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Prémios Play. Na festa da música portuguesa, a Santa Casa reforçou o apoio à cultura

“Agradeço do fundo do coração ter nascido fadista e por cantar a nossa música portuguesa”. As palavras dirigidas ao público presente no Coliseu dos Recreios parecem sair do coração de Sara Correia. Cada palavra carrega uma mistura de emoção e surpresa, de paixão, quase em jeito de homenagem não planeada à sua mais recente obra, que lhe valeu uma distinção na 3ª edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa. “Do Coração”, o segundo álbum de Sara Correia, lançado em setembro de 2020, venceu o prémio Play “Melhor Álbum de Fado”, categoria onde também estavam nomeados trabalhos de Mariza, Cuca Roseta e Buba Espinho.

A fadista recebeu o galardão das mãos de Filipa Klut, administradora da Santa Casa com o pelouro da cultura, e do fadista Camané. O compromisso assumido com a cultura fez com que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa voltasse a associar-se aos Play, agora na qualidade parceiro cultural, uma relação que se justifica pela forma como esta cerimónia homenageia todos os músicos nacionais.

“A associação da Santa Casa aos Play surgiu naturalmente. Foi fácil pensarmos que era absolutamente clara a nossa ligação a esta cerimónia. Os Play assumem o papel de valorizar os talentos nacionais. É o setor da música a ser elogiado, valorizado e festejado nestes prémios. Portanto, faz todo o sentido estar ao lado destes prémios, uma vez que a Santa Casa tem como eixo estratégico o apoio à cultura e ao talento nacional”, explica Filipa Klut.

“Chegou tão tarde” é o título de uma das faixas do mais recente trabalho de Sara Correia, mas que não pode ser ajustado ao percurso da artista. Sara nasceu numa família de fadistas, começou a atuar aos 12 anos de idade e aos 14 triunfou na “Grande Noite do Fado”. Ontem, aos 28 anos, viu o seu último álbum, “Do Coração”, vencer um prémio Play. Em cada faixa do álbum mora a alma de quem trata o fado por tu, mas sempre com o respeito que a guitarra portuguesa lhe merece.

São 16 anos de uma carreira elogiada pela crítica. Ainda assim, como a própria diz, o “fado requer maturidade” algo que Sara foi conquistando com o tempo. “Este prémio tem todo o sabor pelo facto de ainda ser jovem e porque acho que o fado é algo que se vai ganhando com amadurecimento”, revela. Mas para quem já a viu atuar, por exemplo, na última edição do festival Santa Casa Alfama, sabe que a fadista assume em palco a postura própria de uma veterana.

“É verdade que eu canto desde os meus nove anos, mas penso sempre que tenho de cantar para algo maior. Para mim esta é a grande porta para uma nova geração do fado e principalmente para dizer às pessoas para não terem qualquer timidez”, apela a artista deixando ainda o alerta para a “necessidade de dar continuidade à cultura portuguesa nas mais variadas áreas”.

Cultura que, para Sara, sempre foi “a coisa mais importante do mundo”. E não só a música. “A arte é aquilo que nos aquece e que nos dá a energia que precisamos para a vida”. A única coisa que pede, todos os dias, ao público é que “nunca se esqueça que a arte é a coisa mais maravilhosa que existe e que sem ela não vivemos”. Certo é que, enquanto existir palco, continuaremos a ouvir a voz de Sara Correia, que em cada palavra cantada exalta o fado, “que com orgulho é nosso, que com orgulho é a nossa alma portuguesa”.

Filipa Klut e Sara Correia

“O Outro como epifania do belo”: quando a beleza e a hospitalidade coabitam no mesmo espaço

Cartazes colados na calçada anunciam “O Outro como epifania do belo”. A viagem pela exposição começa no Largo Trindade Coelho. É aqui, junto à escultura da artista Fernanda Fragateiro, que a diretora da Cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Margarida Montenegro, inaugura a exposição polinucleada que, até 5 de setembro, estará patente no Polo Cultural de São Roque, formado pelo Largo Trindade Coelho, Igreja e Museu de São Roque, arquivo e biblioteca da Santa Casa e Brotéria. Devido à proximidade e importância que tem, este polo foi estendido ao Convento de São Pedro de Alcântara que, tal como acontece nos outros locais, estará de portas abertas de terça a sábado, das 10h às 18h, para quem quiser contemplar a exposição.

Quatro artistas plásticos contemporâneos e dois curadores apresentam propostas adequadas a cada um dos espaços, tendo por base o tema da hospitalidade. O tópico foi lançado em 2018 e foram já desenvolvidas várias iniciativas nessa linha, uma vez que o conceito da hospitalidade está intrinsecamente associado à missão da Misericórdia de Lisboa. Esta exposição é isso: uma resposta ao tema da hospitalidade como desígnio para uma cultura do outro. É, ainda, uma tentativa de interrogar artistas e públicos sobre a beleza de quem nos rodeia, seja ela qual for.

“Há cerca de dois anos começámos a perceber que estavam a surgir, no Largo Trindade Coelho, vários espaços culturais. Então achámos que faria sentido criar um polo que se articulasse entre nós todos. Esta exposição é exatamente o fruto dessa articulação, porque a Misericórdia tem uma missão hospitaleira”, destaca Margarida Montenegro.

Como representar o outro? Como trabalhar a relação com a hospitalidade? Estas foram as perguntas de partida para os  trabalhos de André Guedes, Fernanda Fragateiro, Joana Craveiro, Manicómio, Pedro Paixão e Rui Pimentel. Em cada exposição vemos obras que representam, nas mais variadas formas, o outro.

Abertura da exposição de arte contemporânea “O Outro como epifania do belo”

PARApeito: um festival para ser visto à janela

Na segunda edição, a decorrer até ao final de junho, o festival chega aos centros de dia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a escolas primárias, a uma casa de acolhimento e ao Hospital Júlio de Matos, voltando ao Santa Maria, ao Pulido Valente e à Casa Acreditar. Esta quarta-feira, 16 de junho, pelas 14h30, foi a vez dos utentes do Centro Social da Sé serem brindados com um festival para o peito, em plena rua Nova da Trindade.

Natalina Silva, 91 anos, utente do Centro Social da Sé, já estava à janela do número 15 da rua Nova da Trindade, perto do Chiado, dez minutos antes de começar o espetáculo. Estava ansiosa por ver algo diferente. Depois de tanto tempo em isolamento, os utentes dos centros de dia estão sedentos por atividades culturais e contacto com outras pessoas. Vibrou e sorriu com cada movimento da dupla do Circo Caótico. Encantou-se com a performance do casal que fez o espetáculo na rua. Uma vez que tem estado sem contacto com os restantes utentes do centro, por causa da pandemia, esta apresentação dá-lhe alegria e esperança.

“Foi poucochinho! Gostei muito, mas queria mais. Esta atuação fez-me lembrar a minha mocidade. Eu fazia aquilo que a rapariga fez”, recorda. “Eu gosto é de alegria, precisamos todos de alegria depois de tanto tempo isolados e de mais iniciativas desta natureza”, finalizou.

Por outro lado, Maria Luísa Mendonça, 74 anos, e há dez anos no Centro Social da Sé, também lamenta os tempos difíceis da pandemia e do isolamento que a obrigou a afastar-se dos seus amigos do centro. Por esta razão, Maria Mendonça considera que “estes espetáculos são importantes, fazem-nos bem, são terapia para o corpo e para a mente”, disse, acrescentando que é “necessário mais iniciativas deste género”.

Rapariga a fazer acrobacias

Um festival que quebra o isolamento e recupera a confiança

Fernando Pinto, diretor da Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) Colinas, da Misericórdia de Lisboa, sublinha que “o festival PARApeito visa quebrar o isolamento e é um importante contributo para que reaprendamos a confiança na copresença, depois de tantos meses condicionados”, explicando “que as atividades resumem-se a pequenos solos artísticos (música, circo, teatro, histórias, malabarismo, dança), concebidos também para o espaço exterior (ruas, largos, pracetas) e para serem vistos da janela”.

“Sabe-se hoje que as medidas adotadas para controlar a pandemia contribuíram para que o número de pessoas com sintomas moderados e graves de ansiedade, depressão e stress pós-traumático aumentassem”, lembra o responsável da UDIP Colinas. “Temos de estar atentos ao estado emocional e psicológico dos utentes, em especial daqueles que já antes da pandemia se encontravam numa situação de maior vulnerabilidade psicossocial, como é o caso de muitas pessoas idosas que tinham como espaço de sociabilidade os centros de dia. O desafio é agora ajudar estas pessoas a retomar uma ‘normalidade’, criando condições para que percam o medo e ganhem novamente confiança. A arte pode dar aqui um contributo importante”, nota.

Fernando Pinto recorda que já decorreram dois pequenos solos artísticos no Centro Polivalente Social São Cristóvão e São Lourenço, o “Monstro Coletivo” e o “Coração nas Mãos”, destacando uma reação “muito positiva” dos utentes.

Para Susana Alves, diretora da associação Lugar Específico, o nome do festival tem duas interpretações: “a ideia de se levar Cultura a um lugar onde as pessoas estão protegidas atrás do seu parapeito”, mas também “levar algo para o peito” de quem assiste aos espetáculos.

“O Festival PARApeito é isso, a possibilidade de fazer um festival, cumprindo as regras e indo ao encontro das pessoas que estiveram mais fragilizadas e mais isoladas durante esta temporada. E, por outro lado, criar condições para os artistas poderem trabalhar”.

Idosos à janela

O Festival

O “Festival PARApeito” é uma iniciativa da Lugar Específico, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. Tem como objetivo combater o isolamento dos afetados pela pandemia e, em simultâneo, apoiar os artistas em situação de vulnerabilidade. No âmbito desta iniciativa decorrem pequenos solos artísticos concebidos para trazer algum conforto aos espectadores.

Nesta segunda edição foram propostos cinco coletivos de artistas com diferentes linguagens artísticas, tendo sido escolhidos pela Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) Colinas, como solos artísticos: o Monstro Coletivo, o Coração nas Mãos e o Circo Caótico. Os espetáculos aconteceram a 12 de maio e 9 de junho no Centro Social Polivalente de São Cristóvão e São Lourenço. Já no Centro Social da Sé decorreu esta quarta-feira o primeiro e o próximo está marcado para 25 de junho.

Santa Casa Portugal ao Vivo. “Um dia inesquecível” para os jovens da Misericórdia de Lisboa

Ao mesmo tempo que Os Azeitonas subiam ao palco do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto, os D.A.M.A começavam o concerto no Campo Pequeno, em Lisboa, com o tema “Sozinhos à Chuva”. Os dois concertos que decorreram este sábado, dia 29 de maio, estão inseridos no programa da 2ª edição do Santa Casa Portugal Ao Vivo, que tem em agenda a realização de dez espetáculos em Lisboa e dez no Porto, num evento que conta com um cartaz 100% português.

Os D.A.M.A cantavam e Susana e Érica acompanhavam a banda portuguesa em cada tema. As duas jovens da Casa de Acolhimento Santa Joana Princesa já tinham estado nesta sala de espetáculos no passado dia 22 de maio, a assistir ao concerto de Diogo Piçarra, que marcou o regresso do artista aos palcos nacionais.

Tudo isto é possível graças ao apoio da Misericórdia de Lisboa à cultura nacional. Um auxílio que permite ainda que utentes da Misericórdia de Lisboa tenham acesso a momentos únicos como aqueles que viveram no passado dia 29 de maio. Cerca de 50 jovens de vários equipamentos da Misericórdia de Lisboa puderam assistir ao concerto dos D.A.M.A, que contou ainda com Bárbara Bandeira e Carolina Deslandes como artistas convidadas. Um momento que, para muitos deles, será inesquecível.

Para a educadora do Centro de Capacitação D. Carlos I, Vânia Cabral, esta experiência é fundamental, depois de “muito tempo confinados”. “É uma oportunidade de eles saírem, divertirem-se, fazerem atividades que em tempo de pandemia não foram possíveis. Acho muito importante para eles, até porque muitos nunca foram a um concerto de música”, explica.

É o caso do Henrique. O regresso dos concertos ao Campo Pequeno marca a estreia deste jovem de 18 anos em espetáculos ao vivo. “Nunca fui a nenhum concerto na minha vida e já há muito tempo que queria ter essa experiência. Estou muito contente. É, certamente, um dia inesquecível”, revela o jovem. E deixa um aviso:  “Sempre que for possível, quero repetir a  experiência”.

Henrique e André não perderam pitada do espetáculo. Todos os momentos ficaram registados em vídeo e fotografia. “Para André foi um concerto emocionante”, mas melhor foi o momento em que, no exterior do Campo Pequeno, conseguiu tirar uma fotografia com Kasha, um dos membros dos D.A.M.A, uma imagem que jamais se apagará da memória.

 

Dia Internacional dos Museus

“O futuro dos museus: recuperar e reimaginar” é o tema da celebração do Dia Internacional dos Museus, proposto pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) para 2021. É um convite a todos os que queiram visitar os museus e descobrir o património dos locais onde vivem. A data é celebrada anualmente a 18 de maio, desde 1977, por proposta do ICOM, organismo da UNESCO.

No Dia Internacional dos Museus de 2021, convidamo-lo a conhecer melhor a história do Museu de São Roque, através de duas visitas guiadas temáticas (uma presencial e outra virtual), promovidas pela Cultura Santa Casa.

O Museu de São Roque foi um dos primeiros museus de arte a serem criados em Portugal. Abriu ao público em 11 de janeiro de 1905, com a designação de Museu do Thesouro da Capela de São João Baptista, no edifício da antiga Casa Professa da Companhia de Jesus. Ao longo do século XX, foi objeto de várias remodelações, mas a mais profunda foi levada a cabo entre 2006 e 2008, permitindo duplicar a sua área de exposição permanente.

Museu de São Roque

Através de uma visita virtual, poderá, igualmente, conhecer a história do teto da igreja de São Roque. O único teto pintado quinhentista que ainda hoje persiste na cidade de Lisboa. Trata-se de uma obra de extrema beleza que ao longo dos séculos continua a surpreender os visitantes desta igreja jesuíta. Esta exposição tenta mostrar não só a beleza desta obra, mas também a riqueza iconográfica da mesma, explorando detalhes que não são percetíveis a quem a visita in loco, no corpo da igreja.

Lotaria instantânea do Património

O Dia Internacional dos Museus foi também a data escolhida para o lançamento da Raspadinha do Património. Inscrita no Orçamento do Estado de 2021, esta nova lotaria instantânea é lançada com o propósito de ajudar a responder a “necessidades de intervenção de salvaguarda e investimento”, em património classificado ou em vias de classificação, segundo as prioridades definidas pelo Governo para este ano.

Descubra as sugestões do Centro Editorial da Santa Casa para assinalar o Dia Mundial do Livro

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor assinala o aniversário da morte de diversos escritores, como William Shakespeare, Miguel Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega. A data tem como objetivo homenagear mundialmente livros e autores e visa incentivar todos a descobrir o prazer de ler.

Em 2021, a Misericórdia de Lisboa assinala esta efeméride destacando sete publicações recentes do Centro Editorial da Santa Casa, que se encontram à venda na loja online da Cultura Santa Casa, com um desconto de 10%.

Paralelamente, a instituição dá a conhecer o vídeo do making off do livro “A Vida Extraordinária de São Roque”, versão adaptada ao público infantojuvenil. Esta é uma obra que relata a caminhada desafiante de Roque de Montpellier em pleno cenário de uma Europa devastada pela peste negra. Entre lendas e crónicas, conta-se a história de São Roque, santo protetor contra a peste e padroeiro das vítimas de epidemias, herói de uma vida extraordinária.

Para além de “A vida extraordinária de São Roque”, a Cultura Santa Casa sugere também a “Missão, espiritualidade e arte em São Francisco Xavier”, de André Reinoso. Um livro que reúne textos do encontro científico que se realizou nos 400 anos da beatificação de São Francisco Xavier, pelo Papa Paulo V, a 25 de outubro de 1619, e do ciclo pictórico da sacristia da igreja de São Roque.

Já na área da ação social, a seleção recai sobre “A História do Super Laminhas na Casa Maria Lamas”, um projeto pensado e elaborado pela equipa técnica deste equipamento da Santa Casa, que dá conhecer um pouco mais sobre esta resposta social, apresentando algumas orientações, modos de funcionamento e estratégias de segurança trabalhadas.

No que à saúde diz respeito, destaque para dois títulos: um sobre os 50 anos do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, que disponibiliza serviços numa perspetiva integrada e comunitária de inserção social da pessoa com deficiência; e outro dedicado ao tema da Saúde Oral Infantil, na sexta publicação da coleção “Cadernos Técnicos”.

Ciclo de Conversas Online: Em torno da ciência e do conhecimento

A iniciativa conta com a participação de especialistas nas diferentes áreas temáticas presentes na exposição “Um Rei e Três Imperadores: Portugal, a China e Macau no tempo de D. João V”, orientando-se as sessões para os temas dos instrumentos científicos, relojoaria, astronomia, música e produção artística.

De 6 de abril e 30 de junho, de 15 em 15 dias, às terças-feiras (exceto a última sessão), pelas 17h30, vai poder assistir a sete conversas, em torno da ciência e do conhecimento, que contarão com a participação de vários convidados. As sessões têm a duração de meia hora e o restante tempo é destinado a perguntas.

A participação é gratuita, mas requer marcação prévia.

Informe-se sobre as restantes sessões na agenda do nosso site e participe neste Ciclo de Conversas online, promovido pela Direção da Cultura da Santa Casa.

Inscrições:
Sessões de 20 abr | 4 mai | 18mai | 1 jun | 15 jun
Sessão de 30 jun

Marcações e Informações:
Serviço de Públicos e Desenvolvimento Cultural
Tel.: 21 324 08 69/87/89
E-mail: culturasantacasa@scml.pt

 

2020 em revista. O ano em que trabalhar por boas causas fez ainda mais sentido

“Cuidar” e “ajudar” quem mais precisa são, provavelmente, as palavras que melhor definem o trabalho realizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ao longo do ano 2020. A pandemia de Covid-19 tudo condicionou e elevou as fragilidades de alguns setores de atividade.  O impacto da pandemia observa-se, por exemplo, no aumento do número de pessoas em situação vulnerável, o que levou mais cidadãos a recorrerem aos serviços da Misericórdia de Lisboa.

A Santa Casa esteve, desde o primeiro momento, na linha da frente a apoiar quem mais precisa. 2020 foi desafiante, mas a instituição elevou-se na resposta a esses desafios. Recorde aqui algumas ações levadas a cabo no ano em que trabalhar “Por Boas Causas” fez ainda mais sentido.

janeiro

O ano começa com o anúncio de mudanças no Euromilhões: nova imagem e mais milhões no jogo que cria excêntricos, todas as semanas. Para muitos, ganhar o Euromilhões é um sonho. Para outros, fazer da música carreira é o maior dos desejos. A Orquestra Geração, projeto que tem como objetivo combater o abandono e insucesso escolar através do ensino da música, pode ser o prelúdio de um sonho.

De Marvila chega um projeto em tudo idêntico, mas que explora outras capacidades. Na Cicloficina Crescente, os jovens aprendem como é que se muda um pneu ou afina a bicicleta. Mas é mais do que isso: é, acima de tudo, um espaço de partilha, de interação e de ajuda. É um espaço de solidariedade e de encontro.

O percurso até à realização pode, por vezes, ser feito de obstáculos. Todas as semanas, Tatiana e Maria percorrem um caminho difícil – mas cheio de esperança -, em direção ao Centro de Reabilitação de Nossa Senhora dos Anjos (CRNSA) para que as suas filhas aprendam a viver sem ver. É a história de quem “só precisa de um bocadinho de ajuda” para atingir grandes objetivos.

Um novo espaço cultural nasceu em Lisboa. Depois de quase 120 anos como revista de cultura, a Brotéria saiu do papel e mudou-se para o Bairro Alto. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugurou o espaço que faz parte de polo cultural da Santa Casa.

fevereiro

A campanha “Séculos de Boas Causas”, através de um constante “saltitar” entre passado e presente, numa clara alusão a um futuro risonho, assinalou mais de cinco séculos de trabalho em prol dos mais necessitados. Uma pequena parte da história da Santa Casa cabe no livro “Pessoas & Causas – 48 histórias de vida”, cujo objetivo é dar rosto às causas da instituição.

E a resposta não pode parar. Não vai parar. A identificação das necessidades das pessoas, sobretudo dos idosos, deve-se grandemente ao trabalho realizado no âmbito do Projeto RADAR, que aumentou a responsabilidade e a capacidade de transformação da Santa Casa.

Transformar, inovar e dinamizar são objetivos da Casa do Impacto que, em fevereiro, alocou 500 mil euros para apoiar projetos de empreendedorismo social através do fundo +PLUS.

Quem também contou com o nosso apoio foram as populações dos municípios devastados pelos incêndios de outubro de 2017. O Fundo Recomeçar proporcionou a algumas dessas vítimas a possibilidade de recomeçarem de novo.

março

Março: o mês em que a pandemia de Covid-19 começou a condicionar a vida dos portugueses. Numa altura em que o país atravessa uma das maiores crises de saúde pública de que há memória, a Santa Casa mantém a sua ação no terreno em tempos difíceis.

Ficar em casa foi a melhor das soluções para tentar impedir o alastrar da pandemia. Ainda assim, a Santa Casa saiu à rua para cuidar de quem mais precisa.

cândida - udip tejo

abril

A missão de não deixar para trás quem mais precisa de nós, manteve-se. De refeições feitas à base de carinho e atenção, da proteção aos idosos, de sermos, muitas vezes, a única família dos nossos utentes e dos heróis que encontramos na Santa Casa, a resposta à pandemia exigiu o máximo empenho de todos os colaboradores da instituição.

Loja online da Cultura renovada

A partir de agora, todos os visitantes que acedam à loja digital da Cultura Santa Casa vão poder usufruir de uma nova experiência, assente numa plataforma de e-commerce flexível, moderna e com grande potencial de crescimento, onde poderão adquirir produtos especialmente desenhados a partir das coleções do Museu de São Roque, acessórios para a casa, artigos de papelaria, de joalharia ou cerâmica e merchandising.

Loja Online Cultura

Para além de disponibilizar online os produtos que podem ser adquiridos na loja do museu, este canal de vendas conta também com as publicações promovidas pelo Centro Editorial. Para além dos tomos distribuídos pelas Edições Santa Casa, onde se relatam os mais de cinco séculos de vida da instituição nas suas várias áreas de atuação, estarão também disponíveis todas as informações sobre o universo cultural da Santa Casa, como exposições, colóquios, espetáculos e as visitas guiadas promovidas pela direção da cultura da Misericórdia de Lisboa.

De destacar também o acesso a cerca de uma centena de títulos digitais gratuitos, que pode descarregar para complementar a sua biblioteca “virtual”.

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas