logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão recebe Jornadas de Sant’Ana – Instabilidade Patelo-Femoral

O evento, que contará com a participação de diversos especialistas na área da ortopedia, promete ser o espaço ideal para a partilha de saberes e técnicas inovadoras para o tratamento, prevenção e terapias da instabilidade patelo-femoral.

A participação no evento é gratuita, mas carece de inscrição obrigatória através de email: gic-hosa@scml.pt.

Consulte o programa aqui.


Santa Casa tem recrutamento aberto

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem processos de recrutamento abertos, com vagas para a contratação de profissionais em diferentes áreas.

Saiba mais nos links abaixo:

 

Dia Mundial da Fisioterapia: A área que trata para reintegrar

Ao longo da vida, quase todos os cidadãos necessitarão, em algum momento, da ajuda de um profissional de fisioterapia para recuperar a mobilidade parcialmente perdida, fazer exercícios de alongamento dos músculos ou corrigir eventuais disfunções… Estas funções integram uma lista quase interminável de situações em que o contributo desta classe profissional é fundamental.

Mas quem são os fisioterapeutas das Santa Casa? De acordo com os dados da Direção dos Recursos Humanos, 90 fisioterapeutas trabalham diariamente na Misericórdia de Lisboa, dispersos pelos vários equipamentos. Com uma média de idades a rondar os 40 anos e com mais de uma década de experiência na instituição, este é o perfil dos fisioterapeutas da Santa Casa, os quais desempenham um papel crucial na reabilitação das pessoas, contribuindo para a sua reintegração na sociedade, mesmo quando essa reintegração implica “começar do zero”, como muitas vezes sucede na sequência de um acidente.

Com o maior número destes profissionais a trabalhar no Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão (50) – ou não fosse este equipamento o centro da reabilitação por excelência -, os fisioterapeutas da Santa Casa podem ainda ser encontrados no Hospital de Sant´Ana (15) e em vários equipamentos da Ação Social e da Saúde, onde contactam com utentes de diversas idades e múltiplas patologias, as quais exigem abordagens e metodologias diversas. Sempre, com um único objetivo: avaliar, tratar, minimizar problemas e prevenir o aparecimento de disfunções, em áreas tão distintas como a cardiologia, a pneumologia, a ortopedia, a traumatologia, a reumatologia, entre muitas outras.

A propósito do Dia Mundial da Fisioterapia, que se assinalou no domingo, a Santa Casa agradece o trabalho que é realizado diariamente por todos os “seus” profissionais de fisioterapia, um trabalho que constitui um contributo fundamental na vida dos que recorrem à Misericórdia de Lisboa.

Camisola alusiva à fisioterapia: Mãos que dão movimento

O papel da formação na Santa Casa

Além de serem uma presença obrigatória e constante na Santa Casa, a formação dos fisioterapeutas ocupa ainda um lugar de destaque na Misericórdia de Lisboa, através da Escola Superior de Saúde de Alcoitão (ESSAlcoitão). Este estabelecimento de Ensino Superior Particular, propriedade da instituição, é pioneiro em Portugal na formação de fisioterapeutas (assim como de terapeutas ocupacionais e terapeutas da fala) sendo, desde a sua constituição, a escola de referência neste domínio.

Nas últimas cinco décadas, dos cerca de 10.0000 fisioterapeutas em exercício em Portugal, uma elevada percentagem graduou-se na ESSAlcoitão, estando dispersos em hospitais, centros de dia, lares, residências séniores, clínicas, centros de reabilitação, ginásios ou clubes desportivos.

Dia Nacional do Psicólogo: uma área-chave para a Santa Casa

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa orgulha-se de, neste Dia Nacional do Psicólogo (4 de setembro), ter entre os seus profissionais cerca de 270 psicólogos que ajudam, diariamente, a instituição a cumprir a sua missão junto dos mais vulneráveis.

Estes profissionais estão distribuídos por cerca de 20 equipamentos diferentes, agrupados em três grandes áreas: Ação Social, Saúde e Recursos Humanos. As três unidades com mais psicólogos, mais de um terço do total, são os diversos Núcleos de Infância e Juventude (40 psicólogos), as Unidades de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (30) e as Casas de Acolhimento (30). É entre eles que está Susana Câmara, psicóloga na Casa de Acolhimento de Santa Teresinha.

Susana abraçou a profissão há 16 anos por “acreditar que é possível transformar o sofrimento e melhorar as relações entre as pessoas”, num processo que apelida de “belo e fascinante”.

“O acompanhamento em proximidade das equipas da Santa Casa é, muitas vezes, o fator diferenciador, que permite a muitas famílias ‘manterem-se à tona’, de uma forma que deve ir muito além do assistencialismo. A reflexão e integração das experiências difíceis na estrutura interna de cada um é fundamental para que não se instalem padrões de comportamento patológicos e para prevenir que estes passem de geração em geração. É nestes processos de mudança que os psicólogos podem fazer toda a diferença”, explica Susana Câmara.

Susana Câmara

Susana Câmara é psicóloga na Casa de Acolhimento de Santa Teresinha

MUDAR MENTALIDADES

A psicóloga considera que o estigma relativamente à procura de ajuda psicológica “infelizmente ainda existe”, embora o panorama esteja a mudar.

“Durante muito tempo vivemos numa cultura que associou a expressão de emoções a fraqueza. A noção de que todas as emoções são importantes e que devemos navegar um bocadinho por todas para nos mantermos psicologicamente sãos tem sido uma mudança de paradigma. Mostrar vulnerabilidade não é sinal de fraqueza. As emoções devem aparecer, de acordo com as experiências que vamos vivendo”, afirma a psicóloga da Casa de Acolhimento de Santa Teresinha.

E é também nesta abertura de mentalidades que a Misericórdia de Lisboa tem um papel relevante, para que a ajuda não encontre barreiras.

“Ainda há caminho a percorrer na nossa ‘inteligência emocional comunitária’, mas temos avançado e parece-me que a importância de consultar um psicólogo virá por acréscimo desta mudança de mentalidade. Infelizmente, muitas vezes já se identifica a necessidade, mas não há recursos financeiros. A terapia é um serviço caro e é ainda um privilégio de poucos. Neste aspeto, é fundamental que a Santa Casa continue a proporcionar serviços de saúde mental a quem precisa e não consegue pagar”, conclui Susana Câmara.

RADAR promove ação de rua nas freguesias de São Vicente e Lumiar

O projeto RADAR realizou na terça-feira (20) na freguesia de São Vicente, em Lisboa, uma ação de rua com o apoio da PSP, que contou com a presença de Ângela Guerra, administradora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa com o pelouro da Unidade de Missão “Programa Lisboa, Cidade Com Vida Para Todas as Idades”, e de Mário Rui André, coordenador desta Unidade, que acompanharam a equipa da SCML no seu trabalho porta-a-porta junto dos residentes deste bairro, para averiguar das suas necessidades diárias e condições sociais e de saúde.

Este tipo de ações, que chegam todas as semanas até aos maiores de 65 anos da cidade de Lisboa, têm como objetivo dar a conhecer o projeto às pessoas mais idosas destas freguesias (bem como os meios à sua disposição), e chamar à atenção da comunidade local para a problemática do isolamento desta camada da população, sensibilizando os moradores a estarem atentos à dinâmica diária das pessoas com mais idade que conhecem ou vivem perto de si e, caso detetem alguma alteração no seu dia-a-dia, comportamento, aparência ou a sua ausência, entrem em contacto com os Radares Comunitários já identificados (voluntários, vizinhos e comércio local).

Depois de São Vicente seguiu-se a visita à freguesia do Lumiar, mais concretamente à zona da Universidade da Terceira Idade do Lumiar (UTIL), onde se encontrava uma Unidade Móvel do RADAR que, em parceria colaborativa com a farmácia Holon, estava a realizar rastreios de saúde à população idosa.

O projeto RADAR é uma das dimensões da operacionalização do “Programa Lisboa, Cidade Com Vida Para Todas as Idades”, baseado num conceito pioneiro em Portugal, que tem como prioridade a promoção de bairros mais solidários, comunicativos e atentos à população 65+ em situação de risco de isolamento e de solidão não desejada.

Identificando a população da cidade de Lisboa com mais de 65 anos, este projeto conta com diversos parceiros institucionais e estende-se por centenas de radares comunitários, seja através do comércio local (farmácias, cafés, papelarias, etc), seja através da própria comunidade, que atua de forma integrada para contribuir para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida da população sénior.

SOL assinala cinco anos a cuidar dos sorrisos dos mais novos

Cinco anos a cuidar dos sorrisos dos mais novos. O SOL, Serviço Odontopediátrico de Lisboa, assinala esta terça-feira o seu 5.º aniversário, prosseguindo, dia após dia, a nobre missão de prestar cuidados de saúde oral gratuitos a todas as crianças e jovens que residam ou estudem no concelho de Lisboa.

Foi em 2019 que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lançou este equipamento pioneiro e, ainda hoje, único no país. Numa resposta complementar ao próprio Serviço Nacional de Saúde, o SOL atingiu rapidamente o seu público-alvo e tornou-se numa referência na área da saúde oral, traduzida nos impressionantes números que alcançou em pouco tempo.

Esta valência da Santa Casa conta hoje com quase 20 mil utentes, num registo inclusivo que engloba um total de 71 nacionalidades diferentes e que não para de crescer. Foram realizadas até agora cerca de 141 mil consultas, rondando as 200 por dia e das quais resultou, por exemplo, a colocação de mais de 2.400 aparelhos ortodônticos.

André Brandão de Almeida, atual administrador da Santa Casa com o pelouro da Direção de Saúde, foi fundador e coordenador do SOL até 2024 e faz o balanço destes cinco anos de atividade.

“A Santa Casa criou, com o SOL, uma verdadeira resposta de serviço público, complementar ao SNS, numa área que ainda está longe de ter uma resposta efetiva e assumiu a missão de garantir cuidados de saúde oral a todas as crianças da cidade Lisboa, independentemente de qualquer condição económica ou social. Dotado de uma equipa fantástica, conseguimos ainda produzir vários artigos e apresentações científicas bem como dezenas de folhetos informativos e protocolos clínicos”, lembra.

É este incansável trabalho de uma vasta e experiente equipa de profissionais que tem contribuído para melhorar os índices de saúde oral de bebés, crianças e adolescentes em Lisboa, através do acompanhamento nas áreas de Ortodontia, Endodontia, Cirurgia Oral, Dentisteria e Higiene Oral.

Paralelamente, o SOL tem desenvolvido uma componente de investigação, produzindo novos conhecimentos e abordagens científicas no âmbito da saúde oral. Até ao momento, trabalhou em cerca 40 projetos de investigação.

Já este ano, o Serviço Odontopediátrico de Lisboa foi distinguido pela Direção-Geral da Saúde na 1.ª edição da iniciativa Boas Práticas em Saúde Oral, “pelos relevantes serviços prestados à comunidade e pelo seu comprometimento e dedicação em contribuir para a saúde da população”.

“O objetivo é ajudar a mudar o paradigma do acesso à saúde oral. O investimento foi e ainda é muito grande, mas imensamente mais pequeno comparado ao que nos custará a todos se não passarmos do atual modelo reabilitador para o modelo preventivo. Se ao custo dos tratamentos adicionarmos os custos inerentes ao absentismo escolar e laboral, à subprodução no trabalho, à redução na capacidade de aprendizagem, à desregulação de outras doenças, ao adiamento de cirurgias programadas por infeções orais agudas, aos problemas de socialização, à má nutrição pela dificuldade na mastigação ou ingestão de certos alimentos, entre outros, facilmente percebemos que o custo de deixar a doença seguir o seu trajeto será terrivelmente maior. Maior para a pessoa, para a família, para os empregadores, para o estado, para a sociedade em geral”, refere André Brandão de Almeida.

O fundador do SOL diz ser “aqui que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa faz a diferença”.

“Investe agora, para que o futuro de todos seja melhor”, conclui o administrador com o pelouro da Direção de Saúde.

Play Video about fachada do SOL

Unidade de Saúde da Liberdade: um espaço ao serviço de quem menos tem

Inserido na freguesia de Campolide, o Bairro da Liberdade é um território que vive sobre si próprio. Paredes meias com o Bairro da Serafina, este sim, mais conhecido dos lisboetas, a Liberdade, como é apelidado entre os moradores do bairro, é um conjunto de casas, muitas delas a fazer lembrar os bairros mais carenciados de Lisboa, no final do século passado, onde velhos e novos vivem diariamente “apinhados” em aglomerados de betão, madeiras, passadiços estreitos e becos.

Todo este cenário contrasta com a vista que o bairro tem. Do outro lado da colina, um verdadeiro postal da cidade se abre ao olhar, tendo as Torres das Amoreiras como pano de fundo. Como vizinho, um dos mais emblemáticos monumentos da cidade, o Aqueduto das Águas Livres. Do outro lado, o Parque Natural do Monsanto. 

Neste emaranhado de contrastes vivem mais de sete mil pessoas, divididas pelos dois bairros, na sua maioria imigrantes, grande parte deles indocumentados, além de muitas famílias carenciadas.

Foi por isso que a Misericórdia de Lisboa inaugurou há 10 anos, neste bairro, a Unidade de Saúde Santa Casa da Liberdade (USSC Liberdade). O espaço contíguo ao Centro Social Paroquial de São Vicente Paulo, engloba várias valências, no qual os moradores de ambos os bairros, podem receber cuidados de saúde a título gratuito, mediante comprovativo de residência. 

André Brandão de Almeida, administrador da Santa Casa e que fez parte da primeira equipa de sáude da unidade como médico dentista, recorda que esta Unidade de Saúde “tem particularidades que a diferencia das restantes, uma vez que toda a população tem acesso a cuidados, sem necessidade de ter o Cartão de Saúde Santa Casa. É por isso, desde o seu início, uma unidade de acesso universal, tendo em conta a população do bairro”.

Uma das grandes diferenças entre a USSC Liberdade e as restantes unidades que a Misericórdia de Lisboa detém na cidade, prende-se com a valência da Medicina Dentária. Entre as várias Unidades de Saúde Santa Casa (Oriental Dr. José Domingos Barreiro, Ocidental, Telheiras – Extensão Bairro Padre Cruz), esta é a única que tem o serviço de estomatologia totalmente gratuito.

Inclusive, a aposta nesta especialidade foi também “um projeto piloto para outras respostas”, como refere o antigo médico dentista da unidade, frisando que “foi da experiência adquirida neste bairro que surgiram projetos, como o SOL – Saúde Oral em Lisboa”,  serviço destinado a todas as crianças e jovens, dos 0 aos 18 anos, residentes ou estudantes em Lisboa, onde todos os cuidados prestados são isentos de pagamento, independentemente da condição social ou económica dos utentes.

Para além do serviço de estomatologia, a USSC Liberdade disponibiliza cuidados em Planeamento Familiar, Saúde Materna, infantil e juvenil, do adolescente, do adulto e do idoso, bem como serviços de fisioterapia assegurados pelo Centro Paroquial de São Vicente de Paulo.

André Brandão de Almeida

André Brandão de Almeida, atualmente administrador da Santa Casa, foi um dos profissionais de saúde que inauguraram a unidade, em 2014.

10 anos de Liberdade, um balanço positivo

Em 10 anos muito mudou. A equipa alterou-se, as metodologias também. Houve uma pandemia pelo meio que parou o mundo, mas no bairro, o tempo parece que parou. Os problemas são os mesmos e as especificidades dos utentes também. 

Ao longo desta década, milhares de pessoas, de várias nacionalidades, encontraram nesta unidade de saúde uma resposta. Só no último ano, foram realizadas 3.396 consultas de Medicina Geral e Familiar e quase 6.000 atos de enfermagem. Já na área da Medicina Dentária foram realizadas 1.272 consultas de Saúde Oral e 693 de Higiene Oral.

António Simões, médico da unidade desde a sua inauguração comenta que na Liberdade “ninguém fica para trás”, lembrando que a ideia de ter este espaço no bairro, foi fundamental para que “muitas destas pessoas conseguisse ter algum tipo de acompanhamento médico”.

“Este é um território esquecido pelos decisores. Em boa hora, a Santa Casa apostou em colocar aqui esta unidade. Para muitas das pessoas que aqui moram, se não houvesse aqui esta resposta, muito dificilmente tinham cuidados de saúde primários”, destaca o médico de Medicina Geral e Familiar.

Na opinião de António Simões, o balanço “é positivo” e explica que “este bairro pode ser comparado como algumas aldeias de Portugal, onde todos se conhecem. Notamos que os moradores têm confiança em todos os profissionais que aqui trabalham e sentimos um carinho muito grande por parte da comunidade”.

Já Eunice Vidasinha, enfermeira-chefe da unidade não tem dúvida que “a proximidade e a acessibilidade é a melhor forma para cuidar de alguém”. 

Duas vezes por semana, terças e quintas-feiras, a unidade de saúde acolhe também um serviço de apoio social, feito por assistentes sociais da Misericórdia de Lisboa. Para a enfermeira-chefe “esta é uma valência que auxilia e muito o trabalho diário, porque dá um retrato de situações de saúde causadas por uma emergência social”.

Como exemplo Eunice Vidasinha recorda o caso de uma senhora russa que procurou na unidade abrigo, devido a um quadro de violência doméstica. “Foi um caso complicado, porque a senhora estava com receio de dizer ser russa devido ao conflito na Ucrânia, e só dizia que, fora o episódio de violência doméstica, era constantemente mordida pelos ratos. Entretanto foi encaminhada para o Hospital de Santa Maria e mais tarde fui contactada e informaram-me que a senhora estava com uma quebra no número de plaquetas devido às condições insalubres da habitação”, lembra.

No entanto, Eunice Vidasinha tem a convicção que “o trabalho desenvolvido pela unidade tem um grande impacto na qualidade de vida da população”, ainda assim, garante sorridente que “temos espaço para fazer mais e melhor”.

Atual equipa da USSC da Liberdade

Dia Internacional do Enfermeiro assinalado com seminário sobre os cuidados domiciliários

O Dia Internacional do Enfermeiro, comemorado a 12 de maio, data do aniversário de Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem moderna, foi assinalado na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa com o seminário “Cuidar em Casa, uma resposta de proximidade pela voz dos enfermeiros”, na Sala de Extrações.

A propósito do tema definido este ano pelo Conselho Internacional de Enfermeiros, “Os nossos enfermeiros, o nosso futuro – o poder económico dos cuidados”, foram debatidas as questões relacionadas com o adiamento da institucionalização do doente e os benefícios que tal traz para “o próprio, para a sociedade e, também, na parte financeira”, segundo Manuela Marques, enfermeira diretora da Direção de Saúde da Misericórdia de Lisboa.

Manuela Marques lembra que essa institucionalização “desenraíza a pessoa, com prejuízos psicológicos e isolamento em relação à família”, acarretando igualmente custos ao Estado, pelo que “os cuidados em casa são uma área a explorar e a melhorar”.

Enfermeira diretora Manuela Marques

“Existe um grupo de trabalho na Santa Casa, com a Ação Social e a Saúde, que está a estudar a forma de melhorar a integração entre estas duas áreas. O nosso apoio domiciliário de saúde está concentrado em dois polos: oriental e ocidental. Nas freguesias há um núcleo com médico e enfermeiro, que também pode ter nutricionista, e que faz a ponte com a Ação Social”, explica.

Segundo a enfermeira diretora, a interligação entre as duas áreas já é feita, mas não atuam propriamente como uma equipa única e é aí que há trabalho a fazer, até porque, recorda, “a Organização Mundial de Saúde diz que a integração dos cuidados contribui não só para melhorar a qualidade dos cuidados, mas também a relação custo-efetividade dos mesmos”.

Assim, na primeira metade do seminário foi feita uma caracterização dos cerca de 1700 utentes que o serviço cobre na cidade de Lisboa com cuidados médicos, de enfermagem, nutrição e outros, abordando as suas faixas etárias, patologias, tipos de cuidados prestados (curativos e preventivos) e ainda o ensino aos cuidadores.

Já na segunda parte do seminário realizou-se uma mesa redonda sobre “O papel do enfermeiro especialista na equipa multidisciplinar, em contexto domiciliário”, visando as áreas de reabilitação, saúde mental e cuidados paliativos, as três onde os profissionais da Santa Casa atuam diariamente em casa dos utentes.

Sala cheia no seminário sobre cuidados de saúde em casa

CMRA e HOSA reforçam presença online com lançamento de novos websites

Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA) e o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) têm agora novos websites, capacitados para responder às necessidades de quem neles procura informação. Estes equipamentos da Misericórdia de Lisboa dão assim mais um passo – este digital – para consolidar o estatuto de referência nas áreas da Ortopedia, Traumatologia, Medicina de Reabilitação e Fisioterapia. 

Assim, a juntar-se ao conjunto diversificado de cuidados de saúde com elevada qualidade, facilidade no acesso e resposta em tempo útil, ambos os equipamentos apresentam a partir de agora websites dinâmicos, modernos e inclusivos, onde os utilizadores podem fazer diretamente a marcação de consultas e exames, consultar todas as informações úteis sobre os serviços prestados, bem como as mais recentes notícias do “universo” Saúde Santa Casa.

 
CMRA Vista aérea

Residência Temporária de Sant’Ana alivia o SNS nos internamentos sociais

Foi ontem inaugurada a Residência Temporária de Sant’Ana, uma resposta da Santa Casa para acolher pessoas em situação de internamento social, vindas de unidades do Serviço Nacional de Saúde.

O equipamento fica situado no Hospital Ortopédico de Sant’Ana e logo no primeiro dia acolheu dois utentes, que mereceram a visita de Ana Jorge, provedora da Misericórdia de Lisboa, e Manuel Pizarro, ministro da Saúde. Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão, e Ricardo Mestre, secretário de Estado da Saúde, também integraram a comitiva que percorreu a nova ala.

Esta nova resposta da Santa Casa resulta de um protocolo assinado com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e com o Ministério da Saúde, e terá 27 camas, recebendo utentes que já tiveram alta clínica, mas não têm condições ou família disponível para regressar a casa, permanecendo nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

provedora com ministro da saude

Aproveitando a época natalícia, Ana Jorge sublinhou que a residência constitui “um presente de Natal às pessoas que o SNS e a Santa Casa têm a obrigação e missão de cuidar”.

“Desta forma, a Santa Casa consegue dar expressão a mais uma das boas causas, indo buscar os retidos nos hospitais. Não é uma residência permanente, é algo intermédio para depois tentarmos encontrar uma solução definitiva para estas pessoas. Não é apenas uma questão social. São pessoas muito frágeis e vulneráveis, que precisam de acompanhamento e esse é o grande desafio que temos neste momento: há muitas pessoas destas em que a família já não existe ou não quer existir e que aguardam que alguém os possa acolher”, acrescentou a provedora.

Por seu lado, a secretária de Estado da Inclusão realçou a abertura da residência “em tempo recorde”.

“Muito obrigado à Santa Casa por estas 27 camas, que serão muito úteis, e por este acolhimento ímpar nestas instalações de excelente qualidade”, referiu Ana Sofia Antunes.

Por fim, tomou a palavra Manuel Pizarro para explicar que a nova Residência Temporária de Sant’Ana “permite humanizar os cuidados às pessoas e aliviar a pressão sobre o SNS”.

“Um hospital não é o sítio próprio para as pessoas permanecerem durante meses, não apenas porque não é o sítio adequado para elas, mas também porque precisamos dos lugares para ir acolhendo as pessoas que todos os dias nos procuram. Uma palavra muito especial aos profissionais que aqui vão trabalhar, porque este trabalho exige conhecimento técnico, empenho e coração”, terminou o ministro da Saúde.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas