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Candidate-se à segunda edição do Hackathon 100% Colaborativo

A digitalização está a transformar o mundo e a maneira de interagimos uns com os outros, e com a pandemia de COVID-19, este processo tornou-se ainda mais rápido. Mas de que forma é que a inovação e a sustentabilidade podem ser a “espinha dorsal” do futuro da Economia Social?

É para responder a esta e outras questões que o Hackathon 100% Colaborativo, a maratona digital que mobiliza várias pessoas com o objetivo comum de encontrar soluções inovadoras para os problemas de todos, está de volta e com ela traz algumas novidades.

A primeira é que esta edição será aberta a um maior número de pessoas, onde poderão participar colaboradores da Santa Casa e de organizações da Economia Social, bem como estudantes universitários, jovens licenciados e membros das comunidades Alumni, a segunda é que decorrerá integralmente online e a última novidade está ligada aos desafios propostos aos participantes.

Depois do sucesso do último Hackathon, onde foram debatidas ideias sobre o acesso a alojamento condigno, empregabilidade e autonomia dos jovens da Misericórdia de Lisboa, assim como saúde mental, nesta maratona os participantes vão agora ser desafiados a encontrar soluções em quatro áreas distintas: digitalização, sustentabilidade, avaliação de impacto na Economia Social e a empregabilidade.

Inês Sequeira, diretora do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social da Santa Casa afirma que “esta é uma iniciativa aberta que promove a participação e a responsabilização dos colaboradores nos processos de governação e decisão”, salientando que a segunda edição pretende “chegar a um público mais vasto, envolvendo todos os players da Economia Social”.

Esta iniciativa digital vai enfatizar o papel da inovação, apostando na diversidade dos participantes e na sua capacitação através de talks, tutoriais, webinars, toolkits e momentos de mentoria orientados para a produção de novas ideias e soluções, a partir da utilização de plataformas inovadoras.

Como explica Inês Sequeira, estas iniciativas “beneficiam todo o setor da Economia Social, na construção de soluções para os desafios do amanhã que serão importantes para o futuro de todos”.

Todos os interessados em participar nesta edição do Hackathon 100% Colaborativo podem já fazer a sua inscrição através da página do projeto na plataforma TAIKAI, local onde também podem consultar ao detalhe as regras da competição.

Após a constituição das equipas, que decorrerá entre os dias 24 e 26 de março, segue-se a fase de capacitação e mentoria, nas duas primeiras semanas de abril. No dia 26 de abril serão conhecidos os grandes vencedores, após um pitch final dos projetos. As ideias vitoriosas, em cada uma das áreas a concurso, terão direito a um prémio monetário, no valor de 3.750 euros.

ESSAlcoitão. Um “Dia Aberto” (online) para conhecer todas as possibilidades para um futuro melhor

A Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, recorreu ao online para abrir as portas à comunidade. Para o próximo dia 26 de fevereiro, a instituição de ensino superior tem preparado um webinar onde irá apresentar parte da sua oferta educativa. Pelo segundo ano consecutivo, devido à situação pandémica, estas ações decorrem em formato online, nesta que foi a solução encontrada pela direção da ESSAlcoitão para continuar a dinamizar estas sessões de esclarecimento e divulgação da oferta formativa.

Em 2021, o programa do “Dia Aberto – Mostra de Cursos” é constituído por diversos momentos, com destaque para a apresentação das licenciaturas em Terapia Ocupacional, Fisioterapia e Terapia da Fala. Em agenda está também uma breve explicação dos serviços disponíveis no Gabinete de Apoio ao Estudante, Núcleo de Serviços Administrativos e Académicos e no Gabinete de Relações Externas da instituição.

A participação no webinar é gratuita, mas carece de registo obrigatório, que pode ser feito no site da ESSAlcoitão. Mas as sessões do “Dia Aberto – Mostra de Cursos” não vão ficar por aqui. A ESSAlcoitão está já a preparar mais duas edições, que devem acontecer nos meses de abril e maio.

Masters eFootball é a nova competição de futebol virtual da Santa Casa

Vem aí o FPF Masters eFootball Jogos Santa Casa, a nova competição de futebol virtual a nível nacional, dedicada a clubes da Federação Portuguesa de Futebol.

A primeira fase desta competição começou esta quinta-feira, 11 de fevereiro e serve como prova oficial no caminho do FIFA eNations Cup 2021. Os playoffs estão agendados para maio e, caso a situação pandémica melhore, serão realizados em palco num evento presencial.

A FIFA eNations Cup é a maior e mais importante competição de seleções de futebol virtual. Disputada em agosto na Dinamarca, a FIFA eNations Cup vai contar com a presença de Portugal na fase de apuramento. Mas é no Masters Jogos Santa Casa que tudo começa, pois o clube vencedor da competição vai garantir a pré-convocatória dos seus dois melhores atletas para a Seleção Nacional. Relembrar que Portugal é a atual terceira melhor seleção neste ranking.

O Masters Jogos Santa Casa pode ser acompanhado na nova plataforma de Gaming e Esports da SIC, a ADVNCE, entre 11 de fevereiro e 7 de maio, as quintas-feiras e sextas serão de puro espetáculo de eFootball. Acompanhe tudo na Twitch da ADVNCE e na posição 110 do MEO a partir das 19h.

Durante sete semanas, os clubes vão defrontar-se uma vez em jogos à melhor de três para garantir o apuramento para o segundo nível. São qualificados para o nível 2 da fase regular, os melhores seis clubes de cada grupo. Esses 24 apurados são distribuídos novamente por quatro grupos de seis clubes: esta será a derradeira fase antes dos playoffs. Os melhores quatro classificados de cada agrupamento (16 no total), garantem a última fase da competição – os playoffs – disputados nos dias 6 e 7 de maio, na Cidade do Futebol.

FPF e Jogos Santa Casa unidos pelo futebol virtual

O Masters 2021 resulta da parceria já existente entre a FPF e os Jogos Santa Casa. Esta união tem sido fortalecida ao longo dos tempos com várias parcerias em diversos quadrantes e competições, estendendo-se, a partir deste momento, ao eFootball, uma modalidade em franco crescimento em Portugal.

Nuno Moura, CMO Federação Portuguesa de Futebol

“Esta é mais uma prova do crescimento extraordinário do futebol virtual a nível nacional e mundial. Pela primeira vez vamos ter uma competição nacional com integração internacional, providenciando acesso à mais importante competição de seleções do mundo: a FIFAe Nations Cup. Com oFPF Masters Jogos Santa Casa garantimos uma competição de excelência com o melhor talento nacional a disputar o mais cobiçado troféu de futebol virtual em Portugal, e, ao mesmo tempo, a preparar os nossos atletas para essa grande competição internacional. Vamos envolver jogadores, clubes, adeptos e parceiros em prol de um objetivo comum, ajudar a nossa Seleção Nacional de Futebol Virtual a chegar ainda mais longe. Isto, enquanto continuamos focados na missão de democratizar a prática do eFootball, em oferecer os melhores formatos competitivos e partilhar os valores inerentes ao Futebol.”

Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

“Esta parceria entre os JSC e a FPF vai ao encontro das novas tendências sociais ligadas ao desporto digital, uma realidade que atrai cada vez mais jogadores e entidades participantes, sobretudo numa altura de pandemia em que os confinamentos que se verificam um pouco por todo o mundo têm introduzido novos interesses e hábitos de divertimento. Com esta nova iniciativa, os JSC reforçam a sua ligação à FPF e ao futebol, ainda que virtual, apresentando-se como naming sponsor da mais importante competição nacional de efootball, o Masters JSC, e da Taça de Portugal JSC. Teremos também o prazer de sermos parceiros oficiais de mais uma Seleção Nacional, neste caso, a Seleção Nacional de Futebol Virtual.”

Segue as novidades do Masters e outras competições de futebol virtual da Federação Portuguesa de Futebol, aqui.

 

CAI Victor Manoel: onde a infância se faz feliz em tempo de confinamento

Saber que os filhos ficam em boas mãos! Há algo mais importante para pais de crianças em tenra idade? Não, não há, e isto torna-se ainda mais relevante durante uma pandemia.

Também por esta razão, o Centro de Acolhimento Infantil Victor Manoel (CAI), também conhecido por Vítor Manuel, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, abriu portas para filhos e dependentes de trabalhadores que assegurem serviços essenciais para a comunidade. É uma das sete creches que estão abertas no concelho de Lisboa e, neste momento, acolhe 18 crianças, nove em creche e nove em jardim-de-infância.

Mães e pais que não podem parar

Ricardo Rodrigues, 43 anos, diretor do Centro de Capacitação D. Carlos I, da Misericórdia de Lisboa – destinado a jovens com deficiência intelectual ligeira e moderada -, é um dos pais que não pode estar em teletrabalho. Para poder assegurar as suas funções, Ricardo encontrou no CAI Victor Manoel a resposta para onde deixar os seus filhos, o Dinis, de três anos, e a Margarida, com um ano.

“Esta resposta é absolutamente essencial, porque nos permite fazer o nosso trabalho. Não foi uma decisão difícil, porque tínhamos óptimas referências”, sublinha, acrescentando que a adaptação dos filhos à nova realidade foi “surpreendente” e que os encontra “satisfeitos e felizes”.

Ricardo lembra que a rede familiar nunca foi equacionada por causa da idade dos avós e que, se não existissem respostas como esta, muitas funções estariam comprometidas, concluiu.

CAI Victor Manoel

Os argumentos repetem-se entre os trabalhadores de serviços essenciais que recorreram a esta resposta: ou não há suporte familiar ou então o suporte não é hipótese, pelos riscos do contacto entre gerações mais novas e mais velhas.

É caso de Belinda Dias, 33 anos, técnica de laboratório no setor alimentar, que admite que não tinha solução para o seu filho, Kilian, de oito meses. Sem suporte familiar, “provavelmente teria que ficar em casa a tomar conta do meu filho”, nota.

A técnica de laboratório diz, sorridente, que a adaptação correu bem e que fica “descansada” quando entrega o seu filho. “Ele é recebido com um sorriso e vai tranquilo para casa”, afirma, emocionada.

CAI Victor Manoel

Já Nadine Bernardino, 28 anos, é agente da Guarda Nacional Republicana, em serviço no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Alcântara. É mais um caso de um trabalhador de serviços essenciais que não poderia desempenhar as suas funções se o CAI Victor Manoel não estivesse aberto. A agente reconhece que, no início, estava inquieta pela adaptação da Carolina, a sua filha de nove meses. Mas ao fim de alguns dias, o receio desta mãe foi substituído por confiança e satisfação. Agora, mãe e filha entram e saem daqui contentes.

CAI Victor Manoel

“Esta ajuda é essencial para mim”, diz Odália Mariano, de 35 anos, ajudante familiar na UDIP Madredeus, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. “Os primeiros dias custam sempre um bocadinho, mas agora fico com o coração muito descansado”, recorda a brasileira, há 11 anos em Portugal.

Sem suporte familiar, a funcionária relata, comovida, que a sua filha, Letícia, de 2 anos, “adaptou-se bem e gosta de estar aqui”.

CAI Victor Manoel

Elsa Evangelista, 51 anos, diretora do CAI Victor Manoel, colaboradora da Misericórdia de Lisboa há 25 anos, sublinha que o mais importante para as crianças, nesta altura, é assegurar o seu bem-estar físico e emocional, o desenvolvimento e a aprendizagem num ambiente tranquilo e confortável e, ao mesmo tempo, garantir que os pais possam continuar a exercer as suas funções.

A diretora não esconde a satisfação por estar a cumprir a missão original do Centro de Acolhimento Victor Manoel, fundado pela Rainha D. Maria Pia de Saboia, em 1878. Uma das missões da instituição é, exatamente, proporcionar bem-estar às famílias e às crianças”, recorda, frisando que “é bom observar que as famílias e as crianças se adaptaram bem” a esta nova realidade.

CAI Victor Manoel

História

A Rainha D. Maria Pia de Saboia, casada com o Rei D. Luís, mandou construir uma creche na Calçada da Tapada, em 1878. Esta creche destinava-se a recolher e tratar de crianças com menos de quatro anos, cujas mães trabalhavam fora de casa. Recebeu o nome de Victor Manoel, em memória do pai da Rainha, o Rei de Itália, Victor Manoel.

A 14 de dezembro de 1930, a instituição foi legada à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tendo sido, nessa altura, acrescentado um lactário, um dispensário médico e um farmacêutico.

 

 

 

A distância não travou a alfabetização e a formação: “No CEFC dá-se continuidade ao ensino”

Na semana em que mais de um milhão de alunos em Portugal regressou ao ensino à distância, no Centro de Educação, Formação e Certificação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (CEFC) a situação não é diferente. Os 210 formandos deste centro estão agora a cumprir o plano curricular dos respetivos cursos em regime de teleformação. A diretora do CEFC, Maria José Covas, acredita que foi a “experiência” que fez com que a equipa estivesse preparada para “possibilitar uma formação à distância ajustada” às necessidades dos formandos.

O CEFC tem vindo a ajudar pessoas entre os 15 e os 64 anos a desenvolver competências e a aumentar qualificações escolares e profissionais. Nos seus dois polos, o de jovens e o de adultos, decorrem percursos formativos em áreas como restauração, beleza, informática ou  alfabetização.

Devido à Covid-19 tudo mudou, mas a resposta não parou. No fundo, a grande alteração verifica-se nos espaços de aprendizagem, com as salas de aula a serem substituídas pelo Zoom, pelo Moodle ou pelo Teams. É através destas plataformas que o contacto entre formadores e formandos vai sendo mantido. Os recursos tecnológicos de apoio ao ensino à distância disponíveis estão a ser explorados e utilizados, com modalidades de ensino assíncrono, síncrono ou trabalho autónomo.

Na turma B1 (4º ano), do Polo Adulto, o Whatsapp é a plataforma de excelência. É através de um grupo criado nesta app de mensagens instantâneas que formandos e formadores vão trocando impressões. É também por esta via que é facultado aos formandos o conteúdo necessário para a realização de trabalhos.

A formação em alfabetização é  exemplo de um ensino que não ficou comprometido com a migração para o digital, numa turma em que existem graus diferentes de literacia. Todas as semanas, os oito alunos que compõem esta classe são contactados pelos formadores. Os alunos passaram a realizar leituras telefónicas, com base no conjunto de materiais entregue pelo CEFC, num kit composto por fichas didáticas, lápis de cor, folhas pautadas e de desenho, que permite que os alunos trabalhem também a motricidade fina e o treino das letras e dos números.

“Nas sessões previamente planeadas nos cronogramas dos cursos recorre-se também ao contacto telefónico, para esclarecer dúvidas e fazer um balanço dos trabalhos entregues”, conta Maria José Covas.

“A formação à distância está a concretizar-se de forma positiva” e, para a diretora do CEFC, este empenho reflete-se até nas atividades extracurriculares. Exemplo disso foi a comemoração do Dia Mundial da Leitura em Voz Alta, no dia 1 de fevereiro. Formandas de dois cursos, após a apresentação do espetáculo ABSURDEZ do Plano Nacional de Leitura, realizaram vídeos com leituras em voz alta, como foi o caso de Jaquelina Silva, que declamou um poema de Fernando Pessoa.

Mas o telemóvel, email ou o Whatsapp são apenas plataformas facilitadoras de contactos entre as partes ou somente uma forma encontrada pelos professores para acompanhar o trabalho desenvolvido pelos alunos. Nos cursos do CEFC é necessário colocar “mãos à obra”, uma vez que os planos curriculares são, em grande escala, feitos de aulas práticas. Para estas situações o CEFC preparou um kit ajustado às necessidades das diferentes formações, que reúne os materiais necessários para a realização de trabalhos em casa.

O curso de Operador de Acabamento de Madeira e Mobiliário é um desses casos. Aos alunos foi entregue uma caixa com material de desgaste, ceras e betumes de vários tipos, e pequenos pedaços de madeira de forma a poderem desenvolver trabalhos durante cerca de três semanas.

As sessões da formação em restauração têm decorrido de diversas formas: online, correio eletrónico e assíncronas, nas horas estipuladas em cronograma. Os formandos desenvolvem, nas suas casas, diversas receitas de cozinha e pastelaria. Todos os trabalhos são partilhados através de fotos ou vídeo, com o registo de cada passo dado durante as atividades solicitadas pelos formadores. Em caso de dúvida, aos formandos recorrem ao contacto telefónico para esclarecer algumas etapas do exercício.

Na área de cabeleireiro, o kit é composto por material indispensável para o bom desempenho da profissão e por uma “cabeça” -uma boneca com cabelo sintético, onde os formandos treinam penteados-, onde os alunos dão asas à imaginação. Nas sessões tecnológicas, após serem explicados os temas do módulo, os formandos fazem demonstração das aprendizagens no manequim, num processo registado em fotografia ou vídeo.

“Todos estão a entregar os trabalhos dentro dos prazos estabelecidos e com um nível de qualidade bom e muito bom”, revela Maria José Covas, que vê na motivação e no empenho no prosseguimento e conclusão dos percursos formativos “uma evidência de que é possível dar continuidade ao ensino”.

Santa Casa e Banco Montepio investem quase um milhão de euros em nove projetos de inovação social

Financiar e potenciar projetos inovadores nas áreas da proteção social: emprego, saúde, justiça, educação e inclusão, assim como estimular o investimento neste setor em Portugal, são os principais objetivos dos Projetos de Impacto, uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Banco Montepio.

As duas instituições, atualmente os maiores investidores sociais do país, disponibilizaram um milhão e 350 mil euros em instrumentos de apoio à inovação social. No total, foram aprovadas nove candidaturas: dois Títulos de Impacto Social e sete Parcerias para o Impacto.

Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, salienta que este apoio “reforça a estratégia da Santa Casa no setor da Inovação e da Economia Social em Portugal”, salientando que a instituição tem sido capaz de se adaptar “a cada época e às várias oportunidades que dela advêm, com investimento para o impacto, no empreendedorismo e na filantropia estratégica”.

Para o provedor, os projetos selecionados “contribuem para a inovação das respostas aos novos desafios contemporâneos, cada vez mais complexos, principalmente no contexto pandémico que vivemos, em áreas centrais como a educação, a digitalização, o envelhecimento ativo, a arte e a cultura, empregabilidade e saúde”.

Já Pedro Leitão, Presidente da Comissão Executiva do Banco Montepio, frisa que a instituição secular que lidera sempre assumiu “forte compromisso de contribuir para uma sociedade mais transparente, mais justa e mais sustentável”, concluindo que “a ligação umbilical ao terceiro setor é a face mais visível deste compromisso”.

Nas Parcerias para o Impacto, os projetos identificados estão centrados nas áreas de saúde, arte e cultura, envelhecimento ativo, empreendedorismo, digitalização e reabilitação de espaço público. O objetivo passa por obter modelos de financiamento mais estáveis, eficazes, duradouros e assentes em resultados de impacto, em conjunto com investidores sociais.

“O Mundo é o meu Bairro” é um projeto piloto de dois anos, que contou com a participação de 1.200 habitantes do Bairro da Quinta do Loureiro, em Lisboa, onde foram criados vários projetos de inclusão social em diversos eixos artísticos.

Outros dos projetos selecionados na área de arte e cultura foi o “Skoola – Escola de Música Urbana e Contemporânea”, que pretende combater a exclusão social de crianças e jovens, dos 10 aos 18 anos, que vivam em bairros sociais e economicamente desfavorecidos, através do poder transformador da música urbana e contemporânea. O Skoola assenta a sua atividade na valorização da cultura dos jovens envolvidos, segundo o paradigma da democracia cultural.

Já no âmbito do envelhecimento ativo, foram dois os projetos selecionados: o “55+ Scaling for Impact”, que tem por objetivo dar sentido e utilidade às pessoas de 55 e mais anos, enquanto satisfaz necessidades comunitárias de forma economicamente competitiva, e o “Robot PEPE”, ferramenta terapêutica inovadora que alia a realidade aumentada a exergames (jogos cognitivos mediados pelo exercício físico), permitindo em simultâneo a atividade física e a estimulação cognitiva.

Há ainda o “WeGuide”, o acompanhamento profissional (não voluntário) de doentes oncológicos da área metropolitana de Lisboa, cujo plano é, numa segunda fase, chegar a outras partes do país e a pessoas com outras doenças crónicas, o projecto “Impulso”, que visa simplificar a criação de micro-negócios e o “Na minha praceta”, que propõe a regeneração urbana em três bairros municipais da freguesia de Marvila, e no qual, através de metodologias participativas, os residentes vão contribuir de forma ativa na reabilitação e ativação do seu espaço público, promovendo assim o aumento do capital social e da coesão social.

Por sua vez, nos Títulos de Impacto Social, que têm como objetivo disponibilizar financiamento através de um mecanismo de contratualização e pagamento por resultados, os dois projetos escolhidos foram o “Ubbu – code literacy em Lisboa”, que aposta no ensino de Ciência da Computação e da Programação nas escolas públicas dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico e o “Gamezone Lisboa”, cuja missão é combater o défice de competências de português e matemática de alunos com baixo estatuto socioeconómico.

Tanto as Parcerias para o Impacto como os Títulos de Impacto Social preveem o pagamento com base em resultados e métricas de avaliação de impacto que comprovem a obtenção de resultados sociais e ganhos de eficiência em áreas prioritárias de política pública. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Banco Montepio vão avaliar o resultado destas iniciativas empreendedoras, conhecer os seus impactos e analisar as mudanças provocadas.

Casa do Impacto. Um ecossistema formado para combater as desigualdades

O ecossistema do empreendedorismo da Casa do Impacto está cada vez mais sólido. Desde a sua criação, a 1 de outubro de 2018, que o hub de empreendedorismo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem vindo a aglomerar startups capacitadas para desenvolver projetos inovadores com resultado social.

É na Casa do Impacto que convergem todos os players do ecossistema do empreendedorismo de impacto do país. O objetivo do polo de inovação é, diariamente, promover negócios que ajudem a combater os problemas que enfrentamos enquanto sociedade. A pobreza, as desigualdades e o desemprego são alguns dos desafios que os empreendedores se propõem a resolver, através de negócios sustentáveis que nasceram para criar impacto social positivo, em conformidade com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU.

O sucesso da Casa do Impacto traduz-se, por exemplo, nos casos que aqui ganharam forma e que mereceram replicação e reputação internacional. O ecossistema mapeado pelo hub tecnológico possibilita uma rápida compreensão desse êxito, ao incluir os players mais relevantes que diretamente influenciam, ou foram influenciados, pela atividade da Casa do Impacto nos seus dois anos de existência. A infografia mostra-nos um ecossistema do empreendedorismo de impacto sólido e amplo.

Mapa ecossistema de impacto

“Queremos desafiar novos empreendedores a criar mais negócios de impacto social, uma vez que têm todas as ferramentas que necessitam na Casa do Impacto. Damos acesso a diferentes soluções para diferentes fases de negócio”, explica a diretora da Casa do Impacto, que vê no “Santa Casa Challenge” ou no fundo “+Plus” bons exemplos do apoio dado pela Casa do Impacto a novos empreendedores.

A era da inovação social

Há muito que a Casa do Impacto tenciona ter um papel unificador entre as várias realidades. O objetivo passa por possibilitar a criação de pontes e intersecções entre os vários setores: público, privado e da economia social, o empreendedorismo e a inovação de impacto naquela que, para Inês Sequeira, é “era da inovação social”.

Portugal parece dar uma boa resposta nesse sentido, sobretudo durante a pandemia de Covid-19. O nosso país é, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o estado do mundo com mais respostas inovadoras aos problemas sociais causados pela pandemia. No total, foram identificadas 37 inovações sociais originárias do setor público em Portugal, entre as 434 identificadas pela OCDE em todo o mundo.

Nestes números, a Casa do Impacto tem uma palavra a dizer. Um dos projetos que contribuiu para que Portugal atingisse este lugar foi o “acalma.online”, uma plataforma de videoconsultas para apoio psicológico de sintomas relacionados com o confinamento, criada em abril de 2020.

Mas o acalma.online é apenas um entre muitos exemplos: o movimento “tech4COVID19″, que, em 48 horas, juntou mais de 600 empreendedores tecnológicos com soluções inovadoras de combate aos efeitos da pandemia; o “Santa Casa Challenge Extra Covid-19”, que investiu 50 mil euros nos projetos Ally Smart Check-ins e Smart-AL, duas soluções tecnológicas de apoio e a idosos; a GoParity aproveitou o seu know-how em campanhas de angariação de fundos e recolheu 185 mil euros para a aquisição de material hospitalar.

Não será apenas durante a pandemia que esta tendência de crescimento do ecossistema de impacto se vai verificar. Inês Sequeira olha para o futuro de forma risonha, pois acredita que, no pós-Covid-19, “por termos ficado alerta para a necessidade de projetos com preocupações sociais”, teremos um ecossistema “saudável e inovador que vai continuar a prosperar e a crescer” em particular nas áreas da educação e na área da saúde mental.

“Na área do envelhecimento, as soluções vão continuar a surgir. Estamos a viver um desafio e uma oportunidade ao mesmo tempo. Oportunidade para inovar, democratizar e escalar as experiências de aprendizagem”, considera Inês Sequeira.

Ciclo Recitais Santa Casa

Devido às restrições que se vivem durante este período de exceção, o Ciclo Recitais Santa Casa adaptou-se e decorre apenas com recurso a transmissão online. Os recitais são exclusivos, gratuitos e vão poder ser visualizados no site da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

O programa contraria as vicissitudes do contexto atual e mostra um meio musical e cultural ativo.

Os Recitais

Decorrem até 13 de março, todos os sábados, às 21h00, e contam com a participação dos solistas da Metropolitana. No concerto inaugural (6 de fevereiro), a proposta recai para o Quinteto com Piano de Schumann, de 1842, ano em que o compositor dedicou bastante do seu trabalho à música de câmara. É geralmente apontado como o seu mais importante contributo para o repertório camerístico.

Ao longo dos seis recitais que constituem este Ciclo, será possível ouvir, ainda, Schubert, Beethoven e Cláudio Carneyro, numa viagem musical (13 de fevereiro). Astor Piazzolla é outra das propostas (20 de fevereiro). Com a invulgar formação de um duo que junta violino e contrabaixo, este programa dos solistas da Metropolitana presta homenagem a Astor Piazzolla, o extraordinário músico argentino que morreu em 1992.

Trompetes, Tímpanos e Cordas é outra das sugestões (27 fevereiro). Nesta apresentação, os solistas da Metropolitana interpretam duas obras concertantes do século XVIII que colocam em destaque esse som inconfundível. Tocam depois duas suítes orquestrais de Georg Phillipp Telemann.

No penúltimo concerto, oportunidade para escutar Johann Sebastian Bach, com Flauta e Piano (6 de março). Neste programa será possível conhecer melhor a classe de flauta do professor Nuno Inácio. Os jovens flautistas são acompanhados ao piano pelo pianista Alexei Eremine. O Quarteto Para o Fim do Tempo (13 de março) é uma composição camerística, datada de 1941, do francês Olivier Messiaen e marca o final do Ciclo Recitais Santa Casa.

Inserido na parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, que decorre desde 2018, o Ciclo Recitais Santa Casa reforça o compromisso da instituição com a cultura nacional, através do apoio a uma das mais prestigiadas entidades no âmbito da música orquestral, que tem prestado um inestimável serviço público há quase 30 anos.

Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas da Misericórdia de Lisboa, sublinha que “o apoio da Santa Casa à cultura nacional assenta numa estratégia sólida de longo prazo e que passa, entre outras coisas, por parcerias com várias entidades culturais, nomeadamente a Metropolitana, que tem proporcionado uma oferta cultural de enorme valor nos vários concelhos da região de Lisboa e noutras zonas do País”. A responsável pela comunicação da Santa Casa considera que o Ciclo Recitais Santa Casa é uma nova forma “para fazer chegar em segurança essa cultura às pessoas e é isso que a Santa Casa e a Metropolitana de Lisboa estão a fazer.”

“Não se trata de uma repetição ou reposição de um concerto antigo. É mesmo uma estreia. É um conjunto de recitais que o público ainda não viu, e resultado de uma união entre a Metropolitana e o nosso patrocinador principal, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”. O alerta é do maestro Pedro Neves, diretor artístico da Metropolitana, sobre o Ciclo de Recitais Santa Casa, que se inicia este sábado, com transmissão online no site da SCML.

Todos os sábados, até 13 de março, um conteúdo novo e exclusivo, às 21h00.

Nota: os vídeos não estarão disponíveis antes das respetivas datas de estreia.

 

Tem uma ideia de negócio? O Santa Casa Challenge está de volta com uma edição dedicada à saúde

O Santa Casa Challenge está de volta. O concurso promovido pela Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia, lança o desafio a todos os empreendedores: “Como podemos promover uma saúde de qualidade, com especial atenção aos problemas da saúde mental e às necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade?”.

O tema desta edição vai ao encontro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número dois, que faz parte do leque de 17 metas globais, definidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas até 2030.

A pandemia de Covid-19 –tema da última edição do Santa Casa Challenge– elevou a necessidade de se promover uma saúde de qualidade, depois de um ano de 2020 marcado pelo aumento do número de pessoas em situação vulnerável.

É isso que a Casa do Impacto está à procura: soluções inovadoras de base tecnológica e digital que criem um impacto social positivo. O grande vencedor terá um apoio de 15 mil euros para desenvolver a sua ideia de negócio. O primeiro e segundo classificados terão acesso a um pack de incubação na Casa do Impacto por um período de um ano. Os três primeiros lugares vão também usufruir de um Alpha Packs, para a Web Summit 2021, onde poderão aproveitar a cimeira tecnológica para mostrarem as suas ideias de negócio ao mundo.

Para concorrer basta preencher o formulário de candidatura online, disponível no site da Casa do Impacto. As candidaturas estão abertas até dia 05 de abril. O anúncio dos finalistas será feito a 09 de abril de 2021, no site e nas redes sociais associadas à Casa do Impacto.

O Santa Casa Challenge é um concurso promovido no âmbito da estratégia de investimento da Casa do Impacto, que premeia soluções tecnológicas inovadoras que deem origem a dispositivos, aplicativos, conteúdos digitais, serviços web ou de comunicação, exequíveis do ponto de vista tecnológico.

CAI Vítor Manuel aberto para filhos de trabalhadores essenciais

Os trabalhadores dos serviços essenciais vão ter as escolas abertas para poderem continuar a desempenhar as suas funções, evitando a interrupção que está em vigor. Incluem-se médicos, enfermeiros, trabalhadores das telecomunicações e resíduos, forças de segurança, bombeiros, entre outros. A solução é recuperada para mitigar o impacto do encerramento das creches e escolas.

A Misericórdia de Lisboa vem acompanhando o esforço que está a ser feito ao nível da conjugação de respostas no âmbito da Rede Social de Lisboa. Na sequência do encerramento das escolas, o Centro de Acolhimento Vítor Manuel, situado na freguesia de Alcântara, foi o equipamento identificado pela Santa Casa, nas valências de creche e jardim de infância, para permanecer disponível para filhos e dependentes de trabalhadores (sejam internos ou externos à Santa Casa) que assegurem serviços essenciais para a comunidade. O pedido deve ser feito por correio eletrónico para inscricoes.infancia@scml.pt.

No concelho de Lisboa, são sete as creches (da Câmara Municipal de Lisboa, da Santa Casa e da Segurança Social) que vão estar abertas para receber os filhos e dependentes de trabalhadores de setores essenciais.

Num âmbito mais alargado e para assegurar uma resposta para os filhos daqueles que têm mesmo de ir trabalhar, vão estar disponíveis cerca de 700 escolas de acolhimento para filhos e outros dependentes dos trabalhadores de serviços essenciais.

Consulte a lista das cerca de sete centenas de estabelecimentos que vão estar abertos durante o confinamento aqui.

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas