Num espectáculo cheio de talento e de cor, apresentado por Filomena Cautela, Ana Markl e Joana Gama, a música portuguesa voltou a reunir centenas de pessoas para aplaudirem os 46 nomeados em 13 categorias.
A noite ficou marcada por várias actuações de artistas portugueses, desde Camané, Diogo Piçarra, Matias Damásio, Mariza, entre tantos outros e pela atribuição dos galardões a Ana Moura, a grande vencedora desta quinta edição dos prémios, que recolheu os de melhor álbum do ano, com o disco “Casa Guilhermina”, de crítica e de melhor artista feminina.
Outro dos momentos altos da ocasião aconteceu com a homenagem, emotiva, a Sérgio Godinho, ovacionado de pé pela plateia. O cantor-compositor recebeu o Prémio Carreira das mãos do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, agradeceu a distinção e assistiu a uma homenagem protagonizada por Jorge Palma, Diogo Piçarra e Manuela Azevedo, dos Clã, em conjunto com a banda que acompanha o artista desde há muito tempo, Os Assessores. Sérgio Godinho fez questão de elogiar a música portuguesa: “a cultura faz-se também da música, e muito da música. No Brasil, ela foi sempre reconhecida como parte integrante da cultura e aqui tem de ser cada vez mais. A prova é esta pujança e criatividade permanente”.
A Santa Casa fez-se representar, uma vez mais, pela administradora com o pelouro da Cultura, Filipa Klut, que, em conjunto com o artista revelação de 2022, Euclides, entregou o Prémio Revelação deste ano a Nena, autora de “Ao Fundo da Rua”, o seu primeiro trabalho de originais. Nena não escondeu a alegria ao ouvir o seu nome, fez questão de repetir algumas vezes o quão “contente” se sentia e para agradecer a todos por acreditarem e gostarem das suas canções.
A propósito da associação da Santa Casa a esta iniciativa, Filipa Klut fez questão de frisar a aposta da instituição “no apoio à cultura e ao talento nacional, com a música portuguesa a assumir um papel central. A música é universal, é inspiradora e geradora de laços emocionais duradouros e a música portuguesa transporta em si a génese da portugalidade, celebrando a lusofonia em toda a sua diversidade. Como tal, a SCML tem privilegiado a promoção de iniciativas na área da música, desde a nossa Temporada Musical de São Roque, este ano na 35.ª edição, à presença em festivais tradicionais e festividades populares, ao patrocínio do Santa Casa Alfama, entre outras iniciativas, o histórico diz-nos que o trabalho que temos realizado em prol da democratização do acesso à cultura musical, e à cultura no geral, tem alcançado resultados”.
A administradora fez ainda largos elogios aos Play: “são os prémios oficiais da música portuguesa, premeiam os maiores sucessos da música produzida em Portugal e nos países de expressão portuguesa e, embora tão recentes (esta é apenas a 5.ª edição), desempenham já um papel muito relevante, diria mesmo incontornável, no panorama cultural e artístico nacional. A associação da Santa Casa a estes prémios tem sido uma oportunidade única, pois temos testemunhado, de perto, o impacto positivo que os mesmos têm no panorama da música portuguesa. É um orgulho poder celebrar a música portuguesa, reconhecer o talento e o trabalho dos artistas. É muito gratificante sabermos que, desta forma, estamos a contribuir para este impacto transformador, na promoção e valorização da música portuguesa. É também uma forma de concretizarmos a nossa missão, enquanto Santa Casa, de apoio à cultura e às artes em Portugal”.
A ocasião ficou também marcada pela presença de 50 jovens de várias instituições da Santa Casa que tiveram oportunidade de assistir a este que é um dos maiores eventos nacionais da música portuguesa.