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ESSAlcoitão tem novos cursos com direito a atribuição de bolsa de estudo a 100%

A ESSAlcoitão vai abrir novas formações, no próximo ano letivo, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Os novos cursos de média e curta duração destinam-se, sobretudo, a profissionais de saúde que queiram aprofundar conhecimentos, uma vez que os programas educativos preveem formações técnicas e de competências transversais para profissionais de saúde não médicos. Os cursos de literacia em saúde, disponíveis também para não profissionais da saúde como cuidadores informais, são constituídos por programas de curta duração dirigidos a participantes que procuram desenvolver as suas competências técnicas com vista à melhoria das suas atividades diárias com a população infantil e idosa.

As formações receberão financiamento através do programa “Impulso Adulto”, que resulta de fundos do PRR, que tem o objetivo de aumentar o número de formados nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Segundo Jorge Torgal, diretor da ESSAlcoitão, a escola superior de saúde da Santa Casa tem previstos e organizados 36 cursos, num plano curricular que poderá sofrer alterações, anualmente.

“Neste momento temos 30 cursos já preparados e seis que ficarão definidos até setembro. No segundo ano, provavelmente, teremos diferentes. Os novos conhecimentos que vão chegando, quer nas práticas quer nas tecnologias, permitem que durante quatro anos existam atualizações. Nós entendemos que é importante dar aos profissionais que trabalham o acesso a essas novas tecnologias, a esses novos conhecimentos. Anualmente faremos a revisão e atualização do nosso programa de ensino”, explica Jorge Torgal.

A ESSAlcoitão tem já no seu site oito cursos PRR disponíveis para inscrição:

Observações estruturadas da Integração Sensório-Motora (SOSI-M) e as observações exaustivas da proprioceção (COP-R)

Pós-graduação “O Brincar”

Medicamentos e Dispositivos – Segurança e Gestão de Risco de Medicamentos e Dispositivos Médicos na Prática Clínica

Desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo de crianças em idade escolar no 1º ciclo – sinais de alerta e prevenção de distúrbios

Instrumentação – Módulo 3: Cirurgia Reconstrutiva da Mama

Desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo de crianças durante a primeira infância – Sinais de alerta e prevenção de distúrbios

Demência – Construção de interações significativas

Imagiologia: Curso avançado de angiografia por Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética

 

Formação com direito a atribuição de bolsa de estudo a 100%

Durante quatro anos, a ESSAlcoitão prevê formar 2210 alunos através dos cursos PRR. Mas esse é apenas um entre vários objetivos. O PRR pretende permitir o acesso à formação a quem normalmente não tem, sem que a situação financeira do aluno seja um empecilho no acesso ao ensino superior.

Dos cerca de dois milhões e 600 mil euros provenientes dos fundos do PRR, a ESSAlcoitão irá alocar mais de 60% desse orçamento no financiamento de bolsas de estudo. A bolsa de incentivo no valor total da propina estará à disposição dos alunos que frequentem cursos de formação técnica, transversal ou de literacia em saúde, independentemente de o curso ser de curta ou média duração.

“O dinheiro que nós recebemos do PRR são verbas que serão utilizadas na aquisição de um conjunto de equipamentos para investigação e o restante para a formação, que será utilizado para o pagamento de professores e funcionários e para o financiamento das propinas dos alunos. O aluno paga a sua inscrição e a propina, mas, caso no final da formação o aluno tenha aproveitamento, a propina é-lhe integralmente devolvida. Além disso, para cursos com propinas mais elevadas, também prevemos o pagamento faseado das propinas. O PRR prevê precisamente isso, de permitir o acesso ao ensino a toda a gente”, explica Jorge Torgal.

Toda a informação sobre os cursos PRR da ESSAlcoitão está disponível, aqui.

 

Um trabalho de equipa

Consciente do seu foco (reabilitação física) e da necessidade de integrar parceiros de outras áreas de especialização, como a enfermagem e as tecnologias da saúde, a ESSAlcoitão convidou várias escolas de enfermagem de Lisboa com as mesmas visões e objetivos, para fazerem parte deste projeto. Os cursos PRR, sob a liderança e coordenação da ESSAlcoitão, contam com o apoio da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL), a Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa-Lisboa (ESSCVP-Lisboa) e a Egas Moniz – Cooperativa de Ensino Superior, C.R.L, entidades que contribuirão para a prossecução das metas estabelecidas.

Estas escolas constituem-se como elementos fundamentais para a definição dos cursos e para a identificação do pessoal docente mais adequado a cada desafio. Além disso, estes copromotores estão empenhados em aprofundar o trabalho de equipa previsto no âmbito deste consórcio, sabendo que também lhes permitirá inovar nas metodologias de ensino e expandir os seus programas formativos para além da sua atual oferta.

Os programas oferecidos no âmbito dos cursos PRR pretendem responder a necessidades expressas pelos profissionais de saúde, nomeadamente no que diz respeito à adaptação às mudanças do papel profissional e à atualização das novas técnicas e tecnologias utilizadas nas respetivas áreas de trabalho. A fim de garantir que os programas formativos respondem às necessidades atuais e futuras e que sejam executados de forma a maximizar o desempenho profissional dos participantes, a ESSAlcoitão estabeleceu parcerias a LHEA – Lifelong Health Education Association, CUF e a Associação Nacional das Farmácias (ANF).

A LHEA é representada comercialmente através da sua marca AHED – Advanced Health Education, e dedica-se a fornecer soluções de formação ao longo da vida dirigidas a profissionais experientes, através de programas práticos de pós-graduação de curta duração, baseados em recursos Dry e Wet Lab. O papel da LHEA no projeto passa por desenvolver, planear, promover e fornecer à ESSAlcoitão serviços educacionais no âmbito desta iniciativa.

No caso da CUF, um dos maiores grupos de prestadores de cuidados de saúde em Portugal, terá um papel no design e no desenvolvimento dos programas formativos, identificando especialistas com a experiência clínica mais relevante para serem considerados como pessoal docente, disseminando entre os seus funcionários a oferta formativa de forma a atrair participantes.

Já a ANF, uma associação privada que representa 97% das farmácias portuguesas, será um elemento fundamental na elaboração de programas formativos dedicados a farmacêuticos, identificando especialistas com experiência relevante para integrarem o corpo docente, ao mesmo tempo que difunde entre os seus associados a oferta formativa para atrair participantes aos cursos.

IV Edição do Centro de Estudos já tem vencedores

Foram muitos os jovens que colocaram em jogo as suas ideias, com o objetivo de darem um pontapé de saída na carreira e alavancarem um projeto. Foi o que fizeram Ricardo Santos, Luana Marques e Tiago Lopes, que conquistaram, neste concurso, o 1º, 2º e 3º lugares respetivamente

Ricardo Santos, estudante do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL), sagrou-se vencedor da IV edição do Centro de Estudos, com o trabalho “Modelo de avaliação do risco de crédito das Sociedades Desportivas do Futebol Profissional português”. O jovem conquistou o primeiro lugar – Prémio Santa Casa da Misericórdia de Lisboa- e, consequentemente, cinco mil euros, juntamente com um estágio remunerado de seis meses na Liga Portugal.

Em segundo lugar, ficou o trabalho de Luana Marques “Elysian: Get your cultural game on”, premiado com três mil euros e um estágio remunerado de seis meses na EY.

Por fim, completando o pódio, foi selecionado o trabalho “Liga da Inserção no Mercado de Trabalho”, de Tiago Lopes, que lhe valeu um prémio monetário no valor de dois mil euros.

IV Edição do Centro de Estudos já tem vencedores

Realizado pelo quarto ano consecutivo, o projeto Centro de Estudos – cujas candidaturas decorreram até 22 de fevereiro -, destina-se a estudantes e antigos alunos do ensino superior. O principal objetivo é incentivar a investigação e o empreendedorismo na área do futebol e temáticas adjacentes. Além disso, visa divulgar estudos ou trabalhos de investigação e novos projetos entre as partes interessadas do setor e público em geral, bem como criar uma rede de interação que promova a inovação na área do futebol.

O júri responsável pela apreciação dos trabalhos era composto por Maria da Cunha (Santa Casa), Rui Romeiro (SABSEG), Miguel Loureiro (EY), Manuel Veloso (FADU) e Luís Estrela (FFLP).

A IV edição do Centro de Estudos é um projeto da Fundação do Futebol – Liga Portugal em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com o apoio da SABSEG, EY e FADU – Federação Académica do Desporto Universitário.

Open Day ESSAlcoitão: escola superior vai estar de portas abertas ao futuro

Depois de dois anos confinado ao digital devido à Covid-19, o Open Day da Escola Superior de Saúde de Alcoitão (ESSAlcoitão) retoma o formato presencial com duas sessões disponíveis. Nos dias 28 de abril e 2 de junho, a ESSAlcoitão vai estar de portas abertas para todos aqueles que quiserem saber mais sobre um estabelecimento de ensino superior, pioneiro em Portugal na formação de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e terapeutas da fala.

O Open Day da ESSAlcoitão visa o contacto direto entre os docentes daquele estabelecimento e alunos da ESSAlcoitão com os estudantes do ensino secundário, que podem ser potenciais candidatos às três licenciaturas que compõem a oferta formativa da ESSAlcoitão: Fisioterapia, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional. Durante o Open Day, pretende-se, de uma forma interativa e dinâmica, dar a conhecer os objetivos, as metodologias pedagógicas, as saídas profissionais dos cursos, bem como outras informações relevantes que contribuam para a tomada de decisão dos participantes.

Além de esclarecer todas as dúvidas dos interessados em ingressar na ESSAlcoitão, será também possível conhecer os corredores do estabelecimento de ensino superior instituído pela Misericórdia de Lisboa. Os interessados em participar no Open Day devem efetuar inscrição através do formulário disponível no site da ESSAlcoitão.

Candidaturas abertas à Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Os interessados em candidatar-se à Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no valor de 6.350,00€ (correspondente às propinas dos quatro anos do doutoramento), podem fazê-lo até 29 de junho de 2022, através de formulário online e de acordo com o previsto no ponto 3 do Edital.

Os resultados do concurso serão publicamente divulgados a 8 de julho, no site do Doutoramento Interuniversitário PIUDHist e no site da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, na área das notícias.

Financiada pela Santa Casa, a bolsa tem como objetivo apoiar a formação de doutorandos do programa e prestar homenagem ao aluno Pedro Almeida Ferreira (1986-2017), que integrou a sexta edição do PIUDHist e se destacou como um dos doutorandos mais ativos e empenhados deste programa, com vários trabalhos publicados sobre história contemporânea, movimentos sociais e didática da história.

O apoio destina-se a estudantes candidatos ao 1.º ano do curso de Doutoramento Interuniversitário PIUDHist, que apresentem o melhor projeto de doutoramento, revelem reconhecido mérito pessoal e académico, relevante empenho cívico e que, por razões de ordem financeira, não possam prosseguir os seus estudos doutorais.

O Programa Interuniversitário de Doutoramento em História: Mudança e Continuidade num Mundo Global resulta de uma parceria entre cinco instituições universitárias nacionais: o Instituto de Ciências Sociais e a Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa, o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade de Évora. O programa conta já com seis edições. Contempla quatro áreas de especialização definidas segundo um critério temático: dinâmicas sociais e estruturas políticas; instituições e desenvolvimento económico; impérios, colonialismo e pós-colonialismo; movimentos intelectuais e socioculturais.

Mais informações sobre a Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa estão disponíveis no site do programa, aqui.

 

Documentação:

Regulamento | PDF 480KB

Formulário de candidatura | PDF 396KB

Edital | PDF 704KB

Santa Casa promove oferta formativa na Futurália 2022

A Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão) e o Centro de Educação e Formação Profissional da Aldeia de Santa Isabel, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, estiveram representados na 13º edição da Futurália – Feira de Oferta Educativa, Formação e Empregabilidade, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa, de 30 de março a 2 de abril.

A captação de novos alunos foi o principal objetivo da presença destas duas entidades de ensino da Santa Casa, que, em espaços de exposição próprios (stands), convidaram os visitantes Futurália a conhecer, mais de perto, as respetivas ofertas formativas.

A Futurália é visitada todos os anos por milhares de estudantes, professores e famílias. “Como (posso) construir um futuro sustentável?” foi o tema escolhido para a edição de 2022, que pretendeu apresentar um debate aberto, centrado na sustentabilidade, com foco nas alterações climáticas, nos oceanos e na transição energética.

O programa incluiu dezenas de atividades, como visitas de estudo, conferências, workshops, talks, mesas redondas e uma “talking point” para promover uma conversa entre empresas e estudantes.

O desporto teve igualmente destaque na edição deste ano, nomeadamente no Pavilhão 2, onde várias federações desportivas nacionais -algumas delas apoiadas pelos Jogos Santa Casa-, proporcionaram aos visitantes um primeiro contacto com cada uma das modalidades ali representadas.

Futurália ESSA

Testemunhos de visitantes dos stands da ESSAlcoitão e da Aldeia de Sta. Isabel

A ESSAlcoitão disponibiliza, atualmente, três licenciaturas: Fisioterapia, Terapia da fala e Terapia ocupacional, além de um leque de várias pós-graduações, mestrados e formações contínuas. A escola superior de saúde da Santa Casa continua a ser das que, a nível nacional, apresenta das melhores taxas de empregabilidade do mercado.

António é aluno do 12º ano na Escola Secundária Vergílio Ferreira, em Telheiras, Lisboa. Filho de médicos, já decidiu que é na área da saúde que reside o seu futuro. “Eu já conhecia a escola, tenho uma prima que tirou lá o curso de Fisioterapia e sempre me disse que a ESSAlcoitão era uma referência. Como gosto da área da saúde, estou a pensar se, para o ano, ingresso na escola”, referiu o estudante em entrevista no local.

Para António, a Futurália é uma oportunidade para “clarificar dúvidas que temos e que os nossos pais ou amigos não nos conseguem esclarecer”, realçou o jovem que classificou, ainda, este certame como “o local certo para conhecer o programa Erasmus”.

Beatriz, aluna finalista da Escola Secundária Gago Coutinho, em Alverca, foi outra de centenas de jovens que passaram no stand da ESSAlcoitão, com a curiosidade de perceber melhor os cursos que a escola oferece.

“Quem gosta da área da fisioterapia, já ouviu falar da ESSAlcoitão de certeza”, comentou a jovem, acrescentando que “o futuro ainda não está decidido, mas a Futurália serve mesmo para isso, para reduzirmos as nossas opções”.

Já no stand da Aldeia de Santa Isabel, no Pavilhão 2, os alunos tomaram conhecimento dos cursos de nível I e nível II, disponibilizados pelo Centro de Educação e Formação Profissional desta aldeia, situada em Albarraque, nomeadamente os que têm habitualmente mais saída profissional: cabeleireiro e mecânica.

Carolina, 18 anos, residente na linha de Cascais, foi uma das jovens que visitou o espaço, motivada pela curiosidade em “conhecer os cursos de nível II”. Depois de uma breve explicação, mostrou-se interessada em alguns cursos e prometeu candidatar-se. “Gostei de vários cursos. Não me importava de seguir alguns cursos. Acho que o de cabeleireira é o ideal para mim”, concluiu.

Protocolo de Avaliação Orofacial – PAOF-2. Um contributo importante para os avanços na terapia da fala

Foi apresentada esta quinta-feira, 17 de fevereiro, data que assinala o Dia Mundial da Motricidade Orofacial, a segunda versão do Protocolo de Avaliação Orofacial (PAOF).

A sessão, que decorreu em formato online, foi moderada pelo presidente do conselho técnico-científico da ESSAlcoitão, Jorge Abrantes. Este lançamento contou com a participação da presidente científica da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala, Maria Lousada, do presidente da Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala, João Torres, da diretora da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Giédre Berretin-Felix, e com a presidente e vice-presidente da Associação Espanhola de Fonoaudiologia, Foniatria, Audiologia e Fonoaudiologia Ibero-americana, Lidia García e Diana Grandia de Trepat, respetivamente.

A obra que explora os contributos deste protocolo constitui uma ferramenta útil de avaliação em terapia da fala, essencial para o rastreio de diferentes perturbações miofuncionais orais e também para a elaboração de um plano de intervenção adequado às várias terapêuticas.

Isabel Guimarães, autora da primeira versão do primeiro PAOF e coautora do PAOF-2 destacou, na sua intervenção, que a maior motivação para esta segunda versão “era atualizar um instrumento que, em Portugal, tinha um pequeno senão, que era não estar validado”, frisando, ainda, que este novo manual só foi possível “porque tivemos um conjunto enorme de terapeutas da fala que nos colocaram vários desafios”.

“As maiores diferenças relativamente ao original são a inclusão de uma escala com cinco pontos, em vez de uma escala dicotómica, o maior número de movimentos e a qualidade do movimento analisado, a validação e especificação dos critérios de avaliação”, concluiu Isabel Guimarães.

O processo de revisão da primeira versão deste protocolo teve em conta a evidência científica recente na área da terapia da fala. Para a elaboração do PAOF-2, foi efetuado um estudo normativo que contemplou uma amostra representativa da população portuguesa, incluindo mais de 800 crianças com desenvolvimento típico, com idades entre os 4 e os 10 anos. Público que perfaz a maioria dos casos de intervenção, do terapeuta da fala.

Para Margarida Grilo, coautora do manual, esta é “uma ferramenta essencial ao trabalho do terapeuta da fala com crianças com problemas miofuncionais, que vão desde a mastigação, à deglutição e aos sons da fala”. O PAOF-2 “vem colmatar a escassez de instrumentos de avaliação nesta área de atuação do terapeuta da fala e, ainda, possibilitar a realização de outros estudos de investigação na área”, acrescenta.

Sobre o PAOF-2

Editado pela Papa-Letras, o Protocolo de Avaliação Orofacial – PAOF-2, das autoras Isabel Guimarães, Mariana Ascensão e Margarida Grilo, é composto por vários capítulos, organizados pelos pontos: desenvolvimento; revisão e validação do instrumento; guia de aplicação; itens, registo e cotação do PAOF-2; orientações para a interpretação do PAOF-2 e dados de referência normativa para crianças dos 4 aos 9 anos de idade.

No final da publicação são também fornecidas folhas de registo do PAOF-2, que podem ser reproduzidas para fins clínicos ou de investigação.

Assista, no link em baixo, ao vídeo do lançamento desta segunda versão do Protocolo de Avalição Orofacial.

 

Concurso escolar “Todos Somos Diferentes” está de volta

Destinado a toda a comunidade escolar da rede pública do concelho de Lisboa, o concurso escolar “Todos Somos Diferentes” pretende distinguir trabalhos escolares que venham sensibilizar e mobilizar para a importância de uma escola integradora e inclusiva das pessoas com deficiência, baseada nos princípios da solidariedade e da diversidade com vista à construção de uma sociedade futura mais coesa e mais justa.

Além de formar os mais novos sobre a importância do tema (através da elaboração do trabalho apresentado), este concurso terá também o objetivo de fazer uma diferença efetiva dentro das escolas vencedoras. É que os vários prémios pecuniários a ele associados, que vão desde 1.500 a 5.000 euros, serão aplicados nas necessidades das escolas, de acordo com os regulamentos.

Os alunos, coordenados por um ou mais professores, deverão apresentar um trabalho de grupo em formato Word, no máximo até dez páginas e que respeite os princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Os trabalhos deverão ter a participação, em todas as fases de desenvolvimento, de alunos com deficiência.

Concurso escolar “Todos Somos Diferentes”

O concurso escolar destina-se a crianças e jovens do 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário (ou equivalente) distribuídos por quatro escalões, de acordo com os níveis de desenvolvimento escolar: a) 1º Escalão – 1º ciclo do ensino básico; b) 2º Escalão – 2º ciclo do ensino básico; c) 3º Escalão – 3º ciclo do ensino básico; d) 4º Escalão – ensino secundário (ou equivalente).

Pode ser apresentado um trabalho por turma e mais do que um trabalho por ciclo de ensino e por escola. Até final de fevereiro, deverá ser enviado um e-mail a expressar vontade em participar, com os dados referentes à escola e turma. Até final de abril, deverão ser enviados os trabalhos para o endereço eletrónico: todos.somos.diferentes@scml.pt. Já em junho, realiza-se a cerimónia de entrega de prémios (em data a anunciar).

Aos três melhores trabalhos de cada escalão – 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário (ou equivalente), serão atribuídos prémios pecuniários, num total de 12 prémios. As verbas atribuídas terão que ser aplicadas em projetos a desenvolver pela escola frequentada e de acordo com os regulamentos em vigor.

Consulte o Regulamento para ficar a par de todas as necessidades e regras a que estão sujeitos todos os participantes. Para mais informações: todos.somos.diferentes@scml.pt

 

 

Santa Casa apoia estudantes em época de pandemia

Foram entregues, esta quarta-feira, as Bolsas Sociais EPIS a 147 estudantes que visam premiar o desempenho escolar de alunos com menos recursos. Devido à situação pandémica a cerimónia decorreu exclusivamente num formato digital, através da plataforma Zoom.

Este ano, o programa contou com 39 investidores, mais 56% que em 2020, e atingiu um apoio global de 290 mil euros. Trata-se de um investimento recorde, que vai possibilitar, face às edições anteriores, apoiar mais alunos e continuar a premiar as boas práticas organizativas da promoção da inclusão social e digital, sustentabilidade, cidadania ativa e de inserção profissional de jovens com necessidades especiais.

Nesta edição, que foi organizada em seis áreas e 13 categorias, 93 bolsas premiaram o mérito de alunos do ensino secundário e 54 foram destinadas a alunos do ensino superior e de mestrado, com aproveitamento académico comprovado.

A participação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no programa permitiu que duas jovens, naturais do concelho de Lisboa, pudessem manter os seus estudos no 10ª ano de escolaridade de Ciências e Tecnologias, em escolas da região. Na categoria “Mérito Académico no final do 9.º ano de escolaridade a nível regional”, as alunas Francisca Cardoso e Matilde Augusto foram premiadas com uma bolsa de 450€ para o triénio escolar (10º; 11º e 12º).

Para Leonor Beleza, presidente da EPIS “é assinalável a atenção e o empenho da sociedade civil em apoiar a causa das famílias carenciadas e mais fragilizadas neste período tão crítico de pandemia”, concluindo que “As empresas estão mais recetivas e reconhecem na EPIS uma plataforma credível para fazer chegar o seu apoio a quem mais precisa e merece, já que temos critérios bem definidos para a atribuição das bolsas sociais”.

Criado em 2011, o programa das Bolsas Sociais EPIS permite à associação reforçar a sua missão de promover a inclusão social de jovens em risco de insucesso ou de abandono. Nas últimas 10 edições, foram recebidas 1.717 candidaturas, que resultaram na atribuição de 572 bolsas e em 26 projetos premiados, num investimento global superior a 922 mil euros, possível apenas com o apoio de 115 investidores sociais, através de 61 parcerias com empresas e instituições e 44 pequenos doadores.

A terapeuta que ensina a “voltar a fazer”

Um terapeuta ocupacional tem como objetivo final fazer com que o seu utente atinja o máximo de autonomia e independência no seu dia a dia. Nesta área da saúde o “fazer” ocupa um lugar de destaque.

Foram estas as ideias que fascinaram Carolina Matos a enveredar por um futuro na área da terapia ocupacional, já depois de ter concorrido por duas vezes à licenciatura de fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão). “Terapia ocupacional foi a minha segunda opção. Durante grande parte do meu secundário, pensei que o meu futuro passava por ser fisioterapeuta e foi exatamente essa a minha primeira opção.

Quando não entrei, admito que fiquei um pouco desanimada, mas quis ir para este curso antes de pensar em outra coisa. E foi a melhor decisão da minha vida. Acabei por me apaixonar pela terapia ocupacional e hoje, já não me consigo imaginar a fazer outro trabalho”, recorda a terapeuta.

Após a fase de candidaturas ao ensino superior, Carolina ingressa na escola, em 2014, tendo aí concluído a licenciatura de terapia ocupacional, em 2018. Pelo meio, ainda foi membro da tuna da escola, onde conheceu a sua “família académica”, e viveu uma experiência de seis meses na Bélgica, ao abrigo do programa Erasmus. Sobre os seus tempos de estudante, não tem dúvidas: “Foi uma experiência incrível, que voltaria a repetir”.

Durante os anos em que esteve na escola, a vocação pela terapia ocupacional foi crescendo e prevaleceu até aos dias de hoje. “É engraçado que, se voltasse atrás, faria tudo de novo. Faço o que gosto e acredito que esta é a melhor profissão para mim”, realça Carolina.

Há três anos, Carolina, à semelhança do que a ESSAlcoitão proporciona a todos os seus alunos finalistas, integrou um estágio onde teve a oportunidade de colocar na prática todos os ensinamentos que recebeu na escola. Carolina não tem dúvidas em afirmar que “em Alcoitão, prepara-se verdadeiramente os alunos para o mercado de trabalho”.

“É engraçado que sempre ouvi dizer que os melhores terapeutas vêm da ESSAlcoitão e sempre achei que era um bocado presunçoso, no entanto, desde que comecei a trabalhar é que tive noção desta afirmação e reparo que dizer que estudamos na ESSAlcoitão dá-nos um selo de qualidade”, comenta a antiga aluna.

No seu dia a dia profissional, a jovem terapeuta coloca em prática tudo o que aprendeu na ESSAlcoitão, realçando que muitos “não têm noção de que existem pessoas que de um momento para outro perdem todas as suas faculdades motoras e cognitivas”, e de que “o nosso papel é, acima de tudo, ensinar e reeducar essas pessoas para as pequenas tarefas que damos como adquiridas, como comer com um talher, ou escrever o nome”, destaca.

Carolina Matos acredita que o futuro da profissão passa “por dar a conhecer a todas as pessoas o que é ser um profissional nesta área”, sendo que é “necessário continuar a apostar na formação e na qualificação dos futuros profissionais, tal como a ESSAlcoitão tem vindo a fazer desde a criação do curso em terapia ocupacional, até aos dias de hoje”, concluiu o terapeuta.

Terapia da Fala em debate

Num formato totalmente online, o II Congresso internacional da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala (SPTF) congregou dezenas de oradores nacionais e internacionais de diversas áreas da saúde que, durante cinco dias, debateram as principais áreas de atuação clínica da terapia da fala, desde as perturbações da comunicação, da linguagem, da voz, da fluência e da motricidade orofacial e deglutição, bem como a importância da transdisciplinaridade e o impacto das tecnologias da informação, na atuação dos terapeutas da fala.

Paula Correia, presidente da SPTF, considera que esta foi uma iniciativa que espelhou “um dos principais objetivos da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala, que é o de promover e divulgar ciência em terapia da fala”, fundamentando que “o programa científico que foi pensado para este congresso foi desafiante, mas pretendeu dar resposta a todos, tanto no modelo presencial como no modelo de teleprática”.

O primeiro dia de congresso ficou marcado por diversos workshops, destinados a promover alguns dos maiores desafios que os terapeutas da fala têm na sua prática clínica.

Já a conferência inaugural, no dia 23, ficou a cargo do antigo comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, que discursou sobre o papel da inovação na melhoria dos serviços de saúde e educação em Portugal e como o avanço tecnológico pode e deve potenciar melhores profissionais.

Este dia ficou ainda marcado pela homenagem à terapeuta Suzete Carmona Rodrigues, antiga professora da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão), que foi distinguida pela SPTF devido ao seu empenho e dedicação no desenvolvimento da terapia da fala em Portugal.

“Uma homenagem justa a uma figura emblemática da terapia da fala nacional, que sempre lutou pela qualidade do ensino” desta profissão no nosso país, bem como “pelo reconhecimento académico e profissional dos terapeutas da fala, pautando a sua ação pelo humanismo, sentido de responsabilidade, sempre com grande determinação, mas com uma doçura contagiante”, referiu Margarida Grilo, coordenadora do Departamento de Terapia da Fala da ESSAlcoitão.

Opinião partilhada por Paula Correia: “esta distinção demonstra o contributo importante, extenso e fundamental que a Suzete Rodrigues teve para com a terapia da fala”, frisando que a mesma “está, por certo, na memória e no coração de centenas de terapeutas da fala”.

Seguiram-se três dias e meio de um intenso debate em torno das principais áreas de atuação clínica da terapia da fala, divulgando e atualizando conhecimentos, em formato de conferências, mesas redondas e comunicações livres.

Durante o evento foi ainda entregue o Prémio de Mérito Científico à professora Isabel Guimarães, docente da ESSAlcoitão e membro fundador da SPTF. Uma distinção que premeia atos que valorizam de forma assinalável a ciência em terapia da fala.

Paula Correia, que é uma das principais defensoras da constituição de uma ordem profissional para a classe, defendeu que este congresso veio demonstrar que “a terapia da fala está ótima e num processo de crescimento e valorização ímpar, onde os nossos profissionais devem assumir o seu papel nas equipas multidisciplinares onde estão”. “Os terapeutas da fala têm respondido a este apelo e têm vindo, num número bastante elevado, a adquirir o grau académico de Mestre e de Doutor”, concluiu.

Margarida Grilo acredita que a participação da escola neste evento foi “extremamente importante” na medida em que “a ESSAlcoitão, como instituição de ensino superior, fundadora da terapia da fala em Portugal, teria de associar-se e apoiar um evento de alcance internacional, diferenciação científica e profissional, no âmbito desta área da saúde”, frisando que “a ESSAlcoitão sempre destacou junto dos seus diplomados e dos seus parceiros a versatilidade da atuação do terapeuta da fala, divulgando e promovendo a profissão, junto de diferentes destinatários e por diferentes meios”.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas