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Santa Casa formaliza com parceiros criação de Centro Local de Informação e Coordenação

O Salão Nobre dos Paços do Concelho, na Câmara Municipal de Lisboa, foi o local escolhido para a provedora da Santa Casa, Ana Jorge, e o presidente da autarquia, Carlos Moedas, assinarem o Acordo Específico do Programa Lisboa, Cidade Com Vida Para Todas as Idades, agora com o nome a conter as palavras “com vida”.

A cerimónia contou ainda com a presença de representantes do Instituto da Segurança Social, da Administração Regional de Saúde de lisboa e Vale do Tejo, da Polícia de Segurança Pública e da Nova Medical School da Faculdade de Ciência Médicas da Universidade Nova de Lisboa, também parceiros do programa.

O acordo recém-assinado marca o início da terceira fase do programa, a qual prevê a concretização de um espaço colaborativo onde todas as organizações parceiras desenvolverão ações e atividades que assegurem a operacionalização das medidas do programa, obedecendo à lógica intersectorial de cogovernação e de governação integrada na área da longevidade e envelhecimento da cidade de Lisboa.

Para Ana Jorge a implementação do “Centro Local de Informação e Coordenação vai permitir atuar no terreno e implementar medidas com os nossos parceiros de uma maneira mais célere”, frisando que “o grande objetivo deste protocolo é o trabalho em parceira, numa organização colaborativa, no sentido de uma governação integrada e esta é a única forma de podermos atingir e irmos ao encontro desta população”.

Um propósito que tem como horizonte a criação de dinâmicas de interação e o estabelecimento de estratégias de intervenção transversais à cidade de Lisboa, em estreita articulação com a Rede Social de Lisboa e, em particular, com os verdadeiros operadores estratégicos locais: as Juntas de Freguesia.

Já Carlos Moedas fez questão de salientar que parcerias como esta “são o verdadeiro significado do Estado Social Local, que é trabalharmos todos em conjunto, com metas conjuntas para conseguirmos apoiar todos o que precisam, mais e melhor”.

De acordo com o Acordo Específico agora assinado, o CLIC-LX deverá entrar em funcionamento “durante o quarto trimestre de 2024”, devendo conter na sua estrutura organizacional três eixos de atuação, o do planeamento, da monitorização e da avaliação, que inclui as componentes da Vida Ativa com a composição de programas e projetos inovadores no âmbito do envelhecimento e ainda o Programa Municipal de Intervenção Comunitária e o da Vida Autónoma que prevê a formação e capacitação de cuidadores informais, um projeto-piloto de “Reconciliação Terapêutica”, Espaços Inter-Age e requalificação do Apoio Domiciliário Integrado, entre outras medidas.

Programa Lisboa Cidade de Todas as Idades: agora ainda mais perto da população sénior

Continuando o seu objetivo de apoiar, ajudar e identificar a população mais velha de Lisboa, o programa Lisboa Cidade de Todas as Idades, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, conta agora com mais um “aliado” nesta missão.

A mais recente unidade móvel utilizada pelas equipas do projeto RADAR pretende ser um equipamento de proximidade e de apoio aos parceiros e radares comunitários que compõem o projeto. Se por um lado permite uma maior rapidez e comodidade na atuação diária destas equipas junto dos idosos das várias freguesias de Lisboa, por outro lado facilita o desenvolvimento de um trabalho integrado e em rede.

Mário Rui André, coordenador da Unidade de Missão Santa Casa, considera que, para o RADAR, “será um importante meio de promoção da relação entre os mediadores de proximidade e os radares comunitários, pois serão estes que acabarão por ser envolvidos nas atividades de prevenção e promoção da saúde que venham a realizar-se na unidade móvel”. Frisa ainda que este equipamento “facilitará o trabalho de rua que está a ser desenvolvido pelos mediadores de proximidade no sentido em que para além de promover a aproximação aos radares comunitários, também facilitará a sua aproximação às pessoas 65+, informando-as e sensibilizando-as sobre a importância de aderirem ao projeto”.

Sendo uma resposta itinerante, a unidade móvel do programa Lisboa Cidade de Todas as Idades é, simultaneamente, um espaço de proximidade com a população de Lisboa e um meio de promoção de maior interação entre os vários parceiros do programa e as comunidades locais. Com este novo veículo de difusão da missão do programa, as equipas do RADAR preveem realizar várias iniciativas conjuntas que podem ir desde ações de rua até à presença em eventos, feiras sociais ou de saúde, ou noutros contextos enquadrados no âmbito do programa.

Unidade Móvel RADAR

Para o coordenador da Unidade de Missão é importante reconhecer que esta nova valência “não é um fim em si, mas um meio facilitador da atividade dos mediadores de proximidade junto dos radares comunitários e da população”, salvaguardando que “as ações de prevenção e promoção da saúde a desenvolver na unidade móvel são muito abrangentes, dependendo do radar comunitário que for envolvido”.

Exemplo disso são as ações de sensibilização e rastreios de saúde que decorreram nos dias 4 e 6 de outubro, na freguesia das Avenidas Novas, e no dia 18 de outubro, na Junta de Freguesia de Carnide, onde a unidade móvel foi palco de rastreios cardiovasculares gratuitos à população sénior de Avenidas Novas e rastreios à diabetes tipo 2, no caso da população da freguesia de Carnide. A primeira ação foi promovida em conjunto com o radar comunitário do mês de outubro, a Farmácia Prates e Mota. A segunda foi dinamizada em parceria com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.

Até final do mês de outubro, a unidade móvel do programa Lisboa Cidade de Todas as Idades vai estar no dia 19, no Inatel, na freguesia de Alvalade, para promover uma caminhada inserida, ainda, nas celebrações do mês do idoso. Já na sexta-feira, dia 21, vai estar estacionada na rua do Alvito, na freguesia de Alcântara, com a finalidade de realizar rastreios da tensão arterial, glicemia e colesterol, juntamente com a Farmácia Calvário, radar comunitário.

Simpósio Interações deu origem a um eBook repleto de ideias e recomendações para uma sociedade para todas as idades

Em 2021, durante a pandemia de Covid-19, a Misericórdia de Lisboa conseguiu encurtar a distância que se impunha na altura. A 3ª edição do Simpósio Interações, que decorreu entre janeiro e maio de 2021, foi organizada em 18 sessões temáticas online, todas dedicadas ao debate em torno dos desafios da construção de uma sociedade para todas as idades. Como referiu o administrador da Ação Social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, organizar o Interações durante a pandemia “foi um desafio, mas simultaneamente um privilégio por termos conseguido realizar um conjunto de sessões tão importantes”.

Um ano depois, os conhecimentos e as perspetivas dos 85 palestrantes que passaram pelas sessões do Interações estão sistematizadas num eBook, que foi apresentado ontem, 9 de abril, no Fórum Lisboa. Em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e sob a iniciativa do programa Lisboa Cidade de Todas as Idades, o eBook – 3ª Edição do Simpósio Interações permite uma divulgação alargada a todos os interessados nestas matérias, constituindo-se como uma forma de sistematizar os conhecimentos e as diferentes perspetivas apresentadas durante o Interações.

As 182 páginas reúnem projetos e programas nacionais e internacionais, contribuindo para a reflexão sobre as políticas públicas da longevidade, com vista à melhoria dos modelos e práticas que se têm revelado pouco ou nada adequados às necessidades e desejos das pessoas para a sua velhice. O eBook agrega o contributo dos oradores, mas também tem páginas dedicadas à dignidade e inclusão social, ao lazer ou ao suporte comunitário.

“A finalidade deste eBook não está apenas associada ao facto de termos realizado o Simpósio Interações, mas foi feito sobretudo para não perdermos a riqueza dos contributos dos oradores, permitindo uma partilha alargada a todos os interessados nesta matéria. Mas este eBook não pretende ser apenas a compilação das intervenções. Tivemos associado a ele três pressupostos: condensar as ideias chave, organizar as recomendações expressas pelos diversos oradores e sintetizar as ideias divulgadas ao longo das 18 edições”, explica Sérgio Cintra.

A sessão de apresentação contou com a presença da vereadora dos Direitos Humanos e Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, Laurinda Alves, que sugere que o eBook “funcione como documento de cabeceira”. “É algo que podemos consultar. Está lá tudo, está muito afinado até com esta realidade nova da Covid-19”, destaca.

A rede “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” também está neste eBook. Sérgio Cintra e Laurinda Alves partilham da certeza de que o sucesso do trabalho realizado com a população +65 anos da cidade de Lisboa em muito se deve à rede de “homens e mulheres” que fazem com que “Lisboa seja uma cidade para todos, e para todas as idades”.

“Todo o trabalho que temos estado a fazer resulta do esforço, do pensamento e da crítica de um conjunto de pessoas e de entidades. A governação integrada é habitual na área da ação social. Sabemos que os problemas mais complexos não são possíveis de serem ultrapassados por uma única organização”, acrescenta ainda o administrador.

RADAR: mais do que um projeto, é uma ferramenta coletiva essencial de trabalho

O projeto RADAR – inserido no programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” – resulta de um esforço colaborativo entre várias instituições que operam em Lisboa: a Misericórdia de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Polícia de Segurança Pública, as Comissões Sociais de Freguesias, as juntas de freguesia, o Instituto de Segurança Social e a Gebalis.

Perante a constatação de que quase um terço da população da cidade tinha mais de 65 anos e que muitas destas pessoas estavam em isolamento social, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, decidiu avançar com o projeto RADAR, em janeiro de 2019. O objetivo? Combater a solidão e dar voz a esta faixa populacional.

Depois de uma fase piloto, de seis meses, que decorreu em três freguesias onde foram detetadas situações de dificuldades económicas, de carências de cuidados de saúde e de higiene nas casas, o RADAR foi alargado a outras zonas da cidade de Lisboa.

Na sua primeira fase, o projeto centrou-se na identificação da população da cidade de Lisboa com mais de 65 anos, atendendo às suas expetativas, privações e potencialidades, com o intuito de detetar, antecipadamente, situações de risco e agilizar uma intervenção ajustada e sustentada a cada situação.

Em junho de 2019, foi assinada a Carta de Compromisso com mais 10 juntas de freguesia. Esta segunda etapa do projeto permitiu identificar mais 11 mil idosos que viviam sozinhos ou com alguém da mesma idade. Ainda nesse ano, em outubro, o RADAR entrou na sua terceira fase, chegando a mais 14.274 pessoas, de mais 12 freguesias.

Em fevereiro de 2020, o RADAR apresentou os resultados do seu primeiro ano de atuação no terreno. No total, foram identificados mais de 30 mil idosos (30145) que vivem sozinhos ou acompanhados por alguém da mesma faixa etária, sendo que só três pessoas se encontravam no nível 1 de carência e cerca de 92% no nível 5, o menos crítico. Na ocasião, o provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, salientou que “o Radar foi um passo” importante, mas que “é preciso traduzir este trabalho em respostas para esta população”, lembrando que “o nosso centro tem de ser cada uma destas pessoas e cada uma destas vidas”.

Novos tempos, o mesmo objetivo

O ano de 2020 ficou marcado por profundas mudanças, devido à crise pandémica provocada pelo novo coronavírus. Para a população mais envelhecida, as restrições resultantes da pandemia de Covid-19 agravaram o isolamento social, então, já existente.

Atento a esta nova realidade, o RADAR reajustou os moldes da sua intervenção, passando esta a centrar-se mais em contactos telefónicos diários com os idosos identificados na plataforma. Durante o estado de emergência, então decretado pelo Governo, foram realizados milhares de telefonemas pelas equipas do RADAR.

Na opinião de Mário Rui André, coordenador da Unidade de Missão Lisboa Cidade de Todas as Idades, “o RADAR contribuiu decisivamente para chegar de forma célere, eficaz e eficiente, às pessoas 65+ integradas no projeto”. A plataforma digital que foi criada para agregar todos os dados recolhidos, durante a operacionalização do RADAR, foi “essencial para ser feito todo este acompanhamento”.

“Com a pandemia ficou evidente que o projeto RADAR é importante, não apenas em situação de normalidade social, mas também e, fundamentalmente, em situações de disrupção social provocadas por crises e catástrofes, neste caso a pandemia”, frisa o responsável.

Com o alívio das medidas de restrição, no verão, o RADAR voltou às ruas de Lisboa com a iniciativa “Atualizar para melhor servir”, para revisitar a população da cidade de Lisboa com mais de 65 anos e atualizar a plataforma com dados mais atuais e precisos. Este regresso ao terreno permitiu também voltar ao contacto com os radares comunitários, procurando reforçar o seu envolvimento na identificação de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade e ativar recursos locais através dos parceiros envolvidos no projeto.

Nesta fase, o objetivo principal dos entrevistadores do RADAR foi falar com as pessoas que, por algum motivo, não conseguiram contactar durante o primeiro confinamento.

Ainda em 2020, a Gebalis, empresa municipal a quem compete a gestão dos bairros camarários, junta-se à equipa de parceiros do projeto. Com este reforço, o RADAR ganhou mais um aliado relevante na identificação da população mais envelhecida da cidade.

Para o futuro, Mário Rui André alerta para o facto de ser “fundamental que se continue a alimentar a plataforma, procurando aprofundar o conhecimento da realidade do envelhecimento na Cidade de Lisboa”, concluindo que “o próximo passo do projeto RADAR pode resumir-se na estratégia dos 3 A’s: Apropriar, Atualizar e Alimentar”.

 

Valorizar os mais velhos e o seu papel na sociedade

Organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, este evento visou proporcionar a partilha de conhecimentos e expetativas relativamente a questões relacionadas com a longevidade e a melhoria da qualidade de vida, nomeadamente em torno dos três eixos estratégicos do programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades“: Vida Ativa, Vida Autónoma e Vida Apoiada.

Na sessão de abertura, em que participaram o provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, foi discutida a lógica da intervenção partilhada para problemas transversais a todos, bem como, as questões relacionadas com o papel que as pessoas mais velhas podem ocupar nas sociedades modernas.

Na sua intervenção, Edmundo Martinho, dirigiu as suas primeiras palavras a todos os parceiros que integram o programa, destacando que “o programa só é possível e viável devido a este esforço de parceria, de partilha de objetivos e recursos, mas, sobretudo de ambições”.

Para o provedor, este segundo simpósio foi “um lugar para perceber todos os desafios que temos pela frente em questões de longevidade, mas, essencialmente, as soluções que podemos testar, as que podemos pôr em prática e, fundamentalmente, ajudar-nos a perceber as nossas fragilidades e aquilo que podemos melhorar para aumentar a qualidade de vida dos cidadãos de Lisboa, mas, em boa medida, também a nível nacional”.

Uma ideia igualmente defendida pelo secretário de Estado da Segurança Social. Sobre o programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, Gabriel Bastos não tem dúvidas de que este “será um instrumento transformador da cidade, tornando-a mais inclusiva e participativa a todas as pessoas”. O secretário de Estado explicou ainda que “é necessário um esforço concertado, por parte de todos os atores sociais, no sentido de uma estratégia coerente e integrada”, de forma a “testar soluções e apontar caminhos alternativos”.

Durante o encontro, foram também apresentados os resultados, apurados até ao momento, do projeto Radar. No decorrer do último ano, dezenas de técnicos superiores, formando equipas multidisciplinares, da Misericórdia de Lisboa, percorreram diariamente as ruas da capital para conhecerem esta população e perceberem quais são os seus maiores desafios e expetativas.

De acordo com os dados revelados esta sexta-feira, já foram identificados cerca de 23.500 idosos que se encontram sozinhos. Deste número, apenas foram registadas duas pessoas que se encontravam no nível 1 de carência, o mais gravoso, encontrando-se cerca de 92% no nível 5, o menos crítico.

Também no mesmo universo, 10% foram registados como não tendo médico de família. Entre as maiores dificuldades apontadas pelos mais velhos, estão os obstáculos na higiene e limpeza das suas casas, bem como a necessidade de cuidados de saúde. Cerca de 92% dos idosos identificados revelou ainda não receber acompanhamento de instituições de apoio social.

Para o administrador de ação social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, um dos oradores da última mesa redonda do simpósio, dedicada ao tema dos direitos na longevidade, “o Radar foi essencial para constatarmos que as expetativas destas pessoas variam de território para território. A resposta deve ser sempre individualizada e numa lógica de partilha entre todos os nossos parceiros”, frisando que “na mesma freguesia a resposta não pode, nem deve ser igual. O que um vizinho do primeiro andar necessita não é o mesmo que o vizinho do segundo andar precisa”.

Durante dois dias de discussão alargada, em torno da temática da longevidade, este simpósio contou ainda alguns momentos lúdicos, com particular destaque para a atuação da reconhecida cantora Anabela que, em 2018, concorreu ao Orçamento Participativo com o projeto “Grupo de Canto para Seniores”. Uma ideia que saiu vencedora nesse concurso e que tem como objetivo de aumentar o bem-estar dos mais idosos através do canto.

Lisboa é de todas as Idades

A Misericórdia de Lisboa e o Município de Lisboa promovem um programa de atividades que sensibiliza a população com mais de 55 anos para a importância do exercício físico na saúde.

Aulas de aeróbica e zumba, rastreios de saúde, workshops sobre alimentação saudável e um conjunto de jogos tradicionais fizeram parte da iniciativa que se realizou, esta sexta-feira, 6 de abril, no Complexo Desportivo Municipal do Casal Vistoso, ao Areeiro.

Assente em dois conceitos, o da atividade física e o da saúde, o programa piloto “Lisboa + 55” promove a adoção de um estilo de vida saudável, para pessoas com mais de 55 anos, através da atividade física, de uma alimentação estruturada e da prevenção de doenças próprias da idade.

No Dia Mundial da Atividade Física, a iniciativa assinala, igualmente, o fim da fase do projeto piloto e início do alargamento às freguesias do programa “Lisboa +55”, desenvolvido pela Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Este programa é umas das medidas que faz parte do projeto intergeracional para a cidade, designado “Lisboa – Cidade de Todas as Idades”, lançado a 2 de fevereiro, e pretende incentivar estilos de vida mais ativos, promover a interação entre gerações e combater o isolamento social.

Para Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Misericórdia de Lisboa, o grande propósito deste programa “é conseguir proporcionar uma melhoria substancial na qualidade de vida da população mais idosa”.

Já Ricardo Robles, vereador do Município de Lisboa, destacou que “a Câmara Municipal de Lisboa está muito empenhada em ter um programa que revolucionasse a forma como a cidade olha para a sua população sénior”.

Acompanhamento da População 65+

O Projeto “RADAR” é uma medida de operacionalização do Programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, cujo objetivo é sinalizar a população com mais de 65 anos de idade, identificando-a e registando as suas necessidades básicas para, em rede, melhor responder aos desafios do envelhecimento. Uma iniciativa inspirada no programa com o mesmo nome da cidade de Barcelona.

O RADAR é um projeto comunitário que surge da experiência de trabalho local com enfoque na população idosa isolada e em situação de risco, conforme estabelecido no Plano de Desenvolvimento Social de Lisboa 2017/2020.

A questão central do Radar é a sinalização e acompanhamento da população idosa da capital, pretendendo-se criar condições para ter uma cidade amiga de todas as idades onde não haja barreiras em função do envelhecimento ou juventude.

Contexto e operacionalização:

A premência deste projeto surge de alguns dados recolhidos que mostram que 24% da população tem 65 ou mais anos (cerca de 131 mil pessoas), 85 mil pessoas vivem sós ou acompanhadas por pessoas da mesma idade e 15% das habitações são ocupadas por idosos que vivem sós (cerca de 35 mil pessoas). Num levantamento junto das freguesias, percebeu-se que a população idosa e respetivo envelhecimento é a principal problemática identificada pelas Comissões Sociais de Freguesia, em particular o isolamento social e solidão.

O objetivo principal do RADAR é organizar a parceria comunitária e identificar e caracterizar 30 mil pessoas. Essa sinalização vai permitir identificar necessidades de forma abrangente e equitativa a nível territorial.

Como objetivos gerais, o RADAR permitirá: criar condições para a promoção do prolongamento da vida autónoma e da população idosa; criar comunidades de vizinhança solidárias e inergeracionais; sinalizar a população 65+, identificando necessidades de forma abrangente e equitativa a nível territorial; estabelecer um registo base estimado em 30 mil pessoas.

Saiba mais sobre o Lisboa – Cidade de Todas as Idades aqui e sobre outro projeto relacionado (Espaços Interage) aqui.

Um espaço de todas as idades

Vai nascer em Campo de Ourique um novo equipamento com Academia de Atividades, Residência Assistida e Centro de Dia, que passará a integrar o Projeto Espaços InterAge, do Programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Edmundo Martinho, visitaram esta sexta-feira, 9 de março, as obras de reabilitação de um edifício na Rua Ferreira Borges, Campo de Ourique.

Esta obra implica um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros da SCML. Neste espaço nascerá um novo equipamento com as valências Academia de Atividades e Residência Assistida, incluindo também um Centro de Dia, que passará a integrar o Projeto Espaços InterAge, do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades.

Fernando Medina sublinhou que esta obra “marca o arranque do mais ambicioso projeto que a SCML e a CML têm” na área do Envelhecimento, defendendo que “deve ser a cidade a adaptar-se às pessoas e não o contrário”. O presidente da CML lembra que com o programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades.pdf “queremos manter as pessoas ativas e, assim, a cidade também vai beneficiar da sua autonomia”.

Para o provedor da SCML “este projeto simboliza o que pretendemos fazer em conjunto com a autarquia”, no sentido de “dotar a cidade de respostas mais qualificadas e, sobretudo, mais aberta à comunidade”. Edmundo Martinho explica que “o nosso compromisso é dotar Lisboa de respostas concretas para todas as idades e gerações”.

O projeto contempla as seguintes valências: Academia de Atividades e Residência Assistida (num total de nove: quatro residências no piso 3 e cinco residências no piso 4); está prevista a reinstalação da Residência Assistida Carlos da Maia e do Centro de Dia Stº Condestável. Este Centro de Dia passará a integrar o Projeto Espaços InterAge, enquadrado no Programa Lisboa Cidade de Todas as Idades.

Lisboa, Cidade de Todas as Idades

O programa, apresentado pela SCML e pela CML no início de fevereiro, assenta em 3 eixos: vida ativa, vida autónoma e vida apoiada. Lisboa, Cidade de Todas as Idades pretende diminuir o isolamento social dos idosos que vivem em Lisboa e que constituem um quarto da população da cidade, com o maior e mais ambicioso programa de investimento na rede de cuidados, apoio domiciliário ou a requalificação do espaço público, tornando-o mais amigo dos idosos.

Entre as medidas do programa, destaque para a Teleassistência, Projeto Espaços InterAge, alargamento da cobertura de apoio domiciliário, aumentar e melhorar a prestação de cuidados de saúde básicos, coordenados com o apoio social, à população necessitada de Cuidados Continuados mas com autonomia para habitar em casa própria, estando prevista a criação de 8 equipamentos com Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas e Cuidados Continuados, que tem por objetivo a criação de mil vagas.

“Lisboa – cidade de todas as idades”

Autonomia e Participação são os conceitos chave no protocolo assinado pela Santa Casa com a CML para a criação de um programa integrado de apoio à população da capital. O investimento ascende a 100 milhões de euros.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) assinou esta sexta-feira, 2 de fevereiro, com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), um protocolo para a criação do programa “Lisboa – cidade de todas as idades”. O protocolo foi assinado pelo provedor da SCML, Edmundo Martinho e pelo presidente da CML, Fernando Medina.

O programa pretende diminuir o isolamento social dos idosos que vivem em Lisboa e que constituem um quarto da população da cidade, com o maior e mais ambicioso programa de investimento na rede de cuidados, apoio domiciliário ou a requalificação do espaço público, tornando-o mais amigo dos idosos.

Fernando Medina sublinhou que o programa vai inverter “a filosofia da intervenção social de institucionalização para um foco central de atividade e autonomia, com conforto e segurança”. Para o líder da autarquia, a estratégia apresentada simboliza “uma visão integrada e um desafio a todas as instituições da cidade para encararmos um problema central, o do envelhecimento”.

O programa assenta em 3 eixos: vida ativa, vida autónoma e vida apoiada. Para Fernando Medina a vida ativa é o eixo central, porque vai permitir potenciar as capacidades das pessoas que, aos 65 anos, estão “num pico de capacidade intelectual, de conhecimento e, até, muitas vezes de energia e disponibilidade” que falta aos mais novos, defendendo a necessidade de se aproveitar essa “energia incrível”.

O presidente da CML agradeceu a Edmundo Martinho por, no início do seu mandato como provedor, “ter dado prioridade a este projeto”, que qualificou como, porventura, “a mais ambiciosa parceria” entre as duas instituições.

ue “todo o programa está desenhado à volta de duas questões: autonomia e participação”, conceitos que são transversais a todas as medidas apresentadas. Tal como Fernando Medina, Edmundo Martinho lembrou que “este é um programa que não está fechado e incentiva novos contributos” de todos.

Para além de todos os benefícios que se esperam para a população, Edmundo Martinho destacou uma questão subjacente, da criação de emprego: “O dinamismo que se vai introduzir nas respostas sociais permitirá uma criação de postos de trabalho muito intensa”, realçando que se refere a postos de trabalho qualificados.

Entre as medidas do programa, destaque para a Teleassistência, requalificação de 21 Centros de Dia em espaços intergeracionais e abertos à comunidade, alargamento da cobertura de apoio domiciliário, um Serviço de Apoio ao Cuidador Informal para abranger seis mil cuidadores em, aumentar e melhorar a prestação de cuidados de saúde básicos, coordenados com o apoio social, à população necessitada de Cuidados Continuados mas com autonomia para habitar em casa própria, estando prevista a criação de 8 equipamentos com Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas e Cuidados Continuados, que tem por objetivo a criação de mil vagas.

Aquele que é assumido pelas entidades promotoras como o “maior e mais ambicioso programa de investimento na rede de cuidados, apoio domiciliário ou a requalificação do espaço público”, vai incluir também a Segurança Social e a Administração Regional de Saúde, bem como todas as instituições da Rede Social de Lisboa.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas