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Saúde mental. Ciclo de seminários esclarece dúvidas das equipas da Santa Casa

Os direitos humanos constituem uma questão prioritária nos cuidados prestados às pessoas que sofrem de doenças mentais? Foi para esclarecer esta e outras dúvidas que mais de 200 pessoas participaram no “Seminário Direitos Humanos e Saúde Mental”, que decorreu na passada sexta-feira, 12 de março, via Zoom. Depois de sucessivos adiamentos provocados pela Covid-19, o evento teve de adaptar-se ao contexto pandémico – com uma transição para o digital – para dar início a um ciclo de conferências, que irá estender-se até fevereiro de 2022.

Na primeira sessão de formação deste evento, organizado pelo Lisbon Institute of Global Mental Health em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a abertura oficial esteve a cargo do administrador da Ação Social da Misericórdia de Lisboa. Sérgio Cintra deu nota de que “o ciclo de seminários tem como tema central a saúde mental” e que a primeira sessão seria subordinada à “importância dos direitos humanos, nomeadamente no internamento compulsivo e noutras medidas coercivas”.

Sérgio Cintra aproveitou ainda para revelar os principais pontos do programa do ciclo de seminários que prolongar-se-á até 25 de fevereiro de 2022. A próxima sessão decorre a 14 de maio, numa conferência onde o impacto da Covid-19 na saúde mental dos utentes e na prestação de cuidados será o tema central. A saúde mental nas pessoas idosas, em vítimas de violência doméstica ou a experiência dos Serviços de Saúde Mental de Lille, em França, serão alguns dos temas abordados ao longo das seis sessões que compõem o programa.

Este seminário dá continuidade ao protocolo assinado em março de 2018 entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Lisbon Institute of Global Mental Health, que pretende dotar as equipas da Santa Casa de conhecimentos e técnicas na área da saúde mental. Na altura, as duas entidades firmaram este acordo com o propósito de qualificar a intervenção psicossocial dos técnicos das unidades de desenvolvimento e intervenção de proximidade da instituição.

Ainda que com a necessária adaptação ao contexto pandémico, os objetivos traçados no protocolo de colaboração têm vindo a ser cumpridos. Numa lógica de dar resposta às necessidades identificadas pelas equipas, foi já possível conhecer, em seminários anteriores, experiências de respostas residenciais e de saúde mental de Espanha e Itália, abordar temas como a saúde mental na adolescência, abuso de substâncias ou o manejo de situações relacionadas com perturbações de acumulação compulsiva.

Acolhimento familiar. Uma missão para quem acolhe, uma nova vida para as crianças

Aos poucos, os “quadradinhos” foram preenchendo a tela. Cerca de 30 famílias de acolhimento disseram presente no “I Encontro de Famílias de Acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa,” que, devido à Covid-19, aconteceu através de videoconferência. Como referiu a diretora da Unidade de Adoção, Apadrinhamento Civil e Acolhimento Familiar da Santa Casa, Isabel Pastor, a sessão ocorreu “quase como em todas as famílias portuguesas”, que, este ano, viram-se obrigadas a encurtar distâncias através da tecnologia.

Mas este grupo de famílias de acolhimento é por si só uma família. “O ambiente que aqui se vive, de partilha e compaixão, é um ambiente intimista”, acrescenta Isabel Pastor. Foi uma tarde longa, mas que passou num ápice. Nos vários quadradinhos viam-se rostos de felicidade, sorrisos e lágrimas de emoção. Aos poucos as famílias ganhavam à-vontade para partilharem as histórias vividas durante um processo nem sempre fácil. Ao mesmo tempo  que as colunas do computador emitiam os testemunhos de quem sente que faz a diferença na vida de alguém, no ecrã multiplicavam-se os sorrisos e o abanar de cabeça num gesto perfeito de quem se revê naquelas palavras.

A reunião serviu para a partilha de histórias, mas também para recolher sugestões que permitam à Santa Casa melhorar um serviço que arrancou em força, em novembro de 2019, e que manteve o ritmo mesmo durante a pandemia de Covid-19: desde março de 2020 foram acolhidas 21 crianças.

À reunião juntou-se a equipa de acolhimento da Santa Casa. É este grupo que, todos os dias, trabalha na proteção das crianças e jovens em perigo. Neste papel, a sua missão é uma só: permitir que as crianças em risco vejam o direito de crescer no seio de uma família salvaguardado. E, neste âmbito, é preciso não descurar as duas partes, porque através do acolhimento estas crianças podem ter um projeto de vida que até então estaria destinado à institucionalização.

Portugal é um país a duas velocidades no que ao acolhimento familiar diz respeito. Ainda que os dados apontem para um aumento do número de famílias disponíveis, Portugal é dos poucos países da Europa em que o acolhimento residencial (97%) continua a ser preferido em relação ao acolhimento familiar (3%). Em 2020, a Santa Casa registou 52 candidaturas, sendo que 20 famílias foram selecionadas e nove desistiram ou não foram selecionadas. As restantes 23 terminarão a avaliação em 2021.

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Programação e atividades Cultura Santa Casa

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