A sessão foi transmitida na tarde desta sexta-feira, 3 de julho, em direto no canal YouTube da CoLABOR, desde o Convento de São Pedro de Alcântara, em Lisboa.
O encontro contou com cerca de 15 oradores, entre os quais se incluíam o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e o provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho. A tarde foi dividida em três painéis. O encontro visou contribuir para a consolidação de práticas e abordagens de ensino, aprendizagem, trabalho e investigação, para preparar a transição para o período pós-pandemia.
Promovida pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES), em estreita articulação com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE), e em colaboração com as instituições de ensino superior, esta iniciativa visou estimular uma rápida adaptação em práticas e abordagens de ensino, aprendizagem, trabalho e investigação para melhor preparar a transição para o período pós-covid-19, bem como reforçar e valorizar a resposta conjunta dos sistemas de ciência e ensino superior.
Na sessão de abertura, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, considerou que o desafio para o Ensino Superior “é a capacidade de se adaptar às novas exigências de viver numa sociedade com risco”, e que “quando falamos em competências estamos a falar sobretudo em projetar o futuro”. Ao mesmo tempo, Manuel Heitor frisou a necessidade de estudar o impacto do teletrabalho nas instituições públicas e privadas.
Já no painel “Missões colaborativas nas respostas emergenciais”, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, defendeu a importância do esforço e do trabalho colaborativo na resolução de problemas comuns, como foi o caso da pandemia. “Não podemos responder à emergência de forma isolada. Este foi um momento de aprendizagem, porque trabalhámos em conjunto com diversas entidades. Isso permitiu, por exemplo, através do programa RADAR, contactar os idosos com mais de 65 anos que estejam em situação de isolamento e de solidão, identificadas na base de dados, com o objetivo de assegurar as necessidades básicas desta população”.
Por outro lado, na sessão de encerramento, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, começou por dividir a pandemia em três momentos: “reação rápida, reflexão e aceleração”, sublinhando o esforço realizado para combater os efeitos da crise. De momento, uma das principais preocupações do Governo é a “manutenção do emprego e a evolução dos números de desemprego”, disse. A ministra disse ainda que o programa ativar.pt, previsto no PEES e discutido com os parceiros sociais, prevê apoios à contratação e formação de desempregados, com um orçamento de 180 milhões de euros.
Manuel Carvalho da Silva, coordenador do CoLABOR, sublinhou que “este encontro, acima de tudo, visa compreender as mutações do trabalho e refletir sobre os diferentes desafios impostos pela pandemia”.
A nova fase da situação de pandemia que se vive em Portugal e no mundo exige que as instituições de ensino superior deem continuidade à responsabilidade social que têm assumido e comecem, desde já, a preparar respostas aos desafios colocados por esta pandemia no contexto académico, social e económico, a nível nacional e internacional.