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Candidaturas abertas à Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Os interessados em candidatar-se à Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no valor de 6.350,00€ (correspondente às propinas dos quatro anos do doutoramento), podem fazê-lo até 29 de junho de 2022, através de formulário online e de acordo com o previsto no ponto 3 do Edital.

Os resultados do concurso serão publicamente divulgados a 8 de julho, no site do Doutoramento Interuniversitário PIUDHist e no site da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, na área das notícias.

Financiada pela Santa Casa, a bolsa tem como objetivo apoiar a formação de doutorandos do programa e prestar homenagem ao aluno Pedro Almeida Ferreira (1986-2017), que integrou a sexta edição do PIUDHist e se destacou como um dos doutorandos mais ativos e empenhados deste programa, com vários trabalhos publicados sobre história contemporânea, movimentos sociais e didática da história.

O apoio destina-se a estudantes candidatos ao 1.º ano do curso de Doutoramento Interuniversitário PIUDHist, que apresentem o melhor projeto de doutoramento, revelem reconhecido mérito pessoal e académico, relevante empenho cívico e que, por razões de ordem financeira, não possam prosseguir os seus estudos doutorais.

O Programa Interuniversitário de Doutoramento em História: Mudança e Continuidade num Mundo Global resulta de uma parceria entre cinco instituições universitárias nacionais: o Instituto de Ciências Sociais e a Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa, o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade de Évora. O programa conta já com seis edições. Contempla quatro áreas de especialização definidas segundo um critério temático: dinâmicas sociais e estruturas políticas; instituições e desenvolvimento económico; impérios, colonialismo e pós-colonialismo; movimentos intelectuais e socioculturais.

Mais informações sobre a Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa estão disponíveis no site do programa, aqui.

 

Documentação:

Regulamento | PDF 480KB

Formulário de candidatura | PDF 396KB

Edital | PDF 704KB

Santa Casa promove oferta formativa na Futurália 2022

A Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão) e o Centro de Educação e Formação Profissional da Aldeia de Santa Isabel, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, estiveram representados na 13º edição da Futurália – Feira de Oferta Educativa, Formação e Empregabilidade, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa, de 30 de março a 2 de abril.

A captação de novos alunos foi o principal objetivo da presença destas duas entidades de ensino da Santa Casa, que, em espaços de exposição próprios (stands), convidaram os visitantes Futurália a conhecer, mais de perto, as respetivas ofertas formativas.

A Futurália é visitada todos os anos por milhares de estudantes, professores e famílias. “Como (posso) construir um futuro sustentável?” foi o tema escolhido para a edição de 2022, que pretendeu apresentar um debate aberto, centrado na sustentabilidade, com foco nas alterações climáticas, nos oceanos e na transição energética.

O programa incluiu dezenas de atividades, como visitas de estudo, conferências, workshops, talks, mesas redondas e uma “talking point” para promover uma conversa entre empresas e estudantes.

O desporto teve igualmente destaque na edição deste ano, nomeadamente no Pavilhão 2, onde várias federações desportivas nacionais -algumas delas apoiadas pelos Jogos Santa Casa-, proporcionaram aos visitantes um primeiro contacto com cada uma das modalidades ali representadas.

Futurália ESSA

Testemunhos de visitantes dos stands da ESSAlcoitão e da Aldeia de Sta. Isabel

A ESSAlcoitão disponibiliza, atualmente, três licenciaturas: Fisioterapia, Terapia da fala e Terapia ocupacional, além de um leque de várias pós-graduações, mestrados e formações contínuas. A escola superior de saúde da Santa Casa continua a ser das que, a nível nacional, apresenta das melhores taxas de empregabilidade do mercado.

António é aluno do 12º ano na Escola Secundária Vergílio Ferreira, em Telheiras, Lisboa. Filho de médicos, já decidiu que é na área da saúde que reside o seu futuro. “Eu já conhecia a escola, tenho uma prima que tirou lá o curso de Fisioterapia e sempre me disse que a ESSAlcoitão era uma referência. Como gosto da área da saúde, estou a pensar se, para o ano, ingresso na escola”, referiu o estudante em entrevista no local.

Para António, a Futurália é uma oportunidade para “clarificar dúvidas que temos e que os nossos pais ou amigos não nos conseguem esclarecer”, realçou o jovem que classificou, ainda, este certame como “o local certo para conhecer o programa Erasmus”.

Beatriz, aluna finalista da Escola Secundária Gago Coutinho, em Alverca, foi outra de centenas de jovens que passaram no stand da ESSAlcoitão, com a curiosidade de perceber melhor os cursos que a escola oferece.

“Quem gosta da área da fisioterapia, já ouviu falar da ESSAlcoitão de certeza”, comentou a jovem, acrescentando que “o futuro ainda não está decidido, mas a Futurália serve mesmo para isso, para reduzirmos as nossas opções”.

Já no stand da Aldeia de Santa Isabel, no Pavilhão 2, os alunos tomaram conhecimento dos cursos de nível I e nível II, disponibilizados pelo Centro de Educação e Formação Profissional desta aldeia, situada em Albarraque, nomeadamente os que têm habitualmente mais saída profissional: cabeleireiro e mecânica.

Carolina, 18 anos, residente na linha de Cascais, foi uma das jovens que visitou o espaço, motivada pela curiosidade em “conhecer os cursos de nível II”. Depois de uma breve explicação, mostrou-se interessada em alguns cursos e prometeu candidatar-se. “Gostei de vários cursos. Não me importava de seguir alguns cursos. Acho que o de cabeleireira é o ideal para mim”, concluiu.

Protocolo de Avaliação Orofacial – PAOF-2. Um contributo importante para os avanços na terapia da fala

Foi apresentada esta quinta-feira, 17 de fevereiro, data que assinala o Dia Mundial da Motricidade Orofacial, a segunda versão do Protocolo de Avaliação Orofacial (PAOF).

A sessão, que decorreu em formato online, foi moderada pelo presidente do conselho técnico-científico da ESSAlcoitão, Jorge Abrantes. Este lançamento contou com a participação da presidente científica da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala, Maria Lousada, do presidente da Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala, João Torres, da diretora da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Giédre Berretin-Felix, e com a presidente e vice-presidente da Associação Espanhola de Fonoaudiologia, Foniatria, Audiologia e Fonoaudiologia Ibero-americana, Lidia García e Diana Grandia de Trepat, respetivamente.

A obra que explora os contributos deste protocolo constitui uma ferramenta útil de avaliação em terapia da fala, essencial para o rastreio de diferentes perturbações miofuncionais orais e também para a elaboração de um plano de intervenção adequado às várias terapêuticas.

Isabel Guimarães, autora da primeira versão do primeiro PAOF e coautora do PAOF-2 destacou, na sua intervenção, que a maior motivação para esta segunda versão “era atualizar um instrumento que, em Portugal, tinha um pequeno senão, que era não estar validado”, frisando, ainda, que este novo manual só foi possível “porque tivemos um conjunto enorme de terapeutas da fala que nos colocaram vários desafios”.

“As maiores diferenças relativamente ao original são a inclusão de uma escala com cinco pontos, em vez de uma escala dicotómica, o maior número de movimentos e a qualidade do movimento analisado, a validação e especificação dos critérios de avaliação”, concluiu Isabel Guimarães.

O processo de revisão da primeira versão deste protocolo teve em conta a evidência científica recente na área da terapia da fala. Para a elaboração do PAOF-2, foi efetuado um estudo normativo que contemplou uma amostra representativa da população portuguesa, incluindo mais de 800 crianças com desenvolvimento típico, com idades entre os 4 e os 10 anos. Público que perfaz a maioria dos casos de intervenção, do terapeuta da fala.

Para Margarida Grilo, coautora do manual, esta é “uma ferramenta essencial ao trabalho do terapeuta da fala com crianças com problemas miofuncionais, que vão desde a mastigação, à deglutição e aos sons da fala”. O PAOF-2 “vem colmatar a escassez de instrumentos de avaliação nesta área de atuação do terapeuta da fala e, ainda, possibilitar a realização de outros estudos de investigação na área”, acrescenta.

Sobre o PAOF-2

Editado pela Papa-Letras, o Protocolo de Avaliação Orofacial – PAOF-2, das autoras Isabel Guimarães, Mariana Ascensão e Margarida Grilo, é composto por vários capítulos, organizados pelos pontos: desenvolvimento; revisão e validação do instrumento; guia de aplicação; itens, registo e cotação do PAOF-2; orientações para a interpretação do PAOF-2 e dados de referência normativa para crianças dos 4 aos 9 anos de idade.

No final da publicação são também fornecidas folhas de registo do PAOF-2, que podem ser reproduzidas para fins clínicos ou de investigação.

Assista, no link em baixo, ao vídeo do lançamento desta segunda versão do Protocolo de Avalição Orofacial.

 

Concurso escolar “Todos Somos Diferentes” está de volta

Destinado a toda a comunidade escolar da rede pública do concelho de Lisboa, o concurso escolar “Todos Somos Diferentes” pretende distinguir trabalhos escolares que venham sensibilizar e mobilizar para a importância de uma escola integradora e inclusiva das pessoas com deficiência, baseada nos princípios da solidariedade e da diversidade com vista à construção de uma sociedade futura mais coesa e mais justa.

Além de formar os mais novos sobre a importância do tema (através da elaboração do trabalho apresentado), este concurso terá também o objetivo de fazer uma diferença efetiva dentro das escolas vencedoras. É que os vários prémios pecuniários a ele associados, que vão desde 1.500 a 5.000 euros, serão aplicados nas necessidades das escolas, de acordo com os regulamentos.

Os alunos, coordenados por um ou mais professores, deverão apresentar um trabalho de grupo em formato Word, no máximo até dez páginas e que respeite os princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Os trabalhos deverão ter a participação, em todas as fases de desenvolvimento, de alunos com deficiência.

Concurso escolar “Todos Somos Diferentes”

O concurso escolar destina-se a crianças e jovens do 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário (ou equivalente) distribuídos por quatro escalões, de acordo com os níveis de desenvolvimento escolar: a) 1º Escalão – 1º ciclo do ensino básico; b) 2º Escalão – 2º ciclo do ensino básico; c) 3º Escalão – 3º ciclo do ensino básico; d) 4º Escalão – ensino secundário (ou equivalente).

Pode ser apresentado um trabalho por turma e mais do que um trabalho por ciclo de ensino e por escola. Até final de fevereiro, deverá ser enviado um e-mail a expressar vontade em participar, com os dados referentes à escola e turma. Até final de abril, deverão ser enviados os trabalhos para o endereço eletrónico: todos.somos.diferentes@scml.pt. Já em junho, realiza-se a cerimónia de entrega de prémios (em data a anunciar).

Aos três melhores trabalhos de cada escalão – 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário (ou equivalente), serão atribuídos prémios pecuniários, num total de 12 prémios. As verbas atribuídas terão que ser aplicadas em projetos a desenvolver pela escola frequentada e de acordo com os regulamentos em vigor.

Consulte o Regulamento para ficar a par de todas as necessidades e regras a que estão sujeitos todos os participantes. Para mais informações: todos.somos.diferentes@scml.pt

 

 

Santa Casa apoia estudantes em época de pandemia

Foram entregues, esta quarta-feira, as Bolsas Sociais EPIS a 147 estudantes que visam premiar o desempenho escolar de alunos com menos recursos. Devido à situação pandémica a cerimónia decorreu exclusivamente num formato digital, através da plataforma Zoom.

Este ano, o programa contou com 39 investidores, mais 56% que em 2020, e atingiu um apoio global de 290 mil euros. Trata-se de um investimento recorde, que vai possibilitar, face às edições anteriores, apoiar mais alunos e continuar a premiar as boas práticas organizativas da promoção da inclusão social e digital, sustentabilidade, cidadania ativa e de inserção profissional de jovens com necessidades especiais.

Nesta edição, que foi organizada em seis áreas e 13 categorias, 93 bolsas premiaram o mérito de alunos do ensino secundário e 54 foram destinadas a alunos do ensino superior e de mestrado, com aproveitamento académico comprovado.

A participação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no programa permitiu que duas jovens, naturais do concelho de Lisboa, pudessem manter os seus estudos no 10ª ano de escolaridade de Ciências e Tecnologias, em escolas da região. Na categoria “Mérito Académico no final do 9.º ano de escolaridade a nível regional”, as alunas Francisca Cardoso e Matilde Augusto foram premiadas com uma bolsa de 450€ para o triénio escolar (10º; 11º e 12º).

Para Leonor Beleza, presidente da EPIS “é assinalável a atenção e o empenho da sociedade civil em apoiar a causa das famílias carenciadas e mais fragilizadas neste período tão crítico de pandemia”, concluindo que “As empresas estão mais recetivas e reconhecem na EPIS uma plataforma credível para fazer chegar o seu apoio a quem mais precisa e merece, já que temos critérios bem definidos para a atribuição das bolsas sociais”.

Criado em 2011, o programa das Bolsas Sociais EPIS permite à associação reforçar a sua missão de promover a inclusão social de jovens em risco de insucesso ou de abandono. Nas últimas 10 edições, foram recebidas 1.717 candidaturas, que resultaram na atribuição de 572 bolsas e em 26 projetos premiados, num investimento global superior a 922 mil euros, possível apenas com o apoio de 115 investidores sociais, através de 61 parcerias com empresas e instituições e 44 pequenos doadores.

A terapeuta que ensina a “voltar a fazer”

Um terapeuta ocupacional tem como objetivo final fazer com que o seu utente atinja o máximo de autonomia e independência no seu dia a dia. Nesta área da saúde o “fazer” ocupa um lugar de destaque.

Foram estas as ideias que fascinaram Carolina Matos a enveredar por um futuro na área da terapia ocupacional, já depois de ter concorrido por duas vezes à licenciatura de fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão). “Terapia ocupacional foi a minha segunda opção. Durante grande parte do meu secundário, pensei que o meu futuro passava por ser fisioterapeuta e foi exatamente essa a minha primeira opção.

Quando não entrei, admito que fiquei um pouco desanimada, mas quis ir para este curso antes de pensar em outra coisa. E foi a melhor decisão da minha vida. Acabei por me apaixonar pela terapia ocupacional e hoje, já não me consigo imaginar a fazer outro trabalho”, recorda a terapeuta.

Após a fase de candidaturas ao ensino superior, Carolina ingressa na escola, em 2014, tendo aí concluído a licenciatura de terapia ocupacional, em 2018. Pelo meio, ainda foi membro da tuna da escola, onde conheceu a sua “família académica”, e viveu uma experiência de seis meses na Bélgica, ao abrigo do programa Erasmus. Sobre os seus tempos de estudante, não tem dúvidas: “Foi uma experiência incrível, que voltaria a repetir”.

Durante os anos em que esteve na escola, a vocação pela terapia ocupacional foi crescendo e prevaleceu até aos dias de hoje. “É engraçado que, se voltasse atrás, faria tudo de novo. Faço o que gosto e acredito que esta é a melhor profissão para mim”, realça Carolina.

Há três anos, Carolina, à semelhança do que a ESSAlcoitão proporciona a todos os seus alunos finalistas, integrou um estágio onde teve a oportunidade de colocar na prática todos os ensinamentos que recebeu na escola. Carolina não tem dúvidas em afirmar que “em Alcoitão, prepara-se verdadeiramente os alunos para o mercado de trabalho”.

“É engraçado que sempre ouvi dizer que os melhores terapeutas vêm da ESSAlcoitão e sempre achei que era um bocado presunçoso, no entanto, desde que comecei a trabalhar é que tive noção desta afirmação e reparo que dizer que estudamos na ESSAlcoitão dá-nos um selo de qualidade”, comenta a antiga aluna.

No seu dia a dia profissional, a jovem terapeuta coloca em prática tudo o que aprendeu na ESSAlcoitão, realçando que muitos “não têm noção de que existem pessoas que de um momento para outro perdem todas as suas faculdades motoras e cognitivas”, e de que “o nosso papel é, acima de tudo, ensinar e reeducar essas pessoas para as pequenas tarefas que damos como adquiridas, como comer com um talher, ou escrever o nome”, destaca.

Carolina Matos acredita que o futuro da profissão passa “por dar a conhecer a todas as pessoas o que é ser um profissional nesta área”, sendo que é “necessário continuar a apostar na formação e na qualificação dos futuros profissionais, tal como a ESSAlcoitão tem vindo a fazer desde a criação do curso em terapia ocupacional, até aos dias de hoje”, concluiu o terapeuta.

Terapia da Fala em debate

Num formato totalmente online, o II Congresso internacional da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala (SPTF) congregou dezenas de oradores nacionais e internacionais de diversas áreas da saúde que, durante cinco dias, debateram as principais áreas de atuação clínica da terapia da fala, desde as perturbações da comunicação, da linguagem, da voz, da fluência e da motricidade orofacial e deglutição, bem como a importância da transdisciplinaridade e o impacto das tecnologias da informação, na atuação dos terapeutas da fala.

Paula Correia, presidente da SPTF, considera que esta foi uma iniciativa que espelhou “um dos principais objetivos da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala, que é o de promover e divulgar ciência em terapia da fala”, fundamentando que “o programa científico que foi pensado para este congresso foi desafiante, mas pretendeu dar resposta a todos, tanto no modelo presencial como no modelo de teleprática”.

O primeiro dia de congresso ficou marcado por diversos workshops, destinados a promover alguns dos maiores desafios que os terapeutas da fala têm na sua prática clínica.

Já a conferência inaugural, no dia 23, ficou a cargo do antigo comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, que discursou sobre o papel da inovação na melhoria dos serviços de saúde e educação em Portugal e como o avanço tecnológico pode e deve potenciar melhores profissionais.

Este dia ficou ainda marcado pela homenagem à terapeuta Suzete Carmona Rodrigues, antiga professora da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão), que foi distinguida pela SPTF devido ao seu empenho e dedicação no desenvolvimento da terapia da fala em Portugal.

“Uma homenagem justa a uma figura emblemática da terapia da fala nacional, que sempre lutou pela qualidade do ensino” desta profissão no nosso país, bem como “pelo reconhecimento académico e profissional dos terapeutas da fala, pautando a sua ação pelo humanismo, sentido de responsabilidade, sempre com grande determinação, mas com uma doçura contagiante”, referiu Margarida Grilo, coordenadora do Departamento de Terapia da Fala da ESSAlcoitão.

Opinião partilhada por Paula Correia: “esta distinção demonstra o contributo importante, extenso e fundamental que a Suzete Rodrigues teve para com a terapia da fala”, frisando que a mesma “está, por certo, na memória e no coração de centenas de terapeutas da fala”.

Seguiram-se três dias e meio de um intenso debate em torno das principais áreas de atuação clínica da terapia da fala, divulgando e atualizando conhecimentos, em formato de conferências, mesas redondas e comunicações livres.

Durante o evento foi ainda entregue o Prémio de Mérito Científico à professora Isabel Guimarães, docente da ESSAlcoitão e membro fundador da SPTF. Uma distinção que premeia atos que valorizam de forma assinalável a ciência em terapia da fala.

Paula Correia, que é uma das principais defensoras da constituição de uma ordem profissional para a classe, defendeu que este congresso veio demonstrar que “a terapia da fala está ótima e num processo de crescimento e valorização ímpar, onde os nossos profissionais devem assumir o seu papel nas equipas multidisciplinares onde estão”. “Os terapeutas da fala têm respondido a este apelo e têm vindo, num número bastante elevado, a adquirir o grau académico de Mestre e de Doutor”, concluiu.

Margarida Grilo acredita que a participação da escola neste evento foi “extremamente importante” na medida em que “a ESSAlcoitão, como instituição de ensino superior, fundadora da terapia da fala em Portugal, teria de associar-se e apoiar um evento de alcance internacional, diferenciação científica e profissional, no âmbito desta área da saúde”, frisando que “a ESSAlcoitão sempre destacou junto dos seus diplomados e dos seus parceiros a versatilidade da atuação do terapeuta da fala, divulgando e promovendo a profissão, junto de diferentes destinatários e por diferentes meios”.

Misericórdia de Lisboa e EPIS unem-se por uma educação melhor

Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, Diogo Simões Pereira e Susana Lavajo Lisboa, representantes da Associação Empresários Pela Inclusão Social, assinaram o protocolo esta terça-feira, 21 de setembro, na Sala da Provedoria da instituição.

A EPIS assume como uma das missões prioritárias a promoção da inclusão social através da educação, em particular o combate ao insucesso e ao abandono escolares, com especial atenção à potenciação e capacitação de jovens em risco que frequentam o 1.º, 2.º e 3.º ciclos de escolaridade e ensino secundário e à disseminação de boas práticas de gestão nas escolas, em parceria com o Ministério da Educação, do qual é o maior parceiro privado.

Protocolo SCML EPIS

O protocolo de cooperação com a Misericórdia de Lisboa concretizar-se-á em três linhas de ação, abrangendo os seguintes projetos em desenvolvimento pela EPIS:

A) Programa de Bolsas Sociais EPIS 2021: a Santa Casa disponibilizará, no âmbito da edição de 2021, um apoio financeiro de 3300 euros que se destina à atribuição de bolsas a dois alunos bolseiros que ingressem no 10.º ano e até ao seu 12.º ano de escolaridade, que residam ou estudem no concelho de Lisboa, e que receberão a denominação Subcategoria Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, enquadradas na Categoria 7 – Mérito Académico no Final do 9.º ano de escolaridade a nível regional (para escolas de concelhos específicos). O apoio referido corresponde ao valor anual de 450 euros por cada Bolsa, atribuído a cada aluno durante três anos (do 10.º ao 12.º).

B) Programa de Voluntariado EPIS – Explicações: a Misericórdia de Lisboa participará através de colaboradores voluntários que se inscrevam no programa de explicações de várias disciplinas para alunos do 2.º ou 3.º ciclo apoiados pela EPIS, em formato de 1 para 1, em modelo digital, de qualquer um dos 42 concelhos e quatro ilhas nos Açores abrangidos.

C) Programa Global Vocações – “Eu Quero Ser…”: chefias e colaboradores da Santa Casa participarão em fóruns de debate, em modelo digital, sobre áreas e vocações profissionais relativas às áreas de intervenção da instituição com testemunhos contados na primeira pessoa.

Sobre o Programa Bolsas Sociais

A Misericórdia de Lisboa é um dos investidores mais recentes a integrar este programa. As bolsas sociais da EPIS visam premiar o mérito académico, sendo que, das 147 bolsas a atribuir este ano, 93 destinam-se ao ensino secundário, 48 ao ensino superior e seis a mestrado. O impacto da pandemia de Covid-19 na vida pessoal e escolar dos alunos mantém-se como critério de avaliação. No total, esta edição está organizada em seis áreas e 13 categorias de atribuição.

A instituição associou-se à iniciativa Bolsas Sociais promovida pela EPIS, através da criação de uma nova categoria de prémio que irá apoiar o mérito académico de dois alunos do ensino secundário, no concelho de Lisboa. Com este protocolo, a Santa Casa pretende ampliar o impacto positivo da instituição na comunidade, nesta área de intervenção prioritária, a educação-ensino, e, simultaneamente, o fortalecimento da responsabilidade social corporativa através do estímulo dos colaboradores à prática de voluntariado e de uma cidadania ativa.

As candidaturas ao Programa Bolsas Sociais EPIS, subcategoria Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, podem ser feitas pelas escolas ou, individualmente, pelos alunos, até ao dia 27 de setembro (inclusive), através da submissão da proposta de candidatura no site oficial da EPIS, aqui.

Das cadeiras da Escola Superior de Saúde do Alcoitão para um lugar de sonho

O sonho de António esteve sempre presente nas suas escolhas. Surfista amador e apaixonado por desporto no geral, desde tenra idade que sabia que o caminho que seguiria profissionalmente estaria relacionado com esta área. “Mal acabei os estudos do secundário, sabia que iria seguir algo ligado ao desporto. Felizmente tinha média para entrar tanto em engenharia biomédica, como em fisioterapia”, recorda.

Após a fase de candidaturas ao ensino superior, António ingressou na Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão), em 2009, tendo aí concluído a licenciatura de fisioterapia, em 2013. Sobre os seus tempos de estudante, não tem dúvidas: “Foram os melhores anos da minha vida”.

“A escolha foi muito fácil. Quando conheci a escola fiquei encantado. Pela dimensão da escola e pelo facto de que aqui somos uma família, todos se conhecem, e os professores estão sempre prontos a ajudar no que for necessário”, afirma o terapeuta.

Durante os quatros anos de curso, a paixão pelo desporto prevaleceu sempre. “Recordo-me que quando entrei na escola, até quase ao final do meu segundo ano, era aquele aluno da primeira fila. Com o passar dos anos fui andando para trás na sala, mas havia algumas aulas mais ligadas à vertente desportiva, como as aulas de músculo-esquelética, que eu seguia com enorme entusiasmo”, realça António.

Em 2013, o seu percurso estava traçado. Primeiro um estágio proporcionado pela ESSAlcoitão, à semelhança do que a escola faz com todos os seus alunos, na clínica da Fisioforma, que lhe abriu as portas do Rugby do Belenenses. Daí ao clube da Luz foi um salto.

“Felizmente tive a sorte de ter tido boas referências na profissão. Aliado ao que tinha aprendido na ESSAlcoitão, o meu percurso foi-se construindo de uma forma natural”, diz o fisioterapeuta sorridente.

Em 2016, António recebe um telefonema inesperado de um colega de profissão, com uma pergunta para a qual tinha já uma resposta em mente, ainda antes de a revelar. “Recebo um telefonema de um colega a questionar-me se tinha interesse em ir para o Benfica. Escusado será dizer que a resposta foi positiva, logo no segundo seguinte”, lembra o jovem.

Assim iniciava António Loio um novo percurso, agora no Sport Lisboa e Benfica. Depois de selecionado, é convidado a integrar a equipa multidisciplinar de preparação dos sub-16, seguindo a mesma formação de jogadores até aos sub-19. Entretanto, passa pelo basquetebol dos encarnados e, recentemente, é convidado a integrar a equipa de fisioterapeutas da equipa B de futebol do clube da Luz.

“Tive a oportunidade de ver evoluir e privar de perto com alguns dos maiores nomes do nosso futebol. Para mim é um motivo de satisfação poder estar ao lado destes jogadores, acompanhar a sua evolução e saber que por momentos também faço parte do seu sucesso”, conta António.

No seu dia a dia profissional, o jovem fisioterapeuta coloca em prática tudo o que aprendeu na ESSAlcoitão, realçando que “as pessoas não têm noção de que os jogadores têm de ser monitorizados constantemente”, e de que “o nosso papel é, acima de tudo, precaver lesões e preparar os jogadores para estarem no pico das suas potencialidades. Para nós o trabalho está bem feito quando eles (jogadores) não têm lesões”, destaca.

Defensor acérrimo da constituição da Ordem dos Fisioterapeutas, algo que só foi conseguido em 2019, António acredita que os fisioterapeutas portugueses são “dos melhores que existem mundialmente” e não tem dúvidas de que a “ESSAlcoitão forma os melhores fisioterapeutas nacionais”.

“A Ordem traz sobretudo um papel fundamental, que é consolidar a confiança dos cidadãos nos fisioterapeutas e valorizar a relevância da intervenção dos fisioterapeutas, nomeadamente, tornando o acesso à fisioterapia mais fácil e mais seguro”, realça ainda.

António Loio acredita que o futuro da profissão passa pela “união” dos profissionais, sendo “necessário continuar a apostar na formação e na qualificação dos futuros profissionais, tal como a ESSAlcoitão tem vindo a fazer desde a sua criação, até aos dias de hoje”, concluiu o fisioterapeuta.

De aluna a professora: o percurso de uma terapeuta da fala formada na ESSAlcoitão

A fala é o transporte de excelência na transmissão da cultura, das memórias e das vontades. Sem ela, somos meros espetadores visuais de tudo o que nos rodeia. É uma das melhores ferramentas que temos para conhecer o mundo e interagir com ele.

Foi esta ideia que fascinou Jaqueline Carmona a enveredar por um futuro na área, já depois de ter concluído uma licenciatura em Linguísticas, no final do milénio, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.

Filha de pais portugueses, nasceu em terras germânicas, viveu alguns anos na Suíça e acabou por vir, mais tarde, com os pais para Portugal, para se estabelecerem no centro do país, na Figueira da Foz.

“Depois de concluir os meus estudos na Figueira, sabia que o meu futuro seria em Lisboa”, conta. E assim foi. No verão de 94, rumou à capital para ingressar no curso de Linguísticas.

“Foi uma mudança natural. Na altura que ingressei no curso (Linguísticas) era este o percurso que imaginava que iria seguir, mas o futuro prega-nos partidas”, comenta a atual professora de terapia da fala da ESSAlcoitão.

Foi durante a sua passagem pela Universidade Nova de Lisboa que Jaqueline viria a descobrir a sua atual paixão, a terapia da fala. Desde cedo que tomou gosto pela área que, na altura, era apenas “algo desconhecido e que poucas pessoas sabiam o que era”.

“Durante o curso de Linguística, uma das professoras que também dava aulas na Escola Superior de Saúde do Alcoitão falou-nos sobre a licenciatura em terapia da fala. A minha primeira reação foi: “O que é isso?”. Mas desde aí que o fascínio ficou”, revela.

Os dados estavam lançados para uma futura aposta. Nesse mesmo dia, Jaqueline falou aos pais na possibilidade de concorrer à licenciatura em Terapia da Fala, na Escola Superior de Saúde do Alcoitão. A resposta foi imediata e sem grande surpresa: “Mal falei aos meus pais que estava a pensar concorrer a Terapia da Fala, eles automaticamente disseram que não. Não por não acreditarem na área, mas queriam que eu terminasse primeiro o (curso) de Linguística”.

Assim foi. Depois de concluir o curso na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Jacqueline candidatou-se a uma das vagas ao bacharelato em Terapia da Fala, posteriormente reconhecido como licenciatura pós-Bolonha, na ESSAlcoitão, com uma amiga. “Inscrevemo-nos. Eu entrei e ela não. Foi muito aborrecido”, relembra.

Reportagem_ESSA

Terapia da fala: Uma carreira que nasceu de uma paixão inesperada

Jaqueline Carmona até pode não ter sonhado com uma carreira como terapeuta da fala desde tenra idade, mas a área acabou por conquistá-la definitivamente e construiu uma carreira reconhecida. Desde a formação de futuros terapeutas até ao aconselhamento que dá numa vertente clínica.

O encantamento pela profissão começou justamente quando chegou a Alcoitão e percebeu que a possibilidade de ensinar se juntava à de tentar dar “o devido reconhecimento que a Terapia da Fala devia ter”.

“Este curso não tem a visibilidade que deveria ter, mas é uma área muito nobre que vai da neonatologia até à velhice”, afirma a terapeuta de 46 anos.

Jaqueline entra na Terapia da Fala no ano letivo de 2000/2001. Durante o curso dedica-se à área da disfemia, comumente conhecida como gagueira ou gaguez, e no final da sua formação o convite que tanto ansiava chegou.

“Eu já sabia que era isto que queria fazer, era uma área que me enchia profissionalmente e logo depois de terminar a licenciatura sou convidada para lecionar Linguística Clínica na escola, em 2004”, recorda sorridente a professora.

Desde então, já são mais de 15 anos a formar futuros profissionais reconhecidos internacionalmente “como os melhores”, vários convites para colóquios e jornadas dedicadas ao tema da terapia da fala e uma colaboração no livro “Sentidos”, do autor Nuno Lobo Antunes. Uma obra que é, para muitos, uma das bíblias para pais e profissionais sobre as perturbações do desenvolvimento das crianças, como o autismo, a hiperatividade ou a dislexia.

Reportagem_ESSA

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

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