No ‘todos’, leia-se, dois filhos pequenos.

“O André encaixava mesmo no meio das idades dos nossos filhos – a Clarinha tinha 3 anos na altura, o André 4 e o Tomás 6. Ou seja, a parte do acolher em casa e da rotina do dia-a-dia, depois da adaptação inicial, nossa e dele, foi muito natural, uma vez que já tínhamos duas crianças. E é exatamente como se costuma dizer, ‘onde comem dois comem três, dá-se banho a dois, dá-se banho a três, despacham-se dois para irem para a escola, despacham-se três’”.

Tiago abre apenas uma exceção para o momento que exigiu alguma adaptação extra, mas do qual nunca quiseram abdicar, por considerarem (ele e Sofia) essencial ao sucesso do acolhimento e da vida do André: o momento das suas visitas à mãe e à família de origem.

“Mesmo exigindo alguma ‘ginástica’ da nossa parte em termos logísticos, nunca deixámos de o fazer, pois encarámos sempre essa premissa como parte fundamental do programa. Não faria sentido se assim não fosse. Se não permitirmos que o contacto com a família de origem continue de uma forma regular para que os laços não se percam, como é que depois vai ser a integração dessa criança na sua família outra vez?”, interroga este pai, agora já de ‘quatro’.

E os filhos? Como reagiram?

“Quando o André chegou a nossa casa, a Clarinha era muito pequenina, tinha 3 anos. Contámos-lhe que havia um menino que, naquele momento, não podia estar com a mãe e que, por isso, precisava de uma casa para morar. E era por isso que queríamos acolhê-lo. Também para o Tomás, mais velho (na altura com 6 anos), a situação foi muito serena e constituiu algo que fazia todo o sentido, até porque, sendo um menino com um coração muito bonzinho – é aquele rapaz que vai sempre confortar os amigos quando alguma coisa está mal – seria lógico que um menino, a precisar de uma casa, ‘claro que o iríamos receber, não há problema nenhum’”, relembra Tiago, com um orgulho indisfarçável na voz e no rosto. E acrescenta: “a Clarinha foi a primeira a chamar ‘mano’ ao André, porque, na cabeça dela, ele sempre esteve cá em casa. ‘Se sempre esteve cá em casa, é meu mano, como o Tomás’”.

O relacionamento com a mãe do André

Tiago e Sofia nunca não tiveram dúvidas sobre a forma como queriam e deviam relacionar-se com a mãe e família de origem do pequeno André: era imperativo e necessário envolvê-los o mais possível na rotina do menino.

“Estávamos um bocadinho receosos relativamente à reação quando nos conhecessem, mas o primeiro impacto foi positivo. Desde o início que construímos uma relação sólida, de amizade, não só com a mãe, mas também com as avós e as tias. Elas estão e estiveram sempre presentes nas várias decisões a tomar, escolares ou outra, e também as relativas à condição especial do André. A mãe dele não sabia, de todo, como lidar com esta doença”, conta Tiago.

“Fomos nós que capacitámos a mãe, através da formação que também recebemos. Estamos convencidos que, sem esta relação próxima, tal não teria sido possível, tal como não teria sido possível, por exemplo, o André falar com a mãe sempre que quer, quando sente necessidade disso. Ele pede-nos para ligar-lhe e nós, obviamente, ligamos”. Tiago conclui, orgulhoso: “queríamos que isto fosse mesmo assim e deixa-nos muito felizes o caminho que percorremos até aqui”.

 O futuro

Tiago e Sofia vivem agora algumas emoções variadas, que perspetivam um futuro desafiante. Por um lado, chegou o bebé Simão – faz em março precisamente um mês. Por outro, o André está quase a voltar para a sua mãe e família de origem.

“Neste momento, o nosso acolhimento ao André está, felizmente, a chegar ao fim. E digo felizmente porque significa que ele vai retornar à família de origem em breve. Obviamente que estamos na expectativa de saber como nos vamos sentir, porque agora vai ser… o desapego”.

Tiago parece dizer estas frases sem tristeza: “temos uma relação tão boa com a família do André, uma relação de amizade tão próxima, que acreditamos que ele não vai sair da nossa vida. Jamais! Nem agora nem daqui a dez ou quinze anos. Estamos convictos de que vamos continuar a apoiá-lo, vamos continuar a passar fins de semana e férias e a ‘matar saudades’. Faremos parte da sua família, sempre. Não somos família de sangue, mas somos do coração”.

E remata, com a anuência de Sofia: “tenho a certeza de que vamos voltar a ser família de acolhimento. Vamos só esperar que o nosso bebé não esteja tão dependente. Mas voltaremos a acolher uma criança – disso não tenho dúvida nenhuma”.

Para saber mais sobre acolhimento familiar, consulte aqui.

Financial Times nomeia Casa do Impacto como um dos principais hubs de startups da Europa

A Casa do Impacto (CdI), hub de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), foi reconhecida pelo Financial Times como uma das principais incubadoras de startups da Europa em 2024. Criada há cinco anos, a CdI tornou-se na primeira plataforma de novas empresas de impacto social em Lisboa, focada na promoção de uma nova geração de empreendedores que estão a desenvolver modelos de negócio com impacto socioambiental positivo, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.

A distinção atribuída pelo Financial Times é o reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Casa do Impacto ao serviço das causas sociais e ambientais. Cinco anos após a sua criação, o hub de empreendedorismo da Santa Casa soma já mais de 220 residentes no Convento de São Pedro de Alcântara, em Lisboa, mais de 400 projetos apoiados, através dos mais de 21 programas de aceleração ou ideação ou outras iniciativas. No total, representam 3,2 milhões de euros investidos em startups de impacto. 

“A Casa do Impacto assume agora o desafio de cimentar-se enquanto plataforma agregadora de referência internacional de uma comunidade com os olhos postos no futuro. O contexto mundial que vivemos reforça a nossa missão e visão de preparar as novas gerações de empreendedores, ajudar as organizações e reforçar o compromisso da sociedade civil na construção de um mundo com preocupações reais com as pessoas e o planeta. Sermos o único hub 100% distinguido dedicado a estas causas reforça o nosso papel num ecossistema que é cada vez mais relevante para o futuro do planeta e das organizações. “, explica Inês Sequeira, fundadora e diretora da Casa do Impacto.

Esta distinção resulta de uma parceria entre o Financial Times, através da sua marca de media relacionada com o mundo das startups, a Sifted e a Statista, empresa alemã especializada em estatísticas e dados do mercado, que coleta, analisa e fornece informações estatísticas sobre uma variedade de tópicos, desde a economia à tecnologia. A iniciativa Europe’s Leading Start-Up Hubs 2024 materializa-se numa publicação colaborativa entre o Financial Times, a Sifted e a Statista, destacando os principais hubs de startups na Europa em 2024. 

O Velho Continente apresenta hoje um cenário de startups que rivaliza com o dos EUA. De acordo com a Sifted, 98 cidades da Europa já produziram pelo menos um unicórnio (negócio em fase inicial avaliado em mil milhões de dólares ou mais). Contudo, ainda é desafiante encontrar informação atualizada sobre os programas das incubadoras e aceleradoras de empresas em execução nestas localidades – e as suas taxas de sucesso.

Assim, o Financial Times, com o seu parceiro de investigação Statista e o meio especializado Sifted, decidiram lançar um projeto de investigação para identificar os principais centros de startups da Europa em 2024, tendo distinguido a Casa do Impacto como um dos 125 locais de excelência na incubação e aceleração repartidos por 19 países. Ao todo, foram convidadas a participar mais de 2000 organizações e auscultados mais de 2600 alumni.

Já são conhecidos os vencedores dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria 2023

Em cumprimento de disposição testamentária do seu benemérito, Enrique Mantero Belard, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa atribui, anualmente, os Prémios Nunes Correa Verdades de Faria, destinados a galardoar os indivíduos de qualquer nacionalidade que, em Portugal, mais tenham contribuído pelo seu esforço, trabalho ou estudos, nas áreas do “Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos”, do “Progresso da Medicina na sua Aplicação às Pessoas Idosas” e do “Progresso no Tratamento das Doenças do Coração”.

Na edição de 2023, o júri deliberou a atribuição de dois prémios e de duas menções honrosas.

Um dos prémios foi para Maria Carolina Sirgado Pisco dos Santos, na área do “Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos”. Licenciada em Serviço Social pela Universidade Católica, desenvolve há 15 anos projetos na área social, no sentido de apoiar a população idosa e os cuidadores informais.

O outro prémio, na área do “Progresso da Medicina na sua Aplicação às Pessoas Idosas”, recaiu sobre Paulo Ricardo de Sousa Almeida, Mestre em Medicina Interna e com o curso de especialização em Geriatria pela Faculdade de Medicina do Porto, pelo desenvolvimento de um projeto inovador e pioneiro no Centro Hospitalar Universitário de São João.

Foram ainda atribuídas duas menções honrosas às mesmas áreas: a primeira à APTAS – Associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde, com um projeto de voluntariado profissional centrado na promoção de momentos de descanso para cuidadores informais; e a segunda a Lídia Cristina Sousa de Oliveira, licenciada e Mestre em Serviço Social, que tem vindo a desenvolver um papel decisivo na estabilização da AUR – Apoio ao Utente Reformado.

Criados em 1987, os Prémios Nunes Correa Verdades de Faria cumprem a vontade expressa em testamento por Mantero Belard. Os prémios são entregues a pessoas de qualquer nacionalidade que, em Portugal, tenham contribuído, pelo seu esforço, trabalho ou estudos, nos três âmbitos definidos pelo benemérito.

As candidaturas para a edição de 2024 dos Prémios continuam a decorrer, até 15 de março.

Casa do Impacto promove roadshow em Portugal e Angola

Até ao dia 8 de março (sexta-feira), a Casa do Impacto, o Hub da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), promove o seu roadshow de impacto, que integra vários encontros, conferências e workshops, com o intuito de conduzir incubadoras e empreendedores locais e internacionais a aprofundar os mais relevantes temas do Impacto, nomeadamente social e ambiental.

 

Nesta edição, que conta com a parceria da London School of Economics, a caravana CI irá passar por Aveiro, Covilhã, Cascais, Viseu, Évora, Loulé, Coimbra, Braga, Porto e Funchal. Mas não só. O périplo de promoção de iniciativas de impacto terá a primeira paragem num território internacional, mais concretamente em Luanda, Angola, com o objetivo de capacitar colaboradores da Africell – empresa de telecomunicações com expressão na África Ocidental e com atividade naquele país africano, desde 2022.

 

Para além da promoção de temáticas como liderança, inovação, design thinking e empreendedorismo junto de potenciais inovadores do universo da empresa, a LSE e a CI juntam esforços para, durante esta semana, conhecerem projetos e incubadoras de empreendedorismo de impacto, promoverem reuniões de trabalho com entidades governamentais locais e criarem as pontes necessárias para fomentar o intercâmbio de conhecimento e oportunidades entre o mercado angolano, português e britânico.

 

A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, sublinha que “cumprindo aquilo que é a sua missão enquanto hub de empreendedorismo social da Santa Casa ao longo estes cinco anos que já leva da existência, a Casa do Impacto mobiliza-nos agora para um roadshow que, numa parceria com a London School of Economics que tanto nos orgulha, chegará a várias cidades nacionais e a Luanda, procurando capacitar e estimular empresas e pessoas na procura de modelos que possam ir ao encontro dos grandes desafios que o mundo enfrenta. Acredito, tal como os empreendedores da Casa do Impacto, que só com inovação, incubação e partilha de conhecimento em rede é possível alcançarmos respostas sustentáveis e eficazes.”

Em relação à primeira paragem em Luanda, Inês Sequeira, fundadora e diretora da Casa do Impacto, explica que “Portugal e Angola têm uma relação histórica em matéria de cooperação bilateral nos mais diversos domínios. Esta jornada em Luanda é um passo para a criação de um ecossistema de impacto e promoção da diversidade com a assinatura da Casa do Impacto e da London School of Economics, reconhecida como uma das melhores universidades do mundo e o parceiro ideal para entrar num mercado com imenso potencial, como o Angolano.”

Fundo Rainha D. Leonor: “Uma utopia com resultados”

Livro do Fundo Rainha D. Leonor mostra as 143 obras que já apoiou

Criado, em 2015, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, num Acordo de parceria com a União das Misericórdias Portuguesas,  o FRDL nasce da convicção de que as Boas Causas devem sair das fonteiras da capital, contribuindo para a coesão social e territorial do país.

De lá para cá, e com o apoio também a estender-se, em 2017, ao património histórico das Misericórdias, foram já aprovados 143 projetos: 115 na área social e 28 na do património, num investimento superior a 23 milhões de euros.

Este trabalho foi dado a conhecer durante a tarde desta sexta-feira, na Igreja de São Roque, na presença de mais de 200 convidados, entre os quais a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos, mais de 140 provedores de Misericórdias do país e Inez Dentinho, do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor.

Lançamento livro FDRL

Na sua intervenção, Ana Jorge destacou o trabalho desenvolvido pelo Fundo há quase dez anos e revelou a intenção de dar continuidade ao projeto: “A sua existência [do FRDL], tanto na vertente patrimonial como na social, é muito importante e, portanto, vamos mantê-lo.”

Lançamento livro FRDL

Projeto RADAR junta crianças e idosos na ação “Para te ouvir melhor”

Chegamos ao Largo Comunitário, no Parque das Nações, guiadas pelos gritos entusiasmados das crianças que respondem à D. Maria do Céu quando esta lhes pergunta se querem ouvir uma história.

Ali está a acontecer uma ação promovida pelo projeto RADAR, em conjunto com a rede L&M (grupo comunitário) e com a creche Olipandó/ Obra Pastoral dos Ciganos, designada “Para te ouvir melhor”. Esta ação junta crianças desta instituição (creche Olipandó), crianças da escola básica local e alguns idosos daquele território, com o objetivo de incentivar e promover a intergeracionalidade.

Maria do Céu não é nova nas andanças destas atividades. Utente do RADAR – um projeto pioneiro em Lisboa, liderado pela Santa Casa, que tem como objetivo identificar a população com mais de 65 anos em situação de isolamento na cidade –, Maria do Céu é também voluntária e está sempre disponível para participar nas ações deste projeto: “estou aqui hoje porque adoro o contacto com as crianças. Vim ler-lhes uma história para fazê-las refletir e ajudá-las a consolidar e ampliar o seu vocabulário. Participo neste tipo de ações quando acontecem e sempre que me chamam”, clarifica. Aliás, não hesita em dizer que quer manter esta colaboração, tendo em conta que “estas sessões de leitura se revelam muito importantes para as crianças, criam-lhes um estímulo e gosto para lerem mais e afasta-as um bocadinho de algum exagero dos écrans”.

Radar Comunitário Parque das Nações_2

É também no Largo Comunitário que conhecemos Ana Roque, responsável pela creche Olipandó, que pertence ao grupo comunitário Rede L&M, o qual inclui a Santa Casa, o projeto RADAR, a junta de freguesia e outras instituições.

Esta creche pertencente à Obra Pastoral dos Ciganos, um secretariado diocesano que existe desde 1960, tem como principais destinatários as crianças dos 6 aos 16 anos, através do complemento de apoio escolar, como se fosse um ATL (Atelier de Tempos Livres) e abrange 700 crianças, em sete bairros sociais – cinco em Lisboa e dois em Loures.

Ana Roque explica-nos que colaboram com o RADAR “no sentido de identificar os idosos em situações vulneráveis, nesta que é a freguesia do Parque das Nações, mas que compreende, essencialmente, dois bairros: Casal dos Machados e Quinta das Laranjeiras”. Esta responsável acrescenta, ainda, que neste âmbito “foram identificadas, maioritariamente, situações de pessoas que vivem sozinhas, com doenças associadas ao envelhecimento e outras situações do género.”

Radar Comunitário Parque das Nações

Mas a ação deste dia foi além da leitura. Paralelamente, a unidade móvel RADAR, em parceria com a Audio2Saúde, levou a cabo uma avaliação auditiva à população 65+ e uma ação de sensibilização auditiva para a população infantil, tendo nesse dia atendido um total de 33 idosos e 62 crianças e jovens.

Ao final do dia, o balanço da ação era mais do que positivo, tendo o objetivo sido alcançado. Neste momento, já se prepara a próxima ação.

Para mais informações sobre o projeto RADAR, consulte aqui

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas