logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

O Fado volta a Alfama com o apoio da Santa Casa

O Festival que vai decorrer em pleno coração de Alfama, com vista para o Tejo, vai dar voz e palco a novos e “antigos” talentos. Abre também portas a alguns dos locais mais importantes e históricos da cidade, através de concertos que decorrem em várias salas em simultâneo.

No âmbito desta parceria, e à semelhança do que se tem verificado noutros festivais onde tem marcado presença, a Santa Casa pretende levar as Boas Causas até Alfama, através do apoio a pessoas de mobilidade reduzida nos dias de concerto, com a disponibilização de estruturas de acessibilidades. Deste modo, contribui para que todos possam assistir aos concertos e aos artistas de que mais gostam, independentemente da sua condição física e idade.

Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, disse que “este festival incorpora duas das mais importantes instituições da cidade de Lisboa, que fazem parte da sua história, a Santa Casa e o Fado”, salientando ainda que “para nós é um desafio, mas também um orgulho conseguir agregar no mesmo espaço a Santa Casa e o esplendor do Fado, como traço central da alma lusitana”.

Para além dos palcos que compõem o festival, a Santa Casa incorpora ainda a missão de dar voz aos futuros talentos do fado nacional. Durante os dias do festival o Palco Santa Casa Futuro vai acolher pela mão de artistas consagrados como Ana Moura ou Ricardo Ribeiro, jovens promessas que prometem dar que falar num futuro próximo.

O Palco Santa Casa Futuro “é o marcar de uma dinâmica de apoio aos talentos nacionais, que permitirá que novos valores aparecem, para que um dia possam assumir outros palcos, neste mesmo festival”, sublinhou Edmundo Martinho.

Ana Moura, Gisela João, Ricardo Ribeiro, Marco Rodrigues, Kátia Guerreiro, Sara Correia, um Tributo a Amália Rodrigues, Jorge Fernando e Waldemar Bastos são algumas das propostas que marcam a edição de 2019, do Santa Casa Alfama.

No Museu do Fado, ao longo das duas noites do festival na fachada do museu será projetado um espetáculo de videomapping com uma breve história do Fado, que conta com a participação especial dos fadistas Carlos do Carmo, Mariza, Camané e José Manuel Neto. Uma das novidades deste ano é o “Palco do Público”, onde as pessoas são convidadas a cantar.

Outros palcos são o Amália, nas instalações da firma de advogados Abreu, o Santa Maria Maior, no largo do Chafariz de Dentro, e ainda no Grupo Sportivo Adicense, nas igrejas de S. Miguel e S. Estêvão, na Sociedade Boa União, no Centro Cultural Dr. Magalhães de Lima, na rua do Salvador, e no largo de S. Miguel, com a iniciativa “Fado à Janela”.

Santa Casa atribui prémios Nunes Corrêa Verdades de Faria 2019

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) entregou, esta quinta-feira, 4 de julho, os prémios Nunes Correa Verdades de Faria, que enaltecem o trabalho e investigação desenvolvido em três áreas: cuidado a idosos, progresso na medicina geriátrica e tratamento das doenças do coração deste público. O júri decidiu, ainda, atribuir, cinco menções honrosas.

Estes Prémios destinam-se a galardoar os indivíduos (de qualquer nacionalidade) que, em Portugal, mais tenham contribuído pelo seu esforço, trabalho ou investigação nos três âmbitos definidos pelo benemérito.

A cerimónia, presidida por João Pedro Correia, vice-provedor da instituição, decorreu no jardim da Residência Faria Mantero, no Restelo, em Lisboa, no âmbito das festividades do aniversário da Misericórdia de Lisboa.

João Pedro Correia iniciou a sua intervenção com uma mensagem do provedor, Edmundo Martinho. Na sua mensagem, o responsável agradeceu a todos os que participaram na edição deste ano destas distinções, sublinhando que “no ano em que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa celebra 521 anos, é com especial satisfação que celebramos também o 32º aniversário dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria, através do anúncio dos vencedores da edição de 2018”. Estes prémios “prestam, uma vez mais, a devida homenagem a Enrique Mantero Belard, por todos reconhecido como um dos grandes beneméritos da sociedade portuguesa”, sublinhou.

Maria de Lourdes Pereira Miguel, integrada na Direção do Centro Social Paroquial de S. Nicolau, recebeu o prémio na área A – “Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos”. Foi distinguida pela implementação do projeto “Mais Proximidade, Melhor Vida”, combatendo a solidão e isolamento dos idosos.

Já na área B – “Progresso da Medicina na sua Aplicação às Pessoas Idosas”, Lia Guerreiro Marques, médica com competência em geriatria pela Ordem dos Médicos, foi reconhecida pelo esforço para melhorar a qualidade de vida e autonomia dos idosos.

Pedro Marques da Silva, consultor hospital graduado pela Ordem dos Médicos, especialista de Farmacologia Clínica e Farmacoepidemiologia e de Hipertensão Clínica com competência de Geriatria, foi distinguido com o prémio no âmbito da área C – “Progresso no Tratamento das Doenças do Coração” – pela sua luta com o objetivo de diminuir a carga da doença cardiovascular.

O júri decidiu, ainda, atribuir, cinco menções honrosas:

Na área A – Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos – o júri distinguiu o trabalho de Domingos Marques Alves Rosa (presidente da Fundação AFID Diferença) e de
Mafalda Mello e Castro pelo trabalho desenvolvido no Centro Social e Paroquial de São Francisco de Paula.

Já na área B – Processo da Medicina na sua Aplicação às pessoas idosas – o júri reconheceu o trabalho realizado por Inês Maria Sequeira Rodolfo pelo trabalho pioneiro que visa melhorar a relação entre paciente e o médico.

Por outro lado, na área C – Progresso no Tratamento das Doenças do Coração – o júri reconheceu o trabalho realizado por Eugenia Carvalho, do Grupo de Diabetes, Obesidade e Complicações do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra. Pedro Nuno Martins Pires Coelho, com a especialidade de Cirurgia Cardiotorácica pela Ordem dos Médicos e doutoramento em 2019, pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, foi outro dos reconhecidos.

Criados em 1987, os Prémios “Nunes Corrêa Verdades de Faria” cumprem a vontade expressa em testamento por Mantero Belard. São entregues, anualmente, a pessoas de qualquer nacionalidade que, em Portugal, tenham contribuído, pelo seu esforço, trabalho ou estudos, nos três âmbitos definidos pelo benemérito. A Residência Faria Mantero, no Restelo, foi deixada por Mantero Belard à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para acolher artistas e intelectuais de mérito.

521 anos por quem mais precisa

Esta é uma data que impõe respeito pela longevidade, mas também pelo que a instituição simboliza na capital e no país. Apesar do dia exato da fundação da Misericórdia de Lisboa ser 15 de agosto de 1498, o aniversário da instituição é celebrado a 2 de julho porque era essa a data em que o antigo calendário litúrgico da Igreja Católica Apostólica Romana celebrava a Visitação de Maria, considerada por muitos um paradigma de misericórdia.

No século XVII a Santa Casa começou a cumprir uma das suas missões mais nobres e simbólicas, receber e criar as crianças expostas, deixadas a cargo da instituição. Ao longo da sua história esta e outras missões tornaram a Misericórdia de Lisboa numa instituição de referência, constituindo um exemplo replicado em todo o país, e também pelo mundo fora.

Para cumprir o seu desígnio, muito contribuiu a exploração dos jogos sociais, com o decreto de 1783 da Rainha D. Maria I, que atribuiu à Santa Casa a instituição de uma Lotaria à qual se juntou, mais tarde, uma série de outros jogos.

Ainda que simbólico, o dia de hoje representa mais de cinco séculos de trabalho por quem mais precisa, em áreas tão distintas como a Ação Social, a Saúde, a Cultura, a Educação, o Património, a Inovação e Investigação, entre outras. A Misericórdia de Lisboa prossegue hoje a sua ação de proteção aos mais desfavorecidos, num contexto de modernidade e de inovação respondendo aos desafios do século XXI.

Destaque para a apresentação do concurso escolar “Todos Somos diferentes”, na Sala da Sorte do Departamento de Jogos da Santa Casa, na passada segunda-feira.

Esta terça-feira, 2 de julho, as comemorações terão início pelas 11 horas, na Igreja de São Roque, com uma celebração eucarística dedicada aos 521 anos da Santa Casa. Já ao início da tarde, pelas 14h30, no Convento de São Pedro de Alcântara, decorrerá a cerimónia de reconhecimento do trabalho e esforço dos que trabalham há 25 anos na instituição ou que se reformaram recentemente. Ao final do dia, pelas 17h00, a Mesa Administrativa da Santa Casa, colaboradores e utentes vão apagar as velas na sede da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no Largo Trindade Coelho.

O dia 3 de julho será outro dia em cheio, com um concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa que atuará, pelas 19 horas, no Palácio do Alegrete.

Os últimos dois dias do programa de festividades dos 521 anos da Santa Casa ficam marcados pela entrega dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria, a 4 de julho, às 18 horas, e pelo lançamento do mais recente volume da “Coleção Património” que terá lugar no Palácio Marquês de Tomar, no dia 5 de julho, também às 18h00, e que terá a honra de fechar as comemorações deste ano.

Santa Casa apresenta concurso escolar “Todos Somos Diferentes”

Destinado a toda a comunidade escolar da rede pública do concelho de Lisboa, o concurso escolar “Todos Somos Diferentes” foi, esta segunda-feira, apresentado a uma plateia composta por responsáveis e representantes de vários agrupamentos escolares lisboetas.

“O concurso que hoje lançamos foi desenvolvido e enquadrado no âmbito da associação dos Jogos Santa Casa às Lotarias Europeias. É mais uma boa causa a que se associam vários países, e mais uma que queremos lançar na cidade de Lisboa”. Foi desta forma que o vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), João Pedro Correia, enquadrou o projeto que vai, simultaneamente, puxar pela criatividade dos mais novos e pugnar por uma escola e uma sociedade mais inclusiva.

O administrador da Santa Casa deixou ainda, na sua elocução, um pedido de colaboração a todos os presentes e manifestou (dirigindo-se aos responsáveis escolares) a esperança de que “este concurso possa fazer parte do vosso plano de atividades e com isso enriquecer e sensibilizar as crianças para esta causa que a todos nós diz respeito”.

Após a intervenção do número dois da Misericórdia de Lisboa, coube a Sérgio Cintra, administrador com o pelouro da Ação Social, fazer uma apresentação mais detalhada do concurso destinado a receber trabalhos de multimédia de turmas do 1º, 2º e 3º ciclos.

“Este concurso responde não só à nossa obrigação de proporcionar condições para que a escola seja, cada vez mais, um espaço de inclusão, como também possibilita algo que é determinante. É que, desde as idades mais pequenas, consigamos educar e sensibilizar todas as nossas crianças para que, no futuro, sejam melhores pais do que nós conseguimos porventura ser” começou por esclarecer o responsável da Ação Social.

Além de educar os petizes sobre a importância de uma escola e sociedade inclusivas (através da elaboração do trabalho apresentado), este concurso terá também o objetivo de fazer uma diferença efetiva dentro das escolas vencedoras. É que os vários prémios pecuniários a ele associados, que vão desde 1.500 a 5.000 euros, serão aplicados nas necessidades das escolas, tendo em vista um parque escolar mais inclusivo.

“Esta é a forma que nós temos não só de vos ajudar, mas também de garantir que todas as crianças, sem exceção, sintam que estão inseridas numa escola inclusiva”, referiu Sérgio Cintra, para quem a “escola continua a ser um elevador social e se não apostarmos nela de forma absolutamente inovadora, não teremos oportunidade de terminar com algumas bolsas de pobreza que conhecemos nos agrupamentos”.

Com o lançamento deste concurso a Misericórdia de Lisboa aposta num projeto que não só responde “a um dos maiores deveres que temos enquanto homens livres e homens justos”, como coloca todos a trabalhar “com um objetivo comum”, lembrou Sérgio Cintra.

Prestar contas e ouvir a cidade

A iniciativa aconteceu na passada sexta-feira, 14 de junho, no stand da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), na Feira do Livro, em Lisboa. O provedor, Edmundo Martinho, o vice-provedor, João Pedro Correia, e o administrador com o pelouro da Ação Social, Sérgio Cintra, apresentaram as iniciativas e os projetos da instituição para a cidade, e responderam a questões do público.

Para Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), os objetivos desta iniciativa são mostrar o trabalho feito, apresentar os novos projetos para a cidade e ouvir das pessoas o modo como olham para Misericórdia de Lisboa.

Prestar contas para melhorar o trabalho e ouvir a cidade

“A Santa Casa é uma instituição essencial da cidade de lisboa, pelos serviços que presta, pelo património que gere, não apenas património edificado, mas o conjunto do património. E portanto, acho que faz sentido em momentos destes, em que a cidade se mobiliza, como é o caso da Feira do Livro, nós aproveitarmos para darmos conta à cidade do que estamos a fazer e colocarmo-nos à disposição das pessoas para responder às questões que entendam colocar”, defendeu Edmundo Martinho.

“É importante darmos a conhecer todo o trabalho que fazemos, porque nem sempre as pessoas se apercebem da presença da Misericórdia”, considerou o provedor.

Edmundo Martinho falou de cinco grandes áreas da Misericórdia de Lisboa: o Património; a Cultura; a Ação Social; a Saúde; e os Jogos Sociais. Em cada destas áreas, refletiu sobre as iniciativas promovidas pela instituição bem como o impacto positivo das mesmas na sociedade.

Na área do Património a ênfase foi colocada na responsabilidade de continuar a recuperar, preservar e devolver o património à cidade. Já na área da Cultura, a mesa lembrou que este ano está previsto a abertura do um novo museu, a Casa da Ásia – Coleção Francisco Capelo, ao Bairro Alto, e ainda, a reinstalação da Revista Brotéria. Na área da Saúde, a aposta será nos cuidados continuados e mais respostas na cidade. O foco na Ação Social será na empregabilidade das pessoas com deficiência. Por outro lado, nos Jogos Sociais, será possível apostar em corridas de cavalos até ao fim do ano.

Fundo Rainha D. Leonor reabilita lar da Misericórdia de Penacova

A obra fez a renovação integral do interior de um edifício do início do século XX, datado de 1984, num penhasco com vista sobre o rio Mondego, com a construção de um piso, obtendo mais dez vagas no lar, passando de 40 para 50 utentes, e aumentado de 10 para 20 vagas a lotação do centro de dia.

A intervenção remodelou ainda espaços comuns às várias valências, designadamente a cozinha, a lavandaria e o gabinete de apoio social.

Radar arranca em dez novas freguesias e apresenta resultados da fase piloto

O “RADAR” é um projeto pioneiro em Lisboa que tem como objetivo sinalizar a população mais velha, com mais de 65 anos, em situação de isolamento, na cidade. A fase piloto arrancou em três freguesias: Ajuda, Areeiro e Olivais, tendo sido sinalizadas 4547 pessoas com mais de 65 anos.

Recorde-se que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, apresentou, em dezembro de 2018, o projeto Radar. O protocolo juntou a Misericórdia de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Polícia de Segurança Pública, as Comissões Sociais de Freguesias e as Juntas de Freguesia e está integrado no programa “Lisboa, cidade de todas as idades“.

Edmundo Martinho considerou que este é “um momento de enorme significado para a Santa Casa. Prestámos contas do projeto Radar e continuamos com a convicção que este é o caminho”. E continuou: “O programa ‘Lisboa, Cidade de Todas as Idades’ é, provavelmente, o programa mais ambicioso e que pode ter o efeito e o carácter mais transformador naquilo que são as condições de vida das pessoas e, em particular, na vida das pessoas mais velhas, e é com essa convicção e espirito que nos dedicamos a este trabalho”.

O provedor da Misericórdia de Lisboa lembrou que “o projeto Radar começou em três freguesias da cidade, vamos alargar a dez novas freguesias. Hoje, conhecemos melhor a realidade destas freguesias, conhecemos melhor as expetativas, o potencial e as fragilidades destas pessoas”.

Por outro lado, Fernando Medina começou por elogiar o trabalho realizado, dando conta da “importância e da transformação” que o projeto Radar está a trazer para as políticas públicas nesta área. O presidente da Câmara de Lisboa frisou que este trabalho vai “permitir transformar verdadeiramente” a vida das pessoas, nos cerca de 30 mil idosos que se estima que estejam em situação de isolamento, e que necessitem de um reforço da resposta.

“Esta iniciativa insere-se no programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, um programa profundamente humanista, centrado nas necessidades das pessoas, e procura para cada uma delas a melhor resposta, seja uma resposta de atividade, autonomia ou, se for o caso, de apoio”, concluiu.

A primeira fase

A fase piloto, que incidiu sobre as freguesias da Ajuda, do Areeiro e dos Olivais, num total de 4547 entrevistados, decorreu durante o primeiro semestre de 2019. A partir dos resultados obtidos destaca-se:

– Atribuição à maioria dos entrevistados (93%) os nível de intervenção planeado, o menos urgente na classificação atribuída.

– Nas três freguesias onde incidiu a fase piloto não se conferiu nenhuma intervenção de nível crítico, que pressupõe uma atuação no espaço de 4 horas.

– 86% dos entrevistados afirmou ter médico de família, 14% não têm ou não sabem.

– As maiores dificuldades manifestadas foram a necessidade de cuidados de saúde (543 casos) e de higiene habitacional (526 casos), representando cerca de 23%.

– Não obstante serem alvo de preocupação, as questões de carência alimentar e de maus tratos são felizmente muito reduzidas.

– A maior predominância na faixa etária entre os 75 e os 84 anos, que corresponde a 45.06% do total da amostra.

– A faixa etária superior aos 95 e mais anos representa apenas 1,33% do universo de entrevistados.

A segunda fase

Iniciará a 1 de julho de 2019, com o levantamento, diagnóstico e o acompanhamento nas seguintes freguesias da Cidade de Lisboa: Alcântara; Alvalade; Arroios; Beato; Estrela; Marvila; Parque das Nações; São Domingos de Benfica; Santa Clara; e São Vicente.

Como funciona o Radar

Sinalização: Efetuada pelas equipas de rua, como por um conjunto de voluntários, devidamente formados pelo Serviço de Voluntariado da SCML e da CML.

Avaliação e Encaminhamento: Após a identificação pelas equipas e inserção dos dados na “Plataforma Digital Projeto RADAR” é feito o encaminhamento para avaliação. Posteriormente é realizado uma visita ao domicílio do participante, no sentido de avaliar o eventual encaminhamento para os parceiros do RADAR.

Acompanhamento: É feito pelas Equipas de Apoio a Idosos (EAI’s), das Unidades de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP’s) e de outras entidades parceiras do RADAR.

Monitorização: O processo de sinalização e de acompanhamento será da responsabilidade da Unidade de Missão da Santa Casa, que assumirá o acompanhamento das EAI’s, das UDIP’s e dos parceiros.

Música em São Roque com 12 concertos em 2019

O cartaz da 31ª Temporada Música em São Roque está fechado. O júri, composto por Margarida Montenegro, diretora da Cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Filipe Carvalheiro, maestro e diretor artístico da Temporada e o elemento convidado, António Wagner Diniz, adjunto da Direção da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, reuniu e selecionou nove candidaturas entre as 58 que concorreram.

Dado o elevado interesse das propostas submetidas, foi decidido acrescentar um concerto ao calendário inicialmente avançado, compreendendo a edição deste ano um total de doze concertos. Assim, a Temporada 2019 apresentará: Camerata Atlântica, Divino Sospiro, Orquestra Orbis, Cupertinos, Vozes Alfonsinas, Capella Joanina, Ensemble MPMP, Concerto Campestre e Sete Lágrimas.

Aos grupos selecionados, juntar-se-ão os convidados: Coro Gulbenkian, Coro Casa da Música e uma Orquestra semi-profissional, do 4º estádio do projeto Orquestra Geração, O.P.O.S (Oportunidades Portuguesas Orquestrais e Sociais).

A igreja de São Roque, a igreja do Convento de São Pedro de Alcântara, o Mosteiro de Santos-o-Novo e o Convento dos Cardaes – espaço convidado – serão os “palcos” dos 12 concertos que integram o programa da Temporada Música em São Roque, que decorrerá entre 11 de outubro a 10 de novembro.

Haverá, como sempre, a possibilidade de fazer visitas guiadas a alguns destes edifícios que integram o rico e vasto património cultural da SCML.

Hospital de Sant’Ana acolhe congresso Luso-Brasileiro

O evento é realizado em colaboração com a Sociedade Brasileira de Terapia da Mão e conta com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Ao longo dos dois dias de congresso foram discutidos temas que visa a reabilitação funcional do membro superior para os diversos casos de lesões e traumatismos, que envolvam partes ósseas, músculos, ligamentos, nervos periféricos e articulações.

A reeducação da mão trata as patologias, desde a raiz do membro superior, como as lesões do plexo braquial, que é o conjunto dos nervos que vai da coluna cervical à mão.

Para António Duarte, presidente da APTM, este encontro “pretende reunir especialistas brasileiros e portugueses para uma partilha de saberes e técnicas essenciais para a evolução da terapia da mão”.

À margem do congresso, decorreram nos últimos dois dias diversos Workshops centrados na importância da terapia da mão.

António Duarte, visivelmente satisfeito com o sucesso do encontro, alertou ainda para o facto de as unidades de saúde não estarem “preparadas para receber estes profissionais”
“Em Portugal somos cerca de 40 reeducadores da mão e desses 40 a maior parte saiu para o exterior, fruto de não encontrar no mercado de trabalho serviços adaptados para receber estes profissionais”, concluiu.

O Congresso conta com a presença de profissionais do Hospital de Sant’Ana, como a ortopedista Sílvia Silvério, com a apresentação “Tratamento Cirúrgico da Rizartrose”, na mesa redonda subordinada à Reeducação da Mão Artrósica, e a terapeuta ocupacional Maria João Ferreira, com a apresentação “Reeducação Pós Cirúrgica do Escafóide”, na mesa redonda sobre Lesões Traumáticas da Mão e do Punho.

O respeito e a dignidade não têm idade

Instituído em 2006, pelas Nações Unidas e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra as Pessoas Mais Velhas pretende parar os abusos verbais, emocionais e corporais, e promover a integração e o bem-estar dos idosos.

Foram filhos, contruíram uma casa, foram pais, em muitos casos, ajudaram, igualmente, a criar os netos. Bateram-se por uma vida melhor para os seus e por uma sociedade mais justa. E agora, chegados à idade maior, há uma parte significativa desta população que é vítima de violência verbal, emocional e corporal. Uma triste realidade que retrata a sociedade em que vivemos.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) tem vindo a desenvolver um importante trabalho para contrariar esta problemática. Para a instituição, a violência contra as pessoas idosas é uma questão social, de segurança e de saúde pública, considera-se que o combate eficaz deste problema contribui para um futuro mais inclusivo, em que todos sejam respeitados em cada ciclo da vida, nomeadamente no contexto de um envelhecimento ativo e participativo.

Nesse sentido, a Misericórdia de Lisboa desenvolveu o programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, que pretende inverter a filosofia da intervenção social de institucionalização para um foco central de maior participação e autonomia, com um maior conforto e segurança dos idosos.

A Santa Casa tem vindo, igualmente, a dar o seu contributo na reflexão sobre o envelhecimento, partilhando a experiência e o património de trabalho que a Santa Casa tem na área do envelhecimento, quer através da investigação, quer pelas respostas que desenvolve neste âmbito, participando em várias conferências, debates e encontros. Um desses eventos foi a IV Conferência Ministerial da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) sobre o Envelhecimento 2017.

O programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” consiste numa estratégia para a cidade e tem como missão dar uma resposta integrada à população 65+, na senda da longevidade, promovendo ações de cidadania participativa com vista a maiores índices de autonomia e independência. O programa, assinado entre a Misericórdia de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa, a 2 de fevereiro de 2018, num investimento que ascende a 100 milhões de euros, pretende diminuir o isolamento social dos idosos que vivem em Lisboa e que constituem um quarto da população da cidade, com o maior e mais ambicioso programa de investimento na rede de cuidados, apoio domiciliário ou a requalificação do espaço público, tornando-o mais amigo dos idosos.

O programa assenta em três eixos: vida ativa, vida autónoma e vida apoiada. Pretende-se nestes eixos a criação de condições de promoção da vida ativa para este grupo populacional ao nível cultural, desportivo, formativo e de intervenção cívica. Na vida autónoma, a melhoria das condições físicas do espaço público e edificado, assim como requalificar, inovar e diversificar a rede de equipamentos e serviços que promovam a autonomia, a independência e retardem a institucionalização. Na vida apoiada, a melhoria e ampliação da rede de equipamentos sociais e saúde, assim como de prestação de cuidados para as situações de dependência.

Medidas em destaque:

Projeto RADAR: Sinalizar a população com mais de 65 anos e construir sistemas de base comunitária de integração social.
Teleassistência: Serviço de Teleassistência para pessoas em situação de dependência e/ou incapacidades.
Espaço InterAge: requalificação de 21 Centros de Dia em espaços intergeracionais e abertos à comunidade.

Alargamento da cobertura do Serviço de Apoio Domiciliário

Serviço de Apoio ao Cuidador Informal: Capacitar os cuidadores para uma melhor prestação de Cuidados e prevenir o risco de sobrecarga/stress.
Serviço de apoio domiciliário: Alargar e qualificar a cobertura do serviço com acesso a serviços de saúde e reabilitação e com a capacitação dos profissionais.
Construção de oito equipamentos com valência de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e Cuidados Continuados.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas