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Quais são as respostas sociais para a crise?

Organizada pela Renascença em parceria com a Câmara Municipal de Gaia, a conferência online realizou-se na manhã desta quinta-feira, 27 de maio, e debateu o papel das instituições sociais e do poder local nas respostas mais urgentes aos grandes desafios sociais que a Covid-19 trouxe. Realizada a partir do Auditório da Bienal Internacional de Arte de Gaia, a conferência foi transmitida no site, Youtube e Facebook da rádio, bem como no site da autarquia.

Em tempo de pandemia, a Europa enfrenta novos desafios sociais. Questões com impacto direto na vida quotidiana de todos: no emprego, nas condições de trabalho justas, na igualdade de oportunidades, nos cuidados de saúde ou na proteção social. Torna-se urgente debater as respostas possíveis a estes desafios em Portugal, e é neste contexto que surge este debate.

Um quinto dos portugueses está em situação de pobreza, e desses, mais de metade tem emprego. Para muitos a pobreza é uma herança familiar, e mais de 20% da população pobre é constituída por crianças e jovens.

Na qualidade de coordenador da Comissão da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, começou por dizer que o tema da pobreza e o seu cruzamento com as questões da pandemia não pode fazer perder de vista os principais eixos do trabalho da Estratégia de Combate à Pobreza. “A pandemia acabou, inevitavelmente, por intervir nos trabalhos” desta comissão. Mas procurámos, sobretudo, pensar naquilo que estruturalmente podia ser o desenvolvimento de linhas de trabalho no combate à pobreza em Portugal”.

Ainda no que diz respeito ao combate à pandemia, o responsável destacou “a importância e a responsabilidade das respostas de caráter público, o Serviço Nacional de Saúde e a Segurança Social”, explicando que “o caminho é o reforço progressivo e mais intenso da capacidade das respostas públicas nestes domínios, numa lógica de sustentabilidade das soluções e na solidez das mesmas”.

conferência “Pandemia: Respostas à Crise"

Edmundo Martinho defendeu que “é preciso quebrar os ciclos de reprodução geracional da pobreza, propondo um objetivo: “nenhuma família com crianças abaixo do limiar da pobreza até 2030”. Para o responsável “uma criança que nasce pobre não tem que ter necessariamente o seu destino traçado no momento em que nasce, e vir a morrer pobre. E isso é algo que nós temos condições para poder transformar com a proposta da estratégia do combate contra a pobreza”.

O coordenador considerou ainda que este combate tem que ser uma responsabilidade partilhada pelo Estado, os organismos públicos e os cidadãos. Finalmente, Edmundo Martinho sublinhou que esta proposta pretende dar passos significativos de mudança, através da qualificação, da proteção e promoção de emprego, do suporte e apoio às crianças, observando as questões da longevidade e as alterações demográficas, e promovendo uma melhor articulação e conjugação de esforços entre organismos públicos”.

Desafios e reinvenção

Já antes, na sessão de abertura da conferência, Rita da Cunha Mendes, secretária de Estado da Ação Social, considerou que a pandemia “acrescentou desafios” no combate à pobreza. “Deparamo-nos com um conjunto de fragilidades: a perda significativa de rendimentos que contribuíram para o aumento da pobreza e das desigualdades socais, a redução e a paralisação da atividade económica e o desemprego”, recorda.

No entanto, frisou também que o Estado, as organizações e as comunidades organizaram-se e reinventaram-se. Neste contexto, a intervenção social ganhou uma importância vital, ao responder às necessidades dos mais frágeis e vulneráveis afetados pela pandemia. Alertando para os grandes desafios – as alterações demográficas, mudanças climáticas, a longevidade e o envelhecimento – Rita da cunha Mendes afirmou que “o objetivo é continuar a proteger as famílias, os trabalhadores e as empresas”.

Os painéis

A conferência contou com a participação de vários responsáveis de organizações sociais e presidentes de câmara, e foi dividida em dois painéis. O primeiro abordou o tema da “Pandemia: o papel das Instituições Sociais”, com a presença de Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, de Lino Maia, responsável pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, e Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social. Neste painel, discutiram-se questões relacionadas com a longevidade, apoios sociais e responsabilidade do Estado e das instituições.

Já o segundo painel foi dedicado ao tema “As respostas das autarquias à crise, e contou com as presenças de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, Hernâni Dias, presidente da Câmara de Bragança, e Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures.

 

ONCE lança lotaria especial dedicada ao trabalho social desenvolvido pela Misericórdia de Lisboa

A iniciativa contemplará a emissão de 5 500 000 bilhetes com a imagem de uma parte da fachada da sede da Santa Casa e o mote de “Cinco Séculos por Boas Causas”, numa alusão aos 522 anos de história de Misericórdia de Lisboa na defesa dos valores sociais, numa ótica de proximidade, respeito e promoção das causas sociais.

A ONCE sublinha que a Santa Casa, desde a sua fundação em 1498 pela Rainha Dona Leonor, recebeu sempre o reconhecimento da cidade de Lisboa graças à sua intervenção social, nomeadamente junto daqueles que mais precisam, mas também devido ao contributo que tem dado para o bem-estar das pessoas, nas diferentes fases da sua vida, atenuando situações de desigualdade e de carência socioeconómica, vulnerabilidade e exclusão social.

Relembra ainda que uma parte do seu património imobiliário é utilizado para residências para pessoas necessitadas, para centros de saúde ou para serviços sociais. Destaca também o papel que a Misericórdia de Lisboa tem tido na educação das pessoas vulneráveis desde a infância, assim como na formação ao longo da idade adulta, para melhorar a qualidade de vida da população.

Lotaria especial ONCE

O Grupo Social ONCE é um conjunto de entidades e sociedades em Espanha, encabeçado pela ONCE e composto pela Fundación ONCE para la Cooperación e Inclusión Social de Personas com Discapacidad, e pela ILUNION, um aglomerado de empresas ligadas ao setor social, que procuram, por um lado, alcançar a autonomia pessoal e plena inclusão social de pessoas cegas, mediante a prestação de serviços sociais especializados; e por outro, a realização de um importante trabalho com pessoas com outras deficiências, através da formação, emprego e acessibilidade universal. Atualmente, o Grupo Social ONCE tem quase 70 000 trabalhadores e trabalhadoras, 58 por cento dos quais com deficiência e 42 por cento são mulheres. É o maior empregador mundial de pessoas com deficiência.

Uma Europa mais inclusiva

A importância desta instituição é reconhecida também a nível Europeu. Prova disso é a realização da IV Reunião de Diplomacia para a Inclusão, organizada pela ONCE e pela Academia da Diplomacia, onde altos representantes da diplomacia europeia em Espanha debateram, esta quinta-feira, 26 de maio, a nova Estratégia Europeia de Apoio à Deficiência para o período 2021-2030.

O encontro, que teve o apoio do embaixador de Portugal em Espanha, João Mira-Gomes, contou, ainda, com a participação da Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes do seu homólogo espanhol, Ignacio Alvarez, Secretário de Estado dos Direitos Sociais, do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, do presidente da ONCE, Miguel Carballeda, do director adjunto da Representação da Comissão Europeia em Madrid, Jochen Muller, do presidente da ACAPO, Rodrigo Santos e do conselheiro da embaixada alemã em Espanha, Christoph Wolfrum.

“As Sereias Vivem no Espaço”: os problemas da adolescência subiram ao palco do Cinema S. Jorge

Quem sou eu? Que lugar ocupo no mundo? Estas foram as questões que serviram de inspiração para a peça “As Sereias Vivem no Espaço”, produto que resulta das vivências de 12 jovens que pertencem ao grupo terapêutico da unidade W+, da Misericórdia de Lisboa. No dia 22 de maio, o público que foi ao Festival Mental, no Cinema S. Jorge, viu dez jovens a usarem o teatro para dar voz e forma aos problemas da adolescência, a dizerem basta e a derrubarem as barreiras impostas pela sociedade. As personagens da peça definem-se pela forma como, ao longo do enredo, se soltam das caixas estereotipadas e carregadas de pressão em que vivem.

O Mental coloca a saúde mental em primeiro plano. Neste festival, fala-se claro e claramente sobre problemas. A plataforma escolhida é a cultura no seu sentido mais lato e as artes em particular, veículos extraordinários para o combate ao estigma, vergonha e falta de informação pública e geral.

E foi precisamente para informar e sensibilizar o público para as questões da adolescência que a W+ voltou a participar no Festival Mental. Sónia Santos, encenadora da peça e psicóloga da unidade W+, explica que tudo surge no seio do grupo terapêutico, através da partilha de sentimentos, de um debate sobre diferença, desigualdade de direitos e pressão social. “Com esta situação de pandemia, os adolescentes foram muito afetados com as questões da sua socialização, do seu novo lugar no mundo. ‘As Sereias Vivem no Espaço’ tem que ver com a desconstrução daquilo que é a identidade na adolescência, com a procura de novos lugares seguros e, sobretudo, com aquilo em que eles acreditam”, conta a encenadora.

Quando a cortina abre, um grupo de jovens surge inerte. “São dez sereias” que ainda não descobriram que o são. Rapidamente o palco do Cinema S. Jorge dá lugar a um recreio, onde correrias desenfreadas, saltos de alegria, brincadeiras de bate-mão e o jogo da macaca transportam o público para uma infância livre e feliz.

E, num ápice, a peça oscila, como o humor e a personalidade na adolescência, entre o quem sou eu e o quem os outros querem que eu seja. Aquilo que era um palco de alegria cheio de crianças felizes dá lugar a um clima de inércia, a um grupo resignado ao lugar que a sociedade construiu para eles. Dentro de uma caixa de estereótipos e preocupações, narram como é viver num espaço que foram forçados a ocupar. Esta caixa não lhes permite serem livres. Vivem à procura do corpo perfeito imposto pelas redes sociais, sofrem com o racismo embrulhado, com a homofobia ou com a pressão de chegar ao sucesso. No fundo, têm dificuldade em serem livres e autênticos.

“Sabias que as sereias moram no espaço? No espaço, as sereias são livres para serem quem quiserem”. Faby é a sereia que assume o papel de tirar todos, atores e público, da zona de conforto. “O meu papel é fazer com que as pessoas enxerguem que não têm que ser colocadas em nenhum lugar só porque a estereotipam. Esta sereia tem aqui uma missão super importante: tirar toda a gente da zona de conforto. É necessário ter consciência e consciencializar os outros à nossa volta. Todos estes temas têm de ser mais falados e mais aprofundados. No caso da adolescência faz com que estejamos mais preparados para enfrentar uma série de coisas no futuro”, explica.

“Na W+ posso ser eu, sem capa”

Faby, Arlete e João são alguns dos jovens que fazem parte do grupo terapêutico da W+. Arlete está nesta unidade da Misericórdia de Lisboa há cerca de cinco anos. Foi aqui que começou a “perceber que está tudo bem em estar mal”. Conheceu uma Arlete que não conhecia. Foi esta casa que lhe permitiu ser ela, “sem capas”. “A Arlete antes da W era uma jovem construída pela opinião dos outros, que se tentava encaixar naquilo que as pessoas achavam que ela era”, revela.

Para esta jovem de 23 anos, o espetáculo que apresentaram no Cinema S. Jorge é, no fundo, o espelho daquilo que é a W+: “um lugar seguro”.

João Aldeias, 18 anos, estudante de teatro, vai mais longe. Para o ator, este grupo que subiu ao palco do Festival Mental acaba por ser a voz de muitos adolescentes que vivem aprisionados nas opiniões dos outros.

“Aquilo que retratamos na peça são temas que me tocam a mim, aos meus colegas e à sociedade em geral. Estas peças fazem-nos mudar, fazem-nos sair da nossa zona de conforto. Ainda existem muitas barreiras para derrubar e o teatro pode ser um veículo para ajudar a destruir essas barreiras”, refere.

Os dez jovens que participaram no Festival Mental foram chegando de diferentes pontos: equipas de autonomia, casas de acolhimentos ou, como é o caso de João Aldeias, graças ao protocolo estabelecido com o Liceu Passos Manuel. Mas o objetivo da W+ não é fazer peças de teatro. O teatro resulta do trabalho desenvolvido pelo grupo terapêutico e do uso de técnicas psicodramáticas. A equipa da W+ que trabalha com estes jovens, com idades compreendidas entre 15 e 24 anos, desenhou uma resposta que foge ao caminho tradicional, onde o teatro é usado como mediador terapêutico para construir e desconstruir uma série de defesas psicológicas.

Taça de Portugal, uma festa portuguesa com certeza

Pelo sexto ano consecutivo, o PLACARD voltou a dar nome à mais importante e tradicional competição de futebol português, a Taça de Portugal.

Num ano atípico, os Jogos Santa Casa criaram iniciativas especiais para o dia da Prova Rainha. Um miniestádio na Cidade do Futebol, em Lisboa, onde jovens com mais de 18 anos da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa e da Associação de Futebol de Braga (AF) assistiram ao jogo como se estivessem a assistir presencialmente à final. Por outro lado, quatro jovens, também da Santa Casa, tiveram a inesquecível oportunidade de serem os apanha-bolas da partida, que decorreu em Coimbra.

Miniestádio na Cidade do Futebol

Em ano de pandemia, sem público e a habitual festa à volta dos estádios, os Jogos Santa Casa e a Federação Portuguesa de Futebol recriaram um pequeno estádio e o seu ambiente. Este domingo, a Cidade do Futebol recebeu 13 jovens que residem em instituições da Santa Casa e sete da Associação de Futebol de Braga – as cidades dos clubes finalistas da taça – para usufruírem de uma tarde diferente.

Taça de Portugal, uma festa PLACARD

Após um período de testagem a todos os elementos, os jovens realizaram algumas atividades relacionadas com futebol e com a prática desportiva no relvado. Conviveram, tiraram fotografias, puxaram pelo seu clube, fizeram apostas, recordaram outras taças e outros campeonatos. Não houve lugar para a tradicional roulote com bifanas, mas seguiu-se um jantar no restaurante da Cidade do Futebol, local onde puderam assistir à partida entre SC Braga x SL Benfica.

Taça de Portugal, uma festa PLACARD

Neste grupo alargado, uns eram adeptos do Sport Lisboa e Benfica, outros do Sporting Clube Portugal e do SC Braga. Também havia simpatizantes do FC Porto, do Estrela da Amadora e até do Flamengo. Mas todos eram adeptos do “fair-play”, ou seja, do desportivismo.

Taça de Portugal, uma festa PLACARD

Os testemunhos

Douglas Silva, 19 anos, mudou-se para Portugal há cinco anos. Vivia no estado da Bahia, no Brasil. Vive nos apartamentos de autonomia da Santa Casa há quatro e frequenta o 12º ano. Durante as atividades, falhou todos os remates à baliza, mas desculpa-se com os ténis estragados. Indiferente ao resultado, visto ser do Flamengo, o jovem diz que “este é um dia diferente e uma boa ideia”.

Vanessa Sanches, 19 anos, é uma adepta fervorosa do SL Benfica, tem fé num bom desfecho para o clube da Luz. Na Santa Casa desde os 18 anos, a jovem deseja ir para a faculdade. Destacando a relação de confiança entre os técnicos da Santa Casa e os jovens, Vanessa lembra que depois um confinamento prolongado, este dia é um “incentivo e uma motivação” para continuar a vencer obstáculos.

Aliu Candé, 19 anos, chegou a Santa Casa há três meses e a Portugal há dois anos. No quarto alugado, passa a ferro, lava, cozinha e tece esperanças com a ajuda da Misericórdia de Lisboa. O jovem pode ter dificuldade em expressar-se em português, mas percebe-se o quanto está feliz por esta experiência. Horas antes do jogo, Aliu acreditava que o SL Benfica iria ganhar por 2 – 0.

Nuno Barbosa, 42 anos, técnico superior da Equipa de Integração Comunitária, destaca que esta iniciativa torna-se ainda importante pelo contexto da pandemia. “O confinamento não foi fácil para estes miúdos, especialmente os da Equipa de Integração Comunitária, que vivem em quartos alugados”, recorda, sublinhando que “todas as iniciativas que os ajudem a sair de casa, conhecer e ter experiências diferentes, e sentirem-se especiais é algo que eles nunca mais vão esquecer”.

Ser apanha-bolas, no final da Taça, pode ser um sonho?

Cerca de uma hora e meia antes da bola começar a rolar no Estádio Cidade de Coimbra, falámos com os quatro jovens da Misericórdia de Lisboa que foram utilizados como apanha-bolas no jogo da final da Taça de Portugal PLACARD. Na conversa, já se sentia um nervoso miudinho no ar e muita emoção. Mas, mais do que conversar, estes jovens estavam sedentos por entrar em campo e mostrar estar à altura do desafio.

Taça de Portugal - apanha-bolas

“As pernas e a voz não tremem, mas o coração está acelerado”, admite Wilson Lopes, 20 anos, há 15 anos na Santa Casa. Sentindo, em cima dos ombros, a responsabilidade de participar numa final, o jovem assume que “hoje é um dia de festa, com muita emoção e orgulho”.

Já Braima Seidi, 19 anos, não cabia em si de tão contente. Quase a entrar em campo, ainda não acreditava ser possível estar a realizar um sonho. “Estou feliz e orgulhoso por participar. É uma oportunidade que vai aumentar a minha motivação”, afirmou.

“Não estou nervoso, nem ansioso”, confessa Fernando Félix, adepto do SL Benfica, sublinhando que quer apenas fazer o seu trabalho “bem feito” e que vai lembrar-se desta experiência por “muito tempo”.

Jules Antiogbe, adepto do Estrela da Amadora, também não imaginou ser possível entrar dentro das quatros linhas do Estádio Cidade de Coimbra. Sem palavras para descrever a sua alegria e alguma ansiedade, o jovem tenta explicar que tudo aconteceu rápido demais, mas há duas palavras que resumem o seu estado: “estou feliz!”.

Prémios Jogos Santa Casa

O brasileiro Wenderson Galeno, do SC Braga, arrecadou este domingo o prémio “Homem do Jogo” da Taça de Portugal Placard, atribuído pelos Jogos Santa Casa, após votação eletrónica feita pelos profissionais da comunicação social presentes na tribuna de imprensa do Estádio Cidade de Coimbra.

Os Jogos Santa Casa também distinguiram também Ricardo Horta, autor do segundo golo dos minhotos, pelo ‘Fair-Play’ demonstrado na partida. Esta distinção foi decidida por um comité de especialistas que acompanhou in loco a final da prova rainha.

Desde a época 2011/2012 que os Jogos Santa Casa apoiam a Taça de Portugal. Na época 2015/2016, o Placard passou a ser naming sponsor da prova rainha do futebol português.

RADAR: mais do que um projeto, é uma ferramenta coletiva essencial de trabalho

O projeto RADAR – inserido no programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” – resulta de um esforço colaborativo entre várias instituições que operam em Lisboa: a Misericórdia de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Polícia de Segurança Pública, as Comissões Sociais de Freguesias, as juntas de freguesia, o Instituto de Segurança Social e a Gebalis.

Perante a constatação de que quase um terço da população da cidade tinha mais de 65 anos e que muitas destas pessoas estavam em isolamento social, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, decidiu avançar com o projeto RADAR, em janeiro de 2019. O objetivo? Combater a solidão e dar voz a esta faixa populacional.

Depois de uma fase piloto, de seis meses, que decorreu em três freguesias onde foram detetadas situações de dificuldades económicas, de carências de cuidados de saúde e de higiene nas casas, o RADAR foi alargado a outras zonas da cidade de Lisboa.

Na sua primeira fase, o projeto centrou-se na identificação da população da cidade de Lisboa com mais de 65 anos, atendendo às suas expetativas, privações e potencialidades, com o intuito de detetar, antecipadamente, situações de risco e agilizar uma intervenção ajustada e sustentada a cada situação.

Em junho de 2019, foi assinada a Carta de Compromisso com mais 10 juntas de freguesia. Esta segunda etapa do projeto permitiu identificar mais 11 mil idosos que viviam sozinhos ou com alguém da mesma idade. Ainda nesse ano, em outubro, o RADAR entrou na sua terceira fase, chegando a mais 14.274 pessoas, de mais 12 freguesias.

Em fevereiro de 2020, o RADAR apresentou os resultados do seu primeiro ano de atuação no terreno. No total, foram identificados mais de 30 mil idosos (30145) que vivem sozinhos ou acompanhados por alguém da mesma faixa etária, sendo que só três pessoas se encontravam no nível 1 de carência e cerca de 92% no nível 5, o menos crítico. Na ocasião, o provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, salientou que “o Radar foi um passo” importante, mas que “é preciso traduzir este trabalho em respostas para esta população”, lembrando que “o nosso centro tem de ser cada uma destas pessoas e cada uma destas vidas”.

Novos tempos, o mesmo objetivo

O ano de 2020 ficou marcado por profundas mudanças, devido à crise pandémica provocada pelo novo coronavírus. Para a população mais envelhecida, as restrições resultantes da pandemia de Covid-19 agravaram o isolamento social, então, já existente.

Atento a esta nova realidade, o RADAR reajustou os moldes da sua intervenção, passando esta a centrar-se mais em contactos telefónicos diários com os idosos identificados na plataforma. Durante o estado de emergência, então decretado pelo Governo, foram realizados milhares de telefonemas pelas equipas do RADAR.

Na opinião de Mário Rui André, coordenador da Unidade de Missão Lisboa Cidade de Todas as Idades, “o RADAR contribuiu decisivamente para chegar de forma célere, eficaz e eficiente, às pessoas 65+ integradas no projeto”. A plataforma digital que foi criada para agregar todos os dados recolhidos, durante a operacionalização do RADAR, foi “essencial para ser feito todo este acompanhamento”.

“Com a pandemia ficou evidente que o projeto RADAR é importante, não apenas em situação de normalidade social, mas também e, fundamentalmente, em situações de disrupção social provocadas por crises e catástrofes, neste caso a pandemia”, frisa o responsável.

Com o alívio das medidas de restrição, no verão, o RADAR voltou às ruas de Lisboa com a iniciativa “Atualizar para melhor servir”, para revisitar a população da cidade de Lisboa com mais de 65 anos e atualizar a plataforma com dados mais atuais e precisos. Este regresso ao terreno permitiu também voltar ao contacto com os radares comunitários, procurando reforçar o seu envolvimento na identificação de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade e ativar recursos locais através dos parceiros envolvidos no projeto.

Nesta fase, o objetivo principal dos entrevistadores do RADAR foi falar com as pessoas que, por algum motivo, não conseguiram contactar durante o primeiro confinamento.

Ainda em 2020, a Gebalis, empresa municipal a quem compete a gestão dos bairros camarários, junta-se à equipa de parceiros do projeto. Com este reforço, o RADAR ganhou mais um aliado relevante na identificação da população mais envelhecida da cidade.

Para o futuro, Mário Rui André alerta para o facto de ser “fundamental que se continue a alimentar a plataforma, procurando aprofundar o conhecimento da realidade do envelhecimento na Cidade de Lisboa”, concluindo que “o próximo passo do projeto RADAR pode resumir-se na estratégia dos 3 A’s: Apropriar, Atualizar e Alimentar”.

 

O fado está de volta a casa

Os dias 24 e 25 de setembro são as datas apontadas para a edição de 2021 do Santa Casa Alfama, dedicada ao fadista Carlos do Carmo, falecido no passado dia 1 de janeiro. O cartaz deste ano – que será revelado na íntegra, brevemente – vai voltar a contar com algumas das maiores vozes do fado nacional.

Pelo quarto ano consecutivo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se a este festival, na qualidade de naming sponsor, reforçando assim o seu apoio à cultura nacional. Um apoio que, num período particularmente difícil para este setor, assume uma importância ainda maior.

Além dos concertos no Palco Santa Casa, outro dos pontos altos do festival será, à semelhança de edições anteriores, um espetáculo de video mapping dedicado à vida de Carlos do Carmo, que será projetado na fachada do Terminal de Cruzeiros de Lisboa e, ainda, uma exposição sobre o criador de “Canoas do Tejo”.

A homenagem ao cantor de “Os Putos” passa ainda pela inclusão de um tema do seu repertório, nas atuações de todos os fadistas.

O festival centra-se em diferentes palcos no típico bairro lisboeta, sendo o palco Santa Casa, em frente ao rio Tejo, o principal e onde está previsto um espetáculo de homenagem a Carlos do Carmo, com vários intérpretes. Neste palco atuam, no dia 24, Camané e Sara Correia.

No dia seguinte, 25 de setembro, sobe ao mesmo palco um dos destaques da edição deste ano, o jovem fadista Miguel Moura, que foi uma das presenças no Palco Futuro, na edição de 2020.

Saiba mais sobre o festival no site oficial.

Neste torneio de boccia, o desporto é um veículo para aproximar idosos e agentes da PSP

À entrada para o pavilhão da junta de freguesia de Campo de Ourique, na parede que separa a sala de equipamentos do terreno de jogo, um cartaz com letras garrafais anuncia a competição: “1º Torneio de Boccia – Boa Sorte Equipas”. Esta quarta-feira, as cinco duplas em prova (constituídas por elementos da PSP e por utentes da Santa Casa) deixaram a competição de parte. O torneio de boccia foi a forma encontrada pela Misericórdia de Lisboa e PSP para trazer alegria aos idosos, mas, sobretudo, para estabelecer uma relação de maior confiança entre utentes do Centro de Dia Santo Condestável e agentes da polícia de segurança pública.

“Esta atividade conjunta resulta de uma proximidade de há muitos anos. Decidimos aproveitar o desconfinamento para voltar a criar momentos, porque os idosos valorizam muito este tipo de ações”, explica a diretora do Centro de Dia Santo Condestável, Isabel Araújo, realçando que o Torneio de Boccia é “a primeira de várias atividades previstas para os próximos tempos”.

O Centro de Dia Santo Condestável fecha portas no dia 21 de maio, passando a integrar o Centro Intergeracional Ferreira Borges. Para Isabel Araújo a distância não compromete a ligação entre idosos e agentes da PSP, certeza também partilhada pela chefe Marília, que garante que “a proximidade com os idosos do centro de dia, que já dura há muitos anos, não sairá afetada com a mudança” e que a PSP está já a “preparar uma série de atividades” com a população sénior daquele centro.

Para o subintendente da PSP, Lopes Rodrigues, a organização do torneio é uma “excelente iniciativa”, sobretudo porque a “PSP gosta de estar próxima da comunidade sénior”. O subintendente não tem dúvidas que só estando perto da comunidade “é que é possível perceber as necessidades dela”. As palavras do também comandante da 4ª divisão do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP espelham bem aquela que também é a missão da Santa Casa: estar junto das pessoas. Essa foi, aliás, a mensagem que o administrador da ação social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, quis frisar junto dos presentes, ao lembrar que “a Santa Casa está ao serviço das pessoas”.

Um torneio onde o (verdadeiro) prémio é a união

A inauguração do torneio foi feita por duas equipas que não constavam na grelha. De um lado, a dupla formada por Sérgio Cintra e Lopes Rodrigues; do outro o presidente da junta de freguesia de Campo de Ourique, Pedro Costa, e o presidente da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência, Rui Oliveira.

À margem dessa competição, Hélder Pinho e Custódia Fiúza, dois utentes do Centro de Dia Santo Condestável, preparam-se para o primeiro jogo. Trocam impressões e discutem o calendário das partidas. “Qual o nome da tua equipa, Custódia?”, pergunta Hélder. “O Jardim”, responde ela. “O jogo cinco é O Jardim com os Balas Azuis, a minha equipa”, atira Hélder em jeito de desafio.

Estes dois amigos, hoje rivais, têm experiências diferentes no desporto. Hélder não tem memória da última vez que praticou boccia. “Foi há muito tempo, mas é um desporto de que gosto”, refere. Com Custódia a história é diferente. Há cerca de dois anos que não pratica, “muito devido à pandemia”, mas, em tempos, participou em várias competições de boccia, todas na zona de Lisboa. Para esta utente da Misericórdia de Lisboa, jogar boccia não tem segredo.

“É preciso concentração e precisão na hora de lançar a bola. Mas, hoje, o mais importante do boccia, sobretudo agora numa altura de pandemia, é o convívio. Isto fazia-nos falta, muita falta”, revela.

idosa a jogar boccia

Inicialmente a organização do torneio tinha prevista a participação de quatro equipas. Quando Custódia soube que a competição seria feita em duplas formadas por utentes do centro de dia e por agentes da PSP, não quis ficar de fora. Custódia balança o braço direito em jeito de aquecimento. Do fundo da sala chegam palavras de motivação do colega de equipa, o agente Mateus: “Vamos ganhar, dona Custódia, vamos ganhar”. Custódia levanta os braços sempre que a bola não vai na direção pretendida. Ainda assim, a opinião de quem assiste é unânime: se a equipa de Custódia está a vencer, deve-se à qualidade do seu jogo.

Hélder Pinho faz equipa com uma pessoa que já conhecia, o agente Luís Fonseca. “Como o posto da PSP é perto do centro de dia, nós conhecemos os agentes. Somos amigos”, lembra. Todos atribuem a Hélder o apelido de “estratega” pela capacidade de interpretar o jogo. Infelizmente, no primeiro duelo a vitória não sorriu aos Balas Azuis, mas a equipa acabaria por encontrar o caminho das vitórias. “Ganhamos dois jogos, perdemos um. O primeiro é sempre mais difícil”, esclarece Hélder.

No final, a experiência de Custódia falou mais alto. Levou para casa a taça de campeã do 1º Torneio de Boccia, enquanto que Hélder arrecadou a medalha de bronze. Tudo troféus que figuravam numa mesa onde também estavam pequenos objetos feitos de cordões azul e vermelho, as mesmas cores que dão alma às bolas de boccia. Os cordões entrelaçados não são meros acasos. É para que aqueles que estiveram presentes neste torneio nunca esqueçam que o importante é estarmos unidos.

InterAções: construir novos modelos para um envelhecimento ativo e saudável

Organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no âmbito do programa “Lisboa Cidade de Todas as Idades”, a 3ª edição do simpósio InterAções contou com 86 oradores – entre académicos, investigadores, decisores, empreendedores e outros especialistas na área da longevidade e do envelhecimento – que, ao longo de cinco meses, debateram os desafios que se colocam à promoção de uma sociedade para todas as idades.

As 18 sessões temáticas realizadas online permitiram que os participantes defendessem diferentes pontos de vista e apresentassem soluções (algumas sujeitas a abordagens intersectoriais, multidisciplinares e integradas) adaptadas à realidade dos territórios.

No total das sessões, a 3ª edição do InterAções chegou a mais de 1600 pessoas (incluindo participantes ativos e espetadores), provenientes de norte a sul do país, do Brasil e de vários países europeus.

Na última sessão do simpósio, que decorreu esta quarta-feira, 19 de maio, o debate centrou-se no Livro Verde Para o Envelhecimento e no impulso que este pretende dar ao aprofundamento da reflexão e discussão, tendo em conta a especificidade de cada Estado-membro da União Europeia.

A sessão contou com a participação de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Petra Goran, da Secretaria Geral da Comissão Europeia, Alfonso Montero, European Social Network, Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, e Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da instituição.

Na sessão de encerramento da terceira edição do Simpósio InterAções, Ana Mendes Godinho começou por elogiar a iniciativa da Santa Casa, defendendo que “o envelhecimento não é mais do que a nossa vida! E, por isso, é importante o envolvimento de todos na construção de uma estratégia de intervenção para a promoção da nossa vida, do envelhecimento ativo e saudável para todos nós”.

Já Edmundo Martinho destacou o debate e o envolvimento de todos como um instrumento valioso na procura de soluções para as questões do envelhecimento e da longevidade na sociedade. “Precisamos de refletir, mas precisamos, sobretudo, que as nossas práticas acompanhem as exigências destes tempos novos, assegurando que os processos do envelhecimento e da longevidade dos cidadãos se desenvolvem em harmonia com o respeito pleno e integral dos direitos humanos”.

Por outro lado, Sérgio Cintra fez um “balanço extremamente positivo” da iniciativa, sublinhando “o amplo debate, a aproximação e envolvimento de parceiros, com vista à melhoria das políticas, a alteração de modelos e das práticas que se têm revelado cada vez mais esgotadas e que pouco ou nada estão adequadas àquilo que as pessoas querem viver na sua velhice”.

3ª edição do InterAções: o balanço

Em entrevista, Mário Rui André, diretor da Unidade de Missão do programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, salienta os desafios que a longevidade coloca à sociedade atual, destaca a importância de reflexão sobre novos modelos de assistência na terceira idade e faz, ainda, um balanço “muito positivo” da iniciativa.

Quais são os grandes desafios de uma sociedade para todas as idades e que temas foram abordados na 3ª edição do InterAções?

Sob o grande chapéu do envelhecimento e longevidade, foram abordados vários temas ao longo das sessões, os quais evidenciaram a complexidade e o enorme potencial de atuação que toda a sociedade tem em mãos para fazer face a este fenómeno global. Desde os aspetos relacionados com as representações sociais da velhice e dos estereótipos idadistas, aos processos de transição para a reforma e necessária adequação das organizações a novos modelos de trabalho, passando pelos desafios associados ao envelhecimento na comunidade (aging in place) na era do digital, até à relação entre o social e a saúde.

A habitação e o espaço público são componentes fundamentais para a inclusão social e devem constituir-se, cada vez mais, como uma alavanca de dinâmicas facilitadoras da permanência da pessoa no seu meio natural de vida, bem como da transição do hospital para a comunidade, com impacto nas políticas relativas à continuidade dos cuidados.

De facto, a pandemia de Covid-19 veio evidenciar que a grande maioria das casas não estão adaptadas ao ciclo de vida. Urge, assim, olhar a habitação como o local onde as pessoas querem viver o maior tempo possível das suas vidas, nas diversas circunstâncias existenciais, onde possam manter laços de interação com o espaço público, os seus direitos de participação e cidadania e receber cuidados de qualidade.

A continuidade dos cuidados ajustados ao paradigma do envelhecimento na comunidade constitui-se como um outro grande desafio. E só é possível com uma gestão eficiente de recursos, tendo por base sistemas de informação integrados, organizações locais resilientes e capazes de realizar mudanças adaptadas às novas exigências, com profissionais qualificados e com uma maior integração e coordenação intersetorial dos níveis de prestação de cuidados sociais e de saúde.

Também o papel dos cuidadores informais na prestação e no planeamento de cuidados de qualidade em contexto domiciliário se revela fundamental, já que na Europa asseguram cerca de 60% dos cuidados prestados aos mais velhos em casa e contribuem, de forma muito significativa, para o controlo de custos dos sistemas de saúde.

A aproximação cada vez maior das pessoas ao contexto sociocomunitário onde vivem, um dos desígnios do aging in place, será tanto mais efetiva quanto maior for a capacidade de inovar, investir e adequar as respostas sociais de proximidade, para que estas se constituam como verdadeiros dinamizadores das relações intergeracionais, da participação e cidadania. Este é mais um desafio para a concretização de uma sociedade para todas as idades.

Que balanço faz desta 3ª edição?

O balanço final deste evento é muito positivo, já que permitiu não só identificar os principais desafios decorrentes do fenómeno da longevidade com que nos deparamos, como também trazer à discussão estratégias, opções e oportunidades de atuação.

O programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” contribuiu, assim, para abrir um amplo debate, envolver e aproximar parceiros e impulsionar o aprofundamento da reflexão e discussão neste domínio, com vista à melhoria das políticas e da alteração dos modelos e práticas que se têm revelado cada vez mais esgotados e pouco ou nada adequados ao que as pessoas querem para viver a sua velhice.

É de salientar que do total de participantes no simpósio, 16% são colaboradores da Santa Casa, o que permitiu enriquecer os seus conhecimentos na área e potenciar as suas práticas profissionais. Assim, e a um nível interno, o debate que resultou destas sessões vem contribuir para a sustentação daquilo em que a instituição tem vindo a apostar, reforçando a necessidade de continuar a refletir e a adequar a intervenção às reais necessidades e expetativas das pessoas.

As sessões da 3ª edição do InterAções encontram-se disponíveis, para visualização, na página dedicada ao simpósio, aqui.

Dia Internacional dos Museus

“O futuro dos museus: recuperar e reimaginar” é o tema da celebração do Dia Internacional dos Museus, proposto pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) para 2021. É um convite a todos os que queiram visitar os museus e descobrir o património dos locais onde vivem. A data é celebrada anualmente a 18 de maio, desde 1977, por proposta do ICOM, organismo da UNESCO.

No Dia Internacional dos Museus de 2021, convidamo-lo a conhecer melhor a história do Museu de São Roque, através de duas visitas guiadas temáticas (uma presencial e outra virtual), promovidas pela Cultura Santa Casa.

O Museu de São Roque foi um dos primeiros museus de arte a serem criados em Portugal. Abriu ao público em 11 de janeiro de 1905, com a designação de Museu do Thesouro da Capela de São João Baptista, no edifício da antiga Casa Professa da Companhia de Jesus. Ao longo do século XX, foi objeto de várias remodelações, mas a mais profunda foi levada a cabo entre 2006 e 2008, permitindo duplicar a sua área de exposição permanente.

Museu de São Roque

Através de uma visita virtual, poderá, igualmente, conhecer a história do teto da igreja de São Roque. O único teto pintado quinhentista que ainda hoje persiste na cidade de Lisboa. Trata-se de uma obra de extrema beleza que ao longo dos séculos continua a surpreender os visitantes desta igreja jesuíta. Esta exposição tenta mostrar não só a beleza desta obra, mas também a riqueza iconográfica da mesma, explorando detalhes que não são percetíveis a quem a visita in loco, no corpo da igreja.

Lotaria instantânea do Património

O Dia Internacional dos Museus foi também a data escolhida para o lançamento da Raspadinha do Património. Inscrita no Orçamento do Estado de 2021, esta nova lotaria instantânea é lançada com o propósito de ajudar a responder a “necessidades de intervenção de salvaguarda e investimento”, em património classificado ou em vias de classificação, segundo as prioridades definidas pelo Governo para este ano.

Santa Casa Portugal ao Vivo está de regresso com a 2ª edição

Entre os dias 21 de maio e 26 de junho, o evento Santa Casa Portugal ao Vivo vai apresentar mais 20 espetáculos, 10 em Lisboa e 10 no Porto, que terão como palco, dois espaços emblemáticos nacionais: o Campo Pequeno, em Lisboa e o Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

Linda Martini e António Zambujo foram os escolhidos para o arranque desta nova edição, com concertos agendados para os dias 21 e 28 de maio, respetivamente.

À semelhança da primeira edição, o cartaz da segunda temporada do Santa Casa Portugal ao Vivo vai promover, na sua maioria, concertos musicais, mas também alguns momentos de comédia.

Mantendo a premissa de “Cultura para Todos” e o objetivo de contribuir para a retoma e o incentivo a este setor, a Santa Casa volta a associar-se à iniciativa, na qualidade de naming sponsor.

Integrar a cultura nos hábitos diários dos portugueses, apoiar artistas e equipas técnicas, promover o reencontro entre o público e artistas e trazer aos palcos o melhor da música e da comédia nacional são os grandes objetivos deste evento. Uma iniciativa que garante, ainda, a devolução de parte das receitas angariadas para apoiar diretamente o setor da cultura.

Cada espetáculo é pensado com base no cumprimento rigoroso das normas impostas pela Direção Geral de Saúde (DGS). O uso de máscaras é obrigatório, num espaço delimitado para o efeito, onde todos os lugares estão identificados, cumprindo o distanciamento obrigatório entre os espectadores, que não façam parte do mesmo agregado. De modo a evitar qualquer tipo de congestionamento entre pessoas, todas as entradas e saídas terão circuitos próprios com a devida sinalização.

Para mais informações, consulte o site oficial do Santa Casa Portugal ao Vivo.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

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