logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Benemerências: Uma prova de confiança ou uma forma de agradecimento?

Contrariamente ao que sucede na generalidade dos locais de trabalho onde a palavra “benemérito” raramente é pronunciada, na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa o vocábulo é corriqueiro e repetitivo. A situação é fácil de explicar: 94% do património imobiliário da instituição resulta de benemerências, pelo que os conceitos de herança, legados ou donativos estão sempre presentes. Assim era no passado e assim permanece na atualidade:

“O património imobiliário da Santa Casa é fruto, sobretudo, de doações e heranças de beneméritos que, ao longo dos séculos, deixaram e deixam os seus bens para serem colocados ao serviço dos outros. Acreditam que a Santa Casa é uma instituição com carácter perpétuo, que lhes merece toda a credibilidade e confiança. E esta confiança comporta uma responsabilidade maior: a de valorizar e rentabilizar este legado, respeitando as intenções de todos aqueles que nos entregaram os seus bens”, explica Carla Antas de Almeida, diretora da Unidade de Benemerências do Departamento de Gestão Imobiliária e Património.

As palavras da responsável traduzem-se em números, os quais não deixam margem para dúvidas sobre a credibilidade e o valor da marca Santa Cada junto da população. Em 2023 e 2024 contabilizaram-se 10 Benemerências (conceito que engloba também heranças e legados) e 570 donativos, financeiros e em espécies. Neste último grupo, o dos donativos, chegam à Misericórdia de Lisboa bens tão distintos como imóveis, ativos mobiliários ou recheios de habitações. Quantificar o valor das benemerências representa uma tarefa complexa, quase impossível. Certo é que, só nos últimos anos, a instituição recebeu “três heranças avaliadas em cerca de um milhão e meio de euros”, segundo Carla Antas de Almeida, destacando a antiga fábrica da Nestlé, doada em 2014, como umas das mais valiosas da atualidade.

A “Fábrica da Rajá”

Durante várias décadas, a instalação era conhecida somente como a “fábrica da Rajá”. Desses tempos restam vagas memórias, com poucos a recordarem o edifício de grandes dimensões, em pleno Parque Florestal de Monsanto, que albergou uma das principais empresas de gelados de Portugal. Seguiu-se o abandono, com o local a apresentar as marcas do tempo. No ano passado, naquela mesma localização geográfica “nasceu” o mais recente equipamento da Misericórdia de Lisboa: a Residência Raquel Ribeiro, inaugurada em setembro de 2024 e destinada ao acolhimento temporário de pessoas com mobilidade condicionada que necessitam de cuidados de reabilitação e estabilização do estado de saúde.

O local chegou à posse da Santa Casa da mesma forma que a generalidade dos mais emblemáticos edifícios da instituição: através de uma benemerência. E à semelhança do que sucede com outros edifícios, a doação foi convertida num equipamento destinado a prosseguir a Missão da Santa Casa. Um sinal de que o reconhecimento pelo trabalho que é realizado pela instituição constitui um dos motivos pelos quais os cidadãos continuam a deixar o seu legado à Misericórdia de Lisboa.

imagem de uma fábrica vista de cima
A antiga "Fábrica da Rajá" antes da intervenção realizada pela Santa Casa
Obras realizadas e uma "nova roupagem": o conhecido e antigo edifício deu lugar ao mais recente equipamento social da Misericórdia de Lisboa
Obras realizadas e uma "nova roupagem": o conhecido e antigo edifício deu lugar ao mais recente equipamento social da Misericórdia de Lisboa

O perfil dos beneméritos

Definir o perfil dos beneméritos do século XXI afigura-se uma tarefa tão difícil como explicar os motivos que levaram os primeiros notáveis a ceder o seu património, há alguns séculos atrás. Segundo reza a História, muitos disponibilizavam os seus proventos ao serviço da sociedade como forma de agradecimento ou de retribuição pela riqueza conquistada. Outros, procuravam simplesmente comprar o perdão dos seus pecados através das benemerências.  Vários séculos passaram e hoje os motivos que estão na génese das benemerências são bem diferentes:

“Tanto temos o benemérito com um património vastíssimo, como temos aquele com um pequeno património e que, por não ter filhos ou por qualquer outra razão, decide deixar os seus bens a uma instituição à qual reconhece credibilidade. Temos também outra parte que nos procura e manifesta vontade de deixar os seus bens como forma de agradecimento por todo o apoio que receberam desta Santa Casa em momentos difíceis das suas vidas”, explica Carla Antas de Almeida, o “rosto” da Unidade de Benemerências da Santa Casa desde 2014, ano em que assumiu a direção daquele serviço e onde se mantém desde então.

Seja por agradecimento para com a instituição que os apoiou, seja pelo reconhecimento relativamente ao trabalho desenvolvido pela Santa Casa, a verdade é que a maior parte dos beneméritos procura a instituição ainda em vida. Pedem conselhos, desejam que alguém se preocupe consigo e quando transpõem as portas da Misericórdia de Lisboa “sentem-se bem recebidos”.

“É a solidão que leva muitos beneméritos a procurarem a Santa Casa. Para muitos nasce aqui uma nova família e, face à ausência de uma rede de suporte familiar, querem assegurar condições de apoio durante a idade mais avançada. São, na sua maioria, viúvos, mais do sexo feminino do que masculino e, por estarem sós, pretendem deixar esses bens à Misericórdia de Lisboa”, relata a responsável pela Unidade de Benemerências.

Nesta unidade, quem lá trabalha é periodicamente confrontado com algumas surpresas inesperadas, como o contacto de advogados ou testamenteiros que comunicam o testamento de beneméritos falecidos iniciando-se, assim, um longo e burocrático processo.

“Primeiro, apuramos o respetivo acervo hereditário e, após uma análise minuciosa do mesmo, remetemos para posterior aceitação ou repúdio da Mesa da Misericórdia”, começa por explicar Carla Antas de Almeida. Afinal, tal como em qualquer contexto familiar, a Santa Casa não herda apenas património ou quantias financeiras, mas também encargos, pelo que as situações têm de ser avaliadas. Após a aceitação, inicia-se a execução da herança propriamente dita, muitas vezes acompanhada de últimas vontades que têm se ser escrupulosamente cumpridas.

jazigos
Nas benemerências incluem-se heranças e legados - que são herdadas pela Santa Casa após o falecimento do benemérito -, assim como doações, quando o bem é dado em vida. Os bens são, muitas vezes, acompanhados por solicitações, como a realização de missas perpétuas em memória dos beneméritos ou a conservação dos cerca de 1.300 jazigos que estão a cargo da Misericórdia de Lisboa. Todas essas solicitações ou imposições são rigorosamente cumpridas pela instituição.

Legados financeiros ou imobiliários, mas com condições

Enrique Mantero Belardo, Claudina de Freitas Chamiço, a família Domingos Barreiro ou Carolina Picaluga Paiva de Andrade são os nomes de alguns dos mais emblemáticos e conhecidos beneméritos da Misericórdia de Lisboa. Falar destas beneméritos implica referir os seus legados, os quais permanecem até aos dias de hoje. É o caso dos dos prémios financeiros “Verdades de Faria” criados por ”imposição” de Mantero Belardo; o Hospital Ortopédico de Sant´Ana, condição para a posse do edifício; a Unidade de Saúde Domingos Barreiro ou o Centro Social de São Boaventura. Mas existem mais, muitas mais. Grandes ou pequenos, os legados deixados pelos beneméritos contribuem para a prossecução da Missão da Santa Casa. Tem sido assim ao longo de cinco séculos e assim continua em pleno século XXI.

Unidade de Benemerências: O serviço que cumpre a última vontade dos Beneméritos

Atualmente, sete pessoas trabalham na Unidade de Benemerências – inserido no Departamento de Gestão Imobiliária e Património -,  serviço ao qual compete propor à Mesa da Santa Casa a aceitação ou repúdio de heranças, legados e doações, conforme estipulado nos Estatutos da instituição.

À frente da unidade está Carla Antas de Almeida. Se o rosto nem sempre é reconhecido por todos, o nome é normalmente associado às Benemerências. Afinal, esta advogada de 47 anos ocupa a direção daquele serviço desde 2014.  Antes, e desde 2005, Carla Antas de Almeida exercia as funções de jurista na instituição, tendo dado apoio jurídico na área do património e na Direção de Recursos Humanos.

senhora posa com móvel por trás e prateleira de livros
Carla Antas de Almeida, o "rosto" da Unidade de Benemerências

Curiosidades:

  • No dicionário da Priberam, a palavra “benemerência” é explicada como “merecimento” e “digno de honras e louvores”;
  • A cargo da Santa Casa está a conservação de mais de um milhar de jazigos, quase todos localizados em Lisboa. A derradeira prova de que nem todas as benemerências representam lucro ou fortuna;
  • O emblemático edifício da Misericórdia de Lisboa, no Largo Trindade Coelho, resulta igualmente de uma doação… mas de um Rei;
  • Desde sempre que a Santa Casa era protegida pelo poder régio e pela sociedade, dos mais abastados aos mais pobres. As benemerências surgem como forma de agradecimento por algum tipo de apoio que a instituição tenha prestado em vida. Representavam também formas de alcançar a salvação da alma;
  • Muitas vezes deixava-se dinheiro à Misericórdia para que se rezassem missas perpétuas.

Edifício Sousa Martins 24

O Edifício Sousa Martins 24, o mais recente projeto de construção da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi apresentado no passado dia 12 no Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), e coloca no mercado de arrendamento 27 frações habitacionais e 1 loja comercial, em mais uma aposta da Instituição na reabilitação urbana.

Situado numa das zonas mais centrais e vibrantes da cidade, foi construído com materiais de excelência e cumpre as mais rigorosas normas de segurança. Além disso, segue os mais altos padrões de sustentabilidade e eficiência energética, proporcionando um estilo de vida moderno e urbano e ambientalmente responsável.

Fique a conhecer o novo edifício e as frações disponíveis.

Play Video about vista área do logradouro do edifício sousa martins

“A rentabilização do património da SCML serve para apoiar o nosso trabalho diário”

De 10 a 12 de abril, o Parque das Nações acolheu mais uma edição do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), um evento anual dedicado ao imobiliário e que é conhecido por ser um ponto de encontro entre profissionais do setor, investidores e público em geral. Durante três dias, a Feira Internacional de Lisboa (FIL) foi palco de debates, exposições, apresentações, entrega de prémios, networking e muitas outras iniciativas.

Um dos momentos altos do evento foi na tarde de sexta-feira, com o Provedor da Santa Casa, Paulo Sousa, a explicar um dos principais desafios que se coloca atualmente à Instituição: a necessidade de rentabilização do vasto património da Santa Casa e o reforço da inclusão social, que continua a constituir uma das missões da Misericórdia de Lisboa.

“Temos conseguido valorizar o nosso património, sem nunca esquecer que a rentabilização desse mesmo património serve para apoiar o nosso trabalho diário”, conta o Provedor, destacando que a aposta em sinergias e parcerias com outras instituições do concelho é um aspeto que “esta administração valoriza”, dando como exemplo as mais recentes inaugurações como a Residência Raquel Ribeiro, em Monsanto, ou o Centro de Alojamento Temporário da Saudade, destinado a acolher pessoas sinalizadas em situação de sem teto e requerentes de proteção internacional.

O Provedor defendeu ainda que é necessário “existir um critério de utilidade no Património que a Santa Casa detém”.

“Desde que tomámos posse, há um ano, que temos vindo a desenvolver várias iniciativas para rentabilizarmos o nosso património. Temos em curso a alienação de algum deste património, que estava devoluto ou não se enquadrava com as nossas necessidades, mas também estamos gradualmente a realizar transferências de alguns serviços de imoveis que alugávamos para locais que são da instituição, de maneira a reduzir custos e aumentar a eficiência financeira da instituição”, concluiu Paulo Sousa.

O final deste dia ficou ainda marcado por outro momento dedicado à Santa Casa no SIL HUB Stage, sob o tema “Sousa Martins 24”, no qual foi apresentado um dos mais recentes projetos de construção da Misericórdia de Lisboa, na zona do Saldanha, que se encontra finalizado e pronto para entrar no mercado de arrendamento habitacional.

Santa Casa volta a estar presente no 28.º Salão Imobiliário de Lisboa

De 10 a 12 de abril, o Parque da Nações acolhe mais uma edição do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), um evento anual dedicado ao imobiliário e que é conhecido por ser um ponto de encontro entre profissionais do setor, investidores e público em geral. Durante três dias, a Feira Internacional de Lisboa (FIL) torna-se um palco de debates, exposições, apresentações, entrega de prémios, networking e muitas outras iniciativas, sendo ainda um espaço para a concretização de negócios ligados ao imobiliário.

Um dos momentos altos do evento será na tarde desta sexta-feira, às 15h50, com o Provedor Paulo Sousa a explicar um dos principais desafios que se coloca atualmente à Instituição: a necessidade de rentabilização do vasto património da Santa Casa e o reforço da inclusão social, que continua a constituir uma das missões da Misericórdia de Lisboa.

A sessão da tarde de sexta-feira integra ainda o painel subordinado ao tema “A cidade de pessoas e o desafio da inclusão social”, a cargo do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, ou “O desafio da inclusão social nas cidades portuguesas”, com Filipa Roseta, vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local no executivo lisboeta.

Ainda na tarde desta sexta-feira, às 17h45, haverá um outro momento dedicado à Santa Casa no SIL HUB Stage, sob o tema “Sousa Martins 24”, no qual será apresentado um dos mais recentes projetos de reabilitação da Misericórdia de Lisboa, que se encontra finalizado e pronto para entrar no mercado de arrendamento habitacional.

Para acompanhar tudo o que irá acontecer ao longo dos três dias em que irá decorrer o SIL, assim como consultar o respetivo programa, aceda ao site do Salão Imobiliário de Lisboa 2025.

Santa Casa foi exemplo do papel das mulheres na evolução das cidades na Semana da Reabilitação Urbana

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) foi protagonista numa das conferências da Semana da Reabilitação Urbana, o maior evento nacional dedicado aos temas da habitação, construção e sustentabilidade. Numa iniciativa subordinada ao tema “O Papel das Mulheres na Evolução das Cidades”, a Instituição foi apontada como exemplo, desde logo por ter sido fundada por uma mulher, a Rainha D. Leonor, como destacou Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Misericórdia de Lisboa.

“A Santa Casa é uma das instituições mais emblemáticas do nosso país e, desde a sua fundação por uma mulher, a Rainha D. Leonor, atua para o bem-estar social e para a promoção da dignidade humana. Mas a sua missão compreende também o compromisso de preservar, valorizar e rentabilizar o seu património com a finalidade de criar respostas sociais e gerar receitas que possam reverter para as suas causas”, lembrou Helena Lucas na sua primeira intervenção da tarde, com o título “Construir cidade – O contributo da SCML”, que decorreu na Fábrica do Pão, no Beato Innovation District.

Após a intervenção de Maria de Fátima Reis, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e secretária-geral da Academia Portuguesa da História, com uma perspetiva histórica do papel das mulheres na construção das cidades, decorreu uma mesa redonda que juntou Helena Lucas, Margarida Ordaz Caldeira, Sofia Galvão, Helena Roseta e Inês Lobo.

Mais uma vez, a diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Santa Casa realçou o papel feminino nesta área, comparando mesmo as virtudes atribuídas às mulheres com aquelas que a Misericórdia de Lisboa tem apresentado no seu trabalho.

“As mulheres têm uma resiliência e uma capacidade de fazerem várias coisas ao mesmo tempo e de se adaptarem. E eu acho que é isso que a Santa Casa faz: é resiliente, tem capacidade de garantir e se responsabilizar por diversas áreas e consegue adaptar-se às necessidades da sociedade. É isso que tem feito ao longo destes cinco séculos”, terminou Helena Lucas.

Refira-se que a área do património tem sido uma das prioridades da Misericórdia de Lisboa nos últimos meses, com uma forte aposta na sua valorização, inerente ao Plano de Reestruturação que a Instituição tem em curso e cujas bases passam pela rentabilização de ativos, otimização de serviços e equipamentos e alienação de património sem possibilidades de rentabilização ou em estado avançado de degradação, no âmbito de um programa de investimento e desinvestimento.

Estas medidas impactam diretamente noutra área fundamental, a habitação, e a Misericórdia de Lisboa pretende reforçar o número de imóveis no mercado de arrendamento habitacional, à medida que foi reabilitando o seu património. Esta constitui, de resto, uma das mais importantes medidas do Plano de Reestruturação, pois potencia o seu património enquanto fonte de rendimento e, simultaneamente, disponibiliza mais frações para o mercado de arrendamento habitacional em Lisboa.

Exposição “Cidade feita pelas mulheres”

No primeiro dia da Semana da Reabilitação Urbana, um evento com organização da Vida Imobiliária e com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi inaugurada a exposição “Cidade feita pelas mulheres”, na qual foram destacados os principais rostos femininos que tiveram um papel ativo na transformação de Lisboa e não só.

Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, e Ângela Guerra, administradora da Instituição, tiveram oportunidade de visitar a exposição e contemplar um painel inteiramente dedicado à Rainha D. Leonor, também chamada de Rainha das Misericórdias pelo seu contributo pioneiro e determinante nesta área.

Santa Casa volta a participar na Semana da Reabilitação Urbana

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa volta este ano a marcar presença na Semana da Reabilitação Urbana, o maior evento nacional dedicado aos temas da habitação, construção e sustentabilidade. A Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa, acolhe a 12.ª edição do evento, de 25 a 27 de fevereiro.

Contando com 140 oradores e 60 entidades representadas, a Semana da Reabilitação Urbana vai dividir-se por dois palcos, que vão acolher conferências, debates, workshops e seminários jurídicos, numa iniciativa da Vida Imobiliária, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Santa Casa será, de resto, protagonista numa conferência no segundo dia do evento, subordinada ao tema “O Papel das Mulheres na Evolução das Cidades”, na qual será representada por Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Instituição. Em discussão estará a forma como as mulheres têm sido agentes ativos na promoção de cidades mais agregadoras.

Refira-se que a área do património tem sido uma das prioridades da Misericórdia de Lisboa nos últimos meses, com uma forte aposta na sua valorização, inerente ao Plano de Reestruturação que a Instituição tem em curso e cujas bases passam pela rentabilização de ativos, otimização de serviços e equipamentos e alienação de património sem possibilidades de rentabilização ou em estado avançado de degradação, no âmbito de um programa de investimento e desinvestimento.

Estas medidas impactam diretamente noutra área fundamental, a habitação, e a Misericórdia de Lisboa pretende reforçar o número de imóveis no mercado de arrendamento habitacional, à medida que foi reabilitando o seu património. Esta constitui, de resto, uma das mais importantes medidas do Plano de Reestruturação, pois potencia o seu património enquanto fonte de rendimento e, simultaneamente, disponibiliza mais frações para o mercado de arrendamento habitacional em Lisboa.

Consulte o programa da XXII Semana da Reabilitação Urbana.

Santa Casa realizou nova hasta pública de imóveis

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa realizou esta terça-feira, 21 de janeiro, a segunda hasta pública de imóveis. A sessão teve lugar na Sala de Extrações e foram adjudicados dois dos três imóveis em questão, que rendem, no total, 11.910.000€ à Instituição.

Recorde-se que os valores arrecadados com esta hasta pública serão integralmente revertidos para os projetos sociais da Misericórdia de Lisboa, cuja missão se estende em áreas como a saúde, educação, cultura e assistência social, bem como para a recuperação de património da Santa Casa.

A hasta pública decorreu no âmbito do Plano de Reestruturação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que contempla um Programa de Investimento e Desinvestimento. Este Programa define as linhas de orientação de algumas das medidas estratégicas que a Santa Casa está a implementar, nomeadamente a Alienação de Ativos Imobiliários e Participações Societárias Não Relevantes, garantindo, desta forma, a sustentabilidade a médio e longo prazo da Misericórdia de Lisboa.

Santa Casa assina acordo de parceria com a União das Misericórdias Portuguesas

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) assinaram, esta quarta-feira, 8 de janeiro, um acordo de parceria que reforça o compromisso de cooperação entre as duas instituições nas áreas sociais e da cultura.

Este protocolo reafirma a necessidade imperativa da colaboração entre a Santa Casa e a UMP no sentido de apoiar outras Misericórdias Portuguesas, de maneira a promover e melhorar a qualidade de vida dos seus utentes e ainda proceder à recuperação de património cultural relevante das instituições apoiadas. 

Um dos pontos de destaque é o reforço do Fundo Rainha D. Leonor (FRDL), criado em 2015, e que já apoiou 142 instituições de norte a sul do país, num valor superior a 23 milhões de euros. Desta maneira o FRDL continuará a ser um instrumento essencial para apoiar a implementação de respostas prioritárias nas Misericórdias nacionais.

Outro elemento central do documento é o Acordo da Nossa Senhora do Manto, que desempenha um papel fundamental na integração de utentes da Santa Casa na rede solidária de equipamentos sociais da UMP, contribuindo significativamente para a expansão e fortalecimento da missão solidária partilhada por ambas as entidades.

O novo acordo estabelece como metas o apoio ao financiamento necessário para a efetiva recuperação do património relevante das Misericórdias Portuguesas, a promoção de cooperações institucionais, de forma a estabelecer bases de colaboração ao nível da investigação e da realização conjunta de ações de manifesto interesse para ambas as partes e disseminar ferramentas de gestão social entre as Misericórdias Portuguesas para ampliar o impacto das ações comunitárias. 

Além disso, esta parceria deixa ainda igualmente prevista a possibilidade de futuros apoios a projetos de Inovação Social, privilegiando iniciativas que permitam adaptar tais projetos aos padrões de cultura compatíveis com as diversas realidades culturais locais e institucionais e contribuir para o enraizamento de uma economia social positiva, bem como, a promoção de uma cidadania ativa, de maneira a eliminar as discriminações sociais.

Presentes na cerimónia de assinatura estiveram Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, Ângela Guerra, Administradora da Instituição, e Manuel de Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas.

Com esta acordo, a Misericórdia de Lisboa e a UMP reafirmam o seu papel como pilares do desenvolvimento social em Portugal, mantendo viva a missão centenária de servir e apoiar as Boas Causas.

Santa Casa promoveu hasta pública para venda de imóveis

A Misericórdia de Lisboa realizou esta manhã, 4 de dezembro, uma hasta pública para a alienação de cinco frações urbanas, de tipologias T1, T2 e T4. A sessão, que teve lugar, na Sala de Extrações da instituição, contou com uma ampla participação de interessados, e destacou-se como uma oportunidade única no mercado imobiliário.

Ao todo foram colocadas em hasta pública sete frações urbanas, entre apartamentos e moradias, de vários concelhos nacionais, com destaque para Loures, onde foram alienados três imoveis, um na Amadora, um em Oeiras, um no Seixal e um na vila alentejana de Odemira. Foram recebidas 19 propostas de 15 candidatos, entre pessoas individuais e empresas.

Os valores arrecadados com a hasta pública serão integralmente revertidos para os projetos sociais da instituição, que atua em áreas como saúde, educação, cultura e assistência social, bem como, para a recuperação de património da Santa Casa.

Esta é uma medida que se encontra no Plano de Reestruturação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que contempla um Programa de Investimento e Desinvestimento, que define as linhas de orientação de algumas das medidas estratégicas que a instituição está a implementar, nomeadamente a Alienação de Ativos Imobiliários e Participações Societárias Não Relevantes, garantindo a sustentabilidade a médio e longo prazo da Instituição.

Recuperação do Palácio de São Roque recebe Menção Honrosa da Gulbenkian

A Brotéria recebeu na quinta-feira, 12 de setembro, a cerimónia de entrega do Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva.

Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, marcou presença no evento para receber a Menção Honrosa atribuída à Misericórdia de Lisboa pela recuperação do Palácio de São Roque, e destacou o trabalho que tem vindo a ser feito pela instituição na área da recuperação do seu património.

“É com muito orgulho que vemos hoje premiados dois projetos que contaram com o suporte e o apoio da Santa Casa, num trabalho que valoriza o património e enriquece culturalmente a cidade de Lisboa”, começou por dizer Paulo Sousa, referindo-se também ao restauro da biblioteca da Brotéria.

O Provedor recordou que o Palácio de São Roque tornou-se propriedade da Santa Casa em 2014 e a instituição “potenciou o seu uso, tornando-o acessível à sociedade e à cidade, e definiu um programa de caráter museológico, a partir de uma visão global daquilo que poderia ser esta realidade no Largo Trindade Coelho e de ter ali um novo Pólo Cultural na cidade”.

Para Paulo Sousa, esta Menção Honrosa prova a importância de se continuar a “promover a excelência na recuperação e valorização, mas também a divulgação” do património da instituição, agradecendo o trabalho do arquiteto João Pedro Falcão de Campos e deixando o convite a todos para que visitem o edifício e a Casa Ásia.

O Palácio de São Roque, cuja data de construção remonta a meados do século XVII, estava em avançado estado de degradação antes desta intervenção, que procurou “trazer a cidade para dentro do edifício” abrindo as suas portas, e sempre com o cuidado de preservar a sua história e os aspetos originais.

A Menção Honrosa distinguiu, assim, o trabalho executado no restauro, reabilitação e reutilização, que passou pela recuperação da integridade palaciana deste edifício da Santa Casa e pela adaptação às necessidades de um novo museu entretanto aberto à cidade: a Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo.

O Prémio Gulbenkian Património Maria Tereza e Vasco Vilalva distingue intervenções em bens móveis e imóveis de valor cultural que estimulem a preservação e a recuperação do património, e o vencedor da edição deste ano foi a recuperação da biblioteca da Brotéria, que está instalada no antigo Palácio dos Condes de Tomar, reabilitado pela Misericórdia de Lisboa.

A Brotéria integra, aliás, o Pólo Cultural de São Roque, juntamente com a Igreja e Museu de São Roque, o Arquivo e Biblioteca da Santa Casa e o Museu Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo, uma iniciativa que mereceu elogios por parte de António Lamas, presidente do Júri.

Além do Provedor Paulo Sousa, na cerimónia de entrega do Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva estiveram presentes David Lopes e André Brandão de Almeida, administradores da Santa Casa, e Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas