Diversidade e Inclusão são conceitos inerentes aos princípios da Misericórdia de Lisboa, desde sempre. Nesse sentido, e com o objetivo de reforçar o compromisso com os princípios e as práticas da Diversidade e Inclusão, a instituição tornou-se, em 2018, signatária da Carta Portuguesa para a Diversidade, uma iniciativa que tem como objetivo ajudar as organizações a adotar voluntariamente um conjunto de medidas promotoras da diversidade e da igualdade de oportunidades nos locais de trabalho.
Seguindo as recomendações desta Carta e as boas práticas nesta matéria, em setembro de 2020, a administração da Santa Casa aprovou o primeiro Plano para a Diversidade e Inclusão, para o período 2020-2021, elaborado com base num inquérito realizado aos colaboradores em 2019.
A primeira medida do Plano a ser concretizada foi a aprovação da Política da Diversidade e Inclusão da Santa Casa, agora divulgada.
Nesta Política, a instituição assume o compromisso de incorporar, no seu modelo operacional, práticas que garantam: direitos igualitários para todos os candidatos e colaboradores da Santa Casa, no que a oportunidades de emprego, de formação, de carreira; bem como direitos igualitários para todas as partes interessadas e externas à instituição, no que respeita ao acesso aos serviços, à informação e no relacionamento com a organização.
O primeiro plano especificamente dedicado à Diversidade e Inclusão privilegia as áreas da informação, sensibilização, formação e consolidação da cultura organizacional da Santa Casa e das práticas já existentes nesta matéria. A concretização do plano é um processo longo que carece de permanente dedicação, atualização e prática, e que implica um trabalho de todos os que integram a Misericórdia de Lisboa.
A Política para a Diversidade e Inclusão está em linha com legislação e referenciais normativos, internacionais e nacionais, bem como com um conjunto de documentos internos à instituição que visam assegurar a conformidade e atualidade dos referenciais de Boas Práticas e Conduta da Santa Casa e dos seus colaboradores.
O Relatório de Sustentabilidade da Santa Casa não existe apenas para dar resposta a uma necessidade interna, mas, cada vez mais, para responder às expetativas das partes interessadas. O documento responde a novos tópicos prioritários definidos através de uma auscultação a todos os públicos com quem a Misericórdia de Lisboa interage, diariamente: colaboradores, fornecedores, utentes, universidades, etc. Foi este processo -o de ouvir todas as partes interessadas- que trouxe alterações relevantes face aos anos anteriores.
Mas de que forma é gerida a sustentabilidade na Santa Casa? E qual foi o real impacto das ações da instituição na sociedade, na economia e no ambiente, ao longo de 2019?
Em 2019, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa celebrou 521 anos de compromisso com as boas causas, nas mais diversas áreas: Ação Social, Cultura, Educação e Formação, Empreendedorismo e Economia Social, Inovação, Património, Saúde e jogos sociais do Estado (Jogos Santa Casa). O real impacto da Misericórdia de Lisboa mede-se, por exemplo, nas cerca de 70 mil pessoas abrangidas pelas diferentes respostas de ação social, pelos 540 mil euros no apoio à investigação e prémios atribuídos em concursos, ou pelos 4,5 milhões de euros em apoios e subsídios a boas causas de outras entidades.
Para poder dar uma resposta ajustada a todos os que precisam do seu apoio, a Misericórdia de Lisboa contou, ao longo do ano, com a dedicação de quase 6000 colaboradores. O investimento em pessoas verifica-se, sobretudo, na estabilidade laboral que a instituição permite aos seus funcionários: 97% destes colaboradores têm um contrato de trabalho por prazo indeterminado. Destaque ainda para o facto de, em 2019, 76% dos funcionários serem mulheres e 2,7% dos trabalhadores da casa serem pessoas portadoras de deficiência.
Gerir mais de uma centena de equipamentos, onde todos os dias são prestados a milhares de pessoas os mais variados serviços de saúde, ação social, formação, cultura, entre outros, exige um elevado consumo de energia, de água e gera uma produção muito significativa de resíduos. Ao longo dos anos, a Santa Casa tem adotado comportamentos e medidas mais responsáveis em prol de um ambiente melhor.
Teresa navega pelas ruas de Paris, enquanto Sofia está no cimo de um monte com vista privilegiada para as praias do Rio de Janeiro. Ao lado, António vai mexendo as mãos ao som de música clássica, numa sala de espetáculos na Finlândia. Mas como foram lá parar estes utentes da Quinta Alegre? E se tudo acontecer no mesmo espaço, sem que seja preciso sair da cadeira? Tudo isto é possível através de realidade virtual, que começa agora a ser utilizada na Estrutura Residencial para idosos da Quinta Alegre, da Misericórdia de Lisboa.
O projeto que está a ser desenvolvido pela Unidade de Transformação Digital, da Direção de Estudos e Planeamento Estratégico da Santa Casa (DIEPE) havia sido anunciado em setembro último. A ideia surge de um desafio colocado pelo provedor da instituição, Edmundo Martinho, que no seminário “Transição para o Digital na Santa Casa”, revelou que a Misericórdia de Lisboa estava a preparar um projeto com recurso à realidade virtual.
“Senhor António, tem de mexer a cabeça para os lados para poder ver o concerto todo, a sala toda. Isto é 360 [graus]”, sugere a terapeuta ocupacional, Marina Vazão, que, logo de seguida, dirige um alerta à utente Sofia Silva: “Convém sentar. Isto é tão real que às vezes pode dar a sensação de que estamos a cair”. E aconteceu: “Estava numas montanhas, em Itália, tão altas, tão altas que parecia que ia cair. Já viu como isto é formidável? Parece que estava mesmo lá e, afinal, foram estes óculos que me levaram até lá”, explica Sofia Silva.
Ao fundo da sala, Teresa, que há pouco via “ruas conhecidas de Paris”, exclama: “Estou a viajar sem gastar dinheiro! Estive na Torre Eiffel e em outros sítios de Paris que, em tempos, visitei. Vi pessoas a passearem junto ao rio”. Mas não só de passeios por cidades outrora visitadas – ou desconhecidas – se faz este projeto. Há todo um manancial de hipóteses que a realidade virtual permite e que a Santa Casa quer explorar, através de viagens no tempo que despertam memórias.
“Também vimos hipóteses de ter conteúdos direcionados, consoante o utente, e ir buscar memórias específicas daquela pessoa: sítio onde cresceu, onde casou ou onde os filhos cresceram”, revela a responsável pela Unidade de Transformação Digital da Santa Casa, Ilda Marcelino.
“Fazem ideia da surpresa que temos para vocês?”, atira o diretor da Casa do Restelo, João Freire, em jeito de desafio às crianças que vivem nesta unidade de acolhimento, a mais recente da Santa Casa. “Tem sido muito difícil manter o segredo. Eles perceberam que alguma coisa vai acontecer”, confessa.
Ainda que com muita dificuldade, a surpresa manteve-se em total secretismo até ao final da tarde, altura em que algo muito especial aconteceu. Sentadas no chão, cerca de dez crianças olham ansiosamente para a imagem projetada na parede, onde esperam pelo desvendar do mistério.
Eis que na tela surgem Everton e Samaris – em representação de toda a equipa de futebol profissional do Sport Lisboa e Benfica-, dois jogadores que, este ano, proporcionaram um Natal especial a estes jovens.
A inquietude que sentiam antes da conversa com os jogadores rapidamente dá lugar a momentos de euforia. Entre abraços e pulos de alegria, as perguntas e as confissões sucediam-se: “Não acredito no que estou a ver; Everton, sou teu fã; hoje é um dia inesquecível; Samaris, dás-me a tua camisola?”.
Everton e Samaris têm presentes para entregar. A julgar pela felicidade das crianças na hora de abrir as prendas, os “pais natais de serviço” parecem ter correspondido aos desejos destes miúdos. Mas o melhor presente acabaria por chegar minutos antes do adeus aos jogadores: uma camisola do Benfica assinada pelo plantel, onde nas costas se lê “Casa do Restelo”.
“Foi uma bonita surpresa, que os marcará para sempre. Receber as prendas “das mãos dos seus heróis” ganha toda uma nova dimensão e prova que é a dimensão humana que verdadeiramente nos traz alegria”, realça João Freire.
Nos dias 21 e 22 de dezembro, algumas viaturas da instituição, decoradas com motivos natalícios, andaram pelas ruas de Lisboa a levar um pouco da magia de Natal a alguns utentes de Centros de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário da Santa Casa.
A entrega simbólica de um bolo rei foi apenas um mote para uma iniciativa pensada sobretudo para levar alguma companhia, alegria adicional e espírito natalício aos mais fragilizados que, este ano, devido à pandemia de covid-19, não poderão desfrutar de um Natal tradicional.
“Nesta época festiva queremos estar ao lado das pessoas, sobretudo das mais vulneráveis, para que se sintam acarinhadas e apoiadas, e levar uma mensagem de solidariedade e de esperança aos nossos utentes. Acreditamos que, aos poucos, alcançaremos novamente a normalidade”, afirmou o administrador de ação social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra.
Por outro lado, num gesto de reconhecimento pelo trabalho realizado pelas equipas da instituição quem têm estado na linha da frente no combate ao vírus, Sérgio Cintra, frisou que “estes são os heróis que muitas das vezes não vemos, mas que fazem a diferença na vida destas pessoas”.
“Desde o primeiro dia que a Santa Casa tem centenas de anjos da guarda nas ruas da cidade, que deixaram de trabalhar nos centros de dia, mas que sempre estiveram ao lado de quem mais precisa. Todos os dias equipas inteiras da instituição saem para a rua, num momento de incerteza como este, para levar um sorriso à casa dos nossos utentes”, concluiu o administrador.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho e a Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, assinaram esta terça-feira, 22 de dezembro, um memorando de cooperação com o objetivo de apoiar a comunidade Portuguesa na África do Sul. A criação e manutenção de soluções que respondam aos problemas da população mais vulnerável, em particular dos idosos carenciados e das pessoas portadoras de deficiência e o desenvolvimento de um modelo de organização e gestão que garantam uma prestação de serviços eficaz e de qualidade é o desígnio que está na base do entendimento agora firmado.
“Para nós este é um território novo. Temos vindo ao longo do tempo a cooperar com outros países e instituições, mas nunca com este grau de planeamento e previsão”, afirmou Edmundo Martinho na sessão de assinatura deste protocolo, aproveitando para recordar que “este é também um desafio central da nossa instituição, que é estar sempre disponível para apoiar quem mais necessita, especialmente os nossos compatriotas que muitas das vezes vivem com imensas dificuldades”.
Neste memorando de entendimento, que inscreve o compromisso de “uma cooperação institucional nos domínios social, formativo, desenvolvimento organizacional, cultural, económico e de saúde”, os objetivos a atingir dividem-se em três grandes eixos: resolução de alguns problemas de caracter infraestrutural, criação de novas respostas no âmbito da reabilitação, e criação de um Programa de Intercâmbio entre profissionais de instituições portuguesas da Africa do Sul e a Misericórdia de Lisboa.
“A comunidade portuguesa na Africa do Sul é uma população muito envelhecida e por isso mesmo queremos apoiá-los. A Santa Casa é o parceiro ideal para conseguirmos desenvolver as melhores respostas aos problemas desta comunidade”, realçou Berta Nunes.
Os efeitos de Natal espalhados pela Obra Social do Pousal denunciam o espírito que aqui se vive. Andar pelos corredores deste lar para pessoas com deficiência intelectual é ver utentes, enfermeiros, auxiliares e monitores vestidos a rigor. A música “All I Want For Christmas Is You”, de Mariah Carey, embala-nos até a uma das três salas preparadas para a festa de Natal.
Devido à Covid-19, este equipamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa viu-se obrigado a alterar a festa, que, normalmente, junta toda a gente no mesmo lugar. Dividir os utentes por diferentes espaços faz parte de um leque de procedimentos de prevenção instaurados pelo lar, de modo a garantir a segurança dos 123 colaboradores e 95 utentes que fazem parte desta casa.
“Optamos por uma festa itinerante, onde é a festa que vai ao encontro dos utentes, passando pelos diferentes salões. Dividir os utentes permite-nos, caso haja um surto, controlar esse mesmo surto”, explica a diretora da Obra Social do Pousal, Joana Lindim, acrescentando que, apesar de diferente, a festa tem-se revelado um sucesso: “Estou a ter um feedback incrível. Está toda a gente feliz”.
“Quem é que quer ser o ajudante da mãe natal?”, questiona a monitora Débora Aguilar, em jeito de convite aos utentes. Com a ajuda de Daniel Pereira, um jovem com trissomia 21, dividem as prendas compradas pelos colaboradores, de acordo com o gosto dos utentes: produtos de beleza, roupa, bijuteria, bloco de folhas e lápis para desenho.
Na parede, junto à árvore de Natal, um arco-íris acompanha a frase “estamos bem”. “Bem” e felizes, a julgar pela alegria com que abrem os presentes e pelos sorrisos esboçados na hora de dançar ao som de músicas que celebram o Natal.
Premiar a melhor investigação em Portugal: é este o objetivo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa nos três prémios que atribui, anualmente. E premiar a investigação é acreditar no futuro de todos nós. É dar crédito à capacidade e talento dos investigadores e das instituições de ciência portuguesas, capazes de colocar Portugal na vanguarda do conhecimento, da investigação e da inovação científica. E não há ano melhor do que este para reconhecer a investigação. Em 2020, redescobrimos como estamos dependentes dela para continuarmos a evoluir.
Em ano de pandemia, a habitual cerimónia de entrega dos Prémios Santa Casa Neurociências e do Prémio João Lobo Antunes não se realizou. Os vencedores da edição de 2020 foram revelados por Cristina Januário, presidente de júri dos Prémios Santa Casa Neurociências e Luís Madeira, presidente de júri dos Prémio João Lobo Antunes, através da seguinte mensagem de vídeo:
Os vencedores
Uma equipa de investigação da Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud e outra do Instituto de Medicina Molecular – João Lobo Antunes foram as vencedoras da 8.ª edição dos Prémios Santa Casa Neurociências, tendo sido contempladas com um prémio de 200 mil euros cada. Por outro lado, João Luís Oliveira Durães foi o vencedor do Prémio João Lobo Antunes, no valor de 40 mil euros.
O Prémio Melo e Castro 2020 foi entregue a Maria Leonor Tavares Saúde e à sua equipa de investigação do Instituto de Medicina Molecular – João Lobo Antunes, pelo projeto “Células senescentes e o seu fenótipo secretor: novos alvos na reparação da medula espinhal”, que se propõe a contribuir para o desenvolvimento de uma nova terapia para regeneração da medula espinhal (ME) em mamíferos.
Já Prémio Mantero Belard 2020 foi atribuído a Noam Shemesh e à sua equipa da Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud, que concorreram com o projeto “Da expressão genética à função das redes neuronais: estabelecendo a ponte na doença de Parkinson”, que visa ter valor clínico significativo para o diagnóstico e caracterização da doença de Parkinson em fases iniciais, rastrear a progressão da doença ao longo do tempo e monitorizar o sucesso de novas terapias.
O Prémio João Lobo Antunes foi concedido a João Luís Oliveira Durães – um trabalho que envolveu o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra -, com uma investigação sobre a “perturbação do ritmo circadiano: um alvo para intervenção personalizada nas demências neurodegenerativas”.
Recorrendo à experiência de uma equipa multidisciplinar, incluindo neurologistas, neuropsicólogos e de uma equipa de investigação básica com experiência na área da cronobiologia, o estudo tem potencial para desenvolver um tratamento inovador e personalizado para doentes com demência. Isto permitirá um método económico e fácil de utilizar (em casa ou em instituições) para melhorar as alterações comportamentais, promovendo benefícios pessoais, familiares, sociais e económicos significativos.
Uma aposta na Investigação
Ao longo destes oito anos, a Santa Casa investiu 3,36 milhões de euros em investigação, através dos Prémios Santa Casa Neurociências e do Prémio João Lobo Antunes, contribuindo e promovendo de forma significativa para a investigação médica e científica de excelência nesta área.
Os Prémios Santa Casa Neurociências foram criados, em 2013, e representam um investimento anual de 400 mil euros na área da investigação científica e neurociências, repartidos em dois prémios: o Prémio Melo e Castro, no valor de 200 mil euros, destinado à recuperação e tratamento de lesões vertebromedulares; e o Prémio Mantero Belard, no valor de 200 mil euros, que distingue o tratamento de doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, de que são exemplos o Parkinson e o Alzheimer.
O Prémio João Lobo Antunes foi lançado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 2017, em reconhecimento da excelência e do humanismo do médico, neurocirurgião e cientista, considerado uma das figuras mais marcantes da saúde, da ciência e da investigação biomédica em Portugal. No valor de 40 mil euros, este galardão, anual, destina-se a licenciados em medicina em regime de internato médico e visa estimular a cultura científica e a investigação clínica na área das neurociências, sem esquecer o princípio de João Lobo Antunes relativo à humanização do ato médico – “os seus pacientes e as suas histórias”.
O “país das maravilhas” que, nos últimos anos, tem feito do Parque Eduardo VII, em Lisboa, um sítio único para viver o espírito natalício, adaptou-se a uma realidade diferente. Em formato “móvel”, esteve a percorrer algumas das principais artérias da capital, nos dias 19 e 20 de dezembro, com um conjunto de viaturas decoradas a rigor e personagens emblemáticas que levaram a magia do Natal a todos, com muita música e animação.
Porque o Natal é sobretudo solidariedade, a Santa Casa associou-se à TVI e à autarquia da cidade de forma a proporcionar, a quem mais precisa, uma quadra mais feliz, com a entrega de cabazes com bens essenciais e outros presentes para famílias carenciadas.
Maria João Matos, diretora de comunicação e marcas da Misericórdia de Lisboa salienta que a entrega de cabazes é um “continuar da missão da Santa Casa, num ano tão diferente e tão atípico. Quisemos manter este sentido de solidariedade e os cabazes agora oferecidos irão contribuir para um natal mais digno, com mais conforto e com mais ânimo, que é o que estamos todos a precisar”.
Esta entrega será agora feita nas 24 Juntas de freguesia da cidade, nos dias 21 e 22, que depois irão assegurar a sua distribuição pelas famílias que têm identificadas como mais necessitadas.
No total são mais de dez toneladas de artigos alimentares não perecíveis, adaptados a um agregado familiar de quatro pessoas, com alimentos base para algumas refeições. Além dos cabazes serão também entregues brinquedos e literatura para jovens e crianças.
Vasco Morgado, presidente da Junta de Freguesia de Santo António realçou que “o apoio da Santa Casa é tão necessário como pão para a boca”, salientando, ainda, que o trabalho da instituição é essencial para que as juntas da cidade “possam ajudar mais os que têm menos”.
A iniciativa que, há cinco anos consecutivos, celebra o evento natalício mais popular da capital e que resulta de uma parceria entre os Jogos Santa Casa, a TVI e a Câmara Municipal de Lisboa foi adiada para 2021. Tendo por base a preocupação com a salvaguarda da saúde pública e por forma a garantir a segurança e evitar riscos de contágio, a organização decidiu cancelar a tradicional edição deste ano, no Parque Eduardo VII, ficando prometido o seu regresso a Lisboa, no próximo Natal.
O Movimento “Lugar à Mesa” é uma iniciativa solidária promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pelo Grupo Nabeiro-Delta Cafés, que surge com o objetivo de apoiar as famílias afetadas pela pandemia e a restauração, através da oferta de refeições confecionadas por restaurantes aderentes.
A primeira fase do movimento decorre até dia 17 de janeiro de 2021 e vai abranger 25 restaurantes da cidade de Lisboa. O objetivo é auxiliar aproximadamente 1000 famílias residentes nas freguesias de Marvila, Santo António e Arroios.
As famílias elegíveis são identificadas pela Santa Casa, privilegiando agregados em situações de carência económica que, na sua composição, incluam crianças e/ou jovens, bem como aqueles que não usufruam de outros apoios similares.
Sérgio Cintra, administrador de ação social da Santa Casa, realça que “num contexto de crise, há sempre forma de ajudar os outros. Num ano caracterizado por dificuldades sem precedentes, o movimento “Lugar à Mesa” representa um catalisador da mudança que os tempos conturbados que vivemos precisam e exigem. Esta iniciativa solidária representa, de forma muito concreta, aquela que é a missão secular da instituição: garantir a quem mais precisa um amanhã feliz!”
Por outro lado, Rita Nabeiro, administradora do Grupo Nabeiro, destacou que este apoio “fortalece a ajuda do Grupo à restauração e às muitas famílias que, devido à pandemia, viram as suas vidas afetadas. Queremos usar a nossa voz e ação para mobilizar a sociedade e, através deste movimento, impactar positivamente quem mais precisa neste momento”.
O Movimento “Lugar à Mesa” é feito de todos e para todos. Para contribuir para a iniciativa, basta aceder a ppl.pt/lugaramesa ou a movimentolugaramesa.pt. Cada donativo, no valor de sete euros, será convertido numa refeição que, posteriormente, será entregue a uma família, através da disponibilização de um voucher.