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“Palavras para um lugar”: o podcast que dá voz às histórias de jovens-adultos apoiados pela Santa Casa

“Um espaço de conversa informal que dá voz às vivências de jovens-adultos que se encontram a trilhar os caminhos da autonomia de vida”. Todos os episódios do podcast “Palavras para um lugar” começam assim. Miguel Lamas, técnico na área da educação social da Santa Casa e ideólogo do podcast, decidiu avançar com este projeto depois de anos a escutar histórias e a ter conversas com os jovens que acompanha.

Quando Miguel Lamas apresentou a proposta à Rádio Voz Online na Cossoul fê-lo com o objetivo de criar um espaço onde todos tivessem a oportunidade de escutar, na primeira pessoa, as experiências de autonomia de vida dos jovens que usufruem da intervenção da Equipa de Integração Comunitária da Misericórdia de Lisboa (EIC). Todas as conversas têm como mote a convicção de que vale a pena prosseguir o ideal expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento que orienta o trabalho da EIC.

Mas o “Palavras para um lugar” é muito mais do que isso. Ao longo de dez episódios fica evidente a importância que a ação social reveste, como área fundamental de investimento nas pessoas que vivem em Portugal. É um trabalho diário com o objetivo de criar uma cidadania plena que respeite as idiossincrasias de cada jovem.

No primeiro episódio, que foi para o ar esta quarta-feira, dia 16 de novembro, às 21h, o diretor da EIC da Santa Casa, João Bicho, explica o trabalho realizado ao longo dos anos pela Misericórdia de Lisboa nesta área. A EIC é uma equipa multidisciplinar integrada na Unidade de Apoio à Autonomização, da Direção de Infância, Juventude e Família, que se destina a apoiar a transição para a vida adulta de jovens em risco ou em perigo, em meio natural de vida, nomeadamente assegurando os atos materiais de execução da medida de apoio para a autonomia de vida.

A 30 de novembro, o podcast será dedicado à história de Carolina Marques. 22 anos, natural de Lisboa, estudante. Maior sonho? “Alcançar a minha autonomia e ser feliz”. O passado, o presente e o futuro de Carolina estão resumidos em pouco mais de 30 minutos de áudio, onde ainda há tempo para a jovem explicar aos ouvintes o que é a EIC: “basicamente são pessoas disponíveis para nos ajudar em tudo aquilo que nós precisamos”.

Tal como a jovem, também as histórias do Kenny ou do Murilo ganharam espaço de antena. O podcast “Palavras para Um Lugar” está programado na grelha da Rádio Voz Online na Cossoul para quartas-feiras às 21h, com periodicidade quinzenal. Está também disponível no Spotify e no Mixcloud.

10º edição dos Prémios Santa Casa Neurociências. Conheça os vencedores

A entrega dos Prémios Santa Casa Neurociências decorreu esta quinta-feira, 17 de novembro, no Auditório Mariano Gago (Pavilhão do Conhecimento), em Lisboa. Os vencedores desta 10ª edição são responsáveis pelo desenvolvimento de projetos que permitem regenerar a medula espinhal em mamíferos e analisar com detalhe os dados neurofisiológicos de pacientes com doença de Parkinson implantados com a nova geração de neuroestimuladores.

No valor de 200 mil euros, o Prémio Melo e Castro – que se destina a apoiar estudos que potenciem a recuperação e o tratamento de lesões vertebro-medulares- foi entregue a Mónica Mendes de Sousa e à sua equipa de investigação do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, pelo projeto: “TARGET: Traduzir a capacidade regenerativa de Acomys”.

O grupo de Regeneração Nervosa do i3S descobriu recentemente que o ratinho espinhoso africano (Acomys) é capaz de regenerar e recuperar a função após uma lesão completa da medula espinhal, sendo uma exceção única nos mamíferos. O projeto TARGET pretende continuar a desvendar os mecanismos subjacentes à capacidade regenerativa da medula espinhal de Acomys, sendo que esta investigação poderá ser ponto de partida para o desenvolvimento de novas terapias para doentes com lesão medular.

“Já tínhamos recebido o prémio há três anos e neste espaço de tempo já conseguimos identificar os primeiros mecanismos que permitem que este mamífero possa regenerar e ganhar função após uma lesão completa da medula espinhal. Com este prémio vamos conseguir continuar o projeto”, refere Mónica Mendes de Sousa.

Vencedora

Já o estudo “Melhorando a Eficácia da Estimulação Cerebral Profunda em Doença de Parkinson, com Biomarcadores Eletrofisiológicos Personalizados e Estimulação Baseada em Avaliações Quantitativas Objetivas”, liderado por Paulo de Castro Aguiar, do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, foi galardoado com o Prémio Mantero Belard, também no montante de 200 mil euros, que financia a investigação científica ou clínica de doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, como Parkinson e Alzheimer.

O projeto vencedor, que conta igualmente com a colaboração de clínicos do Hospital de São João e investigadores do INESC-TEC, tira partido de uma nova geração de neuroestimuladores, para registar a atividade neuronal na zona do cérebro que está a ser estimulada. O objetivo é desenvolver algoritmos “inteligentes” que otimizem os parâmetros da estimulação elétrica de acordo com as características da atividade neuronal de cada paciente. Além do i3S, este projeto conta com a colaboração de clínicos do Hospital de São João e investigadores do INESC-TEC.

“Estes prémios são um catalisador para fazer com que a comunidade médica e a comunidade de investigação trabalhem em conjunto. Este projeto é o concretizar dessa vontade”, explica Paulo de Castro Aguiar.

Paulo de Castro Aguiar

Também na cerimónia foi entregue o Prémio João Lobo Antunes. Criada, em 2017, em homenagem ao neurocirurgião João Lobo Antunes, esta distinção destina-se a licenciados em medicina em regime de internato médico, com o objetivo de estimular a cultura científica e a investigação clínica na área das neurociências.

O vencedor deste ano foi o investigador David Berhanu, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e do Serviço de Imagiologia Neurológica do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que recebe 40 mil euros para levar a cabo um projeto sobre a abordagem clínica dos doentes com patologias neurológicas e neurocirúrgicas. O estudo “Optic Nerve Anatomy and Imaging – A Surrogate for Intracranial Pressure” utiliza técnicas neuroimagiológicas não invasivas, para determinar a pressão intracraniana no paciente.

“Este é um projeto multidisciplinar. Só assim é possível, com esta colaboração entre todas estas pessoas, até porque estou numa fase ainda precoce do meu percurso profissional”, sublinha o galardoado.

David Berhanu

Na sua intervenção, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, salientou que os Prémios Santa Casa Neurociências são “um sinal de uma investigação científica rigorosa e com qualidade”, salientando que “é um orgulho para a Santa Casa poder estar associada a percursos de investigação e desenvolvimento que tanto têm contribuído para que possa existir mais qualidade de vida dos nossos doentes e para avanços científicos muito significativos”.

“A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem a consciência de que o melhor contributo que pode dar para a investigação científica e clínica é, por um lado, podermos ser parceiros e de nos associarmos aos esforços de investigação, e, por outro, conseguirmos incorporar no nosso trabalho diário todas as dimensões da investigação científica”, afirmou o provedor.

Os vencedores desta edição foram escolhidos por um júri presidido por José Manuel Castro Lopes (vice-reitor da Universidade do Porto), do qual também faziam parte Catarina Aguiar Branco (Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação), Catarina Resende de Oliveira (Universidade de Coimbra), Cristina Januário (Sociedade Portuguesa de Neurologia), Jorge Jacinto (Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão), George Perry (College of Science, da Universidade do Texas e nomeado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), João Malva (Sociedade Portuguesa de Neurociências), José Ferro (Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e nomeado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) e Mamede de Carvalho (Universidade de Lisboa).

Na cerimónia decorreram, ainda, duas mesas redondas sob os temas “Investigação clínica e inovação Biomédica – uma componente chave na prestação de melhores cuidados de saúde” e “Como fazemos ciência em saúde”.

Reveja o vídeo da cerimónia, em baixo.

 

“O desporto visto pelos jovens”. Prémio atribuído pela Santa Casa no Lisbon Sport Film Festival 2022 já tem vencedor

Entre os dias 12 e 13 de novembro, o Fórum Lisboa (antigo Cinema Roma), foi palco do certame de cinema nacional dedicado ao desporto, Lisbon Sport Film Festival. Além da entrega de prémios nas diversas categorias a concurso, houve ainda lugar a uma homenagem ao professor José Maria Noronha Feio, primeiro diretor-geral dos desportos do período pós 25 de abril de 1974 e figura histórica e incontornável do desporto português.

Francisca Figueiredo, de 12 anos, foi uma das jovens vencedoras da edição deste ano do Lisbon Sport Film Festival ao arrecadar o prémio “O desporto visto pelos jovens”, galardão entregue com o apoio da Misericórdia de Lisboa, que cumpre aqui o seu racional de apoio a jovens talentos no mundo das artes e da cultura. Este prémio pretende distinguir jovens, até 25 anos, que através de filmagens amadoras consigam captar e reforçar o lado cultural do desporto, assim como o seu valor como fator de desenvolvimento pessoal, social e educativo.

O filme vencedor foi inteiramente gravado com recurso a uma câmara fotográfica de telemóvel, e “retrata uma menina que está aborrecida e, de repente, vê crianças a andar de bicicleta, que a relembram da sua própria bicicleta”, conta Francisca Figueiredo.

Para a jovem açoriana, vencer este prémio foi “uma grande surpresa”, considerando que o mesmo a ajudou “a perceber a força que as imagens podem ter para comunicar”.

O júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a José Maria Estácio, treinador de rugby, pela realização de um filme que nasceu de um projeto dedicado à formação e educação no desporto.

Nas restantes categorias a concurso os vencedores foram “Mulheres à Cesta”, de Silvia Spolidoro e Hellen Suque (Brasil), em longa-metragem, e “Ramón”, de Natalia Bernal Castillo (Colômbia/México), em curta-metragem, na mostra “Desporto e Sociedade”.

Em CineFoot Portugal, os filmes premiados foram: “Em busca da história do Cruzeiro”, de Gustavo Nolasco e André Amparo (Brasil), em longa-metragem, e “O goleiro solitário” (Estados Unidos), de Andre Andreev, em curta-metragem.

O júri decidiu conceder a menção honrosa ao filme “Moacyr Barbosa”, de Emílio Domingos (Brasil), pelo resgate da dignidade e história de um dos melhores guarda-redes brasileiros de todos os tempos. Já na mostra “Televisão”, o filme premiado foi “Jogo de Ilusões”, de Lúcia Gonçalves (Portugal).

Fruto da parceria entre o Lisbon Sport Film Festival e a Federation Internationale Cinema Telvision Sportifs (FICTS), os filmes premiados serão indicados a participar na World FICTS Challenge 2023.

O Lisbon Sport Film é o único festival de cinema em Portugal sobre desporto em toda a sua amplitude de modalidades e aspetos sociais e culturais. O evento tem como objetivo a promoção, a difusão, a reflexão e a valorização da cinematografia mundial de desporto.

“Cuidados de Longa Duração” é o tema que encerra o primeiro ciclo da iniciativa “Debates Santa Casa”

A Sala de Extrações da Lotaria Nacional acolheu esta sexta-feira, 11 de novembro, o terceiro encontro do ciclo de debates promovidos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A sessão foi subordinada ao tema “Cuidados de Longa Duração” e contou com a participação de Lisa Warth, chefe da Unidade de População da UNECE (Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa), e Bruno Barata, conselheiro técnico na Representação Permanente de Portugal na União Europeia. Edmundo Martinho, provedor da instituição, moderou a iniciativa.

Através da promoção dos “Debates Santa Casa” a Misericórdia de Lisboa pretende assegurar a fundamentação e a validação de saberes e experiências da instituição numa perspetiva de alcance da melhoria contínua nos serviços prestados à comunidade.

De acordo com Maria da Luz Cabral, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade da Misericórdia de Lisboa, este primeiro ciclo de conversas “constituiu um momento privilegiado de ampla capacitação de questões emergentes que impactam os distintos domínios da intervenção da Santa Casa e são transversais à sociedade”, frisando que os temas discutidos “têm merecido especial atenção da instituição” e que estes “consubstanciaram a visão de futuro para as respostas da Misericórdia de Lisboa aos desafios da Longevidade e do Envelhecimento e às necessidades de apoio na dependência”.

Ao longo dos últimos meses foram realizadas mais duas sessões, igualmente abrangidas pelos temas da Longevidade e Cuidados de Longa Duração, tendo a primeira tido lugar no dia 13 de maio, subordinada ao tema: “Integração dos cuidados – Social e Saúde”. Esta contou com a participação do antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade, Paulo Pedroso, e do ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Já o segundo encontro aconteceu a 8 de julho, e foi dedicado à “Revolução da Longevidade”. Nele participaram o médico e gerontólogo Alexandre Kalache e o fundador e presidente honorário da Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural, Victor Ventosa.

“O tema da Longevidade é mobilizador e urge que esteja cada vez mais presente no debate público”, alerta a coordenadora. Salienta ainda que é necessária “uma integração sistemática das questões em torno desta matéria no âmbito das Políticas Públicas, de forma a que sejam desenvolvidos programas, medidas e serviços que correspondam às expetativas e respeitem a vontade dos destinatários”.

Para Maria da Luz Cabral, a “conquista da Longevidade convoca toda a sociedade para a mudança que já está a acontecer”, sendo que “a Santa Casa já tem uma forte presença funcional no domínio do Envelhecimento e da Longevidade e constitui-se como um grande laboratório prático de resposta à complexidade dos fenómenos, desenvolvendo em contínuo novas iniciativas e projetos”.

Entre as várias medidas que a Misericórdia de Lisboa tem promovido neste âmbito, a coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade da instituição destaca alguns exemplos a serem seguidos: o projeto “Beleza não tem Idade”, o Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades e o Projeto RADAR, a Marcha Popular Santa Casa, as equipas de apoio a idosos, a saúde de proximidade a teleassistência e as residências assistidas.

Para o futuro, e inserido no quadro estratégico 2022-2025, a Santa Casa já assumiu como prioridades, no âmbito da longevidade e do envelhecimento ativo, várias medidas, entre elas: contribuir para um envelhecimento com autonomia e na comunidade; qualificar e diversificar o âmbito e os serviços de apoio na dependência; organizar a área da saúde, promovendo a integração e eficiência das respostas; adequar os recursos humanos às necessidades da missão da instituição, assegurando dimensão global e individual.

Um dos aspetos mais consensual entre os palestrantes, ao longo do primeiro ciclo de debates, foi o da questão da pirâmide demográfica que Portugal atravessa nas últimas décadas, em que cada vez se vive mais e nesse decurso é preciso encarar e responder aos desafios de resposta à promoção de uma maior qualidade do envelhecimento.

Neste ponto, Maria da Luz Cabral salienta que “é necessário perceber que isto é um ganho civilizacional”. No entanto, alerta que o aumento da esperança média de vida em Portugal “não tem sido acompanhado pelo aumento do número de anos vividos com saúde e bem-estar”.

“Viver mais e com qualidade impõe uma estratégia transversal às Políticas Públicas [da Longevidade], uma intervenção a jusante e a montante, e desde logo a integração dos cuidados, com forte aposta nos cuidados primários de prevenção e na literacia em saúde, que deve ser iniciada na infância, motivando a estilos de vida saudável. Sendo uma tendência mundial, importa trazer para a ordem do discurso a sensibilização e consciencialização desta realidade para que todos contribuam para uma sociedade de e para todas as idades, baseada na solidariedade e no compromisso intergeracional, na manutenção e conceção de espaços flexíveis e adaptáveis ao ciclo de vida e à diversidade da condição”, aponta ainda.

Sobre o balanço da iniciativa, Maria da Luz Cabral salienta que o ciclo “cumpriu os seus objetivos de incentivar e dinamizar um diálogo essencial e urgente sobre as questões da longevidade”, mas assegura que “ainda existe muito trabalho a ser feito, para assegurar a dignidade e o bem-estar da pessoa, de maneira, a promover a sua autonomia e autodeterminação”.

A história do que se ouve, mas não se vê. Um dia nos bastidores da Temporada Música em São Roque

O Grupo de Música Contemporânea de Lisboa não é exceção à regra. Criado há mais de 50 anos, na primavera de 1970, pela mestria do compositor Jorge Peixinho em colaboração alguns músicos portugueses (entre eles, Clotilde Rosa, Carlos Franco e António Oliveira), faz da música contemporânea um lugar comum entre todos os seus elementos.

O grupo estreou-se no palco da Temporada Música em São Roque, num concerto que teve lugar no dia 30 de outubro, no Convento de São Pedro de Alcântara.

Acompanhámos o dia da sua atuação, o “nervosinho miudinho” inerente à sua estreia e os minutos que antecederam o espetáculo. No final, o resultado não poderia ter sido melhor: uma ovação de pé.

Assista à reportagem, em baixo.

Casa do Impacto procura na Web Summit soluções inovadoras com impacto social e ambiental positivo

O hub de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa participa, uma vez mais, na maior cimeira de tecnologia do mundo, onde apresentou as novas edições do Triggers e do Santa Casa Challenge.

À semelhança do sucedido em anos anteriores, a Casa do Impacto aproveitou a edição deste ano para fazer a apresentação pública dos seus programas de aceleração e de apoio a novas ideias de negócio sustentáveis e alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas: o Santa Casa Challenge e o programa Triggers.

“A nossa presença na edição deste ano do Web Summit está muito focada no lançamento dos nossos programas que estão com calls abertas, desde o Santa Casa Challenge, passando pelo Triggers e o +Plus”, frisou Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto.

O Santa Casa Challenge, que já vai na sua oitava edição, é um concurso que premeia soluções tecnológicas inovadoras que originem dispositivos, aplicativos, conteúdos digitais, serviços web ou de comunicação. Nesta edição do “Challenge” são aceites soluções inovadoras com enfoque no envelhecimento, e em linha com os ODS.

Inês Sequeira recorda que para a oitava edição do Santa Casa Challenge, o mais importante “não é o prémio monetário, mas a capacitação dos empreendedores”, para que “possam ter mais apoios e mentorias”.

Web Summit Challenge

O hub de empreendedorismo social da instituição lançou a 2º edição do Triggers, um programa de aceleração que pretende estimular novas ideias focadas na sustentabilidade ambiental do planeta.

O Triggers é um programa que pretende criar condições para que surjam mais e melhores projetos “amigos do ambiente” e uma oportunidade para estimular “os empreendedores a encontrarem soluções inovadoras para a resolução de problemas e necessidades ambientais, sendo que queremos que estas ideias se transformem em respostas efetivas e eficazes”, comenta Inês Sequeira.

Os projetos selecionados serão premiados com um período de incubação na Casa do Impacto, acesso a uma rede de mentores exclusiva e bolsas de formação. No final da fase de pós-aceleração será atribuído um prémio pecuniário no valor de 15 mil euros ao vencedor, de 10 mil euros ao segundo classificado e de 5 mil euros ao terceiro.

A propósito da presença da Casa do Impacto na Web Summit, Inês Sequeira defende que esta é fundamental porque “o impacto está cada vez mais no centro das decisões das empresas”, esclarecendo ainda que “a aposta que fizemos há quatro anos com a criação da Casa do Impacto, está a ser ganha. Basta ver que a grande tendência deste ano, do Web Summit, é o empreendedorismo com impacto”.

Triggers

No último dia do certame, a Casa do Impacto aproveitou ainda para promover a sua associação aodocumentário “From Devil ‘s Breath”, co-produzido pelo ator norte americano e conhecido ativista contra as alterações climáticas Leonardo DiCaprio, o qual retrata os incêndios florestais que assolaram Pedrógão Grande, em 2017, e o impacto de um acontecimento destes no aquecimento global do planeta.

A ante estreia mundial do documentário vai acontecer em Portugal, na sala de cinema NOS – Amoreiras, Lisboa, nos próximos dias 11, 12 e 13 de novembro, e resulta de uma iniciativa conjunta da NOS e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através da Casa do Impacto.

Parte das receitas de bilheteira do documentário vai reverter para uma ação de reflorestação da área afetada pelos incêndios de Pedrogão, que será levada a cabo por um hub apoiado pela Casa do Impacto, ainda por definir.

Com 40 minutos de duração, “From Devil’s Breath” conta com ainda com a co-produção de Catarina Fernandes Martins e Tiago Carrasco e realização do cineasta britânico Orlando von Einsiedel, vencedor de um Óscar pela curta-documental “The White Helmets” (2016), sobre a guerra na Síria.

Santa Casa reforça missão de sensibilizar e educar cidadãos para o risco sísmico

Lisboa poderá ser, novamente, vítima de um sismo? Para a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, a pergunta tem de ser outra: “Quando é que esse sismo vai ocorrer?”. A imprevisibilidade das catástrofes naturais e a necessidade de uma atenção redobrada de todos os cidadãos para este tipo de fenómenos foram mensagens reforçadas esta quarta-feira, 2 de novembro, durante a mesa-redonda “Sismos, a importância dos primeiros First Responders”, que decorreu na Sala de Extrações da Santa Casa. Além de Patrícia Gaspar, a sessão contou com a participação de Duarte Caldeira, presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil, Manuel João Ribeiro, presidente do Centro Europeu dos Riscos Urbanos, e Lídio Lopes, subdiretor do Departamento da Qualidade e Inovação da Misericórdia de Lisboa.

Esta foi mais uma de muitas ações de sensibilização para o risco sísmico organizadas para Misericórdia de Lisboa, com o objetivo de informar e formar todos os cidadãos para um cenário de catástrofe. A atenção da instituição para o tema é antiga e estende-se à população em geral. Na Santa Casa, trabalha-se, diariamente, para minimizar os danos de um novo desastre na cidade de Lisboa. A forma “genuinamente interessada com que” a Santa Casa se tem envolvido nestas temáticas da proteção civil é, para Patrícia Gaspar, motivo de destaque, com a secretária de Estado a desejar que a Misericórdia de Lisboa “possa continuar a ter este tipo de iniciativas e a contribuir de forma proativa para estes temas”.

1 de novembro de 1755 entrou para a história de Lisboa como um dos dias mais aterradores que a cidade já viveu. O terramoto que assolou a capital deixou um rasto de destruição. Atualmente, a cidade está em alerta e mais bem preparada para uma eventual catástrofe.

Sensibilizar e educar os cidadãos são, por isso, palavras de ordem que fazem parte da missão da Misericórdia de Lisboa. Em 2021, a Santa Casa realizou 283 ações de sensibilização. Este ano, já foram efetuadas 137 ações especificamente dirigidas aos riscos em proteção civil, especialmente o risco sísmico.

“Estamos atentos à responsabilidade institucional, na relação direta com os direitos e os deveres de cada um, enquanto cidadãos. É determinante partilhar com todos, em especial com os colaboradores e utentes da Santa Casa, quais os bons comportamentos a adotar no quadro da iminência ou da ocorrência de um qualquer acidente grave ou catástrofe, em especial dos que estão identificados como principais riscos. Enquanto cidadãos é importante estarmos preparados, conhecedores e capazes de agir antes, durante e depois de qualquer risco”, revela Lídio Lopes.

Durante o dia desta quarta-feira, quem passou pelo Largo Trindade Coelho pôde, por breves momentos, sentir a terra a tremer. A Unidade de Gestão de Segurança da Santa Casa colocou, junto à entrada do Museu de São Roque, uma plataforma simuladora, que provoca uma sensação muita próxima da realidade de um sismo. Foi também uma oportunidade para os utilizadores colocarem em prática três gestos que podem salvar numa situação de sismo: baixar, proteger e aguardar.

“Os nossos valores começam em casa”. Campanha da Santa Casa reconhecida pela APCE

Já são conhecidos os vencedores da 26º edição do Grande Prémio APCE, iniciativa promovida pela Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa.

Depois de dois anos atípicos, devido à pandemia de Covid-19, a cerimónia de revelação dos galardoados aconteceu, no Casino do Estoril, esta quarta-feira, 2 de novembro.

A Misericórdia de Lisboa foi uma das grandes vencedoras da noite ao receber um prémio na categoria “Sustentabilidade e ESG: Social”, com a campanha sobre diversidade e inclusão “Os nossos valores começam em casa”. Uma comunicação pensada, inicialmente, apenas para o universo interno da organização, direcionada a todos os colaboradores da instituição, aqui envolvidos também como protagonistas do filme e das peças de campanha, mas que acabou por ser difundida, em maio, mês da diversidade e inclusão, também ao público em geral.

Esta é uma campanha que reflete a estratégia da Santa Casa no que respeita à sua política de diversidade e inclusão, e que surge após a aprovação do primeiro Plano para a Diversidade e Inclusão e a consequente elaboração da Política da Diversidade e Inclusão da Misericórdia de Lisboa, na qual se reconhece a importância de promover estes valores entre todos na instituição. O envolvimento de colaboradores no próprio filme foi, por isso, um fator muito importante, que contribuiu para incrementar o sentimento de partilha em torno do tema da igualdade e da inclusão, assim como a importância da adesão às boas práticas.

“A diversidade está presente em todas as dimensões da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a inclusão de todas as pessoas é um dos objetivos primordiais da nossa atuação”, frisa Sílvia Santos, subdiretora de Comunicação e Marcas da Santa Casa, salientando que este prémio é principalmente para todos os que participaram na campanha e que “ tiveram a coragem de nos mostrar que, aquilo que distingue cada um de nós, deve ser respeitado e naturalmente aceite, para que o mundo se torne cada vez mais inclusivo”.

Assista ao vídeo da campanha, agora premiada pela APCE, em baixo.

“Oportunidade + Escolha = Justiça”. O contributo da terapia ocupacional para a empregabilidade de pessoas com deficiência

Na ESSAlcoitão, o Dia Mundial da Terapia Ocupacional, celebrado esta quinta-feira, dia 27 de outubro, foi uma oportunidade para refletir sobre a importância desta vertente da terapia para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A sessão foi também um momento para alunos e professores conhecerem a missão da Valor T, a agência de empregabilidade para pessoas com deficiência da Misericórdia de Lisboa.

A sessão foi inaugurada por Jorge Torgal, que lembrou que a terapia ocupacional é, cada vez mais, uma área da saúde relevante, que tem vindo a ganhar o merecido destaque. A futuros e a atuais terapeutas ocupacionais presentes na conferência, o professor e diretor do estabelecimento de ensino superior gerido pela Santa Casa aproveitou para transmitir uma mensagem: “vocês fazem a diferença”.

A experiência de João Cadima enquanto terapeuta ocupacional e membro da equipa Valor T, permite-lhe concordar a 100% com Jorge Torgal. Na ambição de alcançar um mundo mais justo, a terapia ocupacional pode fazer a diferença. Mas de que forma é que os terapeutas ocupacionais podem ser um contributo na transição para a vida ativa e empregabilidade de pessoas com deficiência?

“São profissionais de saúde que centram a sua intervenção em cada pessoa, na sua funcionalidade, nas suas ocupações significativas, ambiente social e físico que a envolve. Promovem o desempenho ocupacional em ocupações importantes para a vida independente como a formação, o trabalho, as atividades da vida diária e autonomia na comunidade. Outra competência específica do terapeuta ocupacional, é a capacidade de análise e adaptação de atividades e tarefas, identificando barreiras e facilitadores ao desempenho de ocupações produtivas desejadas pela pessoa e empregador. Nesse sentido, colabora também na adaptação do ambiente laboral e recomendação de produtos de apoio adequados para atingir a inclusão”, explica João Cadima.

Pedro Teixeira é, como o próprio diz, “uma pessoa com deficiência, embora não pareça”. Toda a vida fez fisioterapia e terapia ocupacional. É com orgulho que constata que estas duas áreas da saúde em muito contribuíram para a vida autónoma que tem e para as conquistas que alcançou. Pedro viaja no tempo até ao ano 2017, altura em que concluiu o curso em artes plásticas e multimédia. “Bateu a muitas portas” em busca de trabalho. Nenhuma abriu. Pedro parafraseia um autor para mostrar que ele, à imagem de tantas pessoas com deficiência, só precisa de uma oportunidade:

“Enquanto o meu coração bater e o meu cérebro funcionar não me digam o que fazer. Deem-nos uma oportunidade e nós mostramos do que somos capazes. Se isso não acontecer, nós criamos as nossas próprias oportunidades”.

Agora, Pedro é parte fundamental da equipa da Valor T. “Fui uma das pessoas que se inscreveu na plataforma e, hoje, faço parte desta equipa fantástica. Além de talento e transformação, a Valor T também é empatia. É de destacar a facilidade com que a equipa trabalha com todos os candidatos”, explica.

 

OcupLab@ESSAlcoitão: mais e melhor investigação

O OcupLab@ESSAlcoitão é um espaço físico e virtual, que promove e potencia parcerias entre a ESSAlcoitão e a comunidade, para o desenvolvimento e investigação no âmbito da Ocupação. Um espaço aberto a todos os que queiram colaborar no estudo desta vertente da terapia, onde serão disponibilizados todos os trabalhos de investigação já realizados na Escola, mas também todos aqueles que estão em curso.

“Queremos ter colaboradores externos à escola. Queremos alargar a outros profissionais, terapeutas ocupacionais e não só. Ambicionamos também estabelecer parcerias com outras entidades, como é o caso da Valor T”, revela a diretora do departamento de terapia ocupacional da ESSAlcoitão, Isabel Ferreira.

Pedro Cadima destaca o lançamento, “em boa hora”, do OcupLab@ESSAlcoitão, que poderá “enquadrar a colaboração da Valor T com a Escola na investigação das questões das ocupações produtivas das pessoas com deficiência e incapacidade”. Não tem dúvidas de que a academia, enquanto fonte de conhecimento essencial, pode ser fundamental para a missão da Valor T, sobretudo “na concretização da inclusão laboral”.

“A ESSAlcoitão é uma mais-valia para a Valor T, pela sua experiência a formar profissionais de reabilitação, particularmente terapeutas ocupacionais. Nesse sentido, é um recurso inestimável. Por outro lado, aliar a prática à investigação é a melhor forma de validar a eficácia da intervenção e medir o impacto desta nos seus destinatários (pessoas com deficiência e empregadores) e na sociedade”, destaca.

Através da investigação pretende-se perceber as potencialidades e lacunas que possam existir, seja no acesso ao mercado de trabalho ou mesmo na adaptação ao posto de trabalho. ESSAlcoitão e Valor T estão juntas no objetivo de colocar em prática a fórmula que serve de tema ao Dia Mundial da Terapia Ocupacional 2022: “Oportunidade + Escolha = Justiça”.

Fundo Rainha Dona Leonor volta a fazer a diferença ao dar nova vida à igreja da Misericórdia de Óbidos

Óbidos tem, agora, uma Igreja da Misericórdia totalmente renovada. Através do Fundo Rainha Dona Leonor, a Misericórdia de Óbidos beneficiou de cerca de 78 mil euros para obras de conservação e restauro. A iniciativa permitiu concluir a última fase do processo de recuperação do templo. O espaço, que apresentava sinais de degradação, passa agora a estar em perfeitas condições para receber os crentes e os turistas que visitam a região.

A igreja, classificada como monumento nacional no contexto da vila de Óbidos, tem intervenções dos primeiros momentos do Barroco em Portugal (século XVII). Construída no século XVI, tem sido alvo de múltiplas intervenções de recuperação. Com o apoio do Fundo Rainha Dona Leonor foi possível proceder à obra estrutural no telhado e na parede lateral, que resolve o problema das infiltrações e consequentes patologias. Através do fundo promovido pela Misericórdia de Lisboa foi ainda exequível proceder ao restauro de três grandes pinturas do altar-mor e recuperar a sala do despacho.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas