Cinco anos a cuidar dos sorrisos dos mais novos. O SOL, Serviço Odontopediátrico de Lisboa, assinala esta terça-feira o seu 5.º aniversário, prosseguindo, dia após dia, a nobre missão de prestar cuidados de saúde oral gratuitos a todas as crianças e jovens que residam ou estudem no concelho de Lisboa.
Foi em 2019 que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lançou este equipamento pioneiro e, ainda hoje, único no país. Numa resposta complementar ao próprio Serviço Nacional de Saúde, o SOL atingiu rapidamente o seu público-alvo e tornou-se numa referência na área da saúde oral, traduzida nos impressionantes números que alcançou em pouco tempo.
Esta valência da Santa Casa conta hoje com quase 20 mil utentes, num registo inclusivo que engloba um total de 71 nacionalidades diferentes e que não para de crescer. Foram realizadas até agora cerca de 141 mil consultas, rondando as 200 por dia e das quais resultou, por exemplo, a colocação de mais de 2.400 aparelhos ortodônticos.
André Brandão de Almeida, atual administrador da Santa Casa com o pelouro da Direção de Saúde, foi fundador e coordenador do SOL até 2024 e faz o balanço destes cinco anos de atividade.
“A Santa Casa criou, com o SOL, uma verdadeira resposta de serviço público, complementar ao SNS, numa área que ainda está longe de ter uma resposta efetiva e assumiu a missão de garantir cuidados de saúde oral a todas as crianças da cidade Lisboa, independentemente de qualquer condição económica ou social. Dotado de uma equipa fantástica, conseguimos ainda produzir vários artigos e apresentações científicas bem como dezenas de folhetos informativos e protocolos clínicos”, lembra.
É este incansável trabalho de uma vasta e experiente equipa de profissionais que tem contribuído para melhorar os índices de saúde oral de bebés, crianças e adolescentes em Lisboa, através do acompanhamento nas áreas de Ortodontia, Endodontia, Cirurgia Oral, Dentisteria e Higiene Oral.
Paralelamente, o SOL tem desenvolvido uma componente de investigação, produzindo novos conhecimentos e abordagens científicas no âmbito da saúde oral. Até ao momento, trabalhou em cerca 40 projetos de investigação.
Já este ano, o Serviço Odontopediátrico de Lisboa foi distinguido pela Direção-Geral da Saúde na 1.ª edição da iniciativa Boas Práticas em Saúde Oral, “pelos relevantes serviços prestados à comunidade e pelo seu comprometimento e dedicação em contribuir para a saúde da população”.
“O objetivo é ajudar a mudar o paradigma do acesso à saúde oral. O investimento foi e ainda é muito grande, mas imensamente mais pequeno comparado ao que nos custará a todos se não passarmos do atual modelo reabilitador para o modelo preventivo. Se ao custo dos tratamentos adicionarmos os custos inerentes ao absentismo escolar e laboral, à subprodução no trabalho, à redução na capacidade de aprendizagem, à desregulação de outras doenças, ao adiamento de cirurgias programadas por infeções orais agudas, aos problemas de socialização, à má nutrição pela dificuldade na mastigação ou ingestão de certos alimentos, entre outros, facilmente percebemos que o custo de deixar a doença seguir o seu trajeto será terrivelmente maior. Maior para a pessoa, para a família, para os empregadores, para o estado, para a sociedade em geral”, refere André Brandão de Almeida.
O fundador do SOL diz ser “aqui que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa faz a diferença”.
“Investe agora, para que o futuro de todos seja melhor”, conclui o administrador com o pelouro da Direção de Saúde.