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Santa Casa Alfama, o festival da inclusão

O Santa Casa Alfama está de volta com dezenas de concertos distribuídos por vários palcos espalhados por Alfama. Nos dias 29 e 30 de setembro, o bairro lisboeta que dá nome à iniciativa volta a encher-se de fado para acolher o festival que celebra esta “estranha forma de vida”.

À semelhança da última edição, “o maior festival de fado do mundo”, pretende também ser um dos mais inclusivos do calendário festivaleiro. Além de dar nome ao festival, a Santa Casa assume também a missão especial de o tornar acessível, quer no apoio dado às pessoas com mobilidade condicionada, em cinco palcos (Palco Santa Casa; Palco Ermelinda de Freitas; Palco Amália; Palco Santa Maria Maior e o Museu do Fado), quer na promoção de um maior acesso aos concertos pela comunidade surda, através da interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP). Ações que voltam a ser desenvolvidas em parceria com equipas especializadas e verificados pela AcessLab, uma startup de impacto social que trabalha o acesso de pessoas com deficiência motora ou surdas à cultura e ao entretenimento.

Além da interpretação em LGP, no Palco Santa Casa, a equipa de interpretação terá duas pessoas surdas nativas para interpretarem alguns fados e fazerem representar a sua comunidade. Também será o primeiro festival de música a implementar coletes de vibração sensorial para que o público Surdo sinta o ritmo da música. 

A organização do festival volta também a disponibilizar bilhete gratuito para acompanhantes de pessoas com deficiência com grau de incapacidade igual ou superior a 60%, mediante a compra do bilhete pelas pessoas com deficiência e apresentação de respetivo Atestado Multiuso.

No palco Santa Casa, estão confirmados os nomes Sara Correia, Miguel Moura e Teresa Salgueiro. O palco Ermelinda Freitas, instalado no Rooftop Terminal de Cruzeiros de Lisboa, conta com os nomes de Tânia Oleiro, Rodrigo Rebelo de Andrade e Ana Sofia Varela.

O palco Amália, no Auditório Abreu Advogados, recebe as vozes de Mário Lundum e Soraia Cardoso. Já no último dia vão subir ao palco Francisco Moreira e Carmo Moniz Pereira.

No Palco Santa Casa Futuro, dedicado aos novos talentos, e instalado na Sociedade Boa União, a programação fica a cargo da Escola de Fado Amador e Criativo de Alverca. No segundo dia de festival, dia 30, as atividades são da autoria da Sociedade Boa União e da Associação Fado Cale Coimbra.

O palco instalado no Hotel Memmo Alfama, uma das novidades deste ano. Por aqui passaram as vozes de José da Câmara, Gustavo Pinto Basto e Teresa Brum. Outra novidade desta edição é a parceria com a Associação de Comerciantes do Bairro de Alfama, que vai integrar a programação do festival com oito casas de Fado de Alfama.

Ainda durante o festival, pelas 18H do dia 30, destaque para a Marcha da Santa Casa volta à rua para fazer um desfile pelos becos e vielas de Alfama, celebrando desta maneira não só o fado, mas também a génese da tradição alfacinha.

Festival Santa Casa Alfama

O fado está de volta ao sítio que o viu nascer

Já diz o famoso ditado: “o bom filho à casa torna” e, neste caso, nunca fez tanto sentido este dizer. Pelo décimo ano consecutivo, o fado está de volta às ruas e vielas de um dos mais famosos e históricos bairros de Lisboa, Alfama.

É neste sítio, com o Tejo sempre à vista, que o fado nasceu e é aqui que este género musical é celebrado anualmente, com um festival inteiramente a si dedicado e que, desde o seu início, conta com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

E muito mudou, desde a primeira edição. Cresceu em palcos, mas também em qualidade. Junto ao rio “nasceu” um novo terminal de cruzeiros, que é desde 2018, um dos palcos mais acarinhados pelos festivaleiros. Ensinou aos turistas o significado da palavra “saudade” e assistiu, acima de tudo, ao reencontro das pessoas à história do bairro, que fazem de Alfama o sítio mais “alfacinha” da cidade.

SC Alfama 2018

Por lá passaram desconhecidos que hoje são nomes maiores do fado, como Ricardo Ribeiro e Gisela João, e alguns que já consolidaram um legado na música portuguesa, como é exemplo António Zambujo, Alexandra ou ainda Ana Moura.

Homenageou o fado, mas também as pessoas que fizeram “desta estranha forma de vida” o seu destino, como a deusa do fado Amália Rodrigues, passando por Carlos do Carmo, culminado, nesta edição, com uma homenagem a um dos “grandes” deste género musical, Max.

Homenagem a Amália

Um aspeto que se fortaleceu em todas as edições, foi o apoio da Santa Casa no acesso à cultura para todos. Desde a primeira edição, que a instituição teve a preocupação de tornar acessível o festival a todos os que quisessem usufruir dele, fosse com o apoio nas plataformas para as pessoas com mobilidade reduzida, ou até como um dos maiores impulsionadores da cultura nacional.

Este ano não é exceção, mas também com algumas novidades. Pela primeira vez, o Santa Casa Alfama disponibilizará uma zona na plateia do Palco Santa Casa reservada para pessoas surdas, onde irá ter intérpretes de Língua Gestual. Esta inovação resulta de uma parceria que a instituição fez com a Access Lab, uma startup de impacto social que trabalha o acesso de pessoas com deficiência e surdas à cultura e ao entretenimento, enquanto direito humano fundamental.

Nesta edição, os palcos acessíveis são o Palco Santa Casa, no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, o Palco Ermelinda Freitas, no rooftop do Terminal de Cruzeiros, o Palco Amália, no auditório Abreu Advogados, o Palco Santa Maria Maior, no Largo do Chafariz de Dentro e o Palco do Público, no Museu do Fado. Já a interpretação em língua gestual portuguesa está, por enquanto, limitada ao Palco Santa Casa, por onde passarão seis espetáculos do festival.

Também como novidade nesta edição, o Santa Casa Alfama disponibilizará um bilhete gratuito para acompanhantes de pessoas com deficiência com grau de incapacidade igual ou superior a 60%, mediante a compra do bilhete pelas pessoas com deficiência e apresentação de Atestado Multiusos.

Organizado pela EGEAC, pelo Museu do Fado e pela Junta de Freguesa de Santa Maria Maior e com patrocínio da Santa Casa, o festival deste ano será concentrado em dois dias, como tem sido hábito, e começa já esta sexta-feira, 23 de setembro, às 18h no Palco Ermelinda Freitas, com a “Tasca do Chico”, por onde passarão as vozes de Adriano Pina, Cassandra, Filipa Biscaia, Filipa Maltieiro, Joana Carvalhas, João Carlos, Marta Alves, Valéria e Vera Varatojo.

Percorra a galeria para ver alguns momentos do Santa Casa Alfama 2022

Santa Casa Alfama está de regresso

Os dias 23 e 24 de setembro são as datas apontadas para a edição de 2022 do Santa Casa Alfama, dedicada a Max, uma das figuras centrais da música popular portuguesa feita no século XX. O cartaz deste ano – que será revelado na íntegra, brevemente – vai voltar a contar com algumas das maiores vozes do fado nacional.

Pelo quinto ano consecutivo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se a este festival, na qualidade de naming sponsor, reforçando assim o seu apoio à cultura nacional.

Os diversos palcos do Santa Casa Alfama espalham-se pelo bairro, criando a sensação de que ali o fado pode acontecer em qualquer lugar e, que qualquer beco, viela ou praça é capaz de se transformar numa casa de fados. Mais do que um festival de música, este evento traduz-se numa experiência em que o público é convidado a tocar na alma portuguesa, deambulando por um bairro cheio de histórias das gentes fadistas.

Com uma seleção musical cuidadosa e exigente, dando espaço a vozes consagradas e também àqueles que garantem o futuro da nossa música, o Santa Casa Alfama é hoje um dos eventos mais relevantes da vida cultural portuguesa.

Homenagem a Max

E as primeiras confirmações para a edição deste ano do festival garantem a qualidade à qual já nos habituámos: no dia 23 de setembro, o Palco Santa Casa recebe o grande concerto de homenagem a Max por António Zambujo e convidados. Já no dia 24 de setembro, o mesmo palco recebe a voz poderosa de Dulce Pontes com o convidado Ricardo Ribeiro.

O Festival Santa Casa Alfama destaca-se pelo espaço que dá às novas vozes do fado, acabando mesmo por ser uma bússola para quem quer estar atento àquilo que o futuro trará de bom à nossa música. Como não poderia deixar de ser, este é também um Festival com memória, preocupado em lembrar e homenagear alguns dos nomes que construíram a história do fado. Depois de duas grandes homenagens, primeiro a Amália Rodrigues em 2020, no ano do seu centenário, e depois a Carlos do Carmo em 2021, ano do seu desaparecimento, em 2022 o Festival Santa Casa vai homenagear o inconfundível Max.

O futuro do fado

Há semelhança das outras edições, o festival celebra ainda o futuro do fado, com a instalação na Sociedade Boa União, do Palco Santa Casa Futuro, onde os festivaleiros ficaram a conhecer as  vozes que garantem o futuro do fado.

A programação deste palco estará a cargo de Escola de Fado Sociedade Musical de Cascais e do Clube Lisboa Amigos do Fado de Marvila.

Serão mais de 40 concertos em vários palcos em Alfama. Saiba mais sobre o festival no site oficial.

O fado está de volta a casa

Os dias 24 e 25 de setembro são as datas apontadas para a edição de 2021 do Santa Casa Alfama, dedicada ao fadista Carlos do Carmo, falecido no passado dia 1 de janeiro. O cartaz deste ano – que será revelado na íntegra, brevemente – vai voltar a contar com algumas das maiores vozes do fado nacional.

Pelo quarto ano consecutivo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se a este festival, na qualidade de naming sponsor, reforçando assim o seu apoio à cultura nacional. Um apoio que, num período particularmente difícil para este setor, assume uma importância ainda maior.

Além dos concertos no Palco Santa Casa, outro dos pontos altos do festival será, à semelhança de edições anteriores, um espetáculo de video mapping dedicado à vida de Carlos do Carmo, que será projetado na fachada do Terminal de Cruzeiros de Lisboa e, ainda, uma exposição sobre o criador de “Canoas do Tejo”.

A homenagem ao cantor de “Os Putos” passa ainda pela inclusão de um tema do seu repertório, nas atuações de todos os fadistas.

O festival centra-se em diferentes palcos no típico bairro lisboeta, sendo o palco Santa Casa, em frente ao rio Tejo, o principal e onde está previsto um espetáculo de homenagem a Carlos do Carmo, com vários intérpretes. Neste palco atuam, no dia 24, Camané e Sara Correia.

No dia seguinte, 25 de setembro, sobe ao mesmo palco um dos destaques da edição deste ano, o jovem fadista Miguel Moura, que foi uma das presenças no Palco Futuro, na edição de 2020.

Saiba mais sobre o festival no site oficial.

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