Decorreu no passado fim-de-semana o 10º Congresso Europeu de Terapia da Fala (CPLOL) da organização europeia da Terapia da Fala, onde profissionais de todo o mundo mostraram o estatuto da profissão e o seu distinto âmbito de competências especializadas. No Centro de Congressos de Cascais, a organização recebeu profissionais, parceiros e amigos para uma reunião de alta qualidade sobre a temática.
Os Terapeutas de fala qualificados empenham-se de uma forma profissional, contribuindo para uma melhor comunicação e saúde neste ambiente cada vez mais multicultural e multilíngue em que vivemos. Numa Europa submersa em grandes mudanças, à medida que cresce o número de profissionais bem treinados e qualificados, em Terapia da Fala também aumenta a consciência da sua relevância na sociedade.
Participaram, neste congresso vários conferencistas internacionais, de certa forma ligados a esta temática, tendo a Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA) sido um dos principais patrocinadores deste congresso.
A ESSA esteve presente no congresso com um stand próprio a divulgar toda a sua área de intervenção associada à terapia da Fala, tanto no âmbito das atividades académicas, cientificas, na comunidade que desenvolve, bem como da sua presença em iniciativas internacionais.
Estiveram presentes por parte da ESSA neste congresso e com intervenções específicas, Portuguesas especializadas na área Terapia da Fala ligadas à ESSA, como a Isabel Guimarães, Inês Rodrigues, Ana Cláudia Lopes, Jaqueline Carmona e Margarida Grilo.
A conferência vai decorrer nas instalações da ESSA (Escola Superior de Saúde do Alcoitão) no dia 30 de maio. Destina-se a estudantes de fisioterapia, fisioterapeutas e público em geral.
Nesta conferência vamos ouvir os testemunhos de três fisioterapeutas, formados nos primeiros cursos da Escola de Reabilitação de Alcoitão, que assistiram ao desenvolvimento da Fisioterapia em Portugal desde o seu estabelecimento até aos dias de hoje. Eles foram também docentes e líderes associativos relevantes, e, por isso, protagonistas desse processo.
O desenho curricular compreende várias estratégias de ensino e aprendizagem, destacando-se a Aprendizagem em Contexto Real (estágio) realizado em hospitais, centros de saúde, clínicas, clubes desportivos, centros de reabilitação, etc. Realizado ao longo do curso, o estágio é orientado por Fisioterapeutas com reconhecida experiência profissional, que constituem o corpo de educadores clínicos, em conjunto com o corpo docente interno do Departamento de Fisioterapia da ESSA. Proporciona-se também o ganho de competências ao nível internacional, através do programa de mobilidade europeia ERASMUS+.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) apresentou esta sexta-feira, 11 de maio, o Relatório de Gestão e Contas 2017 e o Relatório e Contas do Departamento de Jogos 2017.
Edmundo Martinho, provedor da SCML, deu conta que “os resultados apresentados permitem acentuar a relação que a Santa Casa deve ter com a cidade e o país”. O provedor fez questão de sublinhar 3 aspetos no ano de 2017: “o apoio à investigação científica, uma área absolutamente crítica, a criação do Fundo Recomeçar, que contou com o empenho dos portugueses e o acentuar do trabalho com a União das Misericórdias apoiando a reabilitação de obras sociais e de património cultural e religioso das misericórdias de todo o país”.
Numa altura em que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) celebra 520 anos, as contas apresentadas relativas a 2017 demonstram uma solidez financeira como nunca teve em nenhum período da sua longa História: um ativo de mais de 807 milhões de euros no ano passado, representando um acréscimo de 8,7% face a 2016; capital próprio na ordem dos 725 milhões, mais 7,4% do que em 2016; e disponibilidades financeiras acima dos 215 milhões de euros.
No que diz respeito aos resultados, a Santa Casa duplicou o seu resultado líquido, passando de 21,1 milhões de euros, em 2016, para 42,4 milhões, em 2017, apesar do forte investimento efetuado no ano passado, representando um valor acima dos 63 milhões de euros.
Do lado da receita corrente, regista-se o aumento das verbas provenientes dos Jogos Sociais, que continuam a ser a maior fonte de financiamento das obras e missão da Santa Casa. É importante sublinhar que a SCML é umas das muitas entidades beneficiárias dos Jogos Sociais, recebendo em 2017 quase 221 milhões de euros, um acréscimo de 10% face a 2016. Os rendimentos provenientes dos Jogos Sociais representaram, deste modo, 84% das receitas correntes da SCML, que no exercício de 2017 ascenderam no total a 261,8 milhões de euros, um aumento de mais de 10,4% em relação ao ano anterior.
Ainda do lado da receita, importa sublinhar que se mantém a consolidação da estratégia de diversificação de outras fontes de financiamento da Misericórdia de Lisboa, que não os Jogos Sociais. A rentabilização do património, através da sua valorização pelo cálculo do justo valor e arrendamento, representou em 2017 quase 30 milhões de euros em receitas.
Do lado da despesa corrente, mantém-se a tendência de controlo dos anos anteriores, não obstante um aumento de 5,7% face a 2016, explicado, em parte, com o acréscimo, em cerca de 12,4%, dos subsídios, bolsas e apoios financeiros, situando-se em 30,8 milhões de euros, em 2017. Registou-se ainda o aumento de 6,6% em gastos com pessoal, justificado com vários fatores, entre os quais: processo ordinário de progressão de colaboradores com efeitos a abril de 2017 e enquadramento do novo acordo de empresa com efeitos a junho de 2017; atualização do ordenado mínimo para 570 euros (a partir de outubro de 2016) para os colaboradores com CIT; reclassificações e aumento do número de colaboradores. No entanto, é importante frisar que ainda no âmbito da despesa corrente se verificou uma estabilização na rubrica de compras e serviços externos. No total, a despesa corrente da Santa Casa no ano passado foi de 211 milhões de euros, com a Ação Social a representar quase 55% desse valor e a Saúde cerca de 25%, as áreas “core” da Misericórdia de Lisboa.
Investimento na Ação Social e Saúde reforçado
Em 2017, o investimento atingiu os 63,3 milhões de euros o que representa uma variação de 32,8 milhões de euros relativamente ao período homólogo (107%). Para além dos investimentos em instrumentos financeiros, são de destacar os investimentos na Saúde, com a construção da nova unidade no Hospital de Sant’Ana, e na Ação Social, com o projeto CARE, no âmbito do paradigma que a Santa Casa está a implementar ao nível da intervenção no acolhimento residencial junto da jovens e crianças, e com o programa InterAge, tendo em vista a requalificação de vários Centros de Dia em Lisboa.
Também no Património, foi reforçado o investimento na valorização do edificado da Santa Casa, através da sua reabilitação e conservação, assim como o desenvolvimento de novos projetos imobiliários. Destacam-se ainda as iniciativas no âmbito da investigação científica, com a atribuição de bolsas e prémios. No âmbito da Cultura, efetuou-se a aquisição da Coleção de Arte Asiática de Francisco Capelo, uma componente importante da oferta cultural que a Misericórdia está a desenvolver na zona do Bairro Alto, em Lisboa.
Nunca na sua História, os Jogos Santa Casa distribuíram tanto pela sociedade
Os Jogos Santa Casa obtiveram em 2017 os melhores resultados de sempre. As vendas brutas dos Jogos Sociais ultrapassaram, pela primeira vez na sua História, os 3 mil milhões de euros. No ano passado, o Departamento de Jogos da SCML registou um recorde nas vendas brutas, com um acréscimo de 9,1% face a 2016, atingindo o valor de 3.028 milhões de euros. O resultado líquido dos jogos situou-se nos 729 milhões de euros (face aos 675,5 milhões de 2016) e, consequentemente, os resultados distribuídos pelos beneficiários sociais – 72,24% para entidades do Estado e 27,76% para a SCML – foram os mais elevados de sempre, atingindo os 718 milhões de euros.
Edmundo Martinho sublinhou a gestão do Departamento de Jogos Santa Casa e “a forma responsável como entende o seu papel”. Prova desse trabalho são, na opinião do provedor, as recentes certificações em Jogo Responsável, atribuídas pelas associações internacionais do setor ao Departamento de Jogos: “mostra que estamos a fazer o nosso papel, com respeito pela integridade dos jogos e, sobretudo, respeito pelas famílias, assegurando a rentabilização da operação, sem perder de vista que o mais importante é manter o equilíbrio do orçamento das famílias”, concluiu.
Ainda no âmbito do financiamento direto às Boas Causas, acresce o montante entregue ao Estado sob a forma de imposto do selo gerado pelos diferentes jogos neste último ano, que atingiu 186 milhões de euros, tendo registado um crescimento de 1,6% face a 2016. O montante total de retorno à sociedade gerado pelos Jogos Sociais no último ano foi de 2.947 milhões de euros, representando 97,3% das receitas obtidas com a venda de Jogo. Este valor representa um acréscimo de 257 milhões de euros em relação a 2016.
Na análise às vendas brutas por jogo, conclui-se que a Lotaria Instantânea, o Placard e o M1lhão contribuíram com 2.091 milhões de euros para o total das vendas brutas.
Consulte aqui o Relatório de Gestão e Contas da Santa Casa do ano de 2017, e aqui o Relatório e Contas do Departamento de Jogos Santa Casa, do ano de 2017.
O novo espaço foi inaugurado, esta quinta-feira, 10 de maio, na Travessa da Boa-Hora, no Bairro Alto. O antigo mercado vai funcionar como pólo de formação de técnicas das artes e ofícios, como o restauro, a joalharia, a serralharia, a tecelagem ou a pintura decorativa.
Workshops, exposições, formações e eventos temáticos serão algumas das atividades abertas ao público do Mercado. A partir desta quinta-feira, no Mercado de Ofícios, vai poder encontrar a arte do saber-fazer da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS) e da Latoaria Maciel.
A cerimónia contou com as presenças de Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, de Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), de Pedro Santana Lopes, presidente da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, de Carla Madeira, presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, e de Margarida Gamito, responsável pela Latoaria Maciel.
“Este é um projeto que tem tudo”. Foram as palavras de Edmundo Martinho. E continuou: O Mercado de Ofícios tem a capacidade de juntar a inovação ao respeito pela tradição e património, dinamiza as comunidades e é um exemplo de cooperação entre instituições.
Fernando Medina considerou que “hoje é um dia especial, desde logo, porque devolvemos um espaço abandonado à cidade de Lisboa”. O presidente do Município de Lisboa destacou que o Mercado de Ofícios é uma aposta na perseveração da história e da identidade da cidade e no facto de ser um projeto virado para futuro.
Por seu turno, Pedro Santana Lopes mostrou-se satisfeito pelo desafio lançado à FRESS, defendendo que é imperativo “conciliar a força e a beleza da tradição com a vertigem deste progresso acelerado em que vivemos. E é para isso que a Fundação cá está”.
O sentimento é unânime para Carla Madeira e Margarida Gamito: hoje é um dia feliz e um dia importante.
O Mercado de Ofícios resulta de um protocolo de parceria entre o Município de Lisboa, a Junta de Freguesia da Misericórdia e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa . Estas entidades partilham da mesma visão, relativamente à proteção do património imaterial do saber-fazer das Artes e Ofícios tradicionais como área de importância decisiva para o desenvolvimento da economia criativa da cidade.
Um espaço de criatividade, inovação e inclusão social
A iniciativa procura gerar novas dinâmicas em mercados que estavam estagnados ou desativados, criando âncoras que tornem esses espaços atrativos e que estimulem a empregabilidade local.
A SCML está a desenvolver um projeto de empreendedorismo social na comunidade envolvente, designado “Casa de Impacto”, localizando-se, este, no Convento de São Pedro de Alcântara (muito próximo do Mercado dos Ofícios do Bairro Alto), e que pretende agregar no mesmo espaço todas as entidades ligadas ao empreendedorismo e inovação social, de forma a promover o impacto dos projetos.
A Academia Equestre João Cardiga possui um ambicioso projeto desportivo de âmbito internacional, denominado “Cavalgar até Tóquio 2020”. O objetivo principal deste projeto passa por preparar, e qualificar, a sua equipa de sete cavaleiros de Paradresage, a maioria com paralisia cerebral, para os Jogos Paralímpicos de 2020, que se realizam em Tóquio.
Ao longo desta parceria, verificaram-se diversas situações em que a prestação dos atletas foi abalada por situações contextuais.
De forma a ser dada uma resposta a estas necessidades específicas dos atletas, os Jogos Santa Casa promoveram um protocolo pioneiro entre o Hospital de Sant’Ana e a Academia Equestre João Cardiga. Através deste protocolo, o Hospital passou a fornecer acompanhamento especializado de psicologia desportiva aos atletas de Paradressage da Academia Equestre João Cardiga.
“Um apoio fundamental”
A primeira atleta a usufruir deste apoio foi Sara Duarte, que foi acompanhada, nos últimos seis meses, por Valdemar Barbosa, psicólogo do Hospital de Sant’Ana.
Sara Duarte tem 34 anos e é portadora de Paralisia Cerebral. Teve, por indicação médica, o seu primeiro contacto com o hipismo aos 7 anos, ao experimentar a hipoterapia (terapia que tem por base a convivência entre a pessoa e o cavalo). Desde então que nasceu e cresceu a sua paixão pelos cavalos e pela equitação, bem como a aptidão para o desporto.
Aos 15 anos começou a praticar Paradressage e aos 24 anos teve a sua primeira experiência olímpica com os jogos de Pequim em 2008. É atleta paralímpica de paradressage/ equitação adaptada, do grau 2. Está na caminhada paralímpica para as suas terceiras olimpíadas e assim vai representar uma vez mais Portugal, nos próximos Jogos Tokio 2020.
É uma cavaleira de sucesso e foi sempre muito disciplinada ao conseguir manter os estudos e a prática desportiva. Mestre em Ciências Farmacêuticas, consegue conciliar a sua profissão de técnica farmacêutica com a prática da modalidade.
Sara acredita que é “fundamental ser acompanhada por um especialista na área da psicologia desportiva. Andava à procura há uns tempos e o apoio dos Jogos Santa Casa tornaram possível o preenchimento desta lacuna que sentia, espero vir a ter uma prestação mais focada, atingir os meus objetivos e praticar uma competição mais saudável”.
Fundamental é também o adjetivo encontrado por Valdemar Barbosa para falar sobre a importância de um acompanhamento constante a estes atletas: “Não se pode propriamente chegar a um ponto em que se diz, este atleta está trabalhado e não necessita de mais acompanhamento. Tal como o trabalho, do treinador e do preparador físico, o do psicólogo deve seguir uma linha contínua no tempo. Há sempre situações novas no dia-a-dia dos atletas que devem ser constantemente trabalhadas (restabelecimento de objetivos, controlo das atividade diárias, gestão de lesões, gestão de expectativas, etc.)”.
Desde que começou a ser acompanhada pelo psicólogo do Hospital de Sant’Ana, a atleta sente que dá mais atenção a detalhes de preparação física, “faço um trabalho de interiorização das minhas capacidades físicas, emocionais, e tenho aprendido a tomar consciência e a arranjar alternativas”, refere.
A vertente motivacional do projeto é enaltecida por Valdemar Barbosa. O psicólogo defende que este protocolo “é da máxima importância, principalmente, porque esta relação de cumplicidade origina uma situação muito relevante para o desempenho de atleta, a confiança. A atleta que confia 100% no seu cavalo, isto é, que sabe que ele é capaz de realizar as tarefas que se lhe pedem, é uma atleta mais preparada para a realização de qualquer prova, uma vez que estará mais focada nos aspetos controláveis da competição”.
Uma das características do Paradressage é a relação emocional entre o atleta e o cavalo. Sara Duarte lembra que “no contexto desportivo de alta competição, o reforço da intervenção da psicologia desportiva é fundamental para a melhoria da performance e para um aumento da intensidade da relação entre cavalo e atleta”.
A atleta confidencia que sentiu “muita dificuldade em superar a perda do meu cavalo “Napolitano”, mais tarde, percebi que que quando o perdi, “eu sabia ganhar, mas não sabia perder” e enquanto atleta de alta competição tive que aprender a saber perder para voltar a ganhar e querer criar uma relação forte e de cumplicidade com o meu novo cavalo “Daxx Du Hans”. Hoje, acho que estou no bom caminho!”, diz confiante.
O desafio que se avizinha no horizonte são os Jogos Tokio 2020. Valdemar Barbosa acredita que com o trabalho desenvolvido “a atleta chegará a Tokio a conhecer-se melhor, enquanto competidora, e saberá lidar melhor com os fatores de stress inerentes à competição. Terá rotinas psicológicas que a ajudaram a preparar melhor as provas, saberá controlar melhor a sua ansiedade e apreciar mais a situação competitiva”.
Sara aponta ao pódio naquela que será a sua terceira participação olímpica: “Enquanto atletas, temos o sonho de alcançar as medalhas, no entanto, obter o 5º lugar em Pequim, foi quase como chegar à medalha! Atualmente sinto-me mais forte, confiante e sei que tenho um bom cavalo, com bom nível e apesar de sabermos o nível da concorrência internacional, e de eu ocupar o 11º lugar no Ranking Mundial, do grau2, do FEI (Federação Equestre Internacional), a nossa equipa trabalha arduamente e diariamente para ambicionar a medalha”, conclui.
Construído como um modelo de inclusão na e para a comunidade onde está inserido, o Centro de Promoção Social da PRODAC, na freguesia de Marvila, recebeu esta terça-feira, 8 de maio, a visita de um grupo de voluntários da Misericórdia de Lisboa. O encontro deu a conhecer o trabalho realizado pela equipa multidisciplinar do centro.
A visita iniciou-se com uma palestra realizada por Cristina Simões, diretora do centro, onde explicou a história de toda a comunidade envolvente e como o centro ao longo dos anos se soube reinventar e adotar respostas capazes de satisfazer as necessidades da população.
“Este centro tem realizado um trabalho essencial para a comunidade. O nosso maior objetivo sempre foi e sempre será transformar o território em comunidade, assente em pilares de confiança e presença constante”, reconheceu a diretora, afirmando que “as pessoas da PRODAC é que são os agentes dinamizadores da comunidade e não o centro”.
Depois da palestra foi a vez de Paollo, voluntário italiano da Santa Casa, inserido num projeto de intercâmbio de voluntários entre a Misericórdia de Lisboa e a de Florença, desafiar todos os presentes a colocarem literalmente a mão na massa e confecionarem uma verdadeira pizza napolitana inspirada nos cinco objetivos estratégicos da PRODAC: organização e capacitação comunitária; fortalecimento de parcerias locais; coesão, sustentabilidade e solidariedade comunitária; competências, qualificações e aprendizagem ao longo da vida e educação e animação socioeducativa.
No final a equipa do centro convidou todos os voluntários a percorrerem os corredores e salas do equipamento e vivenciarem na primeira pessoa o trabalho desenvolvido pela PRODAC.
Para isso, basta preencher e enviar a inscrição disponibilizada aqui, ou dirigir-se ao Gabinete de Promoção ao Voluntariado, situado no Largo Trindade Coelho, em Lisboa. As Boas Causas esperam por si.
“O Fundo Rainha D. Leonor é um bom exemplo de como é possível apoiar o esforço das instituições na coesão social e do território no caminho de ambição de cidadania de concretizar uma sociedade de direitos sociais”. Foi com estas palavras que o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, inaugurou o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia da Lousã no passado dia 5 de maio. A ampliação do equipamento teve um apoio de mais de 200 mil euros do Fundo Rainha Dona Leonor, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Vieira da Silva sublinhou que “a sociedade está a envelhecer por boas e más razões, sendo a esperança média de vida a boa razão e a má razão o facto de nascerem menos crianças”, concluindo que “é uma sociedade com mais dificuldades para construir a felicidade».
O apoio do Fundo permitiu à Misericórdia da Lousã aumentar as vagas naquele que é o único Lar do Concelho, passando a disponibilizar mais 16 vagas no Lar, 5 no Centro de Dia e mais 50% no apoio ao domicílio ao fim-de-semana.
A obra vem colmatar vários problemas identificados no Concelho, começando pela inversão da pirâmide demográfica, a que se soma o problema do isolamento dos idosos em virtude da emigração crescente. Existe uma clivagem pronunciada entre a oferta e a procura de trabalho que concorre para o aumento do desemprego, para o êxodo dos mais jovens e para o consequente empobrecimento e despovoamento da região.
O projeto apresentado na candidatura ao Fundo Rainha Dona Leonor reflete uma necessidade que a Misericórdia identificou há cerca de dez anos mas, por razões económico-financeiras, não conseguiu executar.
Com a ampliação do Lar são criadas novas vagas e a possibilidade de mais utentes no Centro de Dia com o alargamento da sala de convívio e do refeitório. Para atender à ampliação das responsabilidades, são criados dez novos postos de trabalho a tempo inteiro, sendo que o desemprego representa um problema pesado na vila.
Uma equipa da Universidade do Minho conseguiu reverter os efeitos provocados por lesões na espinal medula. Os resultados foram destacados na capa da edição de maio da conceituada revista Stem Cells e baseiam-se num estudo realizado em modelos animais (ratos) com lesões moderadas na espinal medula.
Em comunicado, a Universidade do Minho anuncia que Eduardo Gomes, Sofia Mendes, Nuno Silva e António Salgado, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) e da Escola de Medicina, conseguiram desenvolver uma nova abordagem terapêutica eficaz na recuperação de lesões vertebro-medulares. Isto foi possível graças à transplantação conjunta de dois tipos de células (células estaminais do tecido adiposo e células gliais do bolbo olfativo), que conseguiram induzir a reparação da lesão e mostrar melhorias significativas no comportamento motor dos animais, para além de ajudarem na redução da inflamação.
“Para este tipo específico de lesões (hemi-secção torácica), a transplantação celular sem qualquer tipo de tratamento complementar foi suficiente para obter resultados positivos, o que acaba por ser a grande novidade deste trabalho e revela o potencial desta estratégia”, sublinha António Salgado, coordenador do estudo.
António Salgado e a sua equipa tinham já conseguido reverter lesões severas em modelos animais, através da combinação de duas terapêuticas: a transplantação de células estaminais e o uso de biomateriais, ou seja, materiais que vão ser aplicados com uma função biológica. Os investigadores trabalham com um biomaterial semelhante a um gel que armazena células na sua estrutura e que são injetadas na espinal medula.
“Quisemos ver o que acontecia sem usar biomateriais num modelo menos severo”, explica o investigador. “Em modelos que não sejam tão graves do ponto de vista de impacto nas lesões da espinal medula, a transplantação de células sem utilização de biomateriais é, por si só, suficiente”. Este trabalho vem comprovar que lesões diferentes requerem abordagens diferentes, e que o sucesso das terapêuticas está muito dependente do grau de lesão existente.
A espinal medula é um órgão fundamental para a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo, funcionando como uma espécie de autoestrada de informação nervosa. Desta forma, lesões que afetem a espinal medula comprometem seriamente a capacidade motora e sensorial dos pacientes. As consequências secundárias da lesão, associadas à baixa capacidade de regeneração do tecido nervoso, fazem com que ainda hoje não haja tratamento para este tipo de lesões.
O próximo passo, já este ano, está centrado na validação deste tipo de estratégias em animais de maior porte num contexto clínico-veterinário. Com isto, a equipa da Universidade do Minho espera obter dados que possibilitem, no futuro, a passagem para um estudo experimental em humanos.
Este trabalho resulta de uma parceria com as universidades de Coimbra, Tulane e Thomas Jefferson (estas duas últimas nos Estados Unidos), tendo sido financiado pelo Prémio Melo e Castro – Prémio Santa Casa Neurociências, atribuído pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Texto e Fotografia: Universidade do Minho
Estão a decorrer até 10 de setembro as candidaturas à edição deste ano dos Prémios Santa Casa Neurociências. Saiba mais em http://candidaturasneurociencias.scml.pt
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) foi distinguida esta quinta-feira, 4 de maio, pelos Prémios Human Resources Portugal, numa cerimónia que decorreu no Museu da Eletricidade, em Lisboa.
Pelo segundo ano consecutivo, a instituição foi eleita na categoria de Responsabilidade Social – atribuída à empresa socialmente mais responsável.
Os galardões “As Empresas Mais” são uma iniciativa da revista Human Resources Portugal, que distingue anualmente as empresas, CEO e Direções de Recursos Humanos que mais se destacam na área de Gestão de Pessoas.
Apresentada por Salvador Martinha, a 6ª edição deste evento contou, uma vez mais, com a presença de Ricardo Alves Gomes, administrador dos Recursos Humanos da Misericórdia de Lisboa, que subiu ao palco para receber o galardão atribuído à instituição. Nas suas palavras de agradecimento, destacou que “a responsabilidade social é inerente à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”.
Ricardo Alves Gomes reforçou ainda que o prémio foi conseguido” de maneira natural e tudo o que assim é, dá trabalho”, dedicando o mesmo “a toda a Santa Casa, mas principalmente à Direção de Recursos Humanos”.
Estes prémios foram votados online por mais de 21 mil pessoas e, pela primeira vez, estiveram a concurso 23 categorias – 21 empresas e 2 personalidades da área.
A obra da Santa Casa da Misericórdia de Peniche teve um apoio de mais de cem mil euros da Misericórdia de Lisboa, através do Fundo Rainha Dona Leonor. Este apoio permitiu a finalização do Lar, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário com espaços exteriores.
Este equipamento já abriu portas e está em pleno funcionamento. A Estrutura Residencial para Idosos tem capacidade para 45 utentes em Lar Residencial, o Centro de Dia tem capacidade para 30 utentes e o Serviço de Apoio Domiciliário tem capacidade de resposta para 96 utentes.
Nesta obra destaca-se a qualidade da construção e da conceção dos espaços interiores e exteriores. O jardim acolhe diariamente as crianças do jardim de infância vizinho e as famílias das pessoas que ali vivem, e dispõe ainda de um circuito de manutenção exterior que favorece o envelhecimento ativo.