logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Neste torneio de boccia, o desporto é um veículo para aproximar idosos e agentes da PSP

À entrada para o pavilhão da junta de freguesia de Campo de Ourique, na parede que separa a sala de equipamentos do terreno de jogo, um cartaz com letras garrafais anuncia a competição: “1º Torneio de Boccia – Boa Sorte Equipas”. Esta quarta-feira, as cinco duplas em prova (constituídas por elementos da PSP e por utentes da Santa Casa) deixaram a competição de parte. O torneio de boccia foi a forma encontrada pela Misericórdia de Lisboa e PSP para trazer alegria aos idosos, mas, sobretudo, para estabelecer uma relação de maior confiança entre utentes do Centro de Dia Santo Condestável e agentes da polícia de segurança pública.

“Esta atividade conjunta resulta de uma proximidade de há muitos anos. Decidimos aproveitar o desconfinamento para voltar a criar momentos, porque os idosos valorizam muito este tipo de ações”, explica a diretora do Centro de Dia Santo Condestável, Isabel Araújo, realçando que o Torneio de Boccia é “a primeira de várias atividades previstas para os próximos tempos”.

O Centro de Dia Santo Condestável fecha portas no dia 21 de maio, passando a integrar o Centro Intergeracional Ferreira Borges. Para Isabel Araújo a distância não compromete a ligação entre idosos e agentes da PSP, certeza também partilhada pela chefe Marília, que garante que “a proximidade com os idosos do centro de dia, que já dura há muitos anos, não sairá afetada com a mudança” e que a PSP está já a “preparar uma série de atividades” com a população sénior daquele centro.

Para o subintendente da PSP, Lopes Rodrigues, a organização do torneio é uma “excelente iniciativa”, sobretudo porque a “PSP gosta de estar próxima da comunidade sénior”. O subintendente não tem dúvidas que só estando perto da comunidade “é que é possível perceber as necessidades dela”. As palavras do também comandante da 4ª divisão do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP espelham bem aquela que também é a missão da Santa Casa: estar junto das pessoas. Essa foi, aliás, a mensagem que o administrador da ação social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, quis frisar junto dos presentes, ao lembrar que “a Santa Casa está ao serviço das pessoas”.

Um torneio onde o (verdadeiro) prémio é a união

A inauguração do torneio foi feita por duas equipas que não constavam na grelha. De um lado, a dupla formada por Sérgio Cintra e Lopes Rodrigues; do outro o presidente da junta de freguesia de Campo de Ourique, Pedro Costa, e o presidente da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência, Rui Oliveira.

À margem dessa competição, Hélder Pinho e Custódia Fiúza, dois utentes do Centro de Dia Santo Condestável, preparam-se para o primeiro jogo. Trocam impressões e discutem o calendário das partidas. “Qual o nome da tua equipa, Custódia?”, pergunta Hélder. “O Jardim”, responde ela. “O jogo cinco é O Jardim com os Balas Azuis, a minha equipa”, atira Hélder em jeito de desafio.

Estes dois amigos, hoje rivais, têm experiências diferentes no desporto. Hélder não tem memória da última vez que praticou boccia. “Foi há muito tempo, mas é um desporto de que gosto”, refere. Com Custódia a história é diferente. Há cerca de dois anos que não pratica, “muito devido à pandemia”, mas, em tempos, participou em várias competições de boccia, todas na zona de Lisboa. Para esta utente da Misericórdia de Lisboa, jogar boccia não tem segredo.

“É preciso concentração e precisão na hora de lançar a bola. Mas, hoje, o mais importante do boccia, sobretudo agora numa altura de pandemia, é o convívio. Isto fazia-nos falta, muita falta”, revela.

idosa a jogar boccia

Inicialmente a organização do torneio tinha prevista a participação de quatro equipas. Quando Custódia soube que a competição seria feita em duplas formadas por utentes do centro de dia e por agentes da PSP, não quis ficar de fora. Custódia balança o braço direito em jeito de aquecimento. Do fundo da sala chegam palavras de motivação do colega de equipa, o agente Mateus: “Vamos ganhar, dona Custódia, vamos ganhar”. Custódia levanta os braços sempre que a bola não vai na direção pretendida. Ainda assim, a opinião de quem assiste é unânime: se a equipa de Custódia está a vencer, deve-se à qualidade do seu jogo.

Hélder Pinho faz equipa com uma pessoa que já conhecia, o agente Luís Fonseca. “Como o posto da PSP é perto do centro de dia, nós conhecemos os agentes. Somos amigos”, lembra. Todos atribuem a Hélder o apelido de “estratega” pela capacidade de interpretar o jogo. Infelizmente, no primeiro duelo a vitória não sorriu aos Balas Azuis, mas a equipa acabaria por encontrar o caminho das vitórias. “Ganhamos dois jogos, perdemos um. O primeiro é sempre mais difícil”, esclarece Hélder.

No final, a experiência de Custódia falou mais alto. Levou para casa a taça de campeã do 1º Torneio de Boccia, enquanto que Hélder arrecadou a medalha de bronze. Tudo troféus que figuravam numa mesa onde também estavam pequenos objetos feitos de cordões azul e vermelho, as mesmas cores que dão alma às bolas de boccia. Os cordões entrelaçados não são meros acasos. É para que aqueles que estiveram presentes neste torneio nunca esqueçam que o importante é estarmos unidos.

Santa Casa contribui para consulta pública sobre o Plano de Ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais

Encontra-se a decorrer, até 30 de novembro de 2020, uma consulta pública lançada pela Comissão Europeia e dirigida a todas as entidades públicas e privadas, mas também a todas as pessoas, através da qual se pretende recolher sugestões que irão depois contribuir para a elaboração de um Plano de Ação para a concretização dos 20 princípios enunciados no Pilar Europeu dos Direitos Sociais.

A Misericórdia de Lisboa foi uma das entidades que participou na referida consulta pública, através de uma sessão dedicada às pessoas idosas, que decorreu esta quinta-feira, 29 de outubro, na Sala de Extrações da instituição e na Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) Quinta Alegre. A recolha de opiniões dos utentes seniores da Santa Casa enriqueceu os contributos dados pelas variadas participações nacionais, procurando assim colaborar diretamente para que o Plano de Ação contemple políticas que reforcem o bem-estar desta franja da população, promovendo uma Europa mais justa e mais social.

A Secretária de Estado da Ação Social, Rita Mendes, presidiu à abertura da sessão, salientando a relevância destes Princípios para uma Europa social forte, justa e inclusiva para todos. Durante o fórum, dez utentes da Santa Casa tiveram a oportunidade de se fazerem ouvir e de darem a conhecer as suas preocupações e sugestões para uma sociedade mais igualitária. Entre as principais inquietações estão: as baixas pensões, a falta de saúde preventiva, a necessidade de ferramentas que facilitem a autonomia e a promoção da relação com outras gerações, aumentando a ligação entre estes e os jovens.

Os desejos e expectativas dos idosos da Santa Casa foram registadas e serão tidas em conta na elaboração do Plano, de modo a reforçar os direitos sociais e a produzir um impacto positivo na vida das pessoas. O referido plano, com apresentação prevista, pela Comissão Europeia, para o início de 2021, deve incluir medidas concretas e instrumentos que permitam concretizar os diferentes princípios enumerados.

 

Os paradigmas do envelhecimento em debate

Realizou-se no Fórum Lisboa, esta quarta-feira, 20 de maio, a sessão de debate, subordinada ao tema “Cidadania no envelhecimento”. Uma iniciativa do Tribunal da Relação de Lisboa que contou com a participação do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho.

O ciclo de debates foi organizado em três painéis versando temas como “Seguro de Vida”; “OS caminhos normativos da proteção do envelhecimento”; e “A proximidade: Solidariedade em ação”.

Na sessão de abertura Edmundo Martinho elogiou o Tribunal pela iniciativa, lembrando a importância de ações como esta para a partilha de conhecimentos e práticas dos atores sociais envolvidos na promoção do diálogo em torno das questões do envelhecimento ativo e inclusivo.

O provedor destacou ainda o contributo e as várias propostas que a Santa Casa tem vindo a desenvolver para tornar Lisboa uma cidade mais inclusiva e geradora de oportunidades para todos, como é exemplo a iniciativa conjunta com a autarquia local: “Lisboa – cidade de todas as idades”.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

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Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

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