Quando Marcelo Rebelo de Sousa entrou na Quinta Alegre, à sua espera já estavam utentes e auxiliares desta Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), da Misericórdia de Lisboa. À medida que o Presidente da República avançava pelos corredores, a diretora da ERPI, Tânia Gomes, indicava os nomes dos utentes que se mostravam à varanda. Aqui, Marcelo, regressou aos afetos. O chefe de Estado deu uso à câmera fotográfica do seu telemóvel para, com selfie atrás de selfie, registar momentos que os cerca de 65 idosos que residem na Quinta Alegre jamais esquecerão.
“Feliz e santa Páscoa”, dizia Marcelo. As respostas aos votos do conhecido Presidente “dos afetos” eram comuns na gratidão: “Muito obrigado pela visita. Gosto muito de si, Presidente”. Para felicidade dos utentes, prometida ficou já uma nova visita à Quinta Alegre. Nos meandros da conversa com Francisca, que está perto de completar 101 anos de vida, Marcelo garante: “venho cá cantar-lhe os parabéns no dia 28 de junho. Fica marcado”.
Em pouco mais de uma hora de visita, todos tiveram oportunidade para trocar impressões com o Presidente da República. “Dona Esmeraldina, diga-me lá: sente-se bem tratada aqui?”, perguntava o chefe de Estado. “Muito bem. Gosto muito de estar aqui”, afirma a utente. Marcelo Rebelo de Sousa não parecia espantado com as respostas dadas pelos residentes deste equipamento da Misericórdia de Lisboa, até porque, como o próprio referiu aos jornalistas presentes, “a Santa Casa é uma instituição de uma qualidade, devoção e sentido de serviço excecionais, num país envelhecido, que precisa de suporte social”.
Com “a vacinação nos lares praticamente completa”, a aparição de Marcelo Rebelo de Sousa nesta ERPI da Santa Casa foi também uma forma de mostrar a todos “que é possível visitar lares, sendo a Quinta Alegre bom exemplo disso”. E o sucesso em muito se deve “a todos os profissionais que aqui trabalham”, a quem dirigiu uma palavra especial, por terem “vivido um ano de forma ainda mais intensa e difícil do que muitos outros portugueses”.
A visita acontece numa altura em que o país se preparava para uma Páscoa diferente, inclusive o Presidente da República. “Vou ter a Páscoa mais monótona da minha vida. Os familiares estão longe e, muito provavelmente, vou ficar no Palácio de Belém, e aproveitar para preparar o discurso do 25 de abril”, revela.