logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Conhecidos os vencedores do concurso “Todos Somos Diferentes”

Nove estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho de Lisboa foram distinguidos na sessão de entrega de prémios da terceira edição do concurso escolar “Todos Somos Diferentes”, que se realizou esta terça-feira, 27 de junho, na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Ao todo participaram nesta edição da iniciativa 211 alunos, 34 professores de nove escolas básicas de cinco agrupamentos escolares diferentes da cidade.

Entre os vencedores do 1º escalão (Jardim de Infância), o Jardim de Infância da Escola Básica das Galinheiras venceu o 1º prémio, para apoiar a construção de uma sala multissensorial, e na segunda posição destacou-se o Jardim de Infância d EB Mestre Querubim Lapa, com o projeto “Cozinha na Natureza”.

No 2.º escalão (1º ciclo do ensino básico), a Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo conquistou o 1º prémio, para aplicar no melhoramento da sala Snoezelen, construída com o prémio conquistado na segunda edição do concurso, a Escola Básica Parque Silva Porto o 2º prémio, para a aquisição de material pedagógico e a fechar o pódio ficou a Escola Básica Mestre Querubim Lapa.

Já no 3.º escalão (2º ciclo do ensino básico), a Escola Básica Quinta de Marrocos alcançou o 1º prémio, com um projeto de leitura e à Escola Básica Marquesa de Alorna coube o 2º prémio, com a iniciativa “Fio a Fio”.

No 4.º escalão (3º ciclo do ensino básico), a Escola Básica Quinta de Marrocos ficou com o 1º prémio, a aplicar num novo projeto de leitura, a Escola de Dança do Conservatório Nacional foi premiada com a segunda posição e no 3º lugar ficou a Escola Básica Marquesa de Alorna, com um projeto de apoio à aprendizagem e inclusão.

Por último, no 5.º escalão (ensino secundário ou equivalente), a Escola Básica e Secundária Gil Vicente alcançou o 1º prémio, para a aquisição de diversos materiais pedagógicos.

Numa cerimónia com vários alunos das escolas vencedoras, Sérgio Cintra, administrador de Ação Social da Santa Casa salientou que “é nos sonhos e nas esperanças das gerações mais novas que encontramos as melhores pessoas de amanhã”, defendendo ainda que “a instituição estará sempre de portas abertas para apoiar projetos e iniciativas que valorizem as pessoas”.

Presentes na cerimónia estiveram, ainda, os representantes dos agrupamentos escolares vencedores e os membros do júri.

Sobre o concurso “Todos Somos Diferentes”

O concurso “Todos Somos Diferentes” foi desenvolvido e enquadrado no âmbito da associação dos Jogos Santa Casa às Lotarias Europeias. Destinado a toda a comunidade escolar da rede pública do concelho de Lisboa, esta iniciativa distingue trabalhos escolares capazes de sensibilizar e mobilizar toda a comunidade educativa para a importância de uma escola integradora e inclusiva das pessoas com deficiência, baseada nos princípios da solidariedade e da diversidade com vista à construção de uma sociedade futura mais coesa e mais justa.

Focado na apresentação de trabalhos coletivos no âmbito da temática “Todos Somos Diferentes”, foram admitidos a concurso trabalhos em suporte multimédia, inovadores, criativos e com impacto social, que traduzissem a temática do concurso e respeitassem os princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

De acordo com o regulamento, a iniciativa destina-se a crianças e jovens do Jardim de Infância, 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário (ou equivalente) distribuídos por cinco escalões, de acordo com os níveis de desenvolvimento escolar: a) 1º Escalão – Jardim de Infância; b) 2º Escalão – 1º ciclo do ensino básico; c) 3º Escalão – 2º ciclo do ensino básico; d) 4º Escalão – 3º ciclo do ensino básico; e) 5º Escalão – ensino secundário (ou equivalente).

Os melhores trabalhos, recebem prémios pecuniários. Estes prémios, que vão de 1.000 euros a 4.000 euros, devem ter como objeto a apresentação de projetos a desenvolver na escola, tendo em vista um parque escolar mais inclusivo.

Igreja da Conceição Velha

Troca de identidades, reconstruções, mudanças de local. A história da Igreja da Conceição Velha está repleta de artifícios, como se fossem pequenas e sinuosas ruas que funcionam como um velho labirinto que, até hoje, ainda engana os mais distraídos.

Partamos de uma premissa forte e sem equívocos: a Igreja da Conceição Velha foi a primeira sede construída de raiz para acolher a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Mas aqui surgem as primeiras interrogações: não estaremos a confundi-la com a Igreja da Misericórdia? Se foi construída em 1534, como é que várias décadas antes Vasco da Gama e Álvares Cabral pediram a melhor das sortes aos pés de Nossa Senhora do Restelo, imagem ali albergada, antes de partirem para o mundo desconhecido? E qual a razão da qualificação “Velha” para esta Igreja nomeada “da Conceição”?

Igreja da Conceição Velha

Comecemos, naturalmente, pelo princípio. Apesar de estar situada na Rua da Alfândega, a história da Igreja da Conceição Velha começou noutro local: em Belém.

As já referidas súplicas dos navegadores portugueses a Nossa Senhora do Restelo foram, efetivamente, uma realidade, mas aconteceram quando esta imagem quinhentista figurava na Ermida da Ordem dos Freires de Cristo. As orações foram ouvidas, pois os Descobrimentos tiveram sucesso e alteraram a face do mundo. E, para assinalar o êxito, em 1502 D. Manuel I ordenou a construção de uma obra monumental no lugar da Ermida: o Mosteiro dos Jerónimos.

Esta decisão obrigou à deslocação dos freires para outro local, que estes encontraram numa extinta sinagoga localizada onde hoje se cruzam das ruas dos Douradores e da Conceição. Assim nascia a Igreja da Conceição. Todavia, em 1682 outro templo foi mandado erigir na Rua dos Ferros e o nome que lhe foi dado foi… exatamente o mesmo. Portanto, para diferenciação, a igreja original, casa dos freires, passou a ostentar o nome de Igreja da Conceição Velha.

A utilidade do adjetivo não durou, porém, uma centena de anos. Afrontadas pelas idades distintas, as duas Igrejas da Conceição, que nasceram distantes no tempo, tiveram ironicamente o seu fim no mesmo instante, a 1 de novembro de 1755, data do infame terramoto que desfigurou Lisboa. Dos dois templos pouco ou nada sobrou que motivasse uma dispendiosa reconstrução. Conceições, Velha e Nova, foram apagadas do mapa.

Igreja da Conceição Velha

200 anos antes

Voltemos atrás no tempo: estamos de regresso ao início do Século XVI e a Misericórdia de Lisboa crescia de dia para dia. Com uma missão cada vez mais abrangente, a instituição criada por D. Leonor rapidamente precisou de novas instalações e D. Manuel I encarregou-se do assunto. Foi então erigida na atual Rua da Alfândega a Igreja da Misericórdia, um imponente templo, primo direito dos Jerónimos, como provava a riqueza manuelina que mostrou na sua abertura em 1534. Estava construída a primeira sede feita de raiz para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

De grandes proporções, este templo era três vezes maior do que aquele que podemos visitar nos dias de hoje e prova disso é que a porta que hoje é a principal era ‘apenas’ uma entrada lateral da igreja original.

Mas a força da natureza foi implacável. Como a Conceição Velha e sua irmã mais nova, também a Igreja da Misericórdia tombou em 1755. Após mais de dois séculos ali instalada, a Santa Casa foi obrigada a procurar novo poiso, que viria a encontrar em São Roque, para onde levou o nome da Igreja da Misericórdia.

Na Ribeira restavam apenas a tal porta lateral e uma capela, mas foi o suficiente para que o templo entrasse no plano de reconstrução da cidade, embora sem as dimensões de outros tempos. Assim, em 1770 deu-se a reconstrução, agora com orientação norte-sul, e a porta lateral passou a ser a principal. A capela também ganhou esse estatuto, num projeto do arquiteto pombalino Francisco António Ferreira, com a colaboração de Honorato José Correia.

Qual sina maldita, novamente desprovidos de casa, os freires da Ordem de Cristo transferiram-se desta feita para a igreja reconstruída e com eles levaram o nome com que batizaram o novo edifício: Igreja da Conceição Velha.

Igreja da Conceição Velha

De cara lavada no Séc. XXI

Tornada monumento nacional em 1910, a igreja foi recentemente requalificada pela Santa Casa, num investimento de mais de um milhão de euros. A portal manuelina continua a ser o seu grande cartão de visita, onde podem ser admiradas as figuras de Nossa Senhora da Misericórdia, do rei D. Manuel I, da Rainha D. Leonor e do Papa Leão X.

No interior, para além de várias imagens entre as quais a de Nossa Senhora do Restelo, destaque para o teto em estuque pintado, com um baixo-relevo da autoria de Félix da Rocha, com o Triunfo de Nossa Senhora da Conceição. Nos altares laterais podem ser observadas, por exemplo, pinturas de Nossa Senhora da Piedade e São Miguel Arcanjo, ambas de Bruno José do Vale, a Última Ceia, de Joaquim Manuel da Rocha ou a Nossa Senhora da Pureza, de Joana do Salitre.

Igreja da Conceição Velha

Terapia familiar foi o centro das atenções no encontro “Fora de Portas”

O Ispa – Instituto Universitário acolheu, nos passados dias 22 e 23 de junho, o encontro “Fora de Portas – Terapia Familiar & Intervenção Sistémica com a Comunidade”. Depois de um primeiro dia pautado essencialmente por workshops, o segundo dia ficou marcado por várias sessões de partilha e de debate em torno da temática que deu o nome ao evento, onde vários especialistas convidados puderam expor as experiências, ideias e conhecimentos diante de uma plateia repleta de profissionais e estudantes da área.

Ana Jorge, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, discursou na sessão de abertura do encontro, sublinhando sempre que “o mais importante são as pessoas”, a quem agradeceu desde logo. “Quero agradecer às pessoas da Santa Casa que desenvolvem isto, porque eu acabo de chegar”, proferiu.

A provedora realçou, ainda, o importante papel da academia na evolução da assistência às famílias, bem como a necessidade de haver cada vez mais ligação entre todos os agentes. “Não é possível nós intervirmos, principalmente nestas áreas, sem termos preparação prévia. Por outro lado, não podia ser mais significativo este título “Fora de Portas”. É preciso abrir as portas, ir para a comunidade e trabalhar com ela. E só podemos chegar a todos se trabalharmos em rede com todas as instituições”, salientou.

sessão de partilha e debate

Ainda durante a manhã, destaque para duas intervenções de elementos da Santa Casa: Bruno Pimentel, diretor técnico da Casa de Acolhimento da Fonte, com o tema “Grupos multifamiliares: Intervenção com famílias de jovens em acolhimento residencial”, e Susana Pimenta, do Núcleo de Acolhimento Familiar.

Susana Pimenta explicou que o processo do acolhimento familiar é “um grande desafio”, mas acaba por compensar. “É difícil, mas as famílias de acolhimento dizem-nos, muitas vezes, que recebem muito mais do que dão àquela criança”, referiu.

Já da parte da tarde, a psicóloga Lúcia Paço revelou o ponto de vista das famílias numa situação de terapia, com a presença de uma família que falou da sua experiência.

“Tivemos de garantir que estávamos a respeitar o seu lugar, no qual são os autores da sua história. É a casa deles. Nas competências dos profissionais, é preciso estarmos muito atentos para respeitarmos esse lugar, que é da família”, explicou Lúcia Paço.

É oficial. Alfama volta a celebrar o fado com o apoio da Santa Casa

Já lá vai mais de uma década em que o bairro histórico lisboeta de Alfama se embeleza a rigor para receber o “maior festival de fado do mundo”. Para a 11.ª edição do Santa Casa Alfama, que se realizará no último fim de semana de setembro (29 e 30), o cartaz já está fechado e os apaixonados por esta “estranha forma de vida”, vão ter a oportunidade de ver e ouvir mais de 40 concertos, interpretados pelas melhores vozes do fado, em espaços emblemáticos do bairro.

As confirmações que encerraram o cartaz foram os nomes de Sara Correia, Teresa Salgueiro e Miguel Moura, sendo que os três artistas vão subir ao Palco Santa Casa, no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, a 30 de setembro.

Para esta edição, os visitantes podem contar também com atuações no palco principal de Camané, Beatriz Felício & Geadas e uma sessão de homenagem à fadista Hermínia Silva (1907-1993), que deu voz a temas como “Fado da Sina”, “A Tendinha” ou “A Rua Mais Lisboeta”, por Anabela, FF, Filipa Cardoso e Lenita Gentil.

Teresinha Landeiro, Raquel Tavares, Mário Lundum, Soraia Cardoso, José Leal, Mel, José da Câmara, Gustavo Pinto Basto e Teresa Brum são outros dos nomes confirmados. A programação está espalhada entre o Palco Ermelinda Freitas, no rooftop Terminal de Cruzeiros de Lisboa, o Palco Amália, no Auditório Abreu Advogados, o Palco Bogani, no Grupo Sportivo Adicense, o Palco Santa Maria Maior, no Largo Chafariz de Dentro, o Palco Santa Casa Futuro, na Sociedade Boa União, e ainda o novo palco instalado no Memmo Hotel Alfama.

Entre as novidades deste ano está uma parceria com Associação de Comerciantes do Bairro de Alfama, que fará com que o festival passe a integrar oito casas de Fado de Alfama, nos dois dias, e a contar com programação musical, durante as tardes, no palco Santa Maria Maior. De regressa para esta edição está igualmente o “Fado à Janela”, no Largo de São Miguel, que promete encher de fado as ruas e ruelas do bairro.

Pelo quinto ano consecutivo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa dá o seu nome ao festival, com o objetivo de apoiar a cultura portuguesa, dar a conhecer os novos valores emergentes do fado nacional e assegurar o acesso ao festival a todas as pessoas, fazendo deste certame uma festa da cultura musical nacional e da inclusão.

“Ao sermos naming sponsor deste festival, a Santa Casa quer sensibilizar toda a gente para a importância da inclusão social, a importância de trazer um festival, num bairro emblemático como é Alfama, a possibilidade de todos poderem estar presentes, independentemente da sua condição física ou idade”, explicou Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas da Santa Casa, durante a apresentação pública do festival, que decorreu esta quinta-feira, 22 de junho, no roftop do Memmo Hotel Alfama.

Tal como no ano passado, o Santa Casa Alfama disponibilizará um bilhete gratuito para acompanhantes de pessoas portadoras de deficiência com grau de incapacidade igual ou superior a 60%, mediante a compra do bilhete pelas pessoas com deficiência.

Os bilhetes já estão disponíveis. Até 31 de agosto, têm um custo promocional entre 23€ e 32€, subindo para entre 30€ e 40€ no mês de setembro. Nos dias de festival, o bilhete diário fica a 35€ e o passe de dois dias a 45€.

Jogos Santa Casa e FADU premeiam vencedores das Bolsas de Educação

A cerimónia de entrega decorreu ontem (22 de junho) na sala de extrações da Santa Casa e contou com a presença da provedora da instituição, Ana Jorge, do secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, do presidente da FADU, Ricardo Nora, e do presidente do Instituto para o Desporto e Juventude, Vitor Pataco.

Ana Jorge, na ocasião, fez questão de destacar o trabalho árduo desenvolvido por estes alunos pelo facto de conciliarem com sucesso os seus percursos escolar e desportivo. Por isso, a atribuição destas bolsas “através dos jogos sociais é uma das missões da Santa Casa, sendo-o também para outras áreas que concorram para a valorização das pessoas. E nós marcaremos sempre presença nesta missão”.

ana jorge

Os 15 alunos contemplados com as Bolsas de Educação, no valor de 800 € cada, trouxeram 47 medalhas para Portugal – nove de ouro, 11 de prata e 27 de bronze – pela sua participação em várias modalidades nos campeonatos mundiais universitários e em campeonatos/ jogos europeus universitários.

Foram eles:

Ana Pinto
Medalha de Ouro – Seleção Nacional Universitária de Futsal – Campeã Mundial Universitária.
Universidade de Évora – Ciências do Desporto.

Márcia Ferreira
Medalha de Ouro – Seleção Nacional Universitária de Futsal – Campeã Mundial Universitária.
Universidade do Minho – Engenharia Biomédica.

Helena Nunes
Medalha de Ouro – Seleção Nacional Universitária de Futsal – Campeã Mundial Universitária.
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa – Serviço Social.

Ana Catarina Ribeiro
Medalha de Ouro – Seleção Nacional Universitária de Futsal – Campeã Mundial Universitária.
Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa – Ciências do Desporto.

Carolina Pedreira
Medalha de Ouro – Seleção Nacional Universitária de Futsal – Campeã Mundial Universitária.
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa – Geografia e Planeamento Regional.

Carolina Rocha
Medalha de Ouro – Seleção Nacional Universitária de Futsal – Campeã Mundial Universitária.
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto – Educação Social.

João Pedrosa
Medalha de Ouro – Campeonato Mundial Universitário de Voleibol de Praia.
Instituto Superior de Contabilidade do Politécnico do Porto – Finanças Empresariais.

Mafalda Germano
Medalhas de Prata e Bronze – Campeonato Mundial Universitário de Canoagem.
Universidade de Coimbra – Farmácia Biomédica.

Inês Costa
Medalhas de Prata e Bronze – Campeonato Mundial Universitário de Canoagem.
Universidade Coimbra – Psicologia.

Iago Bebiano
Medalhas de Prata (2) e Bronze – Campeonato Mundial Universitário de Canoagem.
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra – Engenharia Informática.

Sofia Nunes
Medalhas de Ouro (2) e Bronze – Jogos Europeus Universitários – Modalidade de Natação.
Universidade Nova de Lisboa – Genética Molecular e Biomedicina.

Francisca Mesquita
Medalhas de Ouro (2) e  Bronze – Jogos Europeus Universitários – Modalidade de Natação.
Universidade Nova de Lisboa – Gestão

Raquel Pereira
Medalhas de Ouro (2) e Bronze (2) – Jogos Europeus Universitários – Modalidade de Natação.
Universidade Nova de Lisboa – Gestão.

Isabel Pêgo
Medalha de Prata – Jogos Europeus Universitários – Modalidade de Natação.
Instituto Superior de Engenharia do Porto – Biorrecursos.

Beatriz Vilela
Medalha de Bronze – Jogos Europeus Universitários – Modalidade Futebol de Sete.
Faculdade de Ciências do desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra – Biocinética.

Curta-metragem da Unidade W+ premiada em festival internacional

Uma curta-metragem da Unidade W+ foi premiada no festival internacional 48H Film Project. O projeto da equipa TAKE W, coordenada pela diretora Sónia Santos e composta por 17 jovens do Teatro Terapêutico, foi galardoada em três das cinco categorias nas quais estava nomeada: Melhor Uso da Personagem, Melhor Uso do Objeto e Prémio Inclusão.

Em colaboração com a Escola Passos Manuel, a equipa da W+ criou uma história e cenários e realizou filmagens e edição, que resultaram na curta-metragem “SOLO”. Além das categorias em que saiu vencedor, este trabalho estava ainda nomeado para Melhor Banda Sonora Original e Melhor Direção de Arte.

A participação no festival internacional 48H Film Project surgiu como parte integrante do trabalho desenvolvido com o grupo de Teatro Terapêutico de adolescentes da Unidade W+. Este projeto consiste na elaboração de uma curta-metragem em apenas 48 horas. A viagem começou numa sexta-feira à tarde, num evento de kick-off onde foram conhecidos os elementos obrigatórios para a criação da história: uma personagem, um objeto e uma frase. Dentro do prazo estabelecido, os vídeos tiveram de ser pensados, criados, entregues e submetidos à avaliação de um júri. Todas as curtas-metragens elaboradas foram posteriormente visualizadas no cinema São Jorge, após a qual decorreu a cerimónia de entrega de prémios.

Os filmes premiados poderão ser visualizados aqui.

entrega do prémio

Participação traz benefícios

Além da natural satisfação de ver o trabalho reconhecido com as três distinções, esta participação da W+ neste projeto potencia a autoestima dos jovens, a sua capacidade de organização e trabalho em equipa. Permite ainda a concretização de um objetivo com princípio, meio e fim e gera a oportunidade de um reconhecimento pelo esforço e dedicação.

Além disso, esta é uma oportunidade de levar ao grande ecrã temáticas relevantes no que diz respeito à saúde numa perspetiva biopsicossocial.

A Unidade W+ é uma resposta de saúde da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que tem como objetivo a prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico a pessoas em situação de risco e vulnerabilidade psicológica, em ambulatório ou na comunidade. Aposta também na prevenção de comportamentos de risco e na promoção de estilos saudáveis de vida, no que se relaciona com os seus principais públicos-alvo.

Inaugurado Centro de Apoio à Vida no Montijo financiado pelo Fundo Rainha D. Leonor

Foi ontem, dia 20 de junho, inaugurado o Centro de Apoio à Vida da Misericórdia do Montijo. A obra, financiada em 225 mil euros pelo Fundo Rainha D. Leonor (FRDL), visou a recuperação de um antigo edifício no centro do Montijo para acolher uma unidade de alojamento e formação destinada a jovens grávidas que careçam de apoio.

O edifício tem quatro pisos: os primeiros três são destinados a habitação, com um total de 10 quartos, e o último andar servirá para dar formação às futuras mães.

Inez Dentinho, do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor, marcou presença na cerimónia de inauguração e mostrou-se muito satisfeita por ver o que apelidou de um “investimento muito bem empregue”.

“Esta foi uma obra única para o FRDL. A Misericórdia de Lisboa e todas as outras são perdigueiros das necessidades sociais. Não estão só abertas a quem lhes bate à porta, mas também vão à procura de quem precisa”, começou por dizer.

“Este é um projeto muitíssimo interessante, porque já funcionava. As adolescentes que ficavam de esperanças e iam à consulta muitas vezes não tinham apoio em casa, não tinham apoio do pai da criança, eram vítimas de violência no namoro ou violência doméstica, e a Misericórdia do Montijo teve essa sensibilidade de captar esta necessidade social. E agora temos aqui uma capacidade para criar adultos e criar crianças”, acrescentou Inez Dentinho, que recebeu um agradecimento por parte de Ilídio Massacote, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Montijo.

O Fundo Rainha D. Leonor foi criado em 2015 pela Santa Casa de Lisboa e pela União das Misericórdias Portuguesas. Tem como objetivo ajudar as Misericórdias em todo o país, contribuindo para a coesão social e territorial do país.

placa do centro

Um afegão em Lisboa. A história de Ali Nazeri, refugiado afegão, que sonha ser lutador profissional

Muitos fogem da guerra, outros de catástrofes naturais que deixaram os seus países de origem de “rastos”, o que os motiva é a busca pela tranquilidade e paz que não existe em muitos destes territórios. São refugiados, mas acima de tudo, são pessoas, como as que nascem aqui e que procuram em Portugal uma vida melhor para elas e em muitos casos para as famílias que ficaram para trás.

Ali, tem 24 anos, e muitas histórias para contar, guardadas no seu baú de memórias. Sobrevivente de uma guerra que durou quase 20 anos (2001-2021) e que dizimou o Afeganistão e uma parte considerável do Médio Oriente, Ali nunca desistiu de lutar pelos seus sonhos, nem que isso justificasse um bilhete de apenas ida, para um outro país.

“Foi muito complicado os primeiros tempos. Não falava português, não tinha dinheiro, estava sozinho, sem família e sem amigos, mas tinha esperança e vontade que algo de bom iria acontecer”, conta o jovem afegão.

Quis o destino que os caminhos do jovem e da Santa Casa se cruzassem. Mal entrou em Portugal, ao abrigo de um protocolo de apoio a refugiados, Ali foi acolhido pela instituição. No Afeganistão deixou a infância, muitas das vezes sofrida, mas também boas recordações. O pior, conta o jovem, foi “ter deixado o pai e os irmãos”.

Volvidos 7 anos, Ali não tem dúvidas que escolheu o sítio certo para recomeçar do zero. Aos poucos aprendeu a língua, fez amigos e começou a estudar. O dia esse faz-se entre a escola, trabalho e o treino em artes marciais mistas (MMA – sigla em inglês), um dos maiores sonhos do jovem.

“Entrei na escola e neste momento estou a terminar o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissionais (RVCC) para acesso ao 12º ano. Também encontrei um trabalho em part-time. Entretanto, fiz amigos em Portugal a quem posso recorrer, em caso de necessidade. O meu dia-a-dia passa por estudar e trabalhar, mas o que gosto mesmo é de competir em MMA”, relata Ali.

Ainda assim, aponta que a maior dificuldade de viver em Portugal é o excesso de questões burocráticas, em particular os processos relacionados com documentos oficias, o que é nas palavras do jovem: “um entrave no dia-a-dia, tornando a vida muito mais difícil”.

Para o seu futuro, Ali já traçou os objetivos. Primeiro conseguir os documentos oficiais que lhe permitirão participar em competições internacionais de MMA, em segundo, acabar o 12.º ano de escolaridade e abrir um espaço de restauração.

“Tenho os meus objetivos de futuro, mas se houve coisa que aprendi foi a viver um dia de cada vez”, finaliza o jovem.

A história de Ali Hossein Nazeri é um exemplo inspirador de resiliência, coragem e perseverança. Como muitos outros refugiados, Ali encontrou em Portugal um refúgio seguro, onde teve a oportunidade de reconstruir a vida e ser jovem.

Ali Nazeri

Um apoio indispensável

Com o objetivo de melhorar a capacidade de resposta à evolução dos fluxos de requerentes de asilo em Portugal, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa constituiu, em abril de 2020, uma coordenação de equipa especializada em matéria de acolhimento aos requerentes e beneficiários de proteção internacional.

Desta maneira a Equipa de Acolhimento aos Requerentes de Asilo e Recolocados (EARAR), da Unidade de Emergência da instituição, acompanha e acolhe os refugiados ao abrigo dos programas de acolhimento, durante um período de 18 meses, para que neste período, todos os acolhidos consigam uma autonomia social, habitacional e financeira.

No ano da sua fundação, este equipamento da Misericórdia de Lisboa, acompanhou 1160 pessoas. Já em 2021, a equipa apoiou 1640 pessoas, sendo que, no ano passado foram apoiados 1213 requerentes e beneficiários de proteção internacional.

A EARAR presta apoios de natureza financeira aos requerentes e beneficiários de asilo para que as suas despesas de subsistência (alimentação e gastos próprios), habitação (nos casos em que recorrem ao mercado livre de habitação) e para assistência medicamentosa. No caso de menores o serviço também presta apoio para as despesas com a educação.

Atualmente a EARAR tem em acompanhamento ativo 436 pessoas, 293 migrantes isolados e 39 famílias que correspondem a 143 pessoas, das quais 68 são crianças e jovens, menores de 18 anos.

A noite de todos os sorrisos

Num ano marcado pelas comemorações do 525.º aniversário da instituição, a noite de 12 de junho foi vivida com emoção, não só pelos 53 marchantes da Misericórdia de Lisboa, como por todos envolvidos na organização desta grande festa que são as marchas populares da véspera do feriado de Santo António, padroeiro de Lisboa.

A marcha da Santa Casa é de todos. É da cidade. Num momento único de partilha, assistimos ao trabalho que os marchantes – constituídos maioritariamente por utentes dos vários equipamentos da instituição, com idades entre os 19 e os 84 anos – desenvolveram durante mais de dois meses, entre coreografia e ensaios de dança, música, desenho e construção de fatos e cenários.

Veja a reportagem aqui.

Projeto Geracante une duas realidades distintas mas apaixonadas pela música

O final da tarde da passada sexta-feira, dia 16 de junho, encheu a zona exterior da Casa do Impacto com música. Os artistas em questão pertencem a dois grupos bem diferentes, mas uniram esforços e resultaram no projeto Geracante, que congrega a Orquestra Geração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Grupo Coral Infantil da Porta Nova, da cidade alentejana de Moura.

Os dois grupos ensaiaram durante os últimos meses e apresentaram-se agora em conjunto pela primeira vez, sendo que a 24 de junho têm uma segunda atuação marcada para Moura.

Lanice está na Orquestra Geração há 3 anos, toca violoncelo e não podia estar mais satisfeita com este projeto: “Adorei tocar com a Gerancate, são incríveis”. Pelo mesmo diapasão alinha Rodrigo, colega de Lanice na Orquestra: “Gostei de conhecer novas pessoas e falar com novos amigos”.

Do lado alentejano, Manuel, que frequenta o Grupo Coral Infantil da Escola de Porta Nova há quatro anos – quase metade da sua vida – também fez um balanço positivo do projeto, até porque adora música: “Sempre gostei muito de cantar, traz-me felicidade e descontrai-me das coisas que me stressam. Quando ensaiámos gostei de ouvir os músicos da Santa Casa, estavam muito afinados”.

A conterrânea Madalena acrescenta que a música traz-lhe “harmonia”. Toca guitarra e deixou elogios à Orquestra Geração: “Tocaram maravilhosamente, foi fabuloso”.

No dia seguinte à atuação na Casa do Impacto, os jovens membros do projeto Geracante puderam conviver numa visita ao Jardim Zoológico de Lisboa. Dia 24 voltam a encontrar-se, dessa vez em Moura, no feriado municipal, para um concerto na igreja de São João Baptista. No dia seguinte o convívio prossegue com um programa nas piscinas municipais.

Um projeto com frutos

Esta junção improvável traz muitos benefícios às crianças envolvidas. Quem o diz é António Santinha, diretor da Unidade de Apoio à Autonomização da Santa Casa, que explica como tudo começou.

“A Santa Casa tem desenvolvido a sua atividade no âmbito da Orquestra Geração e tem participado em atividades musicais que têm operado mudanças significativas nas crianças participantes. As atividades, para além do ensino da música, têm procurado integrar projetos diferentes como é o caso do Geracante. A ideia partiu da feliz coincidência da paixão pelo cante alentejano dos diferentes intervenientes e do interesse dos músicos juvenis da Orquestra Geração em fazer ligações diferentes”, começa por dizer.

Para conciliar os dois grupos, separados por tantos quilómetros, houve que unir esforços.

“Depois da ideia foi necessário encontrar as pessoas certas para a levá-la do plano até à sua execução. Nesta circunstância, para além do apoio da administração da Santa Casa, foi importante a disponibilidade do professor da Orquestra Geração, José Mira de Moura, e dos professores Serafim, Filomena e Maria Fialho, do Agrupamento de Escolas de Moura, bem como todo o entusiasmo da Câmara Municipal de Moura, na pessoa do seu presidente Álvaro Azedo”, referiu.

Questionado sobre o que é que projetos como este podem trazer às crianças da Orquestra Geração, António Santinha destacou “a capacidade de sonhar, o gosto pela música e a oportunidade de conhecer outras realidades e outras crianças de diferentes territórios, neste caso do Alentejo”.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas