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Temporada Música em São Roque 2022 abre candidaturas

O formato da Temporada Música em São Roque 2022 terá os mesmos moldes do ano passado assumindo um formato de público presencial e continuando a disponibilizar a transmissão dos concertos em streaming. A Igreja de São Roque e a Capela do Convento de São Pedro de Alcântara são os espaços escolhidos para a realização dos concertos.

Este acontecimento, que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa promove há 34 anos, tem entre os seus objetivos mais relevantes tornar a música acessível a todos os públicos e proporcionar a descoberta do património cultural da instituição. Como linhas orientadoras salienta-se o apoio à música nacional, designadamente na vertente da investigação arquivística relativa a compositores portugueses desconhecidos e o apoio aos músicos portugueses.

Apenas serão aceites candidaturas submetidas online, dentro do prazo estabelecido e cuja submissão seja objeto de confirmação pela Santa Casa. O maestro Filipe Carvalheiro, diretor artístico da Temporada, o musicólogo, compositor e gestor, Edward Ayres de Abreu e Margarida Montenegro, diretora da Cultura da Santa Casa, fazem parte do júri que avaliará as candidaturas.

Os resultados finais serão divulgados no site oficial da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Candidaturas
As candidaturas podem ser submetidas entre as 16h00 de 5 de julho e as 16h00 do dia 20 de julho, através do seguinte link: http://musicaemsaoroque.scml.pt/

Para esclarecimento de dúvidas, contacte-nos através do seguinte e-mail: tmsr@scml.pt

TMSR 2022

Orquestra Geração. “Adoro tocar. Foi amor à primeira vista”

São jovens talentosos e estão na Orquestra Geração da Santa Casa. Muitos sonhavam um dia tocar numa orquestra. Outros nem sabiam que a música um dia iria fazer parte das suas vidas. Hoje, estão rendidos. A orquestra faz parte do seu dia a dia. Amanda, Ávyla e Alan são três dos vários jovens que integram a Orquestra Geração Santa Casa. São irmãos e partilham a mesma paixão: a música.

No passado sábado, 25 de junho, cerca de 40 jovens e crianças tocaram e encantaram no concerto final do ano letivo. Se o nervosismo dominou os momentos que antecederam o espetáculo, a alegria e o orgulho dominaram os rostos de crianças, pais e responsáveis da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa após a atuação.

Os testemunhos

“A música é terapia, é paixão e um estimulante para a vida em todas as suas dimensões”, dizem os três. Amanda Semonnetti, 18 anos, é a primogénita. “A orquestra aproximou-nos enquanto família. Mas nem sempre é fácil conciliar o papel de irmã mais velha e a música”, confessa, entre sorrisos.

“Eu adoro tocar. Foi amor à primeira vista. Faz-me feliz e sentir bem comigo”, sublinha. “Quero continuar a fazer parte da orquestra, sem ser algo profissional, pela alegria que me dá”. Sobre a Orquestra Geração Santa Casa, Amanda não tem dúvidas: “é um projeto muito importante, pois a música une-nos e acrescenta valor a vida de cada um”.

O mais novo chama-se Alan, tem 14 anos, e toca violino. Também está no projeto desde o início. “A música completa-me. Fico tranquilo e focado. É bom para mim tocar. Esta experiência abre-me novos horizontes e tenho oportunidade para conhecer outras pessoas”, remata.

Por outro lado, Ávyla Semonetti, a irmã do meio, com 16 anos, confessa que sente “algum nervosismo no início dos espetáculos. Mas depois de começar a tocar, os nervos dão lugar à alegria”, frisa.

Ávyla destaca a alegria de tocar e o propósito do projeto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. “Fazer parte da orquestra é especial. Estamos os três juntos a fazer o que mais gostamos. Este projeto ajuda-me a sair de casa, tira-me da rotina e posso conhecer outras pessoas”, finaliza.

Transformar vidas

Com o poder de transformar vidas, a música assume um papel de extremo relevo na vida destes jovens. Na Orquestra Geração Santa Casa encontraram uma vocação adormecida, mas, acima de tudo, um abrigo seguro e um propósito que os une.

António Santinha, diretor da Unidade de Apoio à Autonomização da Santa Casa, sublinha que “o projeto geração, com quatro anos de experiência, prova que é possível colher frutos do investimento realizado. Neste momento, contamos com cerca de 40 músicos, divididos por três níveis, e dois grupos de instrumentos: sopros e cordas”.

“O empenho deste grupo de músicos enche-nos o coração de orgulho”, destaca, com emoção, sublinhando os “benefícios do envolvimento dos pais neste projeto”. O responsável nota que “o projeto nunca parou, mesmo em contexto de pandemia”, explicando que “as crianças e professores mantiveram contacto através das plataformas digitais”.

“Os dias das apresentações são de facto mágicos, tanto para crianças como para as famílias. Nestes dias, todos se sentem muito especiais e alvo de grande atenção, o que é absolutamente transformador”. Para terminar, António Santinha fez questão de lembrar o importante trabalho dos professores e staff, que ao longo do ano, contribuem para o sucesso e impacto do projeto”, finalizou.

A Orquestra Geração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é um projeto com o objetivo de constituir uma orquestra juvenil na instituição. Para o efeito, foi criado um protocolo de colaboração com o Projeto Orquestra Geração Sistema Portugal. A essência do projeto é o trabalho social. A Orquestra Geração Santa Casa não é um conservatório, não é uma escola de música, é um trabalho social que através da música, da prática de orquestra de conjunto, faz um trabalho de grupo, um trabalho social.

Orquestra Geração Concerto final de ano letivo

Utentes da Santa Casa cantam a “Desfolhada” na despedida de Simone de Oliveira

Foram centenas de canções durante 65 anos de carreira e 84 anos de vida. O seu rosto é um dos mais familiares no país. A sua voz, uma das mais inconfundíveis. Simone despediu-se dos palcos com o espetáculo “Sim, sou eu… Simone”, esta terça-feira à noite, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Cerca de 20 utentes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa cantaram e emocionaram-se na última atuação da cantora.

Numa das salas mais conhecidas do país, o público revisitou o som intemporal das canções de Simone de Oliveira. Numa noite de plateia esgotada no Coliseu dos Recreios, celebrou-se a vida e a coragem de uma mulher que nunca se contentou em viver pela metade.

Os testemunhos

Foi com entusiasmo, curiosidade e alguma ansiedade que cerca de duas dezenas de utentes do Espaço Santa Casa e do Centro de Dia Nossa Senhora dos Anjos – equipamentos da Misericórdia de Lisboa – se preparavam para assistir ao espetáculo “Sim, sou eu… Simone”.

Glória Serafim, 77 anos, veio para Lisboa há mais de 40 anos. Já na sua terra, em Santo André, concelho de Santiago do Cacém, ouvia as canções da artista e deixava-se inspirar por elas. Não esconde a emoção e algum nervosismo por estar presente neste espetáculo. “Tenho uma grande admiração pela mulher e artista”, refere a utente do Espaço Santa Casa. “Fico muito contente por estar aqui. A Santa Casa está de parabéns pela iniciativa”, sublinha. “Ouvir a Simone faz-me lembrar a minha mocidade, porque quando a Simone era jovem eu também fui”, lembra.

Já Rosário Silva, 75 anos, veio de Viseu para Lisboa ainda em criança. É uma das amigas que acompanha Glória no concerto, mas também no Espaço Santa Casa, onde fazem ginástica, costura criativa, danças latinas, entre outras atividades. Rosário diz que o envelhecimento ativo e saudável não é um chavão. “No espaço Santa Casa vive-se na plenitude, não se sobrevive aos dias”, destaca. “Estou maravilhada por estar aqui”, diz sem rodeios. Já a cantarolar alguns dos temas mais conhecidos, Rosário conta que músicas gostava de ouvir e explica a importância de ver uma jovem da sua idade a “celebrar uma vida de coragem”.

Lisboeta de gema, Lourdes Andrez, 78 anos, destaca o talento profissional e a coragem pessoal. “Simone foi sempre uma mulher de coragem, lutadora, de alma inteira e com uma grande voz. Eu admiro-a muito. Vi-a crescer, vi a forma como sempre lutou e cantou”. “A ´Desfolhada Portuguesa` e o `Sol de Inverno´ são dois temas que gostava de ouvir”, revela. Surpreendida com o convite da Santa Casa para assistir ao espetáculo, Lourdes diz estar “encantada e feliz” por assistir à derradeira presença num concerto de uma mulher que sempre a inspirou.

 

Iminente: o festival onde cabem todas as expressões da cultura urbana

Depois de Oeiras e do Panorâmico de Monsanto, o Iminente instalou-se, em 2021, na zona oriental de Lisboa, na antiga fábrica de gás da Matinha. A iniciativa voltou a ser palco de diversas expressões artísticas como a música, as artes visuais, as performances, entre outras, num trabalho que envolveu também vários bairros da cidade.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoiou, pela primeira vez, o festival Iminente, nomeadamente o projeto das oficinas comunitárias. Entre setembro e início de outubro, quatro bairros de Lisboa (Quinta do Lavrado, Alta de Lisboa, Bairro do Rego e Quinta do Loureiro) receberam 16 oficinas.

Para além de constituir um veículo promotor da cultura, e em especial da criatividade, o projeto das oficinas comunitárias assenta em valores como a partilha e a inclusão, particularmente no seio das comunidades que habitam estes bairros, os quais estão em linha com os valores promovidos pela Santa Casa.

Entre os autores convidados para integrar as oficinas comunitárias deste ano, estiveram Tristany, na música; Pedro Pinho e Luísa Homem, no cinema; Herberto Smith, Bruno Mantraste e Confere, nas artes visuais, e El Warcha – Atelier Social e Comunitário, Furo – Atelier Arquitetura, coletivo E-DA / Ensaios & Diálogos Associação, e Coletivo Warehouse, na área da arquitetura.

Durante quatro dias, de 7 a 10 de outubro, o Iminente juntou vários artistas de renome no universo da música. Entre dezenas de outros nomes nacionais, estiveram Plutónio, Pongo, Ana Moura, Dino D’Santiago, Branko, Jorge Palma, PAUS, Julinho KSD e Nenny. Já na música internacional, destacaram-se os Slum Village, The Alchemist ou Emir Kusturica & the No Smoking Orchestra.

O festival que celebrou a diversidade de expressões artísticas e culturais contou, ainda, com uma programação robusta de artes visuais, instalações, exposições, cinema e conversas.

Nesta edição as “Talks” (conversas), com curadoria do investigador António Brito Guterres, focaram questões fundamentais da cultura urbana contemporânea, num formato de discussão aberta e plural.

Festival Iminente talksfotografia: @chriscost.a_@festivaliminente

Sobre o Iminente

O festival Iminente é uma iniciativa que junta música e artes visuais, e que teve lugar pela primeira vez em Oeiras, em 2016, cidade à qual regressou no ano seguinte. Em 2018 o Iminente mudou-se para Lisboa, para o Panorâmico de Monsanto, onde se repetiu em 2019. O artista português Alexandre Farto (Vhils) é um dos fundadores do festival.

Em 2020, devido à pandemia, transformou-se na Oficina Iminente, uma residência artística que, durante dez dias, contou com o público como parte ativa do processo criativo.

Festival Iminentefotografia: Vera Marmelo_@festivaliminente

Santa Casa Portugal ao Vivo está de regresso com a 2ª edição

Entre os dias 21 de maio e 26 de junho, o evento Santa Casa Portugal ao Vivo vai apresentar mais 20 espetáculos, 10 em Lisboa e 10 no Porto, que terão como palco, dois espaços emblemáticos nacionais: o Campo Pequeno, em Lisboa e o Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

Linda Martini e António Zambujo foram os escolhidos para o arranque desta nova edição, com concertos agendados para os dias 21 e 28 de maio, respetivamente.

À semelhança da primeira edição, o cartaz da segunda temporada do Santa Casa Portugal ao Vivo vai promover, na sua maioria, concertos musicais, mas também alguns momentos de comédia.

Mantendo a premissa de “Cultura para Todos” e o objetivo de contribuir para a retoma e o incentivo a este setor, a Santa Casa volta a associar-se à iniciativa, na qualidade de naming sponsor.

Integrar a cultura nos hábitos diários dos portugueses, apoiar artistas e equipas técnicas, promover o reencontro entre o público e artistas e trazer aos palcos o melhor da música e da comédia nacional são os grandes objetivos deste evento. Uma iniciativa que garante, ainda, a devolução de parte das receitas angariadas para apoiar diretamente o setor da cultura.

Cada espetáculo é pensado com base no cumprimento rigoroso das normas impostas pela Direção Geral de Saúde (DGS). O uso de máscaras é obrigatório, num espaço delimitado para o efeito, onde todos os lugares estão identificados, cumprindo o distanciamento obrigatório entre os espectadores, que não façam parte do mesmo agregado. De modo a evitar qualquer tipo de congestionamento entre pessoas, todas as entradas e saídas terão circuitos próprios com a devida sinalização.

Para mais informações, consulte o site oficial do Santa Casa Portugal ao Vivo.

No SBSR.FM em Sintonia, o Palco Santa Casa vai dar voz à nova música nacional

Entre os dias 17 e 18 de dezembro, Lisboa será o palco da música nacional. O Rádio SBSR.FM em Sintonia surge, em 2020, como resposta à impossibilidade de realizar o Super Bock em Stock, no contexto atual da pandemia de Covid-19 e respetivas restrições.

A organização do evento, a cargo da Música no Coração, não tem dúvidas: enquanto não houver o Super Bock em Stock, o SBSR.FM em Sintonia vai ocupar “o lugar de melhor evento musical do outono lisboeta”.

A edição de 2020 lança um convite, que ao mesmo tempo é uma revelação: “Sintoniza-te na Música Nacional!”. São dois dias de espetáculos, onde alguns dos melhores nomes da música portuguesa vão subir aos três palcos instalados na Altice Arena.

Capitão Fausto, Papillon, B Fachada e ProfJam fazem parte de um cartaz 100% nacional e que não se faz apenas de música. A programação do SBSR.FM em Sintonia conta ainda com um ciclo de conferências dedicado ao tema “A indústria da música no contexto atual”, onde será debatido o estado da cultura nacional e o futuro do setor.

Palco Santa Casa, o habitat do (novo) talento nacional

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa terá uma sala dedicada à curadoria de nomes nacionais, dando voz aos sons mais emergentes de Portugal, numa forma expressa de apoio aos novos talentos nacionais, reforçando a estratégia que tem pautado a associação da marca aos eventos de música.

A 17 de dezembro, sobem ao Palco Santa Casa Afonso Cabral, Filipe Karlsson e IAN. No segundo dia, 18 de dezembro, é a vez de Chico da Tina, Paulo Bragança e do projeto “Closer Integral 2020” (Joy Division, 40 anos depois).

A Misericórdia de Lisboa tem-se aliado de forma consistente à cultura, com um forte apoio às artes. O compromisso da Santa Casa com a cultura traduz-se, por exemplo, no apoio à produção de espetáculos ou no Fundo de Solidariedade Com a Cultura, projeto criado em parceria com outras instituições, com o objetivo de auxiliar profissionais das artes e do espetáculo.

Talento nacional sobe ao palco no Santa Casa – Portugal ao Vivo

Entre os dias 6 de novembro e 10 de abril, o evento Santa Casa – Portugal Ao Vivo vai apresentar 40 espetáculos, 20 em Lisboa e 20 no Porto, que terão como palco dois espaços emblemáticos nacionais: Campo Pequeno, em Lisboa e o Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

Revestindo-se de uma forte componente solidária, este projeto vai reverter parte das receitas da bilheteira para apoiar diretamente o setor da cultura nacional.

Na sua maioria, os espetadores poderão assistir a concertos, mas haverá também lugar a alguns momentos de comédia. Entre os nomes já confirmados estão Rui Veloso, Jorge Palma, Aurea, Diogo Piçarra, Carminho, Dino D’Santiago, David Carreira, Amor Electro, César Mourão, Fernando Rocha, entre muitos outros artistas que integram o cartaz desta iniciativa.

Cada espetáculo é pensado com base no cumprimento rigoroso das normas impostas pela Direção Geral de Saúde (DGS), pelo que o uso de máscaras é obrigatório, bem como o distanciamento entre os espectadores.

A associação da Santa Casa a este projeto, cujo conceito e valores estão em linha com os valores promovidos pela instituição, assenta numa estratégia de apoios da instituição que visa a promoção do talento nacional e o incentivo ao setor cultural, sobretudo numa altura em que este atravessa grandes dificuldades, devido à Covid-19.

De relembrar que ainda recentemente, a Santa Casa, em conjunto com três outras entidades nacionais, lançou o Fundo de Solidariedade com a Cultura, cujas candidaturas estão a decorrer até 30 de outubro. Este fundo visa apoiar financeiramente os profissionais das atividades culturais, cuja subsistência possa estar em causa devido à perda de rendimentos provocada pelo novo coronavírus.

 

32ª Temporada Música em São Roque com três estreias absolutas e em formato streaming

Festa do Jazz divulga Talento Nacional

Concertos, debates e encontros de escolas e artistas assinalam a edição de 2020 da Festa do Jazz, que se realiza este ano, pela primeira vez, no Centro Cultural de Belém (CCB), nos dias 12 e 13 de setembro, sem público presencial, mas com transmissão em direto através da plataforma RTP – Palco.

Depois de já ter passado por palcos como o Teatro São Luiz, alguns espaços do Bairro Alto e Parque Mayer, o evento chega agora ao pequeno auditório do CCB, para dois dias de várias iniciativas ligadas às raízes do jazz nacional.

A edição deste ano arranca com a apresentação de um livro dedicado à história do evento e traça o perfil de alguns dos intervenientes que passaram por esta festa, considerada a maior deste género musical em Portugal.

No dia seguinte, o pequeno auditório do CCB acolhe o debate: “Portugal, Jazz e a questão racial”, que conta com a participação do ativista Mamadou Ba e das cantoras Maria João e Selma Uamusse.

Este ano a Festa do Jazz volta a promover o Encontro Nacional de Escolas, que permite a novos talentos do jazz nacional mostrarem o seu trabalho e talento.

A programação musical inclui atuações de: Tomás Marques Quarteto, Andy Sheppard Quarteto, João Barradas a solo, Susana Santos Silva e Angélica Salvi, Sound of Desire (trio de Ricardo Toscano), Maria João e Carlos Bica, entre outros, bem como uma homenagem a Bernardo Sassetti, com a participação de João Mortágua (saxofone alto), João Pedro Coelho (piano), Carlos Barretto (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

A Festa do Jazz 2020 é organizada pela Associação Sons da Lusofonia e conta com o apoio da Misericórdia de Lisboa, da Direção-Geral das Artes, do CCB e do DST Group.

Unidos pela música

Tudo corria bem, até ao último mês de março, em que o mundo se viu “a braços”, com uma pandemia devastadora, provocada pelo novo coronavírus. Os ensaios semanais que criavam uma rotina feliz a todos os integrantes da Orquestra Geração Santa Casa foram cancelados. As atuações presenciais adiadas e o grande concerto de final de ano letivo saltaram para uma nova forma de comunicar, o digital. O mundo mudou e a Orquestra Geração também.

“Foi tudo muito rápido. Parece que de um dia para o outro, tivemos de nos adaptar a uma nova realidade. Passámos a fazer tudo através de um ecrã”, relata Amanda, uma das principais, contrabaixo da orquestra.

A escola que antes era um espaço de lazer e de aprendizagem deu lugar ao vazio, mas, no sentido inverso, as casas destes jovens que durante o dia estavam entregues aos raios de luz, que trespassavam as janelas, são agora grandiosas salas de músicas, onde os acordes de violoncelos, contrabaixos, violinos e outros instrumentos, alegram serões e trazem a esperança a prédios inteiros.

“Não estava habituado a ensaiar em casa. Foi engraçado porque os meus pais só tinham tido a oportunidade de me ver a tocar ao vivo e nunca tinham assistido aos ensaios e desde que viemos para casa que eles [pais] e os vizinhos têm ouvido os meus ensaios e gostam muito”, conta Alan, um dos três irmãos de contrabaixista Amanda, frisando que “o mais difícil ainda foi conciliar a escola com os ensaios, mas como somos três irmãos e todos tocamos na orquestra, conseguimos ajudar-nos mutuamente”.

Sentindo que a escola não poderia ficar para trás e que muitos dos integrantes da Orquestra Geração Santa Casa não tinham meios digitais para acompanhar nem as aulas nem os ensaios, a Misericórdia de Lisboa decidiu atribuir tablets a 23 jovens músicos com acesso à internet, para que pudessem continuar a sua aprendizagem musical e escolar.

A rotina destes jovens, agora, é outra, mas nem a pandemia evitou que o tão desejado concerto de final de ano da Orquestra Geração se realizasse. Foi no passado dia 12 de julho, que os jovens músicos, de instrumentos em punho se fizeram sentir, um pouco por toda a cidade, no aconchego das suas casas.

“O início do concerto foi complicado. Não acertava com as notas, os tempos de entrada estavam péssimos, mas nós somos a Orquestra Geração e sempre conseguimos atuar. Desta vez não foi diferente”, afirmou sorridente o pequeno Omar, de apenas 12, que juntamente como seu irmão Mustaphá, de 7 anos, são os benjamins da orquestra.

Depois de uma vida marcada por vários episódios difíceis que forçaram o abandono da sua terra natal, Cabo Verde, em busca de uma vida melhor em Portugal, estes irmãos e jovens músicos conseguiram encontrar na Orquestra Geração Santa Casa uma família, amigos, paz e motivação para prosperarem tanto nos estudos como na música.

“Eles, desde que entraram para a orquestra, não se perdem no que não interessa. Sabem que esta é uma oportunidade de terem um rumo na vida e depois do que já passaram estão gratos pela Santa Casa e a Orquestra Geração lhes darem esta oportunidade”, conta Eliana, mãe de Omar e Mustaphá.

Com o poder de transformar vidas, a música assume um papel de extremo relevo na vida destes jovens. Na Orquestra Geração Santa Casa encontraram uma vocação adormecida, mas acima de tudo, um grupo de pessoas que se preocupa, porque verdadeiramente o que os une a todos é a música.

Orquestra Geração, um projeto social aberto a todos

O projeto Orquestra Geração nasceu em 1975, na Venezuela, com o intuito de recruta jovens músicos em bairros e lugares onde é mais difícil chegar a arte.

Há mais de 38 anos integra nos seus agrupamentos (mais de 200 orquestras juvenis locais) crianças e jovens provenientes de bairros problemáticos, com problemas de insucesso e abandono escolar, e com dificuldades de integração social. Orquestra Geração já foi, por duas vezes, considerado um dos melhores projetos de intervenção social da União Europeia.

A primeira Orquestra Geração em Portugal surge em 2007/2008, na Escola Básica Miguel Torga, no bairro Casal da Boba, na Amadora, e é no ano de 2017 que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa decide abraçar este projeto artístico e de inclusão social, constituindo a Orquestra Geração Santa Casa destinada a crianças e jovens a cargo da instituição.

Para o efeito foi criado um protocolo de colaboração com o Projeto Orquestra Geração Sistema Portugal, que tem como essência o trabalho social realizado através da música, nomeadamente da prática de orquestra de conjunto.

O sucesso tem sido evidente. A Orquestra Geração Santa Casa, ao longo dos anos, já teve a oportunidade de atuar em sítios marcantes para a história de Lisboa, como a Igreja de São Roque e algumas salas de espetáculos, como a mítica casa de ópera da cidade, o Teatro São Carlos.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas