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“Mostrar a todos que é possível”. A inclusão saiu à rua no World Bike Tour

À chegada à Avenida da Liberdade, Felisbina Gomes está radiante. Rápido faz a passagem da cadeira de rodas para a handbike, para cedo ajustar o veículo às suas necessidades. Aos 57 anos, é muitas vezes o desporto que a faz sair da cama, que lhe dá vontade de seguir em frente. Entra com o espírito competitivo que a caracteriza para todos os desportos que pratica: ciclismo adaptado, vela adaptada ou, até mesmo, uma simples aula de ginásio. Hoje, na partida para mais uma edição do World Bike Tour (WBT), deixou a competitividade de lado. Paira no ar uma alegria, que se sente em cada palavra pronunciada pelos oito utentes do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), que marcaram presença no evento apoiado pelos Jogos Santa Casa.

Na edição do ano passado, tudo correu bem. Chegou ao Parque das Nações disposta para percorrer mais dez quilómetros se fosse necessário. Este ano, existem duas subidas no percurso entre Lisboa e Oeiras que a preocupam. Teme que só com a força dos braços não consiga ultrapassar esses obstáculos.

“Esta prova não vai ser fácil. Tenho noção de que vai exigir esforço, mas estamos cá para nos ajudarmos uns aos outros. Estamos cá para nos divertirmos um bocadinho. Isto é desporto, diversão e convívio, que são coisas muito importantes”, realça.

Tudo isto só é possível graças às handbikes cedidas pela Misericórdia de Lisboa e que tantas alegrias têm proporcionado aos utentes do CMRA. As primeiras handbikes chegaram ao CMRA em 2017. Felisbina foi das primeiras a experimentar o “novo brinquedo”. Tem a certeza que sem elas “jamais seria possível praticar ciclismo”, até porque é “um material caro e que nem todos têm capacidade para adquirir”. “Agradeço muito à Santa Casa por esta oportunidade que nos dá de, através das handbikes, podermos ter uma vida um pouco mais normal”, refere.

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Promover a diversidade por uma sociedade mais inclusiva

No último dia da 16ª edição da Semana da Responsabilidade Social, a Misericórdia de Lisboa promoveu uma sessão de debate dedicada ao tema “Promover a inclusão, por uma sociedade onde todas as pessoas tenham lugar”. Neste fórum discutiram-se algumas das ideias-chave do trabalho desenvolvido pela instituição no que respeita ao combate às desigualdades e à melhoria da qualidade de vida do indivíduo, bem como no âmbito da atuação conjunta com várias entidades no sentido de promover uma sociedade “mais igual, mais justa, onde todos tenham lugar”.

Na sessão de abertura, o provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, salientou a particular importância destes temas, devido à atual situação imposta pela crise pandémica de Covid-19. Os desafios que se colocam neste âmbito são vários e “a inclusão é um dos pontos centrais para assegurar a sustentabilidade das sociedades”, realçou.

Edmundo Martinho acrescentou, ainda, que “todas as organizações devem entender que têm um papel crucial a desempenhar na sociedade” para que seja possível caminharmos no sentido de “uma comunidade mais justa e equilibrada”.

Outra das preocupações apresentadas pelo responsável máximo da Santa Casa foi a marginalização, por parte da sociedade, de alguns grupos que têm “particulares vulnerabilidades”, dando como exemplo as pessoas em situação de sem-abrigo e os migrantes. Para Edmundo Martinho é necessário “assegurar que o nosso mundo e as nossas comunidades tenham ou criem ferramentas para que as pessoas, independentemente do seu passado, tenham condições para uma vida cada vez mais digna e feliz”.

Após a intervenção do provedor houve lugar a um painel de discussão moderado por Rita Paiva Chaves, diretora do Departamento da Qualidade e Inovação da Santa Casa, no qual participaram vários representantes da instituição: Vanda Nunes, diretora da Unidade de Missão: Valor T – Talento e Transformação; Mário Rui André, diretor da Unidade de Missão: Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades; Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas e Nuno Prata, diretor de Recursos Humanos.

Ampliar a diversidade de género, idade ou condição é um dos fatores imprescindíveis nas organizações do século XXI. Foi a pensar nestes assuntos que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com o Alto Patrocínio da Presidência da República, criou a agência de empregabilidade Valor T. Uma agência que promove a inclusão de pessoas portadoras de deficiência.

Na sua intervenção, Vanda Nunes referiu que a iniciativa surgiu com a finalidade de ser “uma agência de empregabilidade focada e dirigida para a pessoa com deficiência”.

“Há diversas áreas de deficiência que exigem diferentes respostas. E o facto de a Santa Casa ter partido para este projeto é um contributo que queremos dar para que possamos olhar cada pessoa com as suas particularidades, não do ponto de vista assistencialista ou da deficiência, mas do talento e da capacidade que cada um tem”, concluiu a responsável.

Para Nuno Prata existe, ainda, “um longo caminho a ter no mundo empresarial, para uma incorporação total destes conceitos”, frisando que a Santa Casa tem desenvolvido esforços no sentido de “ser um exemplo de inclusão e diversidade no local de trabalho”.

Outros dos projetos que a instituição tem levado a cabo, em conjunto com vários parceiros do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades, é o RADAR, que surge com o objetivo identificar as necessidades, expetativas e oportunidades da população 65+ de Lisboa. Mário Rui André frisou que o programa “pretende ser um instrumento estratégico de sistematização de um conjunto de medidas na área da longevidade e do envelhecimento que visem adaptar Lisboa para uma verdadeira cidade para todas as idades”. “A idade não deve ser a origem de qualquer tipo de exclusão social e a nossa missão é olhar para a idade das pessoas como um fator potenciador da riqueza das sociedades”, reforçou ainda.

Já Maria João Matos defendeu que “a Santa Casa tem como princípio orientador na sua comunicação pilares como a inclusão e diversidade”. A diretora de Comunicação e Marcas da instituição explicou que “todos eventos apoiados pela Santa Casa têm sempre presente o exemplo da política de patrocínio útil, assente na promoção da inclusão e da integração social”.

Igualmente destacado foi o apoio anual que os Jogos Santa Casa dão ao desporto, assumindo-se como a marca que mais apoia o desporto nacional. “Queremos fazer diferente, queremos apoiar o desporto e criar condições para que todas as pessoas possam ter as mesmas oportunidades de singrar no seu desporto”, concluiu Maria João Matos.

Reveja a participação da Santa Casa, na 16ª edição da Semana da Responsabilidade Social, aqui.

16ª Semana da Responsabilidade Social

Esta edição aconteceu entre os dias 21 e 25 de junho e reuniu representantes do Governo, organismos públicos, empresas, universidades, parceiros sociais, economia social e agentes culturais em várias conferências.

O encontro mais uma vez debateu a importância da implementação de boas práticas de responsabilidade social, sustentabilidade e inclusão no seio das organizações, no âmbito de uma economia global cada vez mais desafiante. O evento decorreu em dois grandes fóruns, onde foram abordados temas como os contributos do trabalho remoto para a sustentabilidade e os imperativos da mesma, a ética e a integridade nas organizações, os desafios e as estratégias para a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal ou o bem-estar organizacional, entre outros.

“Planeta, Pessoas e Propósito” foi o tema escolhido para a edição deste ano. A iniciativa, que decorreu online, foi organizada pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial, em parceria com a Global Compact Network Portugal, da qual a Santa Casa faz parte desde 2018.

Casa do Impacto promove reflexão online sobre a Inclusão Social

Depois de uma primeira sessão, na última sexta-feira, 26 de fevereiro, a temática voltou a ser discutida na passada quarta-feira, 3 de março. No mês em que toda a programação da Casa do Impacto é dedicada ao quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Igualdade de Género, o Hub promoveu um evento que foi para além das fronteiras deste ODS, debruçando-se sobre a igualdade no seu todo.

“Como a diversidade nas organizações pode ser uma ferramenta para maior criatividade e inovação”, foi o mote de partida para a conversa entre os oradores convidados: Sofia Colares Alves, Chefe de representação da Comissão Europeia em Portugal, Cláudia Prazeres, da Câmara Municipal de Lisboa, Teresa Quaresma, do Banco Montepio, Margarida Couto, presidente da direção do GRACE, Nathalie Ballan, fundadora e senior partner da Sair da Casca, Miguel Fontes e Marta Guimarães, da Startup Lisboa, Sandra Almeida, da Fundação Aga Khan, Marta Albuquerque, da Portugal Inovação Social e os parceiros da Casa do Impacto, Rita Ferreira e Francisca Lencastre, da IES – Social Business School, João Magalhães, da Academia de Código, Cristina Almeida do MAZE e Hugo Menino Aguiar do SPEAK. O debate contou com a moderação da diretora da Casa do Impacto, Inês Sequeira.

Para Sofia Colares Alves, a inclusão é “uma pedra basilar de toda a atuação da Comissão Europeia”. Centrando o seu discurso numa perspetiva europeia, a chefe de representação da Comissão Europeia em Portugal, salientou que a Comissão Europeia (CE) é “uma estrutura que promove a igualdade e inclusão”.

“Temos 24 línguas e 27 nacionalidades, de várias áreas de formação. A CE é uma estrutura já por si muito diversa, no entanto queremos que esta inclusão seja também aplicada no terreno”, concluiu Sofia Colares Alves.

Inclusão Casa do Impacto

Num debate esclarecedor, foram várias as ideias e projetos apresentados, com destaque para a intervenção de Cláudia Prazeres, da Câmara Municipal de Lisboa. Para a representante da autarquia da capital é essencial que organismos públicos “tenham presente na sua atuação diária as questões da igualdade”.

“Representamos uma larga fatia da população portuguesa, somos uma cidade cosmopolita que quer, deve e preocupa-se com estes temas. Desde 1995 que a autarquia criou um órgão para debater estas matérias e, desde então, que temos tido um longo trabalho na inclusão”, frisando ainda que “Lisboa é uma cidade que promove a igualdade”.

Um aspeto sublinhado no webinar foi a necessidade de as empresas começarem a incorporar nas suas ações diárias estas questões. “As grandes empresas internacionais têm este assunto na sua agenda. Existem alguns conglomerados mundiais que não deixam entrar na sua cadeia de fornecimento empresas que não cumpram as questões da igualdade. O mundo empresarial é essencial para alterar mentalidades e paradigmas”, salientou Margarida Couto da GRACE.

No final da sessão, Inês Sequeira frisou que o objetivo da iniciativa foi o de “promover uma reflexão sobre o presente e futuro da inclusão e igualdade nas organizações”.

Conheça a Política de Diversidade e Inclusão da Santa Casa

Diversidade e Inclusão são conceitos inerentes aos princípios da Misericórdia de Lisboa, desde sempre. Nesse sentido, e com o objetivo de reforçar o compromisso com os princípios e as práticas da Diversidade e Inclusão, a instituição tornou-se, em 2018, signatária da Carta Portuguesa para a Diversidade, uma iniciativa que tem como objetivo ajudar as organizações a adotar voluntariamente um conjunto de medidas promotoras da diversidade e da igualdade de oportunidades nos locais de trabalho.

Seguindo as recomendações desta Carta e as boas práticas nesta matéria, em setembro de 2020, a administração da Santa Casa aprovou o primeiro Plano para a Diversidade e Inclusão, para o período 2020-2021, elaborado com base num inquérito realizado aos colaboradores em 2019.

A primeira medida do Plano a ser concretizada foi a aprovação da Política da Diversidade e Inclusão da Santa Casa, agora divulgada.

Nesta Política, a instituição assume o compromisso de incorporar, no seu modelo operacional, práticas que garantam: direitos igualitários para todos os candidatos e colaboradores da Santa Casa, no que a oportunidades de emprego, de formação, de carreira; bem como direitos igualitários para todas as partes interessadas e externas à instituição, no que respeita ao acesso aos serviços, à informação e no relacionamento com a organização.

O primeiro plano especificamente dedicado à Diversidade e Inclusão privilegia as áreas da informação, sensibilização, formação e consolidação da cultura organizacional da Santa Casa e das práticas já existentes nesta matéria. A concretização do plano é um processo longo que carece de permanente dedicação, atualização e prática, e que implica um trabalho de todos os que integram a Misericórdia de Lisboa.

A Política para a Diversidade e Inclusão está em linha com legislação e referenciais normativos, internacionais e nacionais, bem como com um conjunto de documentos internos à instituição que visam assegurar a conformidade e atualidade dos referenciais de Boas Práticas e Conduta da Santa Casa e dos seus colaboradores.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas