logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Santa Casa e Sporting Clube de Portugal juntam-se para realizarem projetos de inovação e desenvolvimento social

Créditos da fotografia: Sporting Clube de Portugal

Foi no último domingo que a Misericórdia de Lisboa e o Sporting Clube de Portugal firmaram um protocolo no sentido de desenvolverem formas de colaboração que permitam concertar intervenções e realizar projectos de inovação e desenvolvimento social.

A oficialização da parceria decorreu no Estádio José Alvalade e contou com a presença do administrador executivo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, do presidente do conselho diretivo do Sporting CP, Frederico Varandas, e de André Bernardo, vice-presidente do emblema leonino.

Na ocasião, Sérgio Cintra destacou a importância desta ação: “O que fazemos na Santa Casa e o que o Sporting CP faz também muitas vezes é ajudar a construir sonhos. Não importa se as pessoas têm 94 anos ou se são mais novas. Só o facto de verem uma camisola verde e branca faz com que o sorriso seja o maior do Mundo e que tudo o resto fique para segundo plano”.

O responsável lembrou as dezenas de crianças de casas de acolhimento e das equipas de apoio à família da Santa Casa que visitaram a Academia Cristiano Ronaldo no final de Março.

“Não sei se conseguimos imaginar a extensão da alegria, são memórias que ficam para o resto da vida. Para aquelas crianças, poderem dizer com orgulho aos colegas de escola que estiveram na Academia com o Jubas e a conversar com o Paulinho, mostrando quase como um troféu as fotografias que tiraram, é absolutamente indescritível. Se há forma de construirmos sonhos, esta é necessariamente uma delas e só podemos agradecer ao Sporting CP por essa oportunidade”.

Este domingo ficou também marcado na memória de seis crianças, residentes nas Casas de Acolhimento de Santo António e de Santa Teresinha, ambos equipamentos da Santa Casa, que tiveram oportunidade de assistir à partida entre o Sporting CP e o FC de Arouca num dos camarotes do Estádio José Alvalade.

Grupo de jovens no estádio de Alvalade a assistir ao Sporting vs Arouca

 

Santa Casa volta à Futurália para promover a sua oferta formativa

A Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão) é um estabelecimento de Ensino Superior Particular, pioneiro em Portugal na formação de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e terapeutas da fala, sendo, desde a sua constituição, a escola de referência neste domínio. Leciona os cursos de licenciatura em Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da Fala, e pós-graduações com planos de estudo adaptados ao processo de Bolonha.

Por seu lado, a Valor T, enquanto agência de empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência, apoia talentos e competências e trabalha oportunidades para pessoas e empresas que querem fazer a diferença.

A Futurália dispõe de uma mostra abrangente e diversificada, cobrindo todas as áreas e níveis de qualificação (ensino superior, profissional ou pós-graduação em instituições nacionais e internacionais). De um modo simples e personalizado, os estudantes podem conhecer e tirar dúvidas sobre os diferentes cursos, programas académicos e outras questões relevantes para as suas escolhas de futuro.

Para João Paulo Rodrigues, coordenador do Gabinete de Relações Externas da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, “a Futurália é o maior evento a nível nacional de mostra abrangente de oferta de ensino superior, seja politécnico ou universitário, contando com representações de todas as áreas e níveis de qualificação, de entidades nacionais e internacionais, atraindo todos os anos milhares de alunos, professores e famílias”. É, portanto, com naturalidade que que a ESSAlcoitão, instituição “reconhecida por todos como uma referência de qualidade, rigor e exigência no processo educativo, com prestígio nacional e internacional”, marca presença uma vez mais na Futurália.

Entre os dias 22 e 25 de março, venha visitar-nos e fique a conhecer-nos melhor na FIL, em Lisboa.

Santa Casa destacada novamente como maior anunciante

A Santa Casa voltou a ser premiada, em 2022, como maior anunciante, desta vez pelos grupos Impresa e Cofina. O reconhecimento resulta do valor total investido pela Misericórdia de Lisboa em fins publicitários nos órgãos de comunicação social tutelados por ambos os grupos.

Já em 2021, o Grupo Impresa tinha atribuído esta distinção à instituição, que tem vindo a desenvolver um trabalho de apoio aos jornais nacionais, sobretudo desde abril de 2020, altura em que foram feitos investimentos publicitários e aquisições de planos de subscrição, numa tentativa de ajudar o setor da comunicação social a responder à crise provocada pela covid-19.

Algumas dos títulos contemplados nestas parcerias foram o Expresso, Público, Correio da Manhã, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Observador, Visão, A Bola e Record, numa contribuição não só para a sustentabilidade do jornalismo, mas também para a promoção de leitura de jornais enquanto fontes de informação credível.

Lugares com História – Arquivo Histórico

Desde a fundação da instituição, em 1498, que o seu património arquivístico e espólio bibliográfico foram sendo enriquecidos progressivamente, com a produção de registos que formaram o arquivo inicial.

A sede da Misericórdia, localizada inicialmente numa das capelas da Sé de Lisboa, foi transferida, em 1534, para um novo edifício mandado erigir por D. Manuel I e a documentação terá sido acondicionada numa área mais ampla e adequada.

Todavia, em 1755, o terramoto e o violento incêndio que se lhe seguiu destruíram o edifício manuelino e praticamente toda a documentação aí guardada. Desde logo, os responsáveis da instituição tiveram a preocupação de reconstruir os processos do “Cartório” (antiga designação de arquivo), ordenando que fossem copiados todos os registos pertinentes para preservação na Torre do Tombo e no Arquivo do Hospital de Todos-os-Santos.

Este espólio foi sendo reunido e conservado ao longo dos séculos e, atualmente, o Arquivo preserva importantes exemplares de regulamentação interna; documentos relacionados com a atividade administrativa, como o Compromisso de 1502 (https://scml.pt/cultura/arquivo-historico/o-compromisso/), que representa os estatutos da Confraria da Misericórdia; projetos desenvolvidos junto dos mais carenciados e desprotegidos, destacando-se os elementos referentes aos Expostos (https://scml.pt/cultura/arquivo-historico/sinais-de-criancas-expostas/); elementos referentes aos diversos jogos sociais; e documentação relacionada com o apoio religioso (englobando processos de casamento, óbitos ou autênticas de relíquias).

Arquivo HistóricoCompromisso Arquivo Histórico

A Misericórdia de Lisboa possui igualmente uma importante biblioteca de Livro Antigo.

Percurso geográfico do Arquivo

A adequada reprodução e organização do espólio foi uma prioridade que se manteve tendo em vista a recuperação de todos os elementos considerados essenciais. Nesse sentido, a 3 de janeiro de 1842, surgiu uma determinação da Comissão Administrativa da SCML, referindo-se à necessidade de ser elaborado um índice geral do Cartório.

Apesar destas orientações, persistiram sempre deficiências relacionadas com uma eficaz recuperação de elementos e processos. O Arquivo continuava a necessitar de instalações adequadas e de funcionários com formação específica tal como era indicado, no final do século XIX, pelo arquivista Vítor Maximiano Ribeiro. Só assim seria viável levar a cabo um trabalho com continuidade, tendo por objetivo descrever, preservar e divulgar esta documentação de elevado valor e interesse histórico-cultural.

Este espólio permitiu que Vítor Ribeiro recolhesse elementos para escrever a primeira História da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. O sucesso desta obra foi um dos fatores que provocaram um crescente interesse pelo Arquivo desta instituição e que conduziram a várias deliberações da Mesa, até 1960, que passaram pela deslocação do arquivo e da biblioteca para outros locais pertencentes à Misericórdia sem que, porém, fossem intervencionadas as suas instalações ou contratados mais técnicos, aspetos considerados essenciais para se conseguir melhorar o trabalho desenvolvido pelo arquivo e alcançar os objetivos desejados.

Já em 1965, foi considerada a hipótese de transferir o Arquivo para parte da área que era ocupada pelo depósito de inutilizados (que ficava em Xabregas), mas tal solução também não se concretizou.

Com o passar dos anos, e sem qualquer tipo de intervenção, a situação agravou-se e fez com que, em 1971, fossem elaborados estudos para a escolha de um novo espaço, optando-se pelo imóvel na avenida D. Carlos I, n.º 126/ rua de São Bento, n.º 9, onde ainda se encontra sediado o Arquivo Histórico/ Biblioteca (designação atribuída ao serviço em 1993).  Esta área, embora mais adequada, não tinha sido construída com o objetivo de aí acondicionar processos – ficava ao nível de uma cave e não tinha compartimentação para o depósito de documentação.

Em 1987, a Mesa da Misericórdia deliberou, então, a transferência do Arquivo Histórico para S. Roque, mas a determinação não se cumpriu. Ainda assim, manteve-se a salvaguarda e recuperação do património arquivístico, tendo sido restaurados vários documentos de extremo valor e significado.

Com a explosão do volume documental (sobretudo a partir da década de 1960), o Arquivo ganhou maior visibilidade, tendo-lhe sido solicitado um crescente número de atividades, nomeadamente de avaliação e seleção da documentação, passando a haver também uma maior preocupação com a salvaguarda da informação.

Em 1994, foi requerido ao Arquivo que apresentasse uma proposta de transferência do serviço para um edifício concebido para esse fim, por forma que se evitassem novas transferências. Foi então desenvolvido um grande esforço por parte de várias instâncias da Misericórdia de Lisboa que, aliado a um programa inovador e a um período de maior disponibilidade financeira, permitiu alcançar o objetivo. Escolheu-se um parceiro de referência, através de um protocolo com a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, para elaborar um projeto arquitetónico com características e qualidade técnica, essenciais à boa preservação e segurança da documentação.

E em setembro de 2005, as obras começaram no edifício de São Roque.

Arquivo Histórico

O que mudou com o novo Arquivo?

A transferência do Arquivo Histórico trouxe consigo uma alteração profunda em termos de qualidade que se verificou não só nas condições de acondicionamento e preservação da documentação, como nas condições de trabalho de todos os colaboradores e ainda na oferta disponibilizada aos utilizadores.

As mudanças foram vastas e profundas e abrangeram um conjunto de elementos cruciais, como:

Estantes compactas – as caixas onde os documentos estão acondicionados estão instaladas num sistema de estantes rolantes com características específicas, destinadas a conservar convenientemente todo o espólio. Além da superior qualidade no acondicionamento, estas estantes permitiram colocar, numa mesma área, um volume documental muito superior ao que seria arrumado nas estantes tradicionais.

Estrutura – As estantes compactas, montadas nos diversos depósitos, exigem que a estrutura das salas suporte uma carga muito elevada, pelo que foi concebido e construído um sistema que reforça o piso superior dos depósitos, incluindo a criação de um andar intermédio, resistindo, de forma mais eficaz, a um possível terramoto.

Depósitos – As salas de depósito estão centralizadas na zona norte do imóvel e as áreas de trabalho e sala de leitura no corpo mais a sul, onde a luz natural é mais intensa. A área de depósitos está devidamente compartimentada, o que se reveste de particular importância, uma vez que nos espaços menores é relativamente mais simples e económico manter as condições ambientais sem grandes oscilações. Além disso, em caso de catástrofe, como fogo ou inundações, torna-se mais fácil confinar qualquer desses problemas apenas à sala onde este teve origem, evitando que se propague, com tanta facilidade, a outras divisões.

Safety Area Security (SAS) – O acesso aos corredores dos depósitos é feito através desta SAS, uma área que contém a zona do monta-livros, com duas portas nas extremidades que funcionam em sintonia. Assim, quando uma se abre, a outra fica encerrada até que a primeira seja devidamente fechada. Este processo garante que as atmosferas dos corredores, separados pela SAS, nunca entrem em contacto direto. O sistema evita desperdícios de energia porque se controla, de forma eficaz, o ambiente dos depósitos (temperatura, humidade, poeiras, etc.). Além disso, este método é um elemento importante de contenção de um eventual incêndio, uma vez que as duas portas são corta-fogo.

Alteração das condições de trabalho – Para as atuais instalações do Arquivo Histórico, os circuitos da documentação e os percursos dos funcionários foram estudados, por forma que garantissem a eficiência de procedimentos e um maior grau de eficácia em relação às tarefas desenvolvidas.

Higienização da documentação – O Arquivo tem uma sala específica para esse fim, equipada com uma mesa de higienização que permite desenvolver a atividade dentro dos parâmetros de segurança e proteção dos funcionários, assim como dos suportes de informação.

Área dos utilizadores – Foi das que mais sofreram alterações e para incomparavelmente melhor. O Arquivo Histórico trouxe uma sala de leitura com mais postos de trabalho, iluminação adequada e mobiliário apropriado; melhor acesso a um maior número de instrumentos de descrição documental e a bases de dados dos fundos documentais; e cacifos individuais.

Agora que já conhece um pouco da história deste valiosíssimo espaço da Santa Casa, venha conhecê-lo. Marque uma visita guiada através do e-mail: arquivo.historico@scml.pt

Santa Casa faz 525 anos

Já pode visitar a exposição “Beleza Não Tem Idade” no ModaLisboa

Foi em 2019 que doze produções fotográficas – apostadas em levar à sociedade uma nova atitude perante a idade e a sua ligação com a beleza – ornamentaram vários pontos da capital, recorrendo a modelos muito especiais. Lado a lado com caras bem conhecidas– seja pelo seu trabalho na televisão, teatro, moda, música entre outros – estiveram várias pessoas com duas coisas em comum: a beleza (de várias idades) e a sua ligação à Misericórdia de Lisboa.

Enquanto decorre a ModaLisboa, e até domingo, dia 12, pode revisitar esta mostra no espaço Lisboa Social Mitra, o polo de inovação na área social da Santa Casa.

Consulte mais informações aqui.

Delegação sul coreana visita Santa Casa

Neste contexto, a delegação sul coreana visitou, no passado dia 15 de dezembro, o Centro Intergeracional da Ferreira Borges, em Campo de Ourique, equipamento da Santa Casa, que trabalha na área do envelhecimento e em diversas respostas sociais desenvolvidas para combater as desigualdades.

O objetivo dos sete funcionários do Estado sul coreano – ligados à administração pública e que fazem parte do Ministério do Interior e da Segurança da Coreia do Sul – foi, acima de tudo, conhecer as práticas no acolhimento, apoio e acompanhamento das pessoas mais velhas seguidas pela nossa instituição.

A comitiva do país asiático escolheu visitar a Misericórdia de Lisboa, por ser uma referência nacional no âmbito da acão social e no apoio à população mais idosa. O encontro serviu para recolher informação sobre a forma como a população +65 é acolhida e cuidada pelos diversos serviços da Santa Casa, com o objetivo de replicar e melhorar o apoio prestados à população mais velha sul coreana.

Santa Casa apresenta Programação Cultural para dezembro

10º edição dos Prémios Santa Casa Neurociências. Conheça os vencedores

A entrega dos Prémios Santa Casa Neurociências decorreu esta quinta-feira, 17 de novembro, no Auditório Mariano Gago (Pavilhão do Conhecimento), em Lisboa. Os vencedores desta 10ª edição são responsáveis pelo desenvolvimento de projetos que permitem regenerar a medula espinhal em mamíferos e analisar com detalhe os dados neurofisiológicos de pacientes com doença de Parkinson implantados com a nova geração de neuroestimuladores.

No valor de 200 mil euros, o Prémio Melo e Castro – que se destina a apoiar estudos que potenciem a recuperação e o tratamento de lesões vertebro-medulares- foi entregue a Mónica Mendes de Sousa e à sua equipa de investigação do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, pelo projeto: “TARGET: Traduzir a capacidade regenerativa de Acomys”.

O grupo de Regeneração Nervosa do i3S descobriu recentemente que o ratinho espinhoso africano (Acomys) é capaz de regenerar e recuperar a função após uma lesão completa da medula espinhal, sendo uma exceção única nos mamíferos. O projeto TARGET pretende continuar a desvendar os mecanismos subjacentes à capacidade regenerativa da medula espinhal de Acomys, sendo que esta investigação poderá ser ponto de partida para o desenvolvimento de novas terapias para doentes com lesão medular.

“Já tínhamos recebido o prémio há três anos e neste espaço de tempo já conseguimos identificar os primeiros mecanismos que permitem que este mamífero possa regenerar e ganhar função após uma lesão completa da medula espinhal. Com este prémio vamos conseguir continuar o projeto”, refere Mónica Mendes de Sousa.

Vencedora

Já o estudo “Melhorando a Eficácia da Estimulação Cerebral Profunda em Doença de Parkinson, com Biomarcadores Eletrofisiológicos Personalizados e Estimulação Baseada em Avaliações Quantitativas Objetivas”, liderado por Paulo de Castro Aguiar, do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, foi galardoado com o Prémio Mantero Belard, também no montante de 200 mil euros, que financia a investigação científica ou clínica de doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, como Parkinson e Alzheimer.

O projeto vencedor, que conta igualmente com a colaboração de clínicos do Hospital de São João e investigadores do INESC-TEC, tira partido de uma nova geração de neuroestimuladores, para registar a atividade neuronal na zona do cérebro que está a ser estimulada. O objetivo é desenvolver algoritmos “inteligentes” que otimizem os parâmetros da estimulação elétrica de acordo com as características da atividade neuronal de cada paciente. Além do i3S, este projeto conta com a colaboração de clínicos do Hospital de São João e investigadores do INESC-TEC.

“Estes prémios são um catalisador para fazer com que a comunidade médica e a comunidade de investigação trabalhem em conjunto. Este projeto é o concretizar dessa vontade”, explica Paulo de Castro Aguiar.

Paulo de Castro Aguiar

Também na cerimónia foi entregue o Prémio João Lobo Antunes. Criada, em 2017, em homenagem ao neurocirurgião João Lobo Antunes, esta distinção destina-se a licenciados em medicina em regime de internato médico, com o objetivo de estimular a cultura científica e a investigação clínica na área das neurociências.

O vencedor deste ano foi o investigador David Berhanu, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e do Serviço de Imagiologia Neurológica do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que recebe 40 mil euros para levar a cabo um projeto sobre a abordagem clínica dos doentes com patologias neurológicas e neurocirúrgicas. O estudo “Optic Nerve Anatomy and Imaging – A Surrogate for Intracranial Pressure” utiliza técnicas neuroimagiológicas não invasivas, para determinar a pressão intracraniana no paciente.

“Este é um projeto multidisciplinar. Só assim é possível, com esta colaboração entre todas estas pessoas, até porque estou numa fase ainda precoce do meu percurso profissional”, sublinha o galardoado.

David Berhanu

Na sua intervenção, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, salientou que os Prémios Santa Casa Neurociências são “um sinal de uma investigação científica rigorosa e com qualidade”, salientando que “é um orgulho para a Santa Casa poder estar associada a percursos de investigação e desenvolvimento que tanto têm contribuído para que possa existir mais qualidade de vida dos nossos doentes e para avanços científicos muito significativos”.

“A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem a consciência de que o melhor contributo que pode dar para a investigação científica e clínica é, por um lado, podermos ser parceiros e de nos associarmos aos esforços de investigação, e, por outro, conseguirmos incorporar no nosso trabalho diário todas as dimensões da investigação científica”, afirmou o provedor.

Os vencedores desta edição foram escolhidos por um júri presidido por José Manuel Castro Lopes (vice-reitor da Universidade do Porto), do qual também faziam parte Catarina Aguiar Branco (Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação), Catarina Resende de Oliveira (Universidade de Coimbra), Cristina Januário (Sociedade Portuguesa de Neurologia), Jorge Jacinto (Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão), George Perry (College of Science, da Universidade do Texas e nomeado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), João Malva (Sociedade Portuguesa de Neurociências), José Ferro (Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e nomeado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) e Mamede de Carvalho (Universidade de Lisboa).

Na cerimónia decorreram, ainda, duas mesas redondas sob os temas “Investigação clínica e inovação Biomédica – uma componente chave na prestação de melhores cuidados de saúde” e “Como fazemos ciência em saúde”.

Reveja o vídeo da cerimónia, em baixo.

 

Como o SOL alterou o paradigma da saúde oral em Lisboa

A disponibilização de cuidados de saúde oral de forma comparticipada a crianças e jovens até aos 18 anos já era uma resposta que a instituição assegurava em alguns equipamentos de saúde. Em 2019, a instituição decidiu inovar e criar um espaço único dedicado e especializado em cuidados de saúde oral infantil, tendo então inaugurado o SOL – Saúde Oral em Lisboa.

Desde cedo que o trabalho do serviço odontopediátrico da Santa Casa tem sido alvo de rasgados elogios, não só pelos utilizadores da mesma, como também pela comunidade académica, sendo por várias vezes também destacado em vários artigos científicos publicados em revistas da especialidade.

“O SOL utiliza uma abordagem que reconhece a importância de combater os determinantes sociais, políticos e culturais subjacentes à saúde oral, e que afirma o conceito de saúde oral como um direito, com ênfase na atenção precoce, na prevenção da doença e na criação de hábitos saudáveis”, reconhece André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do equipamento. Os problemas de saúde oral “afetam desproporcionalmente os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade, estando intimamente ligadas ao status socioeconómico e aos determinantes sociais mais amplos”, acrescenta ainda.

O responsável explica, ainda, que a dificuldade de acesso a cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde foi um dos problemas que motivaram a criação deste serviço, considerando que o SOL “é inovador e único porque faz uma abordagem diferente ao desafio que é mudar o paradigma de acesso aos cuidados de saúde oral, complementando, em Lisboa, o Serviço Nacional de Saúde com uma resposta integral de cuidados de saúde oral para todas as crianças e jovens até aos 18 anos”.

André Brandão

Ao longo dos últimos três anos, contabilizam-se já alguns trabalhos de investigação publicados pela equipa multidisciplinar do SOL. Entre eles, destaque para o estudo, de 2021, sobre os hábitos alimentares das crianças, realizado durante o período de confinamento, que indicou que nos primeiros meses da pandemia, as crianças ingeriram mais produtos açucarados do que era habitual, mas que, em contrapartida, consumiram mais fruta fresca. Este trabalho, com base em respostas recolhidas junto de 1.566 crianças, entre os 0 e os 18 anos, foi posteriormente publicado, em formato digital e pode ser obtido na página da loja da Cultura Santa Casa.

Recentemente foi publicado um artigo no International Journal of Environmental Reserch and Public Health, da autoria da equipa do SOL, que retrata a prevalência de bruxismo do sono, nas crianças e jovens dos 0 aos 18 anos. “O artigo publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health, Prevalence of Sleep Bruxism Reported by Parents/Caregivers in a Portuguese Pediatric Dentistry Service: A Retrospective Study, por se tratar da nossa primeira publicação numa revista Q1 (quartil 1), foi um fator de orgulho e de que conseguimos realmente fazer a diferença”, realça André Brandão de Almeida.

Para o diretor clínico, o futuro do SOL passa por continuar a apostar “em outras áreas importantes da saúde oral, como a nutrição ou a terapia da fala, e continuar a solidificar o nosso núcleo de investigação e pesquisa para podermos não só ter melhores práticas clínicas, mas também para podermos partilhar os nossos protocolos e resultados”.

A investigação científica “é um enorme desafio”, mas que requer “total disponibilidade”, “excelência clínica” e uma aposta “na investigação e na formação contínua, não deixando ninguém para trás”, concluiu ainda o responsável.

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas