logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

O Totoloto continua “fácil e barato” e, agora, com mais milhões

Além do aumento do valor da aposta simples (de 0,90 euros para 1 euro), que entrou em vigor no passado dia 21 de outubro, no concurso 85/2021, o Departamento de Jogos anunciou, este domingo, 24 de outubro, mais uma novidade: ainda mais milhões a juntar ao primeiro prémio do Totoloto.

Esta novidade irá refletir-se já no próximo (e último) concurso deste mês, no dia 30 de outubro, que integra o novo sorteio promocional (Jackpot Extra) no valor de 5 milhões de euros, adicionados ao primeiro prémio em jogo.

Com estas alterações – atualização do valor das apostas e introdução de sorteios especiais (Jackpot Extra) -, os Jogos Santa Casa pretendem não só conferir maior dinamismo aquele que foi o segundo jogo de apostas mútuas lançado em Portugal, como também oferecer melhores prémios aos apostadores.

As características principais do jogo, tais como os tipos de aposta, as categorias de prémios e acertos e o valor mínimo do primeiro prémio do Totoloto (1 milhão de euros) não sofrem alterações. Também a matriz de jogo se mantém (composta pela grelha dos números de 1 a 49, e a grelha do número da sorte com números de 1 a 13), bem como o sistema de apostas simples (5 números + 1 número da sorte).

A par da habitual divulgação nos mais de 5 000 pontos de venda dos Jogos Santa Casa, estas novidades serão divulgadas através de uma campanha multimeios, que está no ar desde o dia 24 de outubro.

 

 

Jogos Santa Casa firmam parceria com a Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal

Este patrocínio vem reforçar o posicionamento da marca Jogos Santa Casa dos últimos anos, centrada na promoção do desporto nacional, representando este apoio uma ferramenta de promoção do talento nacional desportivo, de integração e de coesão social, por via do patrocínio ao Comité Olímpico e ao Comité Paralímpico de Portugal, a 17 federações desportivas e aos principais eventos desportivos.

Neste contexto, os Jogos Santa Casa consideram pertinente apoiar a AAOP, tendo em conta a sua missão, os seus parceiros e os projetos que pretende desenvolver, designadamente a promoção da ética no desporto e a valorização do estatuto do atleta olímpico, nomeadamente nas questões pós carreira desportiva.
O objetivo é ajudar na divulgação dos atletas nacionais olímpicos, impulsionando-os a apoiar causas relevantes para a sociedade, cimentadas nos valores do olimpismo.

A AAOP é associada da World Olimpian Association. Esta associação tem como compromisso fundamental espalhar o espírito olímpico nas comunidades e colaborar ativamente com todas as organizações olímpicas portuguesas.

Segundo Luís Monteiro, presidente da AAOP, “a Associação tem um propósito bem definido assente em três pilares estratégicos: «para os atletas, pelos atletas e para a Sociedade», este caminho só é possível se for bem planeado e bem executado. Ao associarmo-nos a uma instituição como os Jogos Santa Casa que valorizam as Boas Causas, nomeadamente a realização da melhoria do bem-estar das pessoas e dos mais desprotegidos, estamos a dar um passo afirmativo, no processo de vida desportiva dos atletas Olímpicos, dando-lhes as ferramentas necessárias para encararem a vida tendo a noção que em conjunto, estamos a ajudar atletas que deram e dão tanto à Nação e à Sociedade. #juntossomosmaisfortes!”

Uma ideia partilhada por Nuno Pires, diretor da Unidade de Patrocínios da Santa Casa, ao reiterar o compromisso dos Jogos Santa Casa (JSC) no apoio ao desporto nacional: “este patrocínio apresenta objetivos meritórios, indo ao encontro dos valores que a Santa Casa, através do seu Departamento de Jogos defende, enquadrando-se no tipo de projetos a que a marca Jogos Santa Casa se pretende aliar, designadamente a valorização do esforço e do mérito desportivo, bem como a promoção do desporto enquanto motor de coesão social e de estilos de vida saudáveis. OS JSC valorizam igualmente as boas causas, nomeadamente a realização da melhoria do bem-estar das pessoas, prioritariamente dos mais desprotegidos, neste caso atletas que defenderam Portugal ao mais alto nível. Com mais este patrocínio, os Jogos Santa Casa reafirmam seu posicionamento como a única marca em Portugal a apoiar de forma tão abrangente o desporto nacional.”

Sobre a AAOP

A AAOP é uma Associação independente, Pessoa Coletiva de Direito Privado, sem fins lucrativos e de duração ilimitada, atuando no respeito dos princípios do Movimento Olímpico e dos valores do olimpismo. Entre outras finalidades quer promover e divulgar os valores do Movimento Olímpico, apoiando o desenvolvimento educação dos jovens através do desporto em estreita colaboração com as autoridades nacionais, desportivas, de saúde e de educação. Promover a observância da ética no desporto, em geral nas competições e nas relações entre os agentes desportivos, em consonância com as regras do Comité Olímpico Internacional.

Misericórdia de Lisboa distinguida pelo Comité Paralímpico Português

A III Gala do Comité Paralímpico de Portugal (CPP) realizou-se esta quinta-feira, 14 de outubro, no espaço “O Clube – Monsanto Secret Spot”, em Lisboa. O evento visou atribuir prémios e galardões referentes a 2021, 2020 e último trimestre de 2019 a atletas que conquistaram medalhas em Jogos Paralímpicos, campeonatos mundiais e europeus, e a várias entidades e personalidades.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi distinguida com a Ordem Paralímpica do CPP, pelo trabalho realizado como promotor de políticas que estimulam as carreiras duais, as quais afirmam a importância do desporto e da educação, como fator de grande relevância para o desenvolvimento da nossa sociedade.

Para Edmundo Martinho o prémio atribuído “é um estímulo para continuar o trabalho desenvolvido e um reconhecimento do que o que estamos a fazer está a ser bem feito”.

Misericórdia de Lisboa distinguida pelo Comité Paralímpico Português

Os atletas medalhados em campeonatos da Europa e campeonatos do Mundo neste período foram distinguidos com a Medalha de Mérito, enquanto Miguel Monteiro e Norberto Mourão, terceiros classificados nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, receberam a Medalha Paralímpica.

Foi, ainda, atribuído o Prémio Jornalismo Desportivo ao melhor trabalho jornalístico sobre a dimensão paralímpica e para o reconhecimento de várias personalidades e instituições pelo seu contributo decisivo para a promoção e desenvolvimento do desporto para pessoas com deficiência através do Prémio Inclusão Pelo Desporto, do Troféu Paralímpico, da Insígnia Paralímpica e da Ordem Paralímpica.

O apoio ao Desporto

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através dos Jogos Santa Casa, assume-se como o principal patrocinador e impulsionador do desporto em Portugal. Os números ajudam a perceber o motivo. Os apoios chegam a 17 federações, 100 seleções nacionais, 12 seleções nacionais de desporto adaptado e 86 campeonatos universitários.

Este ano, em parceria com o Comité Olímpico e o Comité Paralímpico de Portugal, os Jogos Santa Casa distribuíram uma verba total de 147 mil euros pelos atletas em preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Esperanças Olímpicas, Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 e Jogos Surdolímpicos Caxias do Sul 2021.

Desde 2013, os Jogos Santa Casa atribuíram 325 bolsas de educação num valor superior a 920 mil euros a 181 atletas, para uma melhor conciliação entre a prática de desporto e os estudos. Estas bolsas têm também como objetivo evitar o abandono escolar precoce dos atletas de alta competição, muitas vezes confrontados com dificuldades para a viver o melhor de dois mundos: o desporto e a educação.

 

Já são conhecidos os premiados do XXIII Festival CCP

Foram anunciados, esta sexta-feira, 1 de outubro, os vencedores das sete categorias a concurso no XXIII Concurso Clube Criativos Portugal (CCP) e ainda do “Brief Aberto Jogos Santa Casa”. A gala foi transmitida em direto no site do CCP, e contou com a presença de alguns dos jurados e dos premiados no recinto.

Eram 955 os trabalhos a concurso em sete categorias. E não foi fácil escolher entre tanta qualidade.

O galardão mais desejado da noite – Grande Prémio CCP -, distinção que tem a assinatura da marca Jogos Santa Casa, foi entregue à agência Uzina com o projeto “O Ídolo”, que acumulou também o Grande Prémio dos Jornalistas. O Clube atribuiu, ainda, o Prémio Carreira 2021 ao diretor criativo João Nunes. Conheça todos os outros premiados, aqui.

Durante a gala, foi também anunciado o projeto vencedor do “Brief Aberto Jogos Santa Casa”, criado com o objetivo de dar visibilidade a uma nova geração de criativos portugueses. Xavier Lopes e Gonçalo Soares receberam um prémio de 1 000 euros pela campanha vencedora em 2021. O júri foi constituído por três representantes do CCP e dois representantes dos Jogos Santa Casa.

Cumprindo o seu desígnio de promover e apoiar o talento jovem em Portugal, os Jogos Santa Casa, em conjunto com o CCP, procuram assim descobrir o potencial criativo que existe no mercado de trabalho nacional e proporcionar novas oportunidades de carreira aos vencedores dos desafios reais lançados no âmbito deste concurso.

 

 

 

Totobola faz 60 anos: as mudanças e a história do jogo que colocou o país a celebrar o futebol

Os prémios do Totobola ficaram maiores. A quatro dias de comemorar o seu 60º aniversário, o primeiro jogo de apostas desportivas mútuas em Portugal anuncia algumas alterações, que entraram em vigor no concurso normal nº 39/2021, com início de registo a 19 de setembro. Apesar das mudanças, continua a manter-se tudo tão simples como 1×2.

De acordo com o previsto na portaria n.º 189/2021, publicada em Diário da República a 10 de setembro, o Totobola aumentou a percentagem de prémios de 60% para 65%. Mas as alterações não ficam por aqui. O preço da aposta foi atualizado, passando de €0,40 -valor que havia sido atualizado em 2011, pela altura dos 50 anos do Totobola – para €0,50. Há ainda a assinalar o reajustamento da percentagem de cada uma das quatro categorias de prémios. O jogo social passa a atribuir melhores prémios, possibilitando uma valorização do «Super 14», nos ciclos de jackpot.

Ao longo das seis décadas de existência foram muitas as alterações feitas ao Totobola, de modo a tornar o jogo mais apelativo para os amantes de futebol. Em 1998 foi integrado o 14º jogo: «1X2». Em 2004, o 14º jogo viria a ser substituído pelo «Super 14», baseado no prognóstico do número de golos marcado por cada uma das equipas em jogo. No mesmo ano foram introduzidos concursos extraordinários a meio da semana, com o objetivo de proporcionar maiores jackpots e, por outro lado, explorar as cada vez mais mediáticas competições europeias de clubes.

Em 2017, o Totobola colocou um país inteiro a vibrar, ainda mais, com o desporto rei. A  partir de agosto, são introduzidas alterações ao jogo com o objetivo de revitalizá-lo aproximá-lo ainda mais dos seus apostadores: o bilhete de apostas deixa de ter elenco pré-impresso, os jogos de reserva são eliminados; introduz-se o 1X2 no «Super 14», substituindo o prognóstico por golos; e termina-se com o sorteio dos resultados dos jogos, sempre que um jogo não se realizar.

O jogo que colocou o país a vibrar com o futebol

Dizer “1×2”, à partida, é suficiente para os portugueses perceberem que estamos a falar do Totobola. A popularidade do jogo está patente, por exemplo, no icónico verso “és um treze no Totobola”, que Sérgio Godinho reproduz sempre que canta o tema “Com Um Brilhozinho nos Olhos”. Na memória de alguns portugueses estará também o célebre programa da RTP, “Vamos jogar no Totobola”, transmitido durante 35 anos, que pôs várias gerações a cantar a uma só voz o tema “Totobola 1×2”.

Estas são apenas algumas mostras da popularidade de um jogo que colocou Portugal a vibrar ainda mais com o futebol. São 60 prognósticos, onde o segredo para se ter sucesso é perceber de bola e ser um verdadeiro treinador de bancada. Mas para aqueles que apostaram no primeiro sorteio, a 24 de setembro de 1961, afinal, não era suficiente ser um apaixonado pelo desporto rei para ganhar no Totobola. Como em tudo, é necessária alguma sorte à mistura.

No primeiro sorteio do Totobola ninguém fez treze. Na altura, o Benfica venceu o Leixões, o Sporting empatou com o Lusitano e o Porto também não conseguiu ir além do empate na casa do Beira Mar. No boletim podia ler-se a seguinte indicação: “Este recibo pode valer uma fortuna”. E valeu. No concurso inaugural, o vencedor foi premiado com 224 contos (equivalente a pouco mais de 1100 euros na atual moeda). Álvaro Medeiros, estudante de Vila Real, foi o feliz contemplado. O primeiro milionário do Totobola surgiria a 1 de abril de 1962. Augusto Maria Pezo, 33 anos, gastou três escudos e ganhou perto de 1300 contos (6500 euros atualmente).

 

“Os prémios ficaram maiores” nos 60 anos do Totobola

“Mostrar a todos que é possível”. A inclusão saiu à rua no World Bike Tour

À chegada à Avenida da Liberdade, Felisbina Gomes está radiante. Rápido faz a passagem da cadeira de rodas para a handbike, para cedo ajustar o veículo às suas necessidades. Aos 57 anos, é muitas vezes o desporto que a faz sair da cama, que lhe dá vontade de seguir em frente. Entra com o espírito competitivo que a caracteriza para todos os desportos que pratica: ciclismo adaptado, vela adaptada ou, até mesmo, uma simples aula de ginásio. Hoje, na partida para mais uma edição do World Bike Tour (WBT), deixou a competitividade de lado. Paira no ar uma alegria, que se sente em cada palavra pronunciada pelos oito utentes do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), que marcaram presença no evento apoiado pelos Jogos Santa Casa.

Na edição do ano passado, tudo correu bem. Chegou ao Parque das Nações disposta para percorrer mais dez quilómetros se fosse necessário. Este ano, existem duas subidas no percurso entre Lisboa e Oeiras que a preocupam. Teme que só com a força dos braços não consiga ultrapassar esses obstáculos.

“Esta prova não vai ser fácil. Tenho noção de que vai exigir esforço, mas estamos cá para nos ajudarmos uns aos outros. Estamos cá para nos divertirmos um bocadinho. Isto é desporto, diversão e convívio, que são coisas muito importantes”, realça.

Tudo isto só é possível graças às handbikes cedidas pela Misericórdia de Lisboa e que tantas alegrias têm proporcionado aos utentes do CMRA. As primeiras handbikes chegaram ao CMRA em 2017. Felisbina foi das primeiras a experimentar o “novo brinquedo”. Tem a certeza que sem elas “jamais seria possível praticar ciclismo”, até porque é “um material caro e que nem todos têm capacidade para adquirir”. “Agradeço muito à Santa Casa por esta oportunidade que nos dá de, através das handbikes, podermos ter uma vida um pouco mais normal”, refere.

GALERIA

Jogos Paralímpicos. A força de Carina Paim é o retrato da ambição portuguesa em Tóquio

Nos últimos dias, a vida de Carina Paim resume-se a um objetivo: representar bem Portugal nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. É assim há três semanas. Têm sido dias duros, com treinos intensivos e pesquisa de estratégias que permitam minimizar o impacto do fuso horário do Japão no desempenho da atleta. Aos 22 anos, a especialista nos 400 metros corre para os Jogos Paralímpicos com objetivos repartidos por etapas: chegar à final, melhorar a marca pessoal e depois, quem sabe, conquistar uma medalha.

Tudo parece alcançável quando se fala de uma atleta campeã europeia em Berlim, bronze nos mundiais do Dubai, presença nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro e, agora, Tóquio. Não há segredo para isto. As conquistas de Carina fazem-se de trabalho diário, dedicação, sofrimento, de uma boa relação com o treinador, descanso e boa alimentação. Tudo faz parte, tudo é segredo.

Mas na preparação para Tóquio, a pandemia alterou muita coisa. Carina não parou de treinar, mas os treinos no exterior foram trocados pelos de interior, que é como quem diz, a pista de tartan foi substituída pela passadeira. Tudo diferente durante uma época atípica, mas o mais próximo possível da normalidade. “Foi uma época muito difícil. Não sei o que posso atingir, mas objetivos tenho sempre, claro”, realça.

Dez etapas, seis atletas, dois prémios. A epopeia dos ciclistas que venceram os troféus Jogos Santa Casa

Os 96 quilómetros/hora assinalados no painel de instrumentos do carro de apoio não chegam para alcançar Abner González. Entre subidas e descidas, curvas e contracurvas, o jovem ciclista da Movistar Team pedala, em Viseu, o momento mais alto de uma carreira que promete ser de glórias. Na 82ª Volta a Portugal, o atleta porto-riquenho conseguiu conquistar a Camisola da Juventude Jogos Santa Casa, que consagra o melhor ciclista sub-23 em prova.

“Estou muito contente. No ano passado não me via a ser ciclista profissional e este ano estou a conquistar o prémio de melhor jovem de uma grande prova de ciclismo. É um sonho tornado realidade”, revela Abner González, salientando ainda que este troféu “tem muito valor” e que é “algo muito importante para toda a equipa Movistar e para os atletas mais jovens”.

Durante toda a prova, a camisola da juventude parecia estar destinada aos jovens da Movistar Team: Juri Hollman arrancou para a primeira e segunda etapas vestido de branco, até Abner González agarrar a juventude na 3ª etapa e nunca mais a largar. Apesar disso, a presença do atleta na próxima edição da Volta a Portugal ainda não está confirmada. Se acontecer, Abner “voltará a este país incrível com muita alegria”. “Não sei ainda o que vai acontecer, mas se vier fico muito contente. A Volta a Portugal é incrível, sinceramente. Uma volta muito bonita e de grande nível. Impressionante”.

Abner Gonzalez na chegada a Viseu

A epopeia de Abner na Volta a Portugal começou em Lisboa e terminou 1568 quilómetros depois, bem no coração da cidade de Viseu. Pelas estradas do nosso país, o apoio à equipa da Movistar sentia-se em cada pedalada dada. Do “público incrível” que junto à estrada vê o pelotão da Volta passar, Abner foi ouvindo palavras de apoio que o seu desconhecimento de língua portuguesa nem sempre lhe  permitiu perceber. Mas do outro lado do Oceano Atlântico também há um povo a vibrar com a prova rainha do ciclismo nacional e a festejar as conquistas do melhor ciclista porto-riquenho de sempre. Abner conquistou para aquele território dependente dos Estados Unidos da América algo que jamais será esquecido: foi o primeiro ciclista porto-riquenho a passar a profissional e a fazer parte de uma equipa da máxima categoria do UCI World Tour.

Mas se Porto Rico agradece a Abner, Abner jamais esquecerá o que Porto Rico fez por ele e está pronto para retribuir. Em 2017, ainda que à distância, viveu um dos piores momentos da sua vida. O furacão Maria desbastou Porto Rico deixando um rasto de destruição sem precedentes. Nessa altura, Abner preparava-se para competir no Campeonato do Mundo RR-JR, na Noruega. Partiu para a prova no dia em que o furacão começou. Sabia que no regresso iria encontrar as ruas onde aprendeu a andar de bicicleta transformadas em rios de destroços. Tudo isso mudou-lhe a forma de encarar a vida: “temos mesmo de viver cada dia e dar o nosso melhor em tudo”. É por essa razão que o atleta da Movistar pedala cada prova com o objetivo de devolver o que a sua terra natal lhe deu: “Um dos meus objetivos é que a bandeira do meu país seja vista a um nível alto do ciclismo mundial. Trabalho muito para isso”.

Não há duas sem três. A Volta a Portugal é de Amaro, outra vez

Depois de vencer a Volta a Portugal, em 2017, e de conquistar a corrida em 2020, na edição especial da prova, Amaro Antunes partia para a 82ª Volta a Portugal como um dos principais favoritos a vencer a competição. O ciclista da W52-FC Porto assegurou o favoritismo e confirmou aquilo que para muitos amantes da Volta é já uma profecia: são 18 equipas a competir, mas no fim ganha a W52-FC Porto.

Amaro Antunes sobe ao pódio para receber prémio de melhor português da Volta a Portugal

O atleta algarvio conta já com três Voltas no seu palmarés, mas esta foi, provavelmente, a mais difícil de vencer. “Esta vitória é, como se costuma dizer, uma vitória tirada a ferros. Foi uma Volta a Portugal bastante dura a nível psicológico. Hoje, foi sofrer do início ao fim porque sabíamos que era possível, mas tinha de ser no sofrimento. Eu vim para esta Volta a Portugal com o objetivo de vencer e consegui. Estou feliz”, realça Amaro Antunes.

Mas na festa da última etapa da  Volta, Amaro subiu duas vezes ao pódio de Viseu: para receber a camisola amarela – e consequente consagração de vencedor da 82ª Volta a Portugal -, mas também para ser consagrado como o Melhor Português da prova, distinção atribuída pelos Jogos Santa Casa, numa clara aposta no talento português e no desporto nacional.

Este galardão esteve em disputa até ao fim. Durante as dez etapas, o prémio de Melhor Português foi disputado por quatro ciclistas, de três equipas: Rafael Reis (Efapel), Daniel Freitas (Rádio Popular), Jóni Brandão e Amaro Antunes (W52-FC Porto). “Obviamente que o prémio Melhor Português é sempre uma mais-valia. É sempre positivo para todos os atletas portugueses em prova”, explica Amaro Antunes, que regressa a casa com o título de “rei da Volta a Portugal”.

Veja, em baixo, alguns dos melhores momentos da última etapa da 82ª Volta a Portugal:

De Lisboa a Viseu, a Volta a Portugal vai percorrer o país com o apoio da Santa Casa

A 82ª Volta a Portugal está quase na estrada. Do Mosteiro dos Jerónimos, até à meta instalada na Avenida da Europa, em Viseu, 126 ciclistas de 18 equipas vão percorrer Portugal num total de 1568 quilómetros, entre os dias 4 e 15 de agosto. A cidade de Lisboa, capital europeia do desporto em 2021, foi o local escolhido para dar as boas-vindas ao pelotão da prova rainha do ciclismo nacional. O prólogo está agendado para esta quarta-feira, com os ciclistas a percorrerem um total de 5,4 quilómetros de distância dentro da cidade (na zona de Belém), com partida às 14h30.

Depois de, em 2020, a Volta a Portugal ter decorrido de forma atípica, este ano a prova regressa no formato e datas tradicionais. Em declarações ao programa da RTP 1, “Há Volta”, esta terça-feira, Edmundo Martinho lembrou que, apesar da pandemia, “a Misericórdia de Lisboa manteve o apoio aos atletas e ao desporto”. O provedor da Santa Casa reforçou o orgulho que é para a instituição estar, “mais uma vez, associada a uma competição que está muito impregnada nas nossas tradições”.

Provedor no programa "Há Volta"

A relação histórica entre os Jogos Santa Casa e a Volta a Portugal remonta à década de 60 e tem-se mantido até aos dias de hoje. Uma ligação “muito antiga” e que é indício do apoio da Misericórdia de Lisboa ao desporto nacional: “A Santa Casa orgulha-se dessa marca, de ser o maior apoiante do desporto em Portugal. O nosso apoio é no sentido da exaltação dos valores que estão associados ao desporto. Não é por acaso que temos aqui o Prémio de Melhor Português e de Melhor Jovem, pois entendemos que é preciso apoiar o talento nacional”, explica o provedor da Misericórdia de Lisboa.

O Prémio da Juventude foi entregue, pela primeira vez, em 1982, na altura conquistado por Manuel Zeferino (FC Porto). Em 2021, o melhor atleta sub-23 receberá das mãos de um representante da Santa Casa a camisola branca da juventude, uma aposta da Misericórdia na valorização dos jovens atletas. Já o Prémio Melhor Português, que será atribuído em todas as etapas, tem como objetivo estimular o talento nacional. “Sabemos que este tipo de eventos tem ciclistas de muitos países, mas temos de continuar a dar apoio aos nossos atletas”, realça Edmundo Martinho.

As etapas da Volta a Portugal:

4 agosto: Prólogo | Lisboa – Lisboa

5 agosto: 1ª Etapa | Torres Vedras – Setúbal

6 agosto: 2ª Etapa | Ponte de Sor – Castelo Branco

7 agosto: 3ª Etapa | Sertã – Covilhã (Torre)

8 agosto: 4ª Etapa | Belmonte – Guarda

9 agosto: Descanso

10 agosto: 5ª Etapa | Águeda – Santo Tirso (Senhora da Assunção)

11 agosto: 6ª Etapa| Viana do Castelo – Fafe

12 agosto: 7ª Etapa | Felgueiras – Bragança

13 agosto: 8ª Etapa | Bragança – Montalegre (Serra de Larouco)

14 agosto: 9ª Etapa | Boticas – Mondim de Basto (Senhora da Graça)

15 agosto: 10ª Etapa | Viseu – Viseu

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas