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Associação Brasileira de Odontopediatria visita SCML e SOL para troca de experiências

Foi a pensar numa parceria futura para potenciar a investigação na área da Odontopediatria que surgiu a ideia deste encontro entre a Associação Brasileira de Odontopediatria (ABOPED) e a SCML, para apresentar o Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL), um projeto pioneiro e inovador em Portugal, com o cunho da Santa Casa.

“A professora Aparecida Machado foi a anterior presidente da ABOPED e é uma autoridade na área da pediatria. Na altura da pandemia eu convidei-a para fazer um conjunto de formações online à equipa do SOL, algo que simpaticamente ela aceitou. Aproveitámos o facto de ela estar em Portugal neste fim-de-semana para a convidarmos a vir conhecer, não só a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, como as instalações do SOL, tendo em conta que foi, e é, um projeto que muito a impressionou”, explica André Brandão de Almeida.

O que se pretende a partir de agora é criar sinergias na investigação, produzida há já muitos anos no Brasil. “O SOL é um trabalho extraordinário, mas é ainda um bebé que precisa de crescer. E esta aposta na investigação poderá dar aqui um grande aporte”, acrescentou o administrador.

Um dos focos desta investigação irá centrar-se num material desenvolvido por Sandra Kalil Bussadori (presidente da ABOPED), chamado ‘papacárie’ – um gel à base de papaína, enzima extraída da casca do mamão, que trata as cáries evitando intervenções invasivas dos aparelhos utilizados em procedimentos dentários (brocas, por exemplo).

“Temos uma grande lista de espera, pelo que se conseguíssemos eliminar 50% desta lista através do uso deste químico, seria algo extraordinário, ao mesmo tempo que poderíamos ser uma espécie de espaço-piloto para medirmos os efeitos, em grande escala, desta inovação”, desenvolveu André Brandão de Almeida.

O SOL foi criado em 2019 pela Santa Casa, enquanto resposta complementar ao SNS, tendo atualmente quase 20 mil utentes. Presta cuidados de saúde oral, isentos de custo para as famílias, a todas as crianças e jovens até aos 18 anos que residam no concelho de Lisboa, independentemente da sua condição socioeconómica ou nacionalidade. Até ao momento já realizou mais de 141 mil consultas gratuitas a crianças e jovens de 71 nacionalidades, e colocou ainda 2.430 aparelhos ortodônticos.

SOL assinala cinco anos a cuidar dos sorrisos dos mais novos

Cinco anos a cuidar dos sorrisos dos mais novos. O SOL, Serviço Odontopediátrico de Lisboa, assinala esta terça-feira o seu 5.º aniversário, prosseguindo, dia após dia, a nobre missão de prestar cuidados de saúde oral gratuitos a todas as crianças e jovens que residam ou estudem no concelho de Lisboa.

Foi em 2019 que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lançou este equipamento pioneiro e, ainda hoje, único no país. Numa resposta complementar ao próprio Serviço Nacional de Saúde, o SOL atingiu rapidamente o seu público-alvo e tornou-se numa referência na área da saúde oral, traduzida nos impressionantes números que alcançou em pouco tempo.

Esta valência da Santa Casa conta hoje com quase 20 mil utentes, num registo inclusivo que engloba um total de 71 nacionalidades diferentes e que não para de crescer. Foram realizadas até agora cerca de 141 mil consultas, rondando as 200 por dia e das quais resultou, por exemplo, a colocação de mais de 2.400 aparelhos ortodônticos.

André Brandão de Almeida, atual administrador da Santa Casa com o pelouro da Direção de Saúde, foi fundador e coordenador do SOL até 2024 e faz o balanço destes cinco anos de atividade.

“A Santa Casa criou, com o SOL, uma verdadeira resposta de serviço público, complementar ao SNS, numa área que ainda está longe de ter uma resposta efetiva e assumiu a missão de garantir cuidados de saúde oral a todas as crianças da cidade Lisboa, independentemente de qualquer condição económica ou social. Dotado de uma equipa fantástica, conseguimos ainda produzir vários artigos e apresentações científicas bem como dezenas de folhetos informativos e protocolos clínicos”, lembra.

É este incansável trabalho de uma vasta e experiente equipa de profissionais que tem contribuído para melhorar os índices de saúde oral de bebés, crianças e adolescentes em Lisboa, através do acompanhamento nas áreas de Ortodontia, Endodontia, Cirurgia Oral, Dentisteria e Higiene Oral.

Paralelamente, o SOL tem desenvolvido uma componente de investigação, produzindo novos conhecimentos e abordagens científicas no âmbito da saúde oral. Até ao momento, trabalhou em cerca 40 projetos de investigação.

Já este ano, o Serviço Odontopediátrico de Lisboa foi distinguido pela Direção-Geral da Saúde na 1.ª edição da iniciativa Boas Práticas em Saúde Oral, “pelos relevantes serviços prestados à comunidade e pelo seu comprometimento e dedicação em contribuir para a saúde da população”.

“O objetivo é ajudar a mudar o paradigma do acesso à saúde oral. O investimento foi e ainda é muito grande, mas imensamente mais pequeno comparado ao que nos custará a todos se não passarmos do atual modelo reabilitador para o modelo preventivo. Se ao custo dos tratamentos adicionarmos os custos inerentes ao absentismo escolar e laboral, à subprodução no trabalho, à redução na capacidade de aprendizagem, à desregulação de outras doenças, ao adiamento de cirurgias programadas por infeções orais agudas, aos problemas de socialização, à má nutrição pela dificuldade na mastigação ou ingestão de certos alimentos, entre outros, facilmente percebemos que o custo de deixar a doença seguir o seu trajeto será terrivelmente maior. Maior para a pessoa, para a família, para os empregadores, para o estado, para a sociedade em geral”, refere André Brandão de Almeida.

O fundador do SOL diz ser “aqui que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa faz a diferença”.

“Investe agora, para que o futuro de todos seja melhor”, conclui o administrador com o pelouro da Direção de Saúde.

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Um modelo a replicar: SOL dá sorrisos saudáveis a 20 mil crianças e jovens

Desde 2019, que as crianças e jovens de Lisboa podem recorrer, gratuitamente, a cuidados de saúde oral, graças ao Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL), uma valência da Santa Casa ímpar a nível nacional e internacional e cujos números traduzem o sucesso da sua implementação.

Todas as crianças e jovens até aos 18 anos, que sejam residentes ou estudem no concelho de Lisboa, são elegíveis e já são milhares aquelas que recorrem a este equipamento. Com cerca de 20 mil utentes e, em média, quase 200 consultas por dia, rapidamente os serviços ficaram preenchidos, mas o atendimento é sempre feito com o selo de máxima qualidade.

“A questão da gratuitidade ser aliada à qualidade é complexa, porque há uma desconfiança. Mas procuramos contrariar isso, dando um acesso universal com o máximo de qualidade, com profissionais já experientes e formados naquela área de atuação. Trabalhar com crianças é muito específico e desafiante”, sublinha André Brandão de Almeida, diretor clínico do SOL, que realça as tecnologias de topo usadas pelo serviço.

“Temos equipamentos que qualquer clínica privada de topo usa. Mas só essas, porque são equipamentos que não estão ao alcance da maior parte das clínicas”, frisa.

Mesmo em situações que seriam, à partida, mais dispendiosas, como a colocação de aparelhos dentários, o SOL chega a garanti-las sem custos, fazendo com que o diretor clínico do equipamento aponte esta resposta da Santa Casa como sendo única no mundo.

“Dificilmente vemos um exemplo como o SOL. Há vários exemplos do Estado a intervir ou de Organizações Não Governamentais, mas, normalmente, dão respostas apenas às populações muito carenciadas e só em casos agudizados. Não há nenhum serviço, em nenhuma parte do mundo, que dê um aparelho ortodôntico a um paciente de forma gratuita e nós fazemos isso. Mas não fazemos a questão estética. Temos um índice com vários graus de severidade. Se existir comprometimento funcional da saúde da criança, então sim”, assegura.

Ainda há caminho a fazer, até porque o estudo inicial, no arranque do projeto, previa um público-alvo de 50 mil pessoas, mas deu-se posteriormente o alargamento a estudantes na cidade de Lisboa – alguém que, por exemplo, entre com 17 anos numa faculdade da cidade, tem acesso ao SOL – e a chegada de muitos imigrantes à capital, como refletem as 68 nacionalidades que compõem os pacientes da clínica.

Questionado sobre onde vê o SOL daqui a outros cinco anos, o responsável não hesita: “Num sítio maior, com uma lista de espera menor e a dar acesso ainda a mais crianças, mas com a mesma missão”.

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Replicar é o caminho

O modelo do SOL, com sucesso comprovado nestes cinco primeiros anos de atuação, deveria, na opinião de André Brandão de Almeida, ser replicado pelo país. E é por aqui que o diretor clínico entra na questão da saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Essa implementação tem sido feita, mas muito timidamente. Deve haver cerca de 100 médicos no SNS e só para casos muito específicos. Uma vez mais o modelo do SOL pode ser replicado nessas instituições, porque garantimos aos nossos médicos uma carreira que tenta dar-lhes um conjunto de benefícios para a sua prática clínica. Por exemplo, têm uma hora por semana dedicada à investigação”, explica.

O alargamento da oferta pública de saúde oral pode, segundo o diretor do SOL, trazer grandes benefícios à população e ao próprio Estado no futuro.

“Se conseguirmos, com escolas e centros de saúde, dar acesso a uma consulta, mesmo que as crianças não tenham nenhuma queixa, rapidamente os nossos índices, que são dos piores da Europa, se convertem nos melhores. Porque conseguíamos garantir o atendimento precoce e percecionar alguma lesão; precaver adiamentos de cirurgias devido a infeções orais agudas; os tratamentos seriam mais simples e mais baratos, porque as crianças seriam adultos mais saudáveis; teriam, por exemplo, menos problemas de emprego por causa da imagem; o próprio Estado pouparia milhões de euros em comparticipações de medicamentos; haveria poupança nas próprias empresas, que não teriam faltas e ausências de funcionários por dores dentárias; e o próprio trajeto escolar seria beneficiado – imaginem uma criança com dor de dentes numa sala de aula a tentar aprender”, enumera.

Dia assinalado em diversos serviços

O Dia Mundial da Saúde Oral, assinalado a 20 de março, é comemorado hoje em diversos serviços da Misericórdia de Lisboa.

Na US Oriental José Domingos Barreiro haverá rastreios e sessões de grupo sobre “Saúde Oral na gravidez”, ao passo que na Obra Social do Pousal será realizado um “Denty Paper” com os utentes, além de uma intervenção terapêutica de treino cognitivo de higiene oral.

Já nos 28 equipamentos de apoio à infância (creches, jardins de infância e grupos de jovens) foram afixados cartazes do SOL e distribuídos pelas crianças, famílias e profissionais folhetos sobre saúde oral do bebé e da criança.

Por fim, na US Liberdade serão iniciadas atividades lúdico-pedagógicas e intergeracionais sobre promoção da saúde oral, que se manterão até ao final do mês.

Conselhos básicos para uma boa saúde oral:

  • Visitar regularmente o médico dentista. Idealmente a cada seis meses mas, anualmente, é aceitável. Nunca apenas em caso de queixas.

  • Escovar os dentes, no mínimo, duas vezes por dia: à noite e ao acordar. Escovagens de dois minutos, com pasta com flúor.

  • Usar fio dentário ou escovilhão, pelo menos uma vez por dia, idealmente à noite. A escova não chega aos espaços interdentários.

  • Ter uma alimentação cuidada, com um consumo moderador de açúcar. As cáries são a lesão mais prevalente, mas são também facilmente evitáveis.

Santa Casa celebra protocolo de cooperação com a Egas Moniz School of Health and Science

Santa Casa celebra protocolo com a Egas Moniz School of Health & Science

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através do serviço odontopediátrico SOL – Saúde Oral em Lisboa, e a Egas Moniz School of Health & Science juntaram-se num protocolo de colaboração com vista à promoção da investigação contínua conjunta, bem como a organização de formações, apresentação de projetos e apoio a doutoramentos.

Tânia Matos, diretora de Saúde da Santa Casa, explicou que o objetivo é alavancar novos conhecimentos.

“O protocolo com a Egas Moniz surgiu naturalmente. Temos todo o interesse em aprofundar a investigação científica e só conseguimos fazê-lo de forma rigorosa com estes parceiros e com a academia. Isto parte com este projeto do SOL, mas deve alargar-se às outras áreas da saúde”, referiu.

Por seu lado, André Brandão de Almeida, diretor clínico e coordenador do SOL, lembrou que este tem “uma carteira de pacientes alargada e diversa”.

“Já temos quase 15 mil inscritos e estes dados servirão para estudar com mais rigor e produzir conhecimento científico. Não só medir, mas procurar novas formas de atuar”, começou por dizer, abordando depois o parceiro escolhido.

“A Egas Moniz tem um centro de investigação muito dinâmico. Além disso, como tem muitas licenciaturas na área da saúde oral, interessa-lhes também colocar os seus formandos em estágios, por exemplo, numa área onde somos um centro de referência”, perspetivou.

Juntar dois mundos

Por fim, José João Mendes, presidente da Egas Moniz School of Health & Science, agradeceu “a oportunidade de ter a Santa Casa como parceiro, um parceiro de prestígio com mais de 500 anos de história”.

“O projeto SOL é superinovador em Portugal e, nessa perspetiva, tendo a casuística que tem, achamos que, da nossa parte, poderemos ser um excelente complemento à ação deste projeto. Eles têm os dados e nós a investigação. Juntamos os dois mundos”, concluiu.

SOL – Saúde Oral em Lisboa. Há três anos a criar sorrisos

Acesso universal, prevenção e atendimento precoce. Estes são os três pilares que fazem do SOL – Saúde Oral em Lisboa uma resposta inovadora. Desde agosto de 2019 que o serviço odontopediátrico da Misericórdia de Lisboa tem vindo a dar às crianças e jovens da cidade mais motivos para sorrir, assumindo-se, cada vez mais, como um complemento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para o diretor clínico e coordenador do SOL, André Brandão de Almeida, a escassez de respostas públicas deixa demasiadas pessoas sem acesso a cuidados de saúde oral, afetando, sobretudo, “os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade”. O objetivo do SOL passa por disseminar o conceito de saúde oral como um direito, através de uma abordagem com ênfase na atenção precoce, na prevenção da doença e na criação de hábitos saudáveis.

“O SOL constitui essa abordagem inovadora que se traduzirá na obtenção de ganhos em saúde e na mudança efetiva de comportamentos, contribuindo decisivamente para a melhoria dos índices das doenças orais na nossa população e para a consciencialização dos pais/cuidadores sobre a importância do trabalho preventivo e precoce, por forma a melhorar a saúde oral e a qualidade de vida das crianças”, explica André Brandão de Almeida.

Como o SOL alterou o paradigma da saúde oral em Lisboa

A disponibilização de cuidados de saúde oral de forma comparticipada a crianças e jovens até aos 18 anos já era uma resposta que a instituição assegurava em alguns equipamentos de saúde. Em 2019, a instituição decidiu inovar e criar um espaço único dedicado e especializado em cuidados de saúde oral infantil, tendo então inaugurado o SOL – Saúde Oral em Lisboa.

Desde cedo que o trabalho do serviço odontopediátrico da Santa Casa tem sido alvo de rasgados elogios, não só pelos utilizadores da mesma, como também pela comunidade académica, sendo por várias vezes também destacado em vários artigos científicos publicados em revistas da especialidade.

“O SOL utiliza uma abordagem que reconhece a importância de combater os determinantes sociais, políticos e culturais subjacentes à saúde oral, e que afirma o conceito de saúde oral como um direito, com ênfase na atenção precoce, na prevenção da doença e na criação de hábitos saudáveis”, reconhece André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do equipamento. Os problemas de saúde oral “afetam desproporcionalmente os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade, estando intimamente ligadas ao status socioeconómico e aos determinantes sociais mais amplos”, acrescenta ainda.

O responsável explica, ainda, que a dificuldade de acesso a cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde foi um dos problemas que motivaram a criação deste serviço, considerando que o SOL “é inovador e único porque faz uma abordagem diferente ao desafio que é mudar o paradigma de acesso aos cuidados de saúde oral, complementando, em Lisboa, o Serviço Nacional de Saúde com uma resposta integral de cuidados de saúde oral para todas as crianças e jovens até aos 18 anos”.

André Brandão

Ao longo dos últimos três anos, contabilizam-se já alguns trabalhos de investigação publicados pela equipa multidisciplinar do SOL. Entre eles, destaque para o estudo, de 2021, sobre os hábitos alimentares das crianças, realizado durante o período de confinamento, que indicou que nos primeiros meses da pandemia, as crianças ingeriram mais produtos açucarados do que era habitual, mas que, em contrapartida, consumiram mais fruta fresca. Este trabalho, com base em respostas recolhidas junto de 1.566 crianças, entre os 0 e os 18 anos, foi posteriormente publicado, em formato digital e pode ser obtido na página da loja da Cultura Santa Casa.

Recentemente foi publicado um artigo no International Journal of Environmental Reserch and Public Health, da autoria da equipa do SOL, que retrata a prevalência de bruxismo do sono, nas crianças e jovens dos 0 aos 18 anos. “O artigo publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health, Prevalence of Sleep Bruxism Reported by Parents/Caregivers in a Portuguese Pediatric Dentistry Service: A Retrospective Study, por se tratar da nossa primeira publicação numa revista Q1 (quartil 1), foi um fator de orgulho e de que conseguimos realmente fazer a diferença”, realça André Brandão de Almeida.

Para o diretor clínico, o futuro do SOL passa por continuar a apostar “em outras áreas importantes da saúde oral, como a nutrição ou a terapia da fala, e continuar a solidificar o nosso núcleo de investigação e pesquisa para podermos não só ter melhores práticas clínicas, mas também para podermos partilhar os nossos protocolos e resultados”.

A investigação científica “é um enorme desafio”, mas que requer “total disponibilidade”, “excelência clínica” e uma aposta “na investigação e na formação contínua, não deixando ninguém para trás”, concluiu ainda o responsável.

 

Um SOL de portas abertas

No âmbito de uma parceria com a Junta de Freguesia de Arroios, o SOL abriu as suas portas a todos os alunos do 1º ciclo que frequentam os agrupamentos de escolas Nuno Gonçalves e Luís de Camões, em Lisboa. A ação teve lugar por altura das comemorações do Dia Mundial da Saúde, que foi assinalado pela freguesia com uma feira dedicada ao tema, que teve lugar entre os dias 4 e 8 de abril.

A iniciativa de proximidade teve como objetivo promover a saúde oral junto da comunidade escolar, na área de abrangência da freguesia de Arroios, bem como dar a conhecer os serviços que este equipamento, da Misericórdia de Lisboa, dispõe.

Ao longo de toda a semana, foram realizadas mais de 30 consultas a crianças e jovens, entre os 5 e os 16 anos, onde as patologias mais prevalentes detetadas foram a má oclusão (desadequada relação entre os dentes e os maxilares) e cáries. Posteriormente, foram agendadas consultas de higiene oral e de odontopediatria de seguimento e de tratamento.

Durante as visitas das crianças e jovens ao SOL, foram ainda realizadas algumas ações de sensibilização sobre saúde oral, onde a equipa do espaço deu algumas “dicas” de prevenção de doenças da cavidade oral, como a adoção de uma alimentação saudável, a manutenção de uma correta higiene oral, com a lavagem dos dentes pelo menos duas vezes ao dia, e um acompanhamento periódico em consultas de odontopediatria, de seis em seis meses.

Este SOL brilha mesmo para todos

O SOL abriu em agosto de 2019 e, desde então, o crescimento da procura tem sido notório. O acesso é isento de custos, exceto nos tratamentos e intervenções em ortodontia, mas os beneficiários de abono de família devidamente comprovado estão isentos do pagamento de qualquer ato, tratamento e intervenção neste serviço.

Com um conceito e objetivos claros, melhorar os índices de saúde oral da cidade de Lisboa e tornar-se num centro de referência, esta resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa abriu portas para facilitar o acesso de crianças e jovens, residentes ou a estudar no concelho de Lisboa, a cuidados de saúde oral.

A equipa atual é constituída por médicos dentistas, higienistas orais, assistentes dentários e técnicos administrativos. Os profissionais, com elevada formação, experiência e uma clara vocação para cuidados de medicina dentária em crianças e jovens, têm como objetivos promover a saúde oral, prevenir a doença e apostar na literacia em saúde de familiares e cuidadores, para a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis.

SOL – Saúde Oral em Lisboa: há dois anos a cuidar dos sorrisos dos mais jovens

O SOL – Saúde Oral em Lisboa, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa, situa-se no coração da cidade, mais concretamente na Avenida Almirante Reis nº 219. Foi inaugurado a 20 de agosto de 2019, e é uma resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a todas as crianças e jovens (dos 0 aos 18 anos) residentes ou estudantes em Lisboa.

Um SOL que brilha para todos. Os cuidados prestados são isentos de pagamento, independentemente da condição social ou económica dos pacientes. Para validar a inscrição neste equipamento da Misericórdia de Lisboa, basta apresentar o documento de identificação e, através do recurso a um leitor de cartões, é verificada a morada de residência e a idade. Desde a sua abertura, a procura aos serviços do SOL tem tido um crescimento notório.

Dois anos depois, um balanço positivo

Em apenas dois anos, mais de 9.000 pessoas, de 38 nacionalidades, solicitaram os cuidados do SOL – Saúde Oral em Lisboa, e foram realizadas cerca de 40.000 consultas. Os tipos de consultas dividiram-se entre Endodontia (1.000), Telemedicina (1.500), Ortodontia (2.600), Cirurgia Oral (2.700), Dentística Operatória (7.000), Medicina Dentária Preventiva/Higiene Oral (12.300), Medicina Dentária Generalista (13.000).

André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, faz um balanço positivo destes dois anos de funcionamento do serviço odontopediátrico da Misericórdia de Lisboa e destaca a importância do trabalho preventivo na saúde oral das crianças e jovens.

“Estes dois anos mostraram uma realidade que nos obriga, ainda, a tratar mais do que prevenir. A nossa abordagem ainda é muito curativa. De tratamentos recorrentes. De milhares de crianças com necessidades de vários tipos de tratamento. Temos que, progressivamente, alterar essa resposta, para que seja cada vez mais uma resposta preventiva, de tratamento precoce, de mudança de hábitos, envolvendo a família e a comunidade”.

André de Almeida explica que “a ocorrência de infeção e dor podem alterar os hábitos alimentares e do sono. E estes impactos nas atividades quotidianas não se circunscrevem à criança, acabam também por afetar a sua família e, por essa via, a sociedade em geral. Também sabemos que as doenças orais afetam desproporcionalmente os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade, estando intimamente ligadas ao status socioeconómico e aos determinantes sociais mais amplos”, alerta.

O coordenador e diretor clínico deste serviço acredita que “o SOL pode constituir essa abordagem inovadora que se traduzirá na obtenção de ganhos em saúde e na mudança efetiva de comportamentos, contribuindo decisivamente para a melhoria dos índices das doenças orais na nossa população e para a consciencialização dos pais/cuidadores sobre a importância do trabalho preventivo e precoce, por forma a melhorar a saúde oral e a qualidade de vida das crianças. É um enorme desafio e um longo caminho! Mas que faremos sem receio, com total disponibilidade e procurando a excelência clínica, apostando na investigação, na formação continuada e não deixando ninguém para trás”, finaliza.

Desde a inauguração, a equipa do SOL trabalhou em vários projetos de investigação: 15 revisões bibliográficas; duas apresentações clínicas em congressos; 11 protocolos/guidelines; nove guias/orientações para pais/cuidadores; seis casos clínicos; quatro estudos e um volume de cadernos técnicos.

Estudo do SOL conclui que crianças ingeriram mais produtos açucarados nos primeiros meses da pandemia

Um dos exemplos dos vários projetos da equipa do SOL é o mais recente estudo sobre os hábitos alimentares das crianças, realizado durante o período de confinamento. Este revelou que, nos primeiros meses da pandemia, as crianças ingeriram mais produtos açucarados do que era habitual. Mas que também consumiram mais fruta fresca.

Com base em respostas recolhidas junto de 1.566 crianças, entre os 0 e os 18 anos, os autores do estudo concluíram também que houve algumas alterações também ao nível do sono e da frequência com que se lavaram os dentes.

Consulte o referido estudo na íntegra, aqui.

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita SOL

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, visitou o SOL – Saúde Oral em Lisboa, esta quarta-feira, 21 de julho. Recebido por André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, e por Tânia Matos, diretora da Direção de Saúde Santa Casa, o responsável ficou mais próximo do propósito deste serviço, o seu funcionamento, a organização e os novos projetos em curso.

Depois de visitar as instalações, conhecer o equipamento e a equipa médica, o bastonário da Ordem dos Médicos elogiou a resposta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e defendeu que o SOL deveria replicado no resto do país.

“Eu já conhecia o projeto (SOL). Fiquei agradavelmente surpreendido. Sabemos que a resposta do setor social para a área da saúde oral e para a medicina dentária é fundamental. As condições são excelentes, há uma equipa muito consolidada, muito capaz e com grande competência técnica que dá uma resposta ao mais alto nível, não diferenciando ninguém”, considerou Miguel Pavão.

“Tenho dito que o sol (SOL) deveria nascer para todos, não deveria ficar apenas confinado na zona de Lisboa, e temos aqui a importância e provas dadas de um projeto que não envergonha ninguém a nível internacional”, acrescentando que “era fundamental que o setor social pudesse receber estímulos para replicar este projeto”.

Visivelmente satisfeito pela visita do bastonário, André Almeida sublinhou que esta visita foi uma oportunidade para o bastonário “conhecer in loco a resposta da Misericórdia de Lisboa, ou seja, os princípios fundamentais, o projeto, a missão, a equipa, os equipamentos e os seus cuidados personalizados. Eu creio, sem falsas modéstias, que o senhor bastonário ficou bem impressionado” com o trabalho aqui realizado.

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita SOL

Já Tânia Matos defendeu que a Santa Casa pode “incentivar e reforçar” as vantagens que este tipo de respostas têm para a população. “E, portanto, seria uma grande mais valia poder replicar esta resposta no resto do país”.

O coordenador e diretor clínico do SOL e a responsável da Direção de Saúde Santa Casa consideram que o SOL veio alterar o paradigma da saúde oral. Ao apostar na prevenção e nos tratamentos precoces, evitam-se muitas complicações no futuro, promovendo-se a qualidade de vida e o bem-estar das famílias, que são o público-alvo desta resposta.

O SOL – Saúde Oral em Lisboa, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa, situa-se no coração da cidade, mais concretamente na Avenida Almirante Reis nº 219. Foi inaugurado a 20 de agosto de 2019, e é uma resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, isenta de pagamento, a todas as crianças e jovens (dos 0 aos 18 anos) residentes ou estudantes em Lisboa.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas