Passar da teoria à prática na inclusão social
Para a Casa do Impacto, o hub de empreendedorismo social e ambiental da Santa Casa da Misericórdia, é preciso passar da teoria à prática no que toca à inclusão social. Veja como está a acontecer.
Para a Casa do Impacto, o hub de empreendedorismo social e ambiental da Santa Casa da Misericórdia, é preciso passar da teoria à prática no que toca à inclusão social. Veja como está a acontecer.
Nos últimos dois anos, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social, tem desenvolvido projetos que procuram explorar diferentes vertentes da inovação no setor social. É nesta linha de atuação que surge a 2ª edição do Hackathon 100% Colaborativo, este ano dedicado ao ‘Futuro da Economia Social’.
Ao reunir todos os players do empreendedorismo num único ecossistema, a Casa do Impacto multiplica a capacitação e concretiza o desenvolvimento de boas ideias de negócio. Explicamos-lhe como.
Empreendedorismo social, requerentes de asilo e refugiados. Três temas diferentes, mas que vamos dar a conhecer de um ponto de vista único. Porque há algo fundamental que une as duas entrevistas: ser mulher. Mas não só! Quem dá a voz são mulheres que trabalham em áreas muito diferentes na Santa Casa, mas que nos falam de outras mulheres que são apoiadas pela Misericórdia de Lisboa.
Começamos com Inês Sequeira, numa conversa onde abordamos a mulher empreendedora social, o que falta fazer e o que já foi feito pela igualdade de género neste setor, a importância da diversidade na criação de impacto e a missão da Casa do Impacto com uma mulher ao leme.
O perfil do empreendedor social em Portugal é, tradicionalmente, de classe média-alta, maioritariamente homens, brancos, entre os 25 e os 40 anos. Estes dados são para Inês Sequeira a evidência de que tudo o que tenha que ver com igualdade de género e igualdade de oportunidades, “infelizmente, ainda é um caminho em construção”.
Apesar de no empreendedorismo de impacto existirem “mais mulheres do que noutros setores ditos tradicionais”, para a diretora e fundadora do hub de empreendedorismo social da Misericórdia de Lisboa, ainda há muito a fazer no que à igualdade de género diz respeito. Isso vê-se até na Casa do Impacto, onde a percentagem de homens empreendedores é muito superior à das mulheres.
Uma das principais razões pode estar na cultura portuguesa, onde as “mulheres são educadas, tradicionalmente, para serem cuidadoras, serem solidárias e a ajudarem outras pessoas”. O problema não é de agora, é antigo. O facto de não existirem muitas mulheres como fundadoras de startups, em muito se deve ao passado. “Vem tudo muito mais de trás, que tem que ver com a educação”, explica Inês Sequeira.
Para a diretora da Casa do Impacto, o exercício é simples: basta olhar para os órgãos de administração de empresas ou mesmo para o Governo, “onde começa a haver mais mulheres, no entanto ainda são uma minoria”.
O desafio da Casa do Impacto passa por perceber como chegar a públicos diversos seja no género, na idade, na etnia. “Nós ainda falamos muito de igualdade em Portugal. Quando falamos de igualdade e diversidade em Portugal, só se fala no género. Não vamos para outras questões, que, até para a própria Santa Casa, são questões muito presentes, como a inclusão em questões de deficiência, ou migrantes de etnias diferentes, ou intergeracionalidade”. Falar de igualdade nas suas variadas formas continua a ser necessário, pelo menos até ao dia em que cada um “conseguir escolher um caminho que seja acessível para todos”.
Na Casa do Impacto, as equipas que tiverem nelas maior diversidade, serão “majoradas positivamente e avaliadas de uma forma mais positiva nesse critério relativamente às demais”, até porque “o poder da inovação reside mesmo nessa diversidade”. “Eu acredito muito nisso. Portugal precisa de mais diversidade. Eu acho que todas as sociedades ganham quanto mais paritárias são”, refere Inês Sequeira.
A cultura do exemplo tem ajudado a mudar o paradigma. Tem feito com que, no caso das mulheres, que “em termos de educação são educadas a jogarem pelo seguro”, não fiquem na sombra. Ou seja: ver outras mulheres a serem bem-sucedidas, faz com que outras sintam que é possível e o primeiro passo torna-se algo menos desconfortável.
“Eu acho que nós europeias – apesar de sabermos que o gender gap é grande, que as mulheres nas mesmas funções que os homens, tradicionalmente, ainda ganham consideravelmente menos, que o acesso a lugares de direção ainda é mais difícil para as mulheres do que para os homens – temos tido muitas conquistas em termos de direitos humanos, relativamente ao género”, refere Inês Sequeira, alertando ainda assim que “no mundo inteiro ainda existe muito por fazer”.
E porquê? “Porque nós não partimos todos do mesmo ponto de partida”. É aqui que a missão de instituições como a Santa Casa se eleva, ao “repor alguma justiça ao mundo que à partida é tão injusto”.
Ouça aqui, na íntegra, a entrevista com Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, o hub de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Depois de uma primeira sessão, na última sexta-feira, 26 de fevereiro, a temática voltou a ser discutida na passada quarta-feira, 3 de março. No mês em que toda a programação da Casa do Impacto é dedicada ao quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Igualdade de Género, o Hub promoveu um evento que foi para além das fronteiras deste ODS, debruçando-se sobre a igualdade no seu todo.
“Como a diversidade nas organizações pode ser uma ferramenta para maior criatividade e inovação”, foi o mote de partida para a conversa entre os oradores convidados: Sofia Colares Alves, Chefe de representação da Comissão Europeia em Portugal, Cláudia Prazeres, da Câmara Municipal de Lisboa, Teresa Quaresma, do Banco Montepio, Margarida Couto, presidente da direção do GRACE, Nathalie Ballan, fundadora e senior partner da Sair da Casca, Miguel Fontes e Marta Guimarães, da Startup Lisboa, Sandra Almeida, da Fundação Aga Khan, Marta Albuquerque, da Portugal Inovação Social e os parceiros da Casa do Impacto, Rita Ferreira e Francisca Lencastre, da IES – Social Business School, João Magalhães, da Academia de Código, Cristina Almeida do MAZE e Hugo Menino Aguiar do SPEAK. O debate contou com a moderação da diretora da Casa do Impacto, Inês Sequeira.
Para Sofia Colares Alves, a inclusão é “uma pedra basilar de toda a atuação da Comissão Europeia”. Centrando o seu discurso numa perspetiva europeia, a chefe de representação da Comissão Europeia em Portugal, salientou que a Comissão Europeia (CE) é “uma estrutura que promove a igualdade e inclusão”.
“Temos 24 línguas e 27 nacionalidades, de várias áreas de formação. A CE é uma estrutura já por si muito diversa, no entanto queremos que esta inclusão seja também aplicada no terreno”, concluiu Sofia Colares Alves.
Num debate esclarecedor, foram várias as ideias e projetos apresentados, com destaque para a intervenção de Cláudia Prazeres, da Câmara Municipal de Lisboa. Para a representante da autarquia da capital é essencial que organismos públicos “tenham presente na sua atuação diária as questões da igualdade”.
“Representamos uma larga fatia da população portuguesa, somos uma cidade cosmopolita que quer, deve e preocupa-se com estes temas. Desde 1995 que a autarquia criou um órgão para debater estas matérias e, desde então, que temos tido um longo trabalho na inclusão”, frisando ainda que “Lisboa é uma cidade que promove a igualdade”.
Um aspeto sublinhado no webinar foi a necessidade de as empresas começarem a incorporar nas suas ações diárias estas questões. “As grandes empresas internacionais têm este assunto na sua agenda. Existem alguns conglomerados mundiais que não deixam entrar na sua cadeia de fornecimento empresas que não cumpram as questões da igualdade. O mundo empresarial é essencial para alterar mentalidades e paradigmas”, salientou Margarida Couto da GRACE.
No final da sessão, Inês Sequeira frisou que o objetivo da iniciativa foi o de “promover uma reflexão sobre o presente e futuro da inclusão e igualdade nas organizações”.
A digitalização está a transformar o mundo e a maneira de interagimos uns com os outros, e com a pandemia de COVID-19, este processo tornou-se ainda mais rápido. Mas de que forma é que a inovação e a sustentabilidade podem ser a “espinha dorsal” do futuro da Economia Social?
É para responder a esta e outras questões que o Hackathon 100% Colaborativo, a maratona digital que mobiliza várias pessoas com o objetivo comum de encontrar soluções inovadoras para os problemas de todos, está de volta e com ela traz algumas novidades.
A primeira é que esta edição será aberta a um maior número de pessoas, onde poderão participar colaboradores da Santa Casa e de organizações da Economia Social, bem como estudantes universitários, jovens licenciados e membros das comunidades Alumni, a segunda é que decorrerá integralmente online e a última novidade está ligada aos desafios propostos aos participantes.
Depois do sucesso do último Hackathon, onde foram debatidas ideias sobre o acesso a alojamento condigno, empregabilidade e autonomia dos jovens da Misericórdia de Lisboa, assim como saúde mental, nesta maratona os participantes vão agora ser desafiados a encontrar soluções em quatro áreas distintas: digitalização, sustentabilidade, avaliação de impacto na Economia Social e a empregabilidade.
Inês Sequeira, diretora do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social da Santa Casa afirma que “esta é uma iniciativa aberta que promove a participação e a responsabilização dos colaboradores nos processos de governação e decisão”, salientando que a segunda edição pretende “chegar a um público mais vasto, envolvendo todos os players da Economia Social”.
Esta iniciativa digital vai enfatizar o papel da inovação, apostando na diversidade dos participantes e na sua capacitação através de talks, tutoriais, webinars, toolkits e momentos de mentoria orientados para a produção de novas ideias e soluções, a partir da utilização de plataformas inovadoras.
Como explica Inês Sequeira, estas iniciativas “beneficiam todo o setor da Economia Social, na construção de soluções para os desafios do amanhã que serão importantes para o futuro de todos”.
Todos os interessados em participar nesta edição do Hackathon 100% Colaborativo podem já fazer a sua inscrição através da página do projeto na plataforma TAIKAI, local onde também podem consultar ao detalhe as regras da competição.
Após a constituição das equipas, que decorrerá entre os dias 24 e 26 de março, segue-se a fase de capacitação e mentoria, nas duas primeiras semanas de abril. No dia 26 de abril serão conhecidos os grandes vencedores, após um pitch final dos projetos. As ideias vitoriosas, em cada uma das áreas a concurso, terão direito a um prémio monetário, no valor de 3.750 euros.
Financiar e potenciar projetos inovadores nas áreas da proteção social: emprego, saúde, justiça, educação e inclusão, assim como estimular o investimento neste setor em Portugal, são os principais objetivos dos Projetos de Impacto, uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Banco Montepio.
As duas instituições, atualmente os maiores investidores sociais do país, disponibilizaram um milhão e 350 mil euros em instrumentos de apoio à inovação social. No total, foram aprovadas nove candidaturas: dois Títulos de Impacto Social e sete Parcerias para o Impacto.
Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, salienta que este apoio “reforça a estratégia da Santa Casa no setor da Inovação e da Economia Social em Portugal”, salientando que a instituição tem sido capaz de se adaptar “a cada época e às várias oportunidades que dela advêm, com investimento para o impacto, no empreendedorismo e na filantropia estratégica”.
Para o provedor, os projetos selecionados “contribuem para a inovação das respostas aos novos desafios contemporâneos, cada vez mais complexos, principalmente no contexto pandémico que vivemos, em áreas centrais como a educação, a digitalização, o envelhecimento ativo, a arte e a cultura, empregabilidade e saúde”.
Já Pedro Leitão, Presidente da Comissão Executiva do Banco Montepio, frisa que a instituição secular que lidera sempre assumiu “forte compromisso de contribuir para uma sociedade mais transparente, mais justa e mais sustentável”, concluindo que “a ligação umbilical ao terceiro setor é a face mais visível deste compromisso”.
Nas Parcerias para o Impacto, os projetos identificados estão centrados nas áreas de saúde, arte e cultura, envelhecimento ativo, empreendedorismo, digitalização e reabilitação de espaço público. O objetivo passa por obter modelos de financiamento mais estáveis, eficazes, duradouros e assentes em resultados de impacto, em conjunto com investidores sociais.
“O Mundo é o meu Bairro” é um projeto piloto de dois anos, que contou com a participação de 1.200 habitantes do Bairro da Quinta do Loureiro, em Lisboa, onde foram criados vários projetos de inclusão social em diversos eixos artísticos.
Outros dos projetos selecionados na área de arte e cultura foi o “Skoola – Escola de Música Urbana e Contemporânea”, que pretende combater a exclusão social de crianças e jovens, dos 10 aos 18 anos, que vivam em bairros sociais e economicamente desfavorecidos, através do poder transformador da música urbana e contemporânea. O Skoola assenta a sua atividade na valorização da cultura dos jovens envolvidos, segundo o paradigma da democracia cultural.
Já no âmbito do envelhecimento ativo, foram dois os projetos selecionados: o “55+ Scaling for Impact”, que tem por objetivo dar sentido e utilidade às pessoas de 55 e mais anos, enquanto satisfaz necessidades comunitárias de forma economicamente competitiva, e o “Robot PEPE”, ferramenta terapêutica inovadora que alia a realidade aumentada a exergames (jogos cognitivos mediados pelo exercício físico), permitindo em simultâneo a atividade física e a estimulação cognitiva.
Há ainda o “WeGuide”, o acompanhamento profissional (não voluntário) de doentes oncológicos da área metropolitana de Lisboa, cujo plano é, numa segunda fase, chegar a outras partes do país e a pessoas com outras doenças crónicas, o projecto “Impulso”, que visa simplificar a criação de micro-negócios e o “Na minha praceta”, que propõe a regeneração urbana em três bairros municipais da freguesia de Marvila, e no qual, através de metodologias participativas, os residentes vão contribuir de forma ativa na reabilitação e ativação do seu espaço público, promovendo assim o aumento do capital social e da coesão social.
Por sua vez, nos Títulos de Impacto Social, que têm como objetivo disponibilizar financiamento através de um mecanismo de contratualização e pagamento por resultados, os dois projetos escolhidos foram o “Ubbu – code literacy em Lisboa”, que aposta no ensino de Ciência da Computação e da Programação nas escolas públicas dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico e o “Gamezone Lisboa”, cuja missão é combater o défice de competências de português e matemática de alunos com baixo estatuto socioeconómico.
Tanto as Parcerias para o Impacto como os Títulos de Impacto Social preveem o pagamento com base em resultados e métricas de avaliação de impacto que comprovem a obtenção de resultados sociais e ganhos de eficiência em áreas prioritárias de política pública. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Banco Montepio vão avaliar o resultado destas iniciativas empreendedoras, conhecer os seus impactos e analisar as mudanças provocadas.
O ecossistema do empreendedorismo da Casa do Impacto está cada vez mais sólido. Desde a sua criação, a 1 de outubro de 2018, que o hub de empreendedorismo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem vindo a aglomerar startups capacitadas para desenvolver projetos inovadores com resultado social.
É na Casa do Impacto que convergem todos os players do ecossistema do empreendedorismo de impacto do país. O objetivo do polo de inovação é, diariamente, promover negócios que ajudem a combater os problemas que enfrentamos enquanto sociedade. A pobreza, as desigualdades e o desemprego são alguns dos desafios que os empreendedores se propõem a resolver, através de negócios sustentáveis que nasceram para criar impacto social positivo, em conformidade com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU.
O sucesso da Casa do Impacto traduz-se, por exemplo, nos casos que aqui ganharam forma e que mereceram replicação e reputação internacional. O ecossistema mapeado pelo hub tecnológico possibilita uma rápida compreensão desse êxito, ao incluir os players mais relevantes que diretamente influenciam, ou foram influenciados, pela atividade da Casa do Impacto nos seus dois anos de existência. A infografia mostra-nos um ecossistema do empreendedorismo de impacto sólido e amplo.
“Queremos desafiar novos empreendedores a criar mais negócios de impacto social, uma vez que têm todas as ferramentas que necessitam na Casa do Impacto. Damos acesso a diferentes soluções para diferentes fases de negócio”, explica a diretora da Casa do Impacto, que vê no “Santa Casa Challenge” ou no fundo “+Plus” bons exemplos do apoio dado pela Casa do Impacto a novos empreendedores.
Há muito que a Casa do Impacto tenciona ter um papel unificador entre as várias realidades. O objetivo passa por possibilitar a criação de pontes e intersecções entre os vários setores: público, privado e da economia social, o empreendedorismo e a inovação de impacto naquela que, para Inês Sequeira, é “era da inovação social”.
Portugal parece dar uma boa resposta nesse sentido, sobretudo durante a pandemia de Covid-19. O nosso país é, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o estado do mundo com mais respostas inovadoras aos problemas sociais causados pela pandemia. No total, foram identificadas 37 inovações sociais originárias do setor público em Portugal, entre as 434 identificadas pela OCDE em todo o mundo.
Nestes números, a Casa do Impacto tem uma palavra a dizer. Um dos projetos que contribuiu para que Portugal atingisse este lugar foi o “acalma.online”, uma plataforma de videoconsultas para apoio psicológico de sintomas relacionados com o confinamento, criada em abril de 2020.
Mas o acalma.online é apenas um entre muitos exemplos: o movimento “tech4COVID19″, que, em 48 horas, juntou mais de 600 empreendedores tecnológicos com soluções inovadoras de combate aos efeitos da pandemia; o “Santa Casa Challenge Extra Covid-19”, que investiu 50 mil euros nos projetos Ally Smart Check-ins e Smart-AL, duas soluções tecnológicas de apoio e a idosos; a GoParity aproveitou o seu know-how em campanhas de angariação de fundos e recolheu 185 mil euros para a aquisição de material hospitalar.
Não será apenas durante a pandemia que esta tendência de crescimento do ecossistema de impacto se vai verificar. Inês Sequeira olha para o futuro de forma risonha, pois acredita que, no pós-Covid-19, “por termos ficado alerta para a necessidade de projetos com preocupações sociais”, teremos um ecossistema “saudável e inovador que vai continuar a prosperar e a crescer” em particular nas áreas da educação e na área da saúde mental.
“Na área do envelhecimento, as soluções vão continuar a surgir. Estamos a viver um desafio e uma oportunidade ao mesmo tempo. Oportunidade para inovar, democratizar e escalar as experiências de aprendizagem”, considera Inês Sequeira.
O Santa Casa Challenge está de volta. O concurso promovido pela Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia, lança o desafio a todos os empreendedores: “Como podemos promover uma saúde de qualidade, com especial atenção aos problemas da saúde mental e às necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade?”.
O tema desta edição vai ao encontro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número dois, que faz parte do leque de 17 metas globais, definidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas até 2030.
A pandemia de Covid-19 –tema da última edição do Santa Casa Challenge– elevou a necessidade de se promover uma saúde de qualidade, depois de um ano de 2020 marcado pelo aumento do número de pessoas em situação vulnerável.
É isso que a Casa do Impacto está à procura: soluções inovadoras de base tecnológica e digital que criem um impacto social positivo. O grande vencedor terá um apoio de 15 mil euros para desenvolver a sua ideia de negócio. O primeiro e segundo classificados terão acesso a um pack de incubação na Casa do Impacto por um período de um ano. Os três primeiros lugares vão também usufruir de um Alpha Packs, para a Web Summit 2021, onde poderão aproveitar a cimeira tecnológica para mostrarem as suas ideias de negócio ao mundo.
Para concorrer basta preencher o formulário de candidatura online, disponível no site da Casa do Impacto. As candidaturas estão abertas até dia 05 de abril. O anúncio dos finalistas será feito a 09 de abril de 2021, no site e nas redes sociais associadas à Casa do Impacto.
O Santa Casa Challenge é um concurso promovido no âmbito da estratégia de investimento da Casa do Impacto, que premeia soluções tecnológicas inovadoras que deem origem a dispositivos, aplicativos, conteúdos digitais, serviços web ou de comunicação, exequíveis do ponto de vista tecnológico.