Depois de Oeiras e do Panorâmico de Monsanto, o Iminente instalou-se, em 2021, na zona oriental de Lisboa, na antiga fábrica de gás da Matinha. A iniciativa voltou a ser palco de diversas expressões artísticas como a música, as artes visuais, as performances, entre outras, num trabalho que envolveu também vários bairros da cidade.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoiou, pela primeira vez, o festival Iminente, nomeadamente o projeto das oficinas comunitárias. Entre setembro e início de outubro, quatro bairros de Lisboa (Quinta do Lavrado, Alta de Lisboa, Bairro do Rego e Quinta do Loureiro) receberam 16 oficinas.
Para além de constituir um veículo promotor da cultura, e em especial da criatividade, o projeto das oficinas comunitárias assenta em valores como a partilha e a inclusão, particularmente no seio das comunidades que habitam estes bairros, os quais estão em linha com os valores promovidos pela Santa Casa.
Entre os autores convidados para integrar as oficinas comunitárias deste ano, estiveram Tristany, na música; Pedro Pinho e Luísa Homem, no cinema; Herberto Smith, Bruno Mantraste e Confere, nas artes visuais, e El Warcha – Atelier Social e Comunitário, Furo – Atelier Arquitetura, coletivo E-DA / Ensaios & Diálogos Associação, e Coletivo Warehouse, na área da arquitetura.
Durante quatro dias, de 7 a 10 de outubro, o Iminente juntou vários artistas de renome no universo da música. Entre dezenas de outros nomes nacionais, estiveram Plutónio, Pongo, Ana Moura, Dino D’Santiago, Branko, Jorge Palma, PAUS, Julinho KSD e Nenny. Já na música internacional, destacaram-se os Slum Village, The Alchemist ou Emir Kusturica & the No Smoking Orchestra.
O festival que celebrou a diversidade de expressões artísticas e culturais contou, ainda, com uma programação robusta de artes visuais, instalações, exposições, cinema e conversas.
Nesta edição as “Talks” (conversas), com curadoria do investigador António Brito Guterres, focaram questões fundamentais da cultura urbana contemporânea, num formato de discussão aberta e plural.
fotografia: @chriscost.a_@festivaliminente
Sobre o Iminente
O festival Iminente é uma iniciativa que junta música e artes visuais, e que teve lugar pela primeira vez em Oeiras, em 2016, cidade à qual regressou no ano seguinte. Em 2018 o Iminente mudou-se para Lisboa, para o Panorâmico de Monsanto, onde se repetiu em 2019. O artista português Alexandre Farto (Vhils) é um dos fundadores do festival.
Em 2020, devido à pandemia, transformou-se na Oficina Iminente, uma residência artística que, durante dez dias, contou com o público como parte ativa do processo criativo.
fotografia: Vera Marmelo_@festivaliminente