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Descubra a Magia dos Tronos de Santo António no Espaço Santa Casa

Em parceria com o Museu de Santo António – EGEAC e a Unidade de Animação Socioeducativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), esta exposição promete deslumbrar visitantes de todas as idades.

De 19 de julho a 16 de agosto, das 9h30 às 17h30, o Espaço Santa Casa tem as portas abertas para apresentar os maravilhosos Tronos de Santo António. Este ano, 41 equipamentos da SCML participaram entusiasticamente neste desafio anual, mostrando um trabalho de criatividade e devoção.

Os visitantes poderão admirar tronos elaborados e adornados com uma mistura de inovação e tradição, refletindo a rica herança cultural de Lisboa. A exposição não só mantém viva a tradição dos tronos, mas também celebra a criatividade e o espírito comunitário de todos os participantes.

Não perca a oportunidade de vivenciar a devoção e a arte dos Tronos de Santo António. Visite a exposição e deixe-se envolver pela magia e pela história que cada trono conta. 

A marcha de todos volta a brilhar em Lisboa

Já cheira a verão em Lisboa. As festas estão de regresso. Reina a boa disposição pelos bairros da cidade. Na tarde deste domingo, 5 de junho, o corrupio era bem visível no Espaço Santa Casa. Os 50 marchantes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa preparam-se para atuar logo à noite, no pavilhão Altice Arena.

Os protagonistas provaram os figurinos, vestiram-se e maquiaram-se. Os últimos preparativos correm a bom ritmo, e a coreografia está alinhada ao milímetro, sob o olhar atento do ensaiador Paulo Jesus. Com alegria e entusiasmo redobrados, os marchantes da Santa Casa estão sedentos de regressar às atuações. É a 12 de junho, véspera do Dia de Santo António, que a Avenida da Liberdade se vai encher de milhares de pessoas e de muita cor e alegria. Mas para já, o desafio é no Altice.

“Santa Casa abraça a vida” é o mote da marcha

A marcha da Santa Casa é diferente. Não é de um bairro. É de Lisboa. É de todos. Maioritariamente composta por utentes e funcionários da instituição, a marcha da Santa Casa tem 25 pares efetivos, dois pares suplentes, o porta-estandarte, dois mascotes e dois padrinhos.

Às 50 pessoas que atuaram no Altice Arena juntaram-se, ainda, o ator Ricardo Carriço e a apresentadora Maria Botelho Moniz, padrinhos da marcha da Misericórdia de Lisboa. Esta iniciativa garante a participação de todas as pessoas, independentemente da sua idade, condição social ou de saúde, nas festas da cidade. A marcha da Santa Casa desfiliou pela inclusão, pela diversidade, por toda a cidade e pelo combate à discriminação. E que bonita foi a festa!

Os testemunhos

Maria José Aleixo, 83 anos, utente do Centro de Dia de São Boaventura, é veterana nestas andanças. “Tinha saudades desta animação, de voltar a vestir o figurino, de dançar e cantar”, diz a porta-estandarte da marcha da Misericórdia de Lisboa. “A pandemia ia matando-me”, lamenta. A octogenária não sofre de ansiedade por cada vez que atua. Está habituada a estas coisas. “Eu entro à vontade. Tenho jeito para isto. Faço teatro e cinema”, confessa.
“Isto dá-me vida, dá-me energia. Vou cá andar, enquanto sentir-me com capacidade. Esta marcha é muito querida. É uma marcha Santa, porque faz bem a muita gente”, remata.

Já Maria Luísa Branco, 72 anos, aluna da Academia do Espaço Santa Casa, é a primeira vez que participa na marcha da Santa Casa. Enquanto é maquiada, Maria confessa “algum nervosismo”, mas está bastante “empolgada” com a sua estreia nas marchas populares. “Convidaram-me para vir para as marchas. Foi a melhor coisa que fiz. estou muito satisfeita, gosto muito”, admite. Sabe de cor a letra da música que vai cantar no pavilhão Alice Arena. De forma improvisada começa a cantar.

 

 

Na hora de ensaiar ou de atuar, não há dores nem angústias, não se pensa em mais nada. É o caso de Elisabete Cotrim, 69 anos, participante desde 2017. “A marcha dá-me muita alegria, muito ânimo”, enaltecendo o espírito de camaradagem do grupo. “Gosto muito de estar aqui e quero continuar enquanto puder. Elisabete confessa que sente alguma ansiedade em voltar à Avenida da Liberdade, o seu palco de eleição. “Eu sempre conheci esta tradição, todos os anos assistia às marchas, ao longe. E, pela primeira vez, com 65 anos participei nestas festas. Hoje tenho 69 anos e nunca pensei que com esta idade pudesse ter estas experiências”, finalizou.

Já Maria Manuel Loureiro, 55 anos, aluna da Academia Espaço Santa Casa, diz a brincar que veio “substituir” a mãe na marcha da Santa Casa. Elogiando o espírito da iniciativa, Manuela descobriu outra forma de fazer amigos. Está bastante empolgada com a estreia e confessa estar ansiosa com a descida da Avenida da Liberdade. “Ensaiámos todos os dias. Foi muito giro. Estamos todos muito ansiosos pelas festas de Lisboa”.

 

“520 anos a dar cor à vida”

“520 anos a dar cor à vida”. É este o tema para o segundo ano da participação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) nas Marchas Populares e que promete pintar a cidade de Lisboa de todas as cores.
O mote ficou lançado ao assistirmos aos ensaios dos cerca de 55 marchantes a desfilarem pelo Pavilhão de Campolide ao som do ritmo compassado da banda. O entusiasmo e a dedicação eram visíveis na cara dos marchantes à medida que seguiam as indicações do coreógrafo Paulo Jesus.
Dos mais novos aos mais idosos, todos repetiram os movimentos cuidadosamente até chegarem à perfeição.
Os ensaios ficaram marcados pela visita do administrador da Ação Social da SMCL, Sérgio Cintra, que aplaudiu o sucesso da experiência anterior e reconheceu o esforço da Santa Casa na inclusão. “A idade não é uma barreira”, sublinhou.
Para Sérgio Cintra, a participação deste ano vai ficar marcada pela celebração dos 520 anos da instituição.
Os marchantes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa continuarão assim, semana após semana, a ensaiar para mais um desfile a “dar cor à vida”.

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