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Santa Casa aumenta a oferta de camas para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) reabriu o 4.º piso de internamento da Unidade de Cuidados Continuados Integrados Maria José Nogueira Pinto, na Aldeia do Juso, em Cascais.

Esta Unidade passa a oferecer mais 15 camas, todas contratualizadas com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), graças a obras de reabilitação e à adaptação de outros espaços, contabilizando um total de 83 camas.

A Unidade de Cuidados Continuados Integrados Maria José Nogueira Pinto, inaugurada em 2012, foi a primeira resposta de cuidados continuados integrados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Presta cuidados de saúde prolongados nas diferentes fases da evolução da doença, graças ao apoio de uma equipa multidisciplinar, e disponibiliza vários tipos de internamento: média duração e reabilitação; longa duração e manutenção.

Na cerimónia estiveram presentes o Provedor da Santa Casa, Paulo Sousa, e todos os administradores da SCML, a vereadora da Câmara Municipal de Cascais, Carla Semedo, o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, António Saraiva, a presidente da Delegação da Costa do Estoril da Cruz Vermelha Portuguesa, Manuela Filipe, a presidente da Administração Regional de Saúde – Lisboa e Vale do Tejo, Laura Silveira, bem como a Equipa de Coordenação Regional da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e a Equipa de Coordenação Local/Parede da RNCCI.

Esteve também presente Jaime Nogueira Pinto, marido de Maria José Nogueira Pinto, antiga provedora da SCML, falecida em 2011.

A visita guiada ficou a cargo de Isabel Paixão, diretora de Cuidados Continuados Integrados da SCML, que explicou o reforço das valências e da capacidade instalada da UCCI Maria José Nogueira Pinto.

Na sua intervenção, Paulo Sousa destacou a importância da obra realizada, o aumento da oferta de camas para Cuidados Continuados Integrados por parte da SCML, realçando o papel determinante que a instituição tem para toda a zona de Lisboa e Vale do Tejo.

O Provedor da Misericórdia de Lisboa deu ainda nota da abertura, até final do próximo ano, de duas novas respostas, uma unidade de dia e promoção da autonomia, dedicada à população adulta de Lisboa e Vale do Tejo, com capacidade de 25 novos utentes, e uma unidade de dia para promoção de autonomia pediátrica, para utentes com menos de 18 anos, com capacidade para 14 novos utentes.

Finalizou, enfatizando a homenagem prestada a Maria José Nogueira Pinto, cujo nome muito honra a instituição, referindo que projetos como esta UCCI dão corpo àquela que é a missão da Santa Casa.

No final, o Provedor da Santa Casa endereçou um convite a todos os presentes para a inauguração, no próximo dia 25, da Residência Raquel Ribeiro, uma unidade com capacidade para 66 camas, em Monsanto. Mais uma resposta inovadora da SCML na cidade de Lisboa.

Para além da UCCI Maria José Nogueira Pinto, a SCML tem atualmente duas outras: a Unidade de São Roque, no Parque de Saúde Pulido Valente, e a Unidade Rainha Dona Leonor, situada no antigo complexo do Hospital Militar da Estrela, ambas em Lisboa.

No total, nestas unidades, a SCML disponibiliza 213 camas, 181 das quais contabilizadas na Rede Nacional dos Cuidados Continuados Integrados.












Santa Casa entrega prémios Nunes Correa Verdades de Faria 2023

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) entregou, no jardim da Residência Faria Mantero, no Restelo, em Lisboa, no âmbito das festividades do aniversário da Misericórdia de Lisboa, os prémios “Nunes Correa Verdades de Faria”.

Na cerimónia, o provedor da Santa Casa, Paulo Sousa, agradeceu a presença de convidados, premiados, beneméritos e familiares, bem como dos colaboradores presentes, homenageando, ainda, o benemérito Mantero Bellard. O provedor apresentou, depois, o novo presidente do júri, David Lopes, administrador da Misericórdia de Lisboa com a pasta da Cultura, antes de revelar os vencedores dos prémios da edição de 2023. 

Os agraciados foram, na área A – Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos, Maria Carolina Sirgado Pisco dos Santos, licenciada em Serviço Social, responsável por vários projetos sociais na área dos idosos e dos cuidadores informais.

No que diz respeito à área B – Progresso da Medicina na Sua Aplicação às Pessoas Idosas, o vencedor foi Paulo Ricardo de Sousa Almeida, mestre em Medicina Interna, especialista em geriatria pela Faculdade de Medicina do Porto.

O júri decidiu, ainda, atribuir, duas menções honrosas no que concerne à área A. A APTAS (Associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde), responsável pelo projeto de voluntariado profissional dedicado à promoção de momentos de descanso para cuidadores informais e Lídia Cristina Sousa de Oliveira, licenciada e mestre em Serviço Social, desenvolveu um papel decisivo na estabilização da AUR – Apoio ao Utente Reformado, constituindo uma rede de parcerias de apoio a pessoas idosas, foram as contempladas.

Os Prémios “Nunes Correa Verdades de Faria”, criados em 1987, cumprem a vontade expressa em testamento por Mantero Belard. São entregues, todos os anos, a pessoas de qualquer nacionalidade que, em Portugal, tenham contribuído, pelo seu esforço, trabalho ou estudos, nos três âmbitos definidos pelo benemérito.

Igreja de São Roque acolhe Orquestra Geração Santa Casa

Foi com “casa” cheia, composta por familiares dos pequenos artistas e não só, que a Igreja de São Roque recebeu as 50 crianças, dos 6 aos 16 anos, que fazem parte da Orquestra Geração Santa Casa.

Este projeto conta já com seis anos de existência e tem vindo a crescer ao longo dos anos, quer em número de participantes, quer na evolução da aprendizagem da música e do impacto que esta tem nas vidas destes talentosos artistas e das suas famílias.

O alinhamento do concerto “Esperança viaja com a Família” foi construído com o foco na família e contou a história de uma orquestra chamada “Esperança”, que viajou pelo mundo. Puderam ser escutadas peças musicais da orquestra com novos arranjos e uma dinâmica diferente, o que motivou uma enorme participação e entusiasmo por parte de todos os presentes. O espetáculo terminou com o tradicional merengue da Orquestra Geração, que é já um clássico de sucesso nas suas atuações, e, depois da última nota, os pequenos grandes artistas foram brindados com uma emotiva ovação.

Todo o empenho e dedicação do maestro Duarte Silva, assim como dos 13 professores dos vários instrumentos e dos colaboradores da Unidade de Intervenção Familiar da Misericórdia de Lisboa, tem sido recompensado com o crescimento assinalável dos jovens artistas que fazem parte da orquestra.

Como gostam de lembrar, a Orquestra Geração Santa Casa não é um conservatório, nem uma escola de música. É um trabalho social que, através da música e da prática de orquestra de conjunto, apoia crianças e famílias da comunidade.

Santa Casa promove programa cultural no âmbito dos 50 anos do 25 de abril

O mês de abril vai marcar o arranque de uma série de eventos culturais que integram o programa dos 50 anos do 25 de abril da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Entre eles, destaca-se o Santa Casa Jazz Fest e a exposição de fotografia ROOF.

Em relação ao Santa Casa Jazz Fest oferece, de 24 a 28 de abril, no Convento de São Pedro de Alcântara, uma grande variedade de propostas dentro do jazz e da música improvisada, com grupos consagrados do jazz nacional, artistas emergentes na cena profissional e ainda apresentações da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas.

Este festival, que marcará o “regresso” do Hot Clube ao centro de Lisboa, nasceu de uma parceria inédita entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Hot Clube de Portugal.

Teresa Nicolau, diretora da Cultura da Santa Casa, explica: “A Misericórdia de Lisboa tem de
estar ao lado de uma data tão importante para a democracia portuguesa como os 50 anos do 25 de abril. Queremos que seja um evento para a comunidade e impactante para Lisboa, a fazer a diferença. O Santa Casa Jazz Fest, que nasceu da vontade de trazer o Hot Clube de Portugal de volta ao centro da cidade, é uma parceria inédita entre a Santa Casa e o Hot Clube. O festival traz ao Convento de São Pedro de Alcântara nomes consagrados do jazz e tem tudo para juntar gente livre, tal como é este género musical.”

Também Pedro Moreira, diretor do Hot Clube de Portugal, se mostra satisfeito com esta parceria: “O Hot Clube Portugal é um dos clubes de jazz mais antigos da Europa e aguarda o regresso à sua casa no centro de Lisboa. O Santa Casa Jazz Fest vai permitir-nos voltar a levar o jazz ao público de Lisboa, isto num contexto que a nós também nos diz muito: os 50 anos do 25 de abril”.

Cartaz com informação do programa do festival

Já de 27 de abril a 9 de junho, a  Santa Casa da Misericórdia de Lisboa recebe a mais recente exposição do premiado fotojornalista português Mário Cruz –  ROOF.

Esta exposição retrata as vidas dos que ficam de fora das estatísticas e de quem vive o lado escondido da crise da habitação, naquele que é o destino turístico número um da Europa. As pessoas retratadas nesta obra têm, muitas vezes, que escolher entre pôr comida na mesa ou pagar a renda. Quando saem para trabalhar, não sabem se terão casa quando voltarem. Carregam um segredo e a vergonha de não terem uma habitação condigna.

Muitas das pessoas foram fotografadas ao longo de uma década, em locais insalubres e indignos. Uns dão lugar a outros, numa cadência sem fim, mas os sítios são os mesmos, acrescidos apenas das marcas deixadas por quem lá passa.

O programa dos 50 anos do 25 de abril da Santa
Casa integra ainda exposições permanentes, visitas guiadas, uma feira do livro,
conferências, sessões de poesia, tertúlias, e muito mais, em iniciativas que
irão decorrer em três espaços da instituição: Convento de S. Pedro de
Alcântara, Sala de Extrações e Antigo Recolhimento das Merceeiras.

Santa Casa lança nova campanha de Acolhimento Familiar

A nova campanha LxAcolhe – Programa de Acolhimento Familiar, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), arranca oficialmente esta sexta-feira, com o intuito de angariar novas famílias de acolhimento Esta é a terceira vez, desde 2019, que a Misericórdia de Lisboa aposta na divulgação do Acolhimento Familiar, uma vez que em Portugal existem cerca de 1400 crianças em instituições e, destas, 300 têm menos de 6 anos de idade. A Campanha pretende assim sensibilizar a sociedade para este facto, através da mensagem “Só uma família de acolhimento pode dar a infância/ carinho/ amor/ mimo/ segurança / proteção que lhe(s) está a faltar”.

O LxAcolhe – Programa de Acolhimento Familiar da SCML evitou já a institucionalização de mais de 140 crianças, que foram integradas em famílias de acolhimento. Segundo a provedora da SCML “este número é ainda insuficiente para o objetivo a que nos propomos: que mais nenhuma criança seja acolhida em instituição, a não ser que a sua situação específica o exija, no seu superior interesse”. Para isso, apela: “precisamos de mais Famílias de Acolhimento”.

O Acolhimento Familiar é uma medida de promoção dos direitos e de proteção das crianças em perigo, que garante a sua integração numa família, sendo este o ambiente adequado ao seu bem-estar e desenvolvimento. Na prática, a medida consiste na atribuição da confiança de uma criança a uma família que dela cuidará, de forma temporária.

Na maioria dos países, o Acolhimento Familiar é assumido há vários anos como prioritário, sempre que uma criança ou jovem precisa de uma medida de colocação por se encontrar em perigo no seio da sua família. Só excecionalmente, e apenas quando tal corresponde ao interesse concreto do jovem, é que se opta pelo acolhimento institucional/residencial. Contrariando esta tendência, em Portugal apenas 3,5% dos acolhimentos acontecem em Famílias de Acolhimento, sobretudo pela escassez ou inexistência de Famílias de Acolhimento capacitadas e selecionadas para o efeito. É esta tendência que a Santa Casa pretende inverter.

Refira-se que qualquer pessoa, individual ou família, pode ser família de acolhimento, desde que um dos seus elementos tenha mais de 25 anos e seja avaliado como capaz de acolher uma criança em perigo.

Para mais informações sobre esta medida consulte este guia e a página do Acolhimento Familiar.

Seminário “Acolhimento Familiar: o Direito a Crescer em Família”

A nova campanha LX Acolhe já tinha sido apresentada na última sexta-feira, 12 de janeiro, no seminário “Acolhimento Familiar – O Direito a Crescer em Família”, organizado pela Santa Casa, que juntou vários especialistas, entre técnicos e académicos, assim como famílias de acolhimento e crianças acolhidas.

A abertura dos trabalhos ficou a cargo de Ana Jorge, provedora da Santa Casa, e de Sofia Athayde, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa. A provedora começou por alertar que “discutir, partilhar e aprofundar experiências e conhecimentos é fundamental, porque só assim se poderá avançar mais nesta área tão importante para as crianças.” Defendeu, também, que “as famílias de acolhimento que recebem estas crianças proporcionam-lhes condições de crescimento, desenvolvimento e segurança e um ambiente acolhedor, emocional e afetivo, necessários para poderem crescer física, intelectualmente e com estabilidade emocional, para serem adultos de pleno direito”.

A responsável acrescentou que esta é uma necessidade tão mais importante tendo em conta os primeiros três anos de vida da criança: “não é por acaso que as Nações Unidas, a Unicef e a OMS chamam a atenção para os primeiros mil dias de vida, uma vez que estes são decisivos na vida de um ser humano para a sua vida adulta, em todos os aspetos. Mesmo na patologia de saúde, sabe-se que muitas das doenças do adulto começaram nessa idade e só se manifestam na vida adulta. É por isso também que temos a obrigação de dar às nossas crianças o potencial para serem adultos saudáveis e felizes”.

Ana Jorge enalteceu ainda o trabalho que a Misericórdia de Lisboa, em parceria com outras instituições, tem vindo a desenvolver no que respeita à proteção das crianças e dos jovens: “temos dado, nos últimos anos, um contributo para aumentar as famílias de acolhimento, para mais crianças poderem desfrutar de uma família. Por comparação, Espanha tem 60% de famílias de acolhimento e Portugal tem 3,5%””.

Pelo seminário passaram vários especialistas sobre a temática do acolhimento familiar, destacando-se Jesús Palacios, professor catedrático em Psicologia do Desenvolvimento e da Educação da Universidade de Sevilha, que abordou a realidade espanhola respeitante à desjudicialização do sistema e a especialização das famílias de acolhimento.

O painel da manhã ‘A Pedrada no Charco’, moderado pelo juiz Paulo Guerra, contou com as intervenções de Rui Godinho, diretor da Direção de Infância e Juventude da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, de Margarida Rangel, professora da Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto, e de Joana Baptista, coordenadora do Projeto All 4Children (ISCTE).

Durante a tarde, o tema centrou-se nos ‘Desafios e Magia do Acolhimento Familiar’. Isabel Pastor, diretora da Unidade de Adoção, Apadrinhamento Civil e Acolhimento Familiar da Santa Casa, moderou as intervenções de Patrícia Bacelar, diretora do Núcleo de Acolhimento Familiar da Misericórdia de Lisboa, e de Paula Almeida e Rosa Amado, duas famílias de acolhimento que contaram a sua experiência na primeira pessoa.

A Sérgio Cintra, administrador do pelouro da Ação Social da Misericórdia de Lisboa, coube o encerramento dos trabalhos.

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Um Natal “glorioso”. Crianças da direção de Infância e Juventude visitam Estádio da Luz

Tudo começou com o envio de cartas ao Pai Natal do Benfica, escritas por várias crianças que são acompanhadas pela DIIJ. A Fundação Benfica distribuiu posteriormente as cartas pelos vários departamentos do clube da Luz e assim nasceu um momento especial, que estas crianças já mais esquecerão.

Depois de um primeiro momento junto a um dos maiores símbolos do Benfica, a estátua de Eusébio da Silva Ferreira, as crianças e as suas famílias foram convidadas a conhecer a história secular do clube lisboeta numa visita guiada ao interior do estádio.

As surpresas tão aguardadas estavam ao dobrar de cada corredor. À medida que iam conhecendo os vários departamentos do Benfica, desde a clínica que reabilita os atletas depois dos jogos, passando pela direção de Marketing e acabando nos camarotes do estádio, vários pais natais iam aparecendo e entregando presentes às crianças.

Entre estas crianças estavam a Iara, de 6 anos, e o Leandro, de 10. Surpreendidos, não contiveram a alegria quando receberam os presentes. Num misto de emoção e júbilo, os dois amigos rapidamente fizeram a pergunta que se impunha: “Como é que vocês sabiam que era isto que queríamos?”, até que do outro lado do presente a resposta surgiu: “foi o Pai Natal”.

Enquanto se despediam, iam-se ouvindo vários suspiros de alegria, à medida que eram entregues os outros presentes às crianças. O sentimento, esse, era igual entre todos: “o Natal é a melhor época do ano”.

Depois da entrega dos presentes, foi a vez de dar “palco” a um outro icónico símbolo do Benfica, a águia Vitória, que se juntou a toda a “comitiva” na sala do Benfica Corporate, para, todos unidos, celebrarem em conjunto a magia do Natal.

Já no final da ação, os “graúdos” também não foram esquecidos e, entre as muitas fotografias recolhidas para prosperidade, foi ainda entregue um cabaz solidário a todas as famílias.

António Santinha, diretor da Unidade de Autonomização da Santa Casa, sublinhou que “este dia é sempre muito especial. Além do presente, para estas crianças é um dia perfeito porque conhecem o estádio e locais que provavelmente nunca iriam conhecer se não fosse este trabalho conjunto entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Fundação Benfica”.

Entrega de presentes

Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão

O processo sobre a construção do Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão assenta numa investigação profunda sobre o que de melhor se fazia na altura pelo mundo fora. José Guilherme de Melo e Castro, subsecretário de Estado da Assistência Social em 1955, pôs em marcha um conjunto de ações e procedimentos – desde logo envolvendo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa –, que passaram por visitas a Inglaterra e a Nova Iorque, para melhor conhecer as políticas de saúde e, em especial, dos centros de reabilitação, além dos mais reputados médicos da especialidade.

Dois acontecimentos levaram à evolução para a concretização desta infraestrutura: em julho de 1956, são publicados os estatutos da Liga Portuguesa dos Deficientes Motores; e em 1957, Melo e Castro é nomeado provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cargo que lhe permitiu concretizar o projeto do ‘seu’ centro sob a iniciativa desta instituição, e que inaugura a 2 de julho de 1966, na presença do Presidente da República da altura, Almirante Américo Tomás.

Sendo uma obra pioneira, desde a génese, o seu nascimento requer que se encontrem respostas para que a tornem possível. E é durante este processo que surge a ideia da criação do Totobola, uma inovação que nasce, mais uma vez, pela cabeça e mão de Melo e Castro e da Santa Casa, cujas receitas se destinaram a financiar a obra e funcionamento do CMRA e da sua escola de terapeutas, bem como de outros estabelecimentos da área da ação social, saúde e desporto, por todo o país.

Assim, em 1961, foram criadas, por decreto-lei, as Apostas Mútuas Desportivas, designadas por Totobola. A sua administração e exploração competiam à Misericórdia de Lisboa e o respetivo rendimento líquido foi consignado expressamente, e em partes iguais, ao fomento da educação física e atividades na modalidade de reabilitação de diminuídos físicos.

As primeiras notícias do Centro de Reabilitação de Alcoitão

Nas suas viagens pelo mundo à procura dos melhores exemplos na área da medicina de reabilitação, Melo e Castro conhece Howard A. Rusk, um médico da especialidade, de Nova Iorque, que será mentor de Santana Carlos, futuro diretor do Centro de Alcoitão. O encontro entre Rusk e Carlos viria a revelar-se decisivo para a tomada de decisão de construir um centro de raiz. O médico americano aplicou com enorme sucesso este modelo enquanto médico militar na II Guerra Mundial, com a universidade de Nova Iorque a disponibilizar-lhe algumas alas nos hospitais de Bellevue e Goldwater, para se dedicar à reabilitação de civis. Entre outras ações, promoveu campanhas publicitárias e de informação pública, destacando-se a sua colaboração semanal com o New York Times.

Corria o verão de 1958, quando Howard Rusk, aquando de uma viagem pela Europa, chega a Portugal, facto que correu logo pelos jornais portugueses na altura. As notícias davam conta de que a sua chegada tinha como objetivo “apreciar e estudar, com as entidades responsáveis, os planos do Centro de Reabilitação de Diminuídos Físicos, o primeiro a ser instalado no nosso país, cuja construção […] ainda se iniciará no decurso do ano corrente, em Alcoitão, no concelho de Cascais”. Ou ainda: “custará 25 mil contos um Centro de Reabilitação de Diminuídos Físicos a construir por iniciativa da Misericórdia de Lisboa”.

 

A arquitetura

O projeto de arquitetura do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão ficou a cargo de Sebastião Formosinho Sanchez. A obra do autor inseria-se, nos anos de 1950 e 1960, numa linha de continuidade do Modernismo – um movimento de ideias visto sob a perspetiva de que a tecnologia e o design ajudariam a mudar uma sociedade cheia de desigualdades e a recuperar da I Guerra Mundial.

Para Formosinho Sanchez, o Centro de Alcoitão foi a sua maior obra na qual quis projetar um ambiente acolhedor, propício à cura, um ambiente de “quase casa”, tentando encontrar uma nova linguagem para os edifícios hospitalares que resistisse à ideia de “frio e de branco” dos hospitais. O edifício desenvolve-se em estreita relação entre a paisagem natural e o espírito do lugar, uma zona com forte influência do oceano e da serra de Sintra, com os jardins e parque envolventes a constituírem um exemplo de projeto de arquitetura paisagista do Modernismo.

 

CMRA Espaço Interior

História recente

Durante 40 anos, o Centro de Medicina de Alcoitão foi único no país. E apostou, logo no início da sua existência, na educação de profissionais da área da reabilitação, com a integração, em 1966, da Escola de Reabilitação de Alcoitão (ERA), convertida, mais tarde, na Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA), um estabelecimento privado de ensino superior politécnico e o primeiro, em Portugal, com cursos de Fisioterapia, de Terapia Ocupacional e de Terapia da Fala.

Hoje, com mais de meio século de existência, continua a prover serviços pioneiros e exclusivos, apostando na tecnologia inovadora e na melhoria das condições de acolhimento dos utentes. 

Um dos equipamentos mais extraordinários do Centro de Alcoitão é o exosqueleto. Foi adquirido em 2016 e é único em Portugal. Trata-se de um dispositivo robótico que consiste num fato biónico ajustável ao utilizador, tendo várias áreas de aplicação. Na área da saúde é utilizado em reabilitação, permitindo que pessoas com alterações neuromusculares dos membros inferiores possam realizar a posição de pé e treino de marcha, conferindo-lhes maior mobilidade, autoconfiança, força, flexibilidade e resistência. A sua utilização como meio de intervenção terapêutica proporciona um aumento da funcionalidade e da independência da pessoa, indo ao encontro dos principais objetivos da reabilitação. As suas características são, assim, imprescindíveis e essenciais na reabilitação da população que acede ao Centro.

Em 2021, requalificou o seu Laboratório de Marcha, o único equipamento de análise do movimento a nível nacional, atualmente, dedicado à atividade clínica. Em que consiste? Num meio complementar de diagnóstico, que fornece informações indispensáveis para a tomada de decisões clínicas fundamentadas.

Já este ano, por ocasião das comemorações do seu 57.º aniversário, o Centro inaugurou a ‘parede de escalada’, uma infraestrutura adaptada para utilização por parte de doentes com patologias neurológicas, tanto em idade adulta como em idade pediátrica, num projeto original, inovador e ambicioso, com inúmeros benefícios para os utentes, e de incentivo à prática de uma modalidade desportiva. 

Atualmente, o Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão dispõe de 150 camas para internamento, organizadas em três serviços, de acordo com o grupo etário e regime de prestação dos cuidados. Conta também com as unidades de residências assistidas, destinadas a utentes com incapacidade motora.

Camisola amarela Jogos Santa Casa entregue a Valeria Valgonen

Terminou ontem, em Gondomar, a 3.ª Volta a Portugal Feminina, com a atleta russa Valeria Valgonen a sagrar-se vencedora da prova e também da quarta e última etapa, de 84,4 quilómetros, que ligaram Murtosa a Gondomar, com as pedaladas a serem feitas quase sempre debaixo de chuva ao longo da maior parte do percurso.

Já entre as equipas portuguesas, a sorte não esteve com a campeã nacional de fundo, Cristiana Valente, forçada a abandonar a prova depois de sofrer uma queda. Ana Caramelo destacou-se pela positiva, acabando por ser a melhor nacional, no sexto posto, a 1,12 minutos da vencedora.

A camisola branca foi a única que não mudou ao longo de toda a competição. Logo no início da Volta, a ribatejana Marta Carvalho assumiu o primeiro lugar entre as juniores e não o largou até Gondomar, última etapa, terminando no 14.º lugar. “Esta camisola é muito importante para mim, porque mostra que estou no bom caminho e o trabalho está a dar resultados”, a atleta, de apenas 17 anos.

O pelotão da 3.ª Volta a Portugal Feminina Cofidis contou com cerca de 100 ciclistas e 15 equipas, dez portuguesas e cinco espanholas. Foi a maior edição já realizada, com cinco dias, numa aposta da Federação Portuguesa de Ciclismo em aumentar a dimensão territorial da prova, com passagem por municípios ligados à história da competição e da modalidade, que começou em Lisboa, no dia 13, e terminou no domingo (17), em Gondomar.

Pelo terceiro ano consecutivo, a prova contou novamente com o apoio dos Jogos Santa Casa, que voltaram a dar nome à camisola mais importante deste desporto – a amarela.

Para Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, este é um apoio que “enaltece o grande trabalho realizado pela Federação Portuguesa de Ciclismo, pela aposta que deve ser o caminho de todos os desportos e modalidades na igualdade de género no desporto e, neste caso, na aposta na vertente feminina do ciclismo. À semelhança do que os Jogos Santa Casa fazem neste apoio ao desporto, e aqui a vestirem a camisola amarela desta Volta a Portugal Feminina, seria importante haver mais patrocinadores que ajudem a elevar para patamares superiores este desporto e esta Volta, porque merecem. E estas atletas merecem”.

Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo.

Santa Casa sensibiliza jovens das casas de acolhimento para a transição energética

A Santa Casa da Misericórdia associou-se ao projeto Smart2B, uma iniciativa financiada pela Comissão Europeia no âmbito do programa Horizonte 2020 e coordenada em Portugal pela EDP, que visa criar um sistema abrangente de edifícios inteligentes que coloca os seus utilizadores no centro da transição energética. O objetivo final passa sempre por contribuir para um futuro mais verde e sustentável.

Neste âmbito, a Santa Casa será responsável por promover o envolvimento das crianças e jovens adultos que vivem em casas de acolhimento, incutindo-lhes a consciência ambiental e o conhecimento sobre transição energética através de várias atividades, para que eles próprios se tornem agentes ativos de mudança. 

Entre as iniciativas pensadas estão atividades lúdicas e de lazer com caráter formativo, centradas nos temas de eficiência energética e no tema da sustentabilidade, que despertem a curiosidade e alertem para a importância do uso responsável de energia.

Numa vertente mais tecnológica, a Misericórdia de Lisboa disponibilizou aos jovens dispositivos energéticos de última geração, capacitando-os para participarem ativamente na sua gestão da energia e tomarem decisões informadas sobre o uso da mesma nas suas vidas quotidianas.

Consciencializar a jogar

Tendo em conta o impacto que os videojogos têm nos jovens hoje em dia, a Santa Casa procurou desenvolver o conceito de ‘gamificação’, em conjunto com a EDP New, fazendo uso do fascínio existente por este imenso mundo virtual. No horizonte está a criação de um ambiente divertido e interativo que motive os jovens a aprender e a contribuir para os objetivos do projeto de eficiência energética e preservação ambiental. Este sistema irá posteriormente incorporar elementos de um jogo de vídeo tradicional, incluindo missões, vários níveis de dificuldade e pontos de experiência.

Além destes vetores, a instituição está também a trabalhar em conjunto com uma rede de parceiros internacionais para criar uma rede de edifícios inteligentes que respondam aos problemas atuais em torno da sustentabilidade energética.

Fundo Rainha D. Leonor apoiou requalificação do Lar de S. Bartolomeu em Baião

Foram inauguradas na passada sexta-feira, dia 7 de julho, instalações alvo de requalificação do Lar de S. Bartolomeu, da Santa Casa da Misericórdia de Baião. A obra, que contemplou ainda a criação de um circuito exterior nas instalações, recebeu financiamento por parte do Fundo Rainha D. Leonor no valor de 300 mil euros.

Esta remodelação dotou o Lar com uma capacidade para 71 utentes, ao invés dos 65 anteriores. Estas seis novas vagas permitem acolher temporariamente idosos após alta hospitalar ou em situação de emergência temporária.

Deixaram de existir quartos triplos e quádruplos, que passaram a quartos individuais e duplos. Foram igualmente criados espaços de lazer dentro dos quartos, como zonas de leitura e música, ou para receber visitas e usufruir da paisagem. Os quartos foram também equipados com acesso à internet.

Sobre o circuito exterior agora criado, este foi pensado para receber as famílias e possibilitar aos utentes a realização de exercício físico ou apenas um passeio ao ar livre. O arranjo exterior contemplou a criação de pérgulas, circuitos, solário e estufa com plantas e flores.

Cerimónia no Entroncamento

Na próxima quarta-feira, 12 de julho, será inaugurada outra obra apoiada pelo Fundo Rainha D. Leonor, neste caso da Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento. O apoio, no valor de mais de 48 mil euros, destinou-se à reabilitação interna do Lar e Centro de Dia, bem como à criação de um jardim sensorial, horta acessível, circuito bio-saudável e uma sala de snoezelen.

O Fundo Rainha D. Leonor foi criado em 2015 pela Santa Casa de Lisboa e pela União das Misericórdias Portuguesas. Tem como objetivo ajudar as Misericórdias em todo o país, contribuindo para a coesão social e territorial do país.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas