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Valor T promove encontro com entidades do tecido empresarial português

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a CIP – Confederação Empresarial de Portugal assinaram, esta quinta-feira à tarde, 7 de julho, na Mitra – Polo de Inovação Social, um protocolo que estabelece os princípios de colaboração entre as duas instituições na implementação de atividades do projeto Valor T.

Foi um evento que teve de tudo. Acima de tudo, emoção e esperança. Primeiro foi um encontro entre empresas e candidatos. Depois, assinou-se um protocolo entre a Santa Casa e a Confederação Empresarial de Portugal. No primeiro momento, ouviram-se testemunhos de empresas e de candidatos (que, entretanto, estão a trabalhar). “Oportunidade de ouro”, “feliz”, “orgulhoso”, “voltei a acreditar”, “sinto-me parte de algo”, foram algumas das palavras mais proferidas pelos candidatos.

Por outro lado, as empresas valorizaram o trabalho da Valor T. Segundo os empresários, a agência de empregabilidade veio preencher uma lacuna no mercado de trabalho, fazendo a ponte entre os candidatos e as empresas. Neste encontro, os empresários classificaram os candidatos de “bravos e transformadores”, pela forma como se entregam no trabalho e pelo caráter transformador desta experiência.

Na sua intervenção, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, sublinhou que este evento tem dois grandes objetivos: celebrar um ano da Valor T e a assinatura do protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a CIP. “Passado um ano da criação da Valor T – e não foi um ano particularmente fácil – podemos hoje dizer que uma parte da ambição que tínhamos está mais perto de se concretizar. É um sinal que estamos no caminho certo. O outro grande objetivo deste evento era a assinatura deste protocolo com a Confederação Empresarial de Portugal. Um passo importante para as empresas, para os candidatos, para a inclusão e para o trabalho digno para todos. A assinatura deste protocolo é um estímulo adicional para continuarmos o nosso trabalho.”

Já António Saraiva lembrou que “estamos associados a este projeto desde o início e com bastante empenho. Sendo a CIP a confederação das empresas, cabe às empresas fazer diferente, fazer melhor. O talento não tem género e não é exclusivo daqueles que não são portadores de deficiência.” O presidente da CIP defendeu, ainda, que assinatura deste protocolo representa um “valor civilizacional”, acrescentando que “há que transformar as mentalidades” e que “não podemos deixar ninguém para trás”.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, elogiou a iniciativa e disse que “estamos a construir em conjunto uma sociedade mais inclusiva”. A representante do Governo classificou os candidatos como “bravos transformadores”, sublinhando “o poder transformador do trabalho, da inclusão e da transformação da sociedade”.

Celebrar um trabalho de todos

A ocasião, inserida nas festividades dos 524 anos da SCML, foi assinalada por um encontro de comemoração entre a Valor T e as empresas que se associaram a este projeto. Dos parceiros fazem parte empresas como El Corte Inglés, Altice, Inditex, Jerónimo Martins, SONAE, CUF, Santander, Media Capital, entre muitas outras. Estiveram igualmente presentes dirigentes da Santa Casa, representantes do Governo, da Presidência da República, do Município de Lisboa, entre outros.

Lançada a 1 de maio de 2021, a Valor T tem por missão apoiar as pessoas com deficiência na procura e concretização do seu potencial profissional através de um processo de promoção de empregabilidade centrado na valorização do talento e mérito dos candidatos e no acompanhamento e partilha de oportunidades pelas entidades empregadoras.

Desde a sua criação, mais de 150 empresas estão registadas na plataforma da Valor T e a colaborar ativamente para a integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Contabilizam-se, ainda, cerca de 1500 candidatos registados. A Valor T conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

Testemunhos de empresas que trabalham com a Valor T

João Antunes, responsável pela aquisição de talentos do Grupo INDITEX, referiu que “sempre fez sentido para nós incluir pessoas que realmente necessitam e dar-lhes oportunidade de começar uma vida nova. Faz parte dos nossos valores e princípios enquanto empresa.”

Graça Rebôcho, diretora de Recursos Humanos na Altice Portugal, considerou que “foi muito positivo estar aqui hoje e ouvir os testemunhos de diversas pessoas que já estão incluídas neste projeto. Nós aderimos ao programa desde o início, porque temos várias iniciativas ligadas à inclusão, portanto, este é mais um passo para contribuir para a empregabilidade das pessoas com deficiência.”

“A Beleza das Pequenas Coisas” – parte 2

Rui Pinto da Costa é parte fundamental da Obra Social do Pousal. A sua dedicação e comportamento admiráveis fazem com que seja acarinhado por todos. Essa é também a forma de retribuírem a Rui o cuidado que tem com todos aqueles que habitam no Pousal.

Por vezes, Ana Xavier encontra a paz na igreja. É na pequena capela do Pousal que pensa naqueles que ama, que pede a Deus um mundo melhor. Hoje, é mais fácil arrancar um sorriso a Xavier. Aprendeu a viver aqui depois de um início menos feliz. “As pessoas boas” que encontrou nesta resposta da Santa Casa foram decisivas para que hoje chame casa ao Pousal.

Trazer a vida às dezenas de pessoas que residem na estrutura residencial para pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento é a missão desta resposta da Santa Casa, que conta com uma equipa multidisciplinar focada nas necessidades dos utentes.

Veja aqui a segunda parte da reportagem “A Beleza das Pequenas Coisas”, que conta a história de utentes da Misericórdia de Lisboa, para quem, muitas vezes, só importa “ter um dia feliz”.

“A sorte bateu-me à porta”. Candidatos da Valor T participam na Rock in Rio Academy

O Rock in Rio é, por definição, um festival de música, mas, nos últimos anos, tornou-se em algo muito maior. Pode ouvir-se música, é certo, mas também aprender. Esta quarta-feira, 22 de junho, as colunas desligaram-se para dar tempo à Rock in Rio Academy. Neste evento, seis candidatos da Valor T – que, entretanto, já estão inseridos no mercado de trabalho – fizeram o acolhimento e a credenciação dos participantes da Academia do Rock in Rio.

A Cidade do Rock de Lisboa abriu novamente as portas para receber a 3ª edição do Rock in Rio Academy – uma ação de formação em gestão com base no modelo de negócio de uma das maiores marcas de experiência do mundo.

A Valor T, a agência de empregabilidade dedicada a pessoas com deficiência da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, convidou Maria, Miguel, Marcos, Ronica, Tiago e Cânia para participar no evento. Uns encaminhavam os participantes, outros asseguravam a credenciação. Sempre acompanhados pela equipa da Valor T. À medida que as tarefas foram distribuídas, o nervoso inicial passou rapidamente. Orgulhosos pela oportunidade, estes homens e mulheres desejavam intensamente mostrar o seu valor e capacidade de trabalho.

“Já tinha desistido de procurar”

Entre os seis elementos, está Maria Moreira, 36 anos, de Sintra. Inscreveu-se logo no início do lançamento da Valor T. “O processo levou algum tempo”, recorda. Mas hoje está “feliz e realizada”. “Como se sabe, é difícil para as pessoas com deficiência entrar no mercado de trabalho. Trabalhei nas limpezas, mas não era o que gostava de fazer”.

A candidata tem uma lesão no plexo braquial, afetando principalmente os movimentos e a sensibilidade do ombro e cotovelo. Movimentos como levantar e abrir o braço, e dobrar o cotovelo ficam difíceis ou impossíveis. Por esta razão, cada vez que procurava emprego, “as portas fechavam-se”, conta.

Quando Maria recebeu um telefonema da Valor T, não esperava que do outro lado da linha fosse anunciada a oportunidade que tanto queria. Hoje é operadora ajudante de loja no El Corte Inglés. “Estou feliz. Já tinha desistido de procurar e, quando menos esperava, a sorte bateu-me à porta”, lembra, sorridente. “Vim apenas pela experiência, nem foi pelo bilhete que nos oferecem. Normalmente, apenas escolhem os modelos e perfeitos para fazerem parte destes eventos. Hoje é o meu dia”, rematou.

“É uma oportunidade para socializar”

Também Tiago Ferreira, 26 anos, de Santa Iria da Azoia, encontrou na agência de empregabilidade para pessoas com deficiência, da Misericórdia de Lisboa, um porto de abrigo. A história repete-se. “As pessoas com deficiência têm uma dificuldade acrescida em entrar no mercado de trabalho”, sublinha.

O jovem candidatou-se em 2021. Atualmente está a trabalhar como auxiliar de jardinagem no Pingo Doce. “Senão fosse a Valor T, não teria conseguido entrar no mercado de trabalho. Há um estigma enorme em relação às pessoas com deficiência”, nota.

Tiago sofre de uma doença crónica que o impede de absorver cálcio, estando medicado para o efeito. Sobre a iniciativa desta quarta-feira, o jovem jardineiro acredita que “é uma oportunidade para socializar, conhecer novas pessoas e perder um pouco da timidez” que tem.

“Faço o que gosto”

Já Marcos Rosa, 39 anos, de Porto Alegre (Brasil), há quatro anos em Portugal, encontrou a agência Valor T através do Google. Fez entrevista em janeiro e depois começou a receber várias propostas de trabalho ao seu perfil. Em abril, começou a trabalhar na Zara. “Comecei como part-time, o salário é bom em comparação com outros que já vi, e, agora, vou ter um horário completo. Faço o que gosto, trabalho com pessoas, com público, com vendas. Era exatamente o que eu procurava”, diz, satisfeito.

O brasileiro está a recuperar de cancro e à espera de transplante de médula. Enquanto recupera, confessa estar “feliz” por sentir-se útil de novo. Para finalizar, Marco conta que é a primeira vez que irá participar no Rock in Rio. “Eu estou a realizar um sonho”, diz, sorridente.

 

“A Beleza das Pequenas Coisas”

Josefina Santos está a aprender o que não teve oportunidade de fazer antes: ler e escrever. Fá-lo com a ajuda da amiga Fredi, uma escritora a quem a mobilidade reduzida não impediu de colocar em palavras as histórias que habitam na sua imaginação.

Josefina e Fredi tornaram-se inseparáveis. São o apoio uma da outra. Foi na Obra Social do Pousal que a ligação nasceu. Foi na vontade de verem a beleza nas pequenas coisas que a amizade nasceu. O admirável está nos gestos manifestados, nos sorrisos partilhados e no olhar que denuncia o orgulho que Josefina tem pela amiga “que não quer perder”.

Trazer a vida às dezenas de pessoas que residem na estrutura residencial para pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento é a missão desta resposta da Santa Casa, que conta com uma equipa multidisciplinar focada nas necessidades dos utentes.

Veja aqui a primeira parte da reportagem “A Beleza das Pequenas Coisas”, que conta a história de utentes da Misericórdia de Lisboa, para quem, muitas vezes, só importa “ter um dia feliz”.

 

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