logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Café Memória promove sessão sobre diabetes e bem-estar

A sessão contará com a presença de duas convidadas da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP): Isabel Correia, Enfermeira Coordenadora de Enfermagem, e Lisandra Ribeiro, Nutricionista, que irão partilhar conhecimentos e estratégias práticas para lidar com a diabetes no quotidiano.

A equipa do Café Memória — composta pela Dr.ª Maria João Diniz, pela Enfermeira Guida Amorim e pela Dr.ª Sónia Mascarenhas — estará presente para apoiar e dinamizar o encontro.

O Café Memória é um espaço de encontro destinado a pessoas com problemas de memória ou síndromes demenciais, bem como aos seus familiares, cuidadores e todos os que se interessam por estas temáticas. O ambiente é acolhedor, seguro e propício à partilha de experiências, apoio emocional e interação entre pares.

A entrada é livre e não requer inscrição prévia. Basta aparecer na Rua Nova da Trindade, n.º 15  e participar!

 

Conheça a agenda sociocultural da Santa Casa para novembro e dezembro

Entre oficinas de pintura, workshops de culinária, sessões de literacia digital, tertúlias temáticas e caminhadas ao ar livre, a oferta é pensada para todas as idades e gostos. As atividades focam-se na inclusão, na valorização das tradições e na sustentabilidade, onde se encontram o Laboratório de Reciclagem de Plástico, o projeto RecicL’Art e os workshops de presépios natalícios.

A comunidade está convidada a participar e a descobrir o dinamismo destes espaços, que se abrem ao público mediante inscrição.

A programação completa inclui também momentos festivos como as celebrações de São Martinho e as festas de Natal.

Partilha e reflexão marcaram o encontro “Cuidador Informal – Um Olhar de Futuro”

Num dia inteiramente dedicado aos cuidadores, a Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa acolheu na quarta-feira, 22 de outubro, o encontro “Cuidador Informal – Um Olhar de Futuro”, o qual serviu para reflexão e reconhecimento sobre a função que estas pessoas desempenham diariamente.

Numa oportunidade de partilhar conhecimento e boas práticas na área, foram muitos os cuidadores que estiveram presentes, para além de especialistas no assunto, numa iniciativa organizada pela Direção de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade da Santa Casa e que contou na abertura com a intervenção de Rita Prates, Vice-Provedora da Instituição.

“Estas pessoas fazem, muitas vezes em silêncio, um trabalho extraordinário todos os dias”, lembrou a Vice-Provedora, acrescentando que “cuidar é um ato de amor, mas também de coragem, de resistência e, muitas vezes, de sacrifício”, salientando ainda o “papel essencial para a sociedade” dos cuidadores informais.

A manhã continuou em torno do tema “As várias perspetivas do cuidar”, antes da pausa que serviu para os participantes tomarem contacto com o mural da gratidão, disponível para quem quisesse agradecer publicamente por algum ato generoso, ou conhecer soluções e projetos como o Projeto RADAR. Ainda na parte da manhã decorreu uma mesa redonda sobre “Boas práticas no cuidar”.

Na parte da tarde os trabalhos recomeçaram após a atuação do Coro ROCK, que animou a Sala de Extrações com diversos temas conhecidos de todos. Foi então tempo de dar a palavra aos cuidadores, com os testemunhos impressionantes de Helena Costa e Felisberta Veiga, ambas cuidadoras informais e participantes no grupo de autoajuda do Centro de Educação, Formação e Certificação da Misericórdia de Lisboa.

Além dos difíceis desafios diários ao cuidar da mãe, de 80 anos, Helena falou sobre a sua participação no grupo de autoajuda, “quase uma droga viciante” e um polo de verdadeira partilha de experiências. “Somos todos diferentes, mas somos todos iguais”, resumiu.

Por seu lado, Felisberta, que cuida do marido há já quatro anos, contou como lida com o desgaste no dia a dia: “As coisas não são fáceis, mas faço o meu melhor, dentro do que vai sendo possível”.

A jornada terminou com a intervenção de Carla Ribeirinho, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, que deu a sua visão não apenas como investigadora sobre este tema, mas também, ela própria, como cuidadora informal, e com o agradecimento de Etelvina Ferreira, diretora da Direção do Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade, pela presença de todos, encerrando um dia muito proveitoso.

Orquestra Geração Santa Casa começa novo ano letivo com entusiasmo

Foi com uma tarde repleta de música que a Orquestra Geração Santa Casa regressou ao trabalho neste novo ano letivo, na terça-feira, 21 de outubro. Na antiga creche da Calçada da Glória, um grupo de crianças e jovens que compõem este projeto inclusivo juntou-se para o arranque dos trabalhos e mostrou já estar bem afinado.

Recorde-se que este é um projeto social que pretende contribuir para o desenvolvimento das crianças e jovens a nível pessoal, social e escolar e, para este efeito, é usado o poder condutor e agregador da música, neste caso clássica, envolvendo também a comunidade. Os ensaios são, assim, momentos muito especiais para estas crianças e jovens, que depois têm a oportunidade de mostrar externamente o resultado deste trabalho, através de diversos concertos ao longo do ano.

Este ano, a Orquestra Geração Santa Casa conta com 56 músicos infantis, ainda que nem todos tenham estado já neste primeiro ensaio, do qual apenas fizeram parte as crianças e jovens que já vinham do ano anterior.

O espaço deste primeiro ensaio foi adaptado para o efeito com a intervenção de voluntariado empresarial (intervenção essa que vai continuar) e contou com a presença dos professores dos principais instrumentos de cordas, sopro e percussão, para além de alguns familiares.

“Cuidador Informal – Um Olhar de Futuro”: Encontro Promove Reflexão e Reconhecimento

A iniciativa dedica-se especialmente a cuidadores informais, técnicos e parceiros que intervêm nesta área, com o objetivo de promover a reflexão sobre os desafios atuais enfrentados por quem cuida e de reconhecer o papel essencial que desempenham na sociedade.

A participação neste encontro é uma oportunidade para debater os desafios e oportunidades do cuidado informal, conhecer boas práticas e iniciativas que valorizam o papel do cuidador e fortalecer redes de apoio e colaboração entre profissionais e instituições que atuam nesta área.

Informações importantes:

  • Data: 22 de outubro de 2025;
  • Hora: 9h00;
  • Local: Sala de Extrações da SCML;
  • Entrada gratuita;
  • Inscrição obrigatória até às 14h00 de 21 de outubro;
  • Programa;
  • Link para inscrição.

A participação está limitada à capacidade da sala, por isso recomendamos que garanta o seu lugar com antecedência. Contamos com a sua presença!

Se é cuidador informal, técnico ou parceiro nesta área, este encontro é para si. Junte-se a nós nesta manhã de partilha, reconhecimento e construção de caminhos para o futuro do cuidado informal.

Santa Casa promove workshop GreenCity4Aging

O ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa acolhe, no dia 24 de outubro, o workshop final do projeto GreenCity4Aging, dedicado aos efeitos dos passeios verdes urbanos na mobilidade, integração social e combate ao idadismo.

O encontro abre com as intervenções do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Paulo Sousa, da reitora do ISCTE, Maria de Lurdes Rodrigue, e da diretora do CIS-ISCTE, Carla Moleiro, seguindo-se a apresentação dos resultados do projeto pela equipa de investigação.

Durante a manhã, realizam-se duas mesas-redondas. A primeira, “Growing Older, Living Greener: A Gerontological Perspective”, conta com a intervenção de Moritz Hess, do Hochschule Niederrhein, Teresa Marat-Mendes, do ISCTE, Ana Louro, do IGOT, e moderação de Síbila Marques, do ISCTE. A segunda, subordinada ao tema “New Forms of Mobility: Cycling Infrastructure & Behaviour Change”, inclui intervenções de Willem Snel, da Mott MacDonald, e contributos de Bruno Maia, da EMEL, Rosa Félix, do IST, e André Samora-Arvela, do ISCTE.

A sessão da tarde inicia-se com uma síntese dos resultados do projeto, por Síbila Marques, e a apresentação do processo de envolvimento dos participantes, por Filomena Gerardo, da Misericórdia de Lisboa. Segue-se a mesa-redonda “Equidade em Movimento: Participação Pública e Cidades Amigas das Pessoas Idosas”, com participações de Pedro Homem Gouveia, da Polis Network, Pedro Navel, da Câmara Municipal de Lisboa, Mário Alves, da Estrada Viva, e Elisabete Arsénio, do LNEC, moderada por Sara Eloy, do ISCTE.

Promovido pela Santa Casa e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o GreenCity4Aging é um projeto que cruza ciência, urbanismo e envelhecimento ativo, procurando soluções sustentáveis para melhorar a qualidade de vida das populações mais velhas nas cidades.

Participe!

O evento é de participação gratuita, mediante inscrição.

Mais informações em: https://greencity4aging-iscte.hub.arcgis.com/

Há vida no bairro Padre Cruz

Há momentos que definem um espaço, um sítio e as suas gentes, e a iniciativa idealizada pela equipa de Animação Socioeducativa do centro foi um desses instantes, que perdurará na memória de todos os participantes.

“A Aldeia adormece e o bairro acorda” é mais que um documentário. É um retrato do que foi, é, e pretende ser o bairro. Uma história que navega entre as memórias dos mais “antigos” habitantes do território e da geração mais nova de moradores, e que inclui muitas das histórias do que outrora foi um dos locais mais “indesejados de Lisboa”.

“A ideia foi realizar um trabalho filmográfico dentro deste espaço que é o bairro, que fosse impactante para todos os intervenientes e que no final todos sentissem que têm uma palavra a dizer, sejam os mais novos ou os mais velhos”, explica Sara Cruz, monitora de atividades de tempos livres do Centro Social Polivalente do Bairro Padre Cruz, durante a apresentação pública do documentário que aconteceu na última sexta-feira, 3 de outubro, no Auditório Natália Correia do Centro Cultural de Carnide.

Durante quase um ano, dezenas de jovens e utentes do centro foram mobilizados e desafiados a contarem um pouco da sua história, num cenário intimista e pessoal, que pretendeu ser um reflexo das “das vivências e sonhos” das “gentes” que diariamente dão vida a este território.

“Moro aqui há mais de 40 anos. Vim para cá ainda isto era um aglomerado de pedaços de casas empilhadas, umas em cima das outras. Este filme teve essa coisa engraçada de poder contar aos nossos jovens o que era este bairro, e, por exemplo, contar-lhes que as estradas onde jogam à bola ou andam de bicicleta eram sítios com casas e onde pessoas vendiam várias coisas”, diz José Rodrigues, utente do centro.

Da parte da geração dos mais novos, Diego Silva, ou Kiki, nome pelo qual é conhecido no bairro, conta que foi “engraçado” participar no filme e que espera que algumas das histórias que agora conhece “não voltem a acontecer”.

“Foi giro, mas foi também algo triste, porque não sabia que antigamente as pessoas viviam com tão pouco e com tantas dificuldades”, confessa.

O projeto, que teve o apoio, no processo de produção e edição, da equipa da direção de Comunicação da instituição, foi um momento de partilha e uma oportunidade única para o fortalecimento dos laços comunitários entre moradores do bairro.

Pode ver o documentário no Youtube da Santa Casa.

Reproduzir vídeo

Projeto RADAR distinguido como Boa Prática Europeia pelo Interreg Europe

Na avaliação do especialista Erik Gløersen, o RADAR distingue-se pela abordagem multinível no combate à vulnerabilidade, isolamento e solidão das pessoas mais velhas. O perito sublinha a articulação entre instituições — 31 organizações ligadas por uma plataforma digital comum —, a mobilização de associações e comércio local como “olhos e ouvidos” da comunidade e o envolvimento direto de cidadãos para criar uma cultura de proximidade e solidariedade.

Os números também refletem a dimensão e impacto do projeto: mais de 40 mil pessoas seniores e de 5.700 radares comunitários já integram a rede. Todos os meses são realizadas cerca de 2.000 chamadas e visitas porta a porta, além de quase 100 ações de rua, assegurando acompanhamento regular e prevenção de riscos.

Coordenado por entidades públicas, o RADAR reforça a confiança, a sustentabilidade e a responsabilidade social do trabalho desenvolvido. Atualmente, o Governo prepara a expansão do modelo através do RADAR Social, alargando a sua implementação a todo o território nacional. Para outros contextos europeus, o RADAR surge como um exemplo inspirador e transferível de como enfrentar o isolamento sénior, promover a coesão social e construir comunidades mais solidárias.

Consulte a ficha do projeto e a opinião do perito aqui (https://www.interregeurope.eu/good-practices/radar-project).

Cuidadores informais cuidam de si mesmos com a ajuda do CEFC

É às primeiras horas da tarde que o grupo vai tomando forma numa das salas do Centro de Educação, Formação e Certificação (CEFC), em Alvalade. Hoje, estão presentes oito elementos neste equipamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, embora haja muitos outros inscritos. Homens e mulheres, todos diferentes, cada um com a sua história de vida, mas unidos numa causa única: são todos cuidadores.

Dados de 2024, do Instituto da Segurança Social, situam em cerca de 15 mil o número de cuidadores informais em Portugal. Muitas vezes, de um momento para o outro, não só se perde a normal companhia de um companheiro de vida, como por vezes o trabalho e o dinheiro poupado durante anos. Acresce ainda uma nova e pesada responsabilidade: cuidar do outro. Não é uma escolha voluntária e o desafio é enorme, porque ao mesmo tempo os cuidadores têm de cuidar de si. Só assim serão capazes de ajudar quem deles passa a depender a tempo inteiro.

É a pensar nestas situações que o CEFC oferece, desde 2017, formação e apoio psicológico a cuidadores informais. Na sessão de hoje, num grupo que já se conhece bem, embora ainda não estejam todos no mesmo patamar de entrosamento, há primeiramente espaço para uma conversa com as psicólogas Rosa Macedo e Fátima Jesus. Apesar da nossa presença como elemento estranho ao grupo, é surpreendente o à-vontade com que cada um fala da sua semana, do que andou a fazer para desanuviar a cabeça e, naturalmente, do estado da pessoa por si cuidada. Posteriormente, haverá uma formação sobre bem-estar com Rita Turras, diretora da UDIP Alta de Lisboa. Mas antes, todos têm espaço para partilhar.

A experiência de cada um

“Pela primeira vez em 20 anos passei férias sem a minha mãe”, conta Felisberta, para quem a nova experiência teve tanto de alívio como de assustador, embora reconheça que estava a precisar. Cuida da mãe há muito tempo e cuida de si mesma há menos, mas as coisas estão a equilibrar-se.

Por seu lado, Maria deu muita atenção à horta por estes dias. É lá que encontra a paz necessária para enfrentar a “montanha” que apareceu na sua vida e que diariamente tem de escalar para cuidar do marido, que, admite, vai perdendo forças de dia para dia.

“A horta é o meu refúgio. Se não tivesse o meu marido nesta situação, já não tinha a horta”, refere com a voz embargada. Com a ajuda do grupo, rapidamente a conversa saltita para os maracujás cultivados e a tensão na sala reduz-se. Nestes primeiros dias de outono, são assim os ventos que sopram nestes encontros quinzenais no CEFC: com eles trazem as dificuldades de quem nunca quis estar nesta situação, mas de quem promete nunca desistir dela. E os momentos destas reuniões são tão voláteis que num instante ouve-se apenas o ar condicionado a tentar refrescar o ambiente pesado, mas no instante seguinte as gargalhadas e sorridos preenchem o interior e ultrapassam mesmo as paredes deste espaço. É terapia a acontecer em tempo real.

Cuidadores para sempre

Continuamos a observar as diferenças. Helena é a única cuidadora do grupo que ainda trabalha, com todos os desafios que isso lhe traz; Ranjambai é a única que cuida do próprio filho, ainda uma criança; e Augusto é, porventura, o caso mais particular do grupo: há poucos meses que já não cuida de ninguém. Ou melhor, desde há poucos meses que usa toda a sua força para cuidar si, após a partida da companheira de muitas décadas.

“Ainda não tirei o travesseiro dela da cama. É a vida”, resume. O olhar que nos chega através dos seus óculos mostra tristeza, mas também uma aceitação da realidade – o primeiro passo para seguir em frente. E Augusto seguiu: continuou a vir às reuniões do grupo, mesmo após deixar de ser cuidador. Era um deles quando cuidava da esposa, foi um deles quando participou numa semana de férias na Colónia de São Julião – uma possibilidade que o CEFC oferece para descanso dos cuidadores – e hoje continua a ser um deles, muito acarinhado pelo grupo. Uma vez cuidador, nunca se deixa de sê-lo e Augusto prova-o.

À pausa para o lanche segue-se a formação. Estão agora todos mais leves para suportarem o peso da missão que cada um tem ao chegar a casa. E dentro de duas semanas voltarão para encontrarem mais força ou, simplesmente, partilharem a que têm com quem ainda está a aprender a juntá-la.

 

“A ideia é sermos um suporte e irmos conduzindo e dinamizando a sessão, para que se sintam à vontade para partilhar.”
Fátima Jesus, psicóloga

“Imaginem uma senhora que acabou de reformar-se e fica, de repente, em casa com a mãe dependente. Na altura em que estava a pensar ter tempo para si, ao fim de ter perdido 40 anos a trabalhar, vai perdê-lo novamente. É aqui que damos este apoio.”
Rosa Macedo, psicóloga

“A formação é modular e o próprio grupo é que vai levantando os seus interesses. Dão sempre pistas do que gostavam de ver abordado.”
Rita Turras, formadora desta sessão

“Cuidar em Relação”: um dia de reflexão sobre envelhecimento e dignidade

Organizado pela Unidade de Apoio e Promoção ao Envelhecimento Ativo, da Direção de Intervenção de Públicos Vulneráveis, o evento reuniu profissionais da área social, parceiros institucionais e membros da comunidade com interesse na área do envelhecimento, especialmente na resposta residencial para pessoas mais velhas.

Humanitude como referencial de qualidade

Ao longo do dia, o seminário incluiu palestras, mesas-redondas, partilhas de boas práticas e apresentações científicas, com destaque para a metodologia Humanitude, adotada nas Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) da Santa Casa. Esta abordagem, desenvolvida por Yves Gineste e Rosette Marescotti, valoriza a dignidade, autonomia e bem-estar da pessoa cuidada, promovendo uma relação humanizada entre cuidadores e residentes.

A metodologia estrutura-se em cinco etapas: aproximação respeitosa, olhar e consentimento, construção da confiança, comunicação e promoção da autonomia. Aplicada em lares, hospitais e cuidados domiciliários, tem demonstrado benefícios significativos na redução da ansiedade, melhoria da autoestima e motivação dos profissionais, além de evidência científica internacional que sustenta a sua eficácia.

A sessão de abertura do encontro foi conduzida pela Vice-Provedora da Santa Casa, Rita Prates, que destacou o espírito transformador da iniciativa: “Este seminário é mais do que um encontro técnico ou académico; é um espaço de reflexão, de partilha e de construção coletiva em torno de uma ideia central e transformadora. A qualidade do cuidado está intimamente ligada à qualidade da relação, construída nos gestos simples, nas rotinas, na atenção ao detalhe e no respeito pela singularidade de cada residente.”

Seguiu-se a intervenção de Regina Almeida, diretora da Unidade de Apoio e Promoção ao Envelhecimento Ativo, que traçou o percurso das residências da Santa Casa e os desafios enfrentados na resposta às populações mais vulneráveis.

Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa
Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa
Regina Almeida, diretora da Unidade de Apoio e Promoção ao Envelhecimento Ativo
Regina Almeida, diretora da Unidade de Apoio e Promoção ao Envelhecimento Ativo
Participantes no seminário 'Cuidar em Relação'
Participantes no seminário 'Cuidar em Relação'

Afonso Pimentel, coordenador geral da Humanitude Portugal, apresentou o processo de implementação da metodologia nas ERPI da SCML, seguido de uma mesa-redonda moderada por Anabela Fialho, diretora da Residência São João de Deus.

A tarde começou com a partilha de boas práticas pelas Santas Casas de Freamunde e da Trofa. Pedro Silva, membro da Mesa Administrativa e diretor técnico da Santa Casa de Freamunde, e Zélia Reis, vice-provedora da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, mostraram-nos como o respeito pelos horários de sono dos utentes ou pela sua privacidade podem ter um efeito tranquilizador nas suas vivências do dia-a-dia nas ERPI.

Já a sessão científica contou com as intervenções de Liliana Henriques, consultora da Humanitude Portugal, sobre o respeito pela dignidade da pessoa idosa institucionalizada, e de João Araújo, coordenador pedagógico da Humanitude Portugal e Humanitude Internacional, sobre a gestão da recusa de cuidado em pessoas com alterações cognitivas.

A professora Alexandra Lopes, da Universidade do Porto, encerrou o painel com uma reflexão sobre os significados e práticas contextualizadas nos cuidados de longa duração, através do projeto LeTs-Care.

André Brandão de Almeida, administrador executivo da área da Saúde da Santa Casa, encerrou o encontro, agradecendo aos presentes e reforçando a importância da missão institucional: “Cuidar em relação é, e será sempre, um trabalho em equipa com profissionais de várias áreas, da saúde e ação social. Termino com uma frase que resume a essência do nosso compromisso: ‘cuidar é um ato de humanidade que nos liga a todos.’ Que esta seja a nossa missão diária, hoje e sempre.”

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas