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Prémio Envelhecimento Ativo Dra. Maria Raquel Ribeiro. Há 11 anos a reconhecer o contributo dos idosos para a sociedade

A Santa Casa, a Associação Portuguesa de Psicogerontologia (APP) e a Fundação Montepio voltaram a destacar pessoas com 80 ou mais anos, que mantêm atividades de relevo na sociedade portuguesa. O Prémio Envelhecimento Ativo Dra. Maria Raquel Ribeiro, que este ano completa 11 anos, distinguiu seis personalidades nas seguintes categorias: Intervenção Social; Arte e Espetáculo; Ciência e Investigação; Política e Cidadania; Ética e Saúde; Família e Comunidade.

A entrega dos prémios, que decorreu esta segunda-feira, numa cerimónia realizada nas instalações da Fundação Montepio, contou com a presença de representantes das três instituições que dão vida a este prémio. O administrador da Ação Social da Santa Casa, Sérgio Cintra, destacou a parceria feliz entre Misericórdia de Lisboa, APP e Fundação Montepio, que permite “continuar a celebrar o percurso e a generosidade” de Maria Raquel Ribeiro.

A 1 de outubro de 2012, Dia Internacional do Idoso, a Santa Casa, a APP e a Fundação Montepio celebraram um protocolo para a criação do Prémio Envelhecimento Ativo Dra. Maria Raquel Ribeiro. Este prémio é também uma forma de perpetuar o nome de Maria Raquel Ribeiro (1915-2022), mulher que dedicou grande parte da sua vida às boas causas, e que faleceu em março deste ano, aos 96 anos.

Maria Raquel Ribeiro exerceu uma intensa e longa carreira na área social, iniciada logo em 1949, no Instituto de Assistência à Família. Entre 1951 e 1971 executou funções na Santa Casa, onde dirigiu o Serviço Social. Em 1990, tornou-se Associada Fundadora da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), uma missão que levou a cabo de forma assídua e ativa. Foi, ainda, durante 10 anos, dirigente do Sindicato Nacional dos Profissionais de Serviço Social e uma das principais promotoras da Comissão do Portuguesa do Conselho Internacional do Serviço Social, a que presidiu em 1969.

 

Os galardoados da edição de 2022

Intervenção Social – Monsenhor Fernando Nuno Ribeiro da Cruz Queirós

“Esta distinção é uma surpresa. Recebi o telefonema no dia em que completei 85 anos. Não conhecia este prémio. Sinto-me muito pequeno ao lado de tantas personalidades que já foram distinguidas”.

Após ser ordenado sacerdote, vai para a paróquia de Mafamude e, dois anos depois, é-lhe atribuída a missão de criar a paróquia de Santo Ovídio. Tem desenvolvido importantes iniciativas de desenvolvimento e intervenção social junto da comunidade, nomeadamente a criação de respostas e medidas para apoiar necessidades especiais, como é o caso do Regaço. Foi-lhe atribuído o título de Monsenhor, no início de 2022. Atualmente, exerce funções de sacerdote na Paróquia de Santo Ovídio.

 

Arte e Espetáculo – Fadista Maria da Fé

“Estou um pouco comovida. É um orgulho muito grande estar junto destas pessoas maravilhosas. Fiquei muito sensibilizada por receber este prémio. Ficarei toda a vida associada a esta organização”.

Com mais de 50 anos de carreira, começou a cantar desde tenra idade. Tem dado um enorme contributo à divulgação do fado a nível nacional e internacional. Foi a primeira fadista a participar no Festival da Canção. Recebeu várias distinções e homenagens, com destaque para a Medalha do Mérito Cultural, atribuída pelo Ministério da Cultura. Atualmente mantém a gestão da casa de fados “Senhor Vinho”.

 

Ciência e Investigação – Professor Doutor Manuel Villaverde Cabral

“Muito obrigado. Fico muito feliz por ter esta oportunidade, por se lembrarem de nós à medida que o tempo vai passando”.

É licenciado em Letras Modernas e doutorado em História, pela Universidade de Paris. É reconhecido pelo vasto trabalho no campo do ensino, pela investigação e divulgação de estudos científicos na área do envelhecimento. Foi presidente do Conselho Científico do Instituto de Ciências Sociais de Lisboa. Foi vice-reitor da Universidade de Lisboa e diretor do Instituto de Envelhecimento da Universidade de Lisboa. Publicou cerca de 30 livros e aproximadamente 100 artigos científicos. Atualmente é investigador emérito da Universidade de Lisboa.

 

Política e Cidadania – Dra. Maria Manuela Dias Ferreira Leite

“A Dra. Raquel Ribeiro foi das primeiras pessoas que teve a perceção do que significava o envelhecimento, o abandono das pessoas mais idosas e o não aproveitamento das pessoas a partir de certa idade. Quando ela iniciou este caminho não pressentia quanto ele se agravaria tanto ao longo da vida. Neste momento é o nosso problema. Uma associação [a APP] que se preocupa com este nosso problema só pode ter a nossa gratidão, louvor e incentivo. Foi uma enorme honra terem-me escolhido para este prémio”.

É economista, professora e política. Tem um enorme compromisso com os valores da liberdade e da democracia. Foi a primeira mulher portuguesa ministra das Finanças, presidente de um grupo parlamentar e de um partido político. Possui um vasto leque de trabalhos publicados. Em 1993, foi eleita a figura do ano em Portugal, prémio entregue pelo jornal Expresso.

 

Ética e Saúde – Frei Bento Domingues

Teólogo e membro da Ordem dos Pregadores. Tem desenvolvido um vasto trabalho na defesa dos direitos humanos, tendo já recebido dois prémios. Assume o compromisso de trabalhar por um mundo mais tolerante e sem violência, que premeie o diálogo intercultural e inter-religioso. É doutor honoris causa pela Universidade do Minho. Atualmente, é Membro Externo da Assembleia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Membro do Conselho de Ética e do Conselho Cultural do ISPA – Instituto Universitário.

Frei Bento Domingues não pôde estar presente no Prémio Envelhecimento Ativo Dra. Maria Raquel Ribeiro.

 

Família e Comunidade – Senhor António Pedro Cachaço Corça

“Este prémio é um grande honra para mim. Sinto-me orgulhoso por receber este prémio no mesmo dia que algumas personalidades que sempre respeitei e admirei. Obrigado!”.

Fundou a empresa TOMSTAR LDA, na qual mantém funções executivas. Integrou a assembleia-geral dos Bombeiros Voluntários da Azambuja, do Grupo Desportivo da Azambuja e da Liga dos Combatentes. Devido à sua grande preocupação com a comunidade, mantém uma ligação muito próxima com o Centro Social Paroquial da Azambuja.

 

Santa Casa lamenta falecimento de Maria Raquel Ribeiro

Maria Raquel Ribeiro faleceu esta sexta-feira, 4 de março, aos 96 anos. Diplomada como assistente social em 1948, exerceu uma intensa e longa carreira na área social, iniciada logo em 1949 no Instituto de Assistência à Família e, entre 1951 e 1971 exerceu funções na Santa Casa, onde dirigiu o Serviço Social. Em 1990, tornou-se Associada Fundadora da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), uma missão que levou a cabo de forma assídua e ativa.

Considerada como um exemplo por toda a sociedade civil, viu ser reconhecida a sua dedicação e trabalho na área com a criação de uma distinção que recebeu o seu nome, numa iniciativa organizada pela Associação Portuguesa de Psicogerontologia e desenvolvida em parceria com a Santa Casa e a Fundação Montepio – o Prémio de Envelhecimento Ativo Dr.ª Maria Raquel Ribeiro.

Este prémio, que celebrou em 2021 uma década, premeia e reconhece a vida e atividade de pessoas com 80 e mais anos, que continuam a desenvolver atividade profissional ou cívica relevante, em várias categorias.

Maria Raquel Ribeiro foi, ainda, durante 10 anos dirigente do Sindicato Nacional dos Profissionais de Serviço Social e uma das principais promotoras da Comissão do Portuguesa do Conselho Internacional do Serviço Social, a que presidiu em 1969. De referir ainda que Maria Raquel Ribeiro integrou a Assembleia Nacional, entre 1969 e 1973, onde teve um papel fundamental nas várias sessões legislativas no âmbito do trabalho, previdência, saúde e assistência social. No pós-25 de abril, foi assessora da secretária de Estado dos Retornados, da Segurança Social e do ministro dos Assuntos Sociais e Presidente da Comissão Instaladora e do Conselho Diretivo do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa. Dedicou-se em especial às políticas para a Política da Terceira Idade, da Família e ao apoio Integrado a Idosos.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa expressa as suas sentidas condolências a toda a família e amigos.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas