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Acordo para a inclusão

Acordo para a inclusão

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a e a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) assinaram um protocolo de colaboração no âmbito da Valor T, uma agência de empregabilidade que se encontra ao serviço das pessoas com deficiência.

Santa Casa e Associação Cultural Êxito das Tendências firmam protocolo de cooperação

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assinou recentemente um protocolo de cooperação com a Associação Cultural Êxito das Tendências, que visa potenciar o apoio à população deslocada da Ucrânia, mais precisamente crianças e jovens que se encontrem a residir em Lisboa e que necessitem de apoio em diversas áreas bem como em atividades de ocupação de tempos livres.

O protocolo prevê ainda a criação de um projeto-piloto a ser implementado no Centro Social de São Boaventura, no Bairro Alto, equipamento da Santa Casa, onde será implementado um plano de atividades, em áreas como a saúde mental, dança, música e aprendizagem da língua portuguesa, destinado a crianças ucranianas, entre os 8 e os 14 anos.

O documento foi subscrito pelo administrador de Ação Social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, e pelo presidente da associação, Taras Shevchenko, e a vice-presidente, Viktoriya Shashko.

Sérgio Cintra relembrou que a Santa Casa “está sempre de portas abertas para ajudar quem mais necessita”, concluindo que este é um apoio que “pode fazer uma diferença enorme na vida destas pessoas que de repente se encontram noutro país, noutra cultura e numa nova realidade”.

Já Viktoriya Shashko começou por agradecer a disponibilidade da instituição em “apoiar esta causa”, frisando que “é fulcral para o nosso povo e, principalmente, para as nossas crianças este apoio. Acreditamos que com esta parceria as crianças e jovens ucranianas deslocados do seu país, podem desenvolver todo o seu potencial”.

Fundada em 2020, a Associação Cultural Êxito das Tendências tem como objetivo promover o desenvolvimento e fortalecimento de relações solidárias, na vertente educacional e cultural, entre a comunidade da ucraniana e portuguesa.

Mário, o jovem que faz da arte a sua janela para o mundo

Embora ainda bastante jovem, a história de Mário já dava um livro. Natural de Lisboa, desde muito novo que a paixão pela pintura e a escrita está presente na sua vida. Há dois anos, quando acabou o ensino preparatório (9º ano), decidiu que o melhor para o seu futuro seria “correr” atrás do sonho de viver para e no mundo das artes. Inscreveu-se no Chapitô, onde ainda se mantém, e começou a procurar alternativas de trabalho, mas sempre ligadas ao mundo do espetáculo.

“Foi algo natural para mim. Sempre gostei de desenhar, pintar e tudo o que se relaciona com as artes. O caminho teria de ser este, primeiro a escola com esta vertente e depois estas experiências, sempre com a criatividade e produção como palavras de ordem”, conta o jovem.

Entre vários programas de voluntariado que tem vindo a realizar, Mário destaca o desafio que lhe foi lançado, há dois anos, pela equipa da Santa Casa que o acompanha, para experimentar umas semanas de voluntariado no Clube Criativos Portugal (CCP), entidade apoiada pelos Jogos Santa Casa, desde 2017.

“Pediram-me para ir à Santa Casa, que tinham uma proposta para eu fazer voluntariado. Explicaram-me que seria no CCP, e o que iria fazer. Hoje, olhando para trás, tenho a certeza que foi das melhores experiências que me podiam recomendar”, frisa Mário.

E assim foi. Depois de uma apresentação no CCP, Mário foi proposto para ajudar, “no que fosse necessário”, a equipa que diariamente trabalha para relembrar a todos que Portugal tem dos melhores criativos mundiais.

De maneira a não prejudicar as aulas no Chapitô, o CCP definiu um horário mais adaptado ao jovem e um trabalho ajustado aos gostos e necessidades da equipa. Entre as tarefas que realizava, Mário ia absorvendo tudo o que o rodeava e, no final da primeira experiência no CCP, o objetivo do jovem estava traçado no que respeita ao que seria o seu contributo neste ano, de 2022.

“Foi uma experiência incrível. Desconhecia o que era o CCP, mas a verdade é que parecia logo na minha vez aqui, que já conhecia estas pessoas há anos. Senti-me sempre como parte da equipa e sentia que todos gostavam do trabalho que fazia. Mal acabou, pensei logo que queria voltar e felizmente aqui estou eu”, comenta Mário sorridente.

Este ano o desafio foi diferente. Mais exigente, mais tempo, mais responsabilidade, mas com a confiança de sempre. Durante as últimas três semanas, que culminaram com a Grande Gala CPP, realizada esta quinta-feira, 7 de julho, Mário foi aprendendo os “ossos do ofício” no universo dos criativos, com a certeza que deu “tudo o que tinha”.

“Este ano tem sido fenomenal. Tenho um horário, tenho um trabalho e sinto-me como em casa. É bom saber que fazes parte de algo, e então quando corre bem é um sentimento estrondoso”, realça o futuro produtor de eventos.

Uma das pessoas que teve um papel relevante neste caminho do jovem foi Susana Nascimento, coordenadora geral do Clube de Criativos de Portugal, para quem o Mário foi um dos “jovens que se destacou pela positiva”. Produtiva por natureza e apaixonada pelo mundo da criatividade, Susana não tem dúvidas ao afirmar que o Mário é “um jovem com um futuro brilhante à sua frente”.

“Muito cedo percebemos que o Mário era um excelente elemento da equipa. Foi um dos que se destacou o ano passado, e quando, este ano, tivemos oportunidade de receber voluntários da Santa Casa, o nome do Mário foi o primeiro a ser sugerido”, revela.

Valorizando o “bom trabalho” desenvolvido pelo jovem apoiado pela Santa Casa, a equipa do CCP decidiu, este ano, oferecer a Mário algo útil para o seu futuro, mas acima de tudo “útil para o seu dia a dia”, conta a coordenadora.

Além de proporcionar-lhe algumas ferramentas essenciais para que fosse bem-sucedido na sua vida pessoal e escolar, o CCP atribuiu a Mário “um valor simbólico pelo seu empenho, no valor de 500 euros, revertido num telemóvel e num computador escolhido por ele.”

Para o futuro, Mário esclarece que o essencial é “ser feliz” a fazer o que gosta, mas acredita que a experiência acumulada em dois anos, a trabalhar com a “malta” do CCP, será marcante e fundamental para a sua vida profissional.

“Com esta experiência fiquei a saber o que é necessário para coordenar projetos, montar um espetáculo e isso será importante para o meu futuro. Tenho o sonho de ter o meu próprio espetáculo ligado àquilo que tenha apreendido no Chapitô, e com o que aprendi com a Susana e toda a equipa do CCP já sei o que é necessário fazer para conseguir pelo menos arrancar com o projeto”, concluiu o jovem.

Gala Clube Criativos de Portugal, onde se reconhece o talento e se premeia o mérito

Teve lugar, esta quinta-feira, 7 de julho, na Escola de Tecnologias Inovação e Criação (ETIC), a Gala de Prémios do 24º Festival Clube de Criativos de Portugal e Semana Criativa de Lisboa. Uma cerimónia onde foram reconhecidos os melhores trabalhos do ano de publicidade, design, digital, experiências de marca, meios, craft em publicidade, integração e inovação.

No âmbito da parceria estabelecida, em 2017, com o Clube de Criativos de Portugal em 2017, os Jogos Santa Casa voltaram a patrocinar o Grande Prémio CCP, este ano entregue à agência de publicidade e design UZINA, criadora da campanha publicitária “Tens-me na mão”, para a gigante internacional do setor das telecomunicações, Samsung.

À semelhança dos últimos anos, os Jogos Santa Casa premiaram ainda as melhores propostas inscritas no concurso Brief Aberto CCP-JSC 2022. Este ano, o desafio lançado pela marca em conjunto com a Federação Portuguesa de Futebol foi o de criar uma proposta de design para os dois troféus Jogos Santa Casa que são entregues na final da Taça de Portugal de Futebol: o troféu Homem do Jogo e Fairplay. O grande vencedor desta edição foi o jovem designer Rafael Mendes Pereira.

Para Susana Nascimento, esta gala “é uma alavanca de talento para os nossos jovens”. “Somos um país pequeno, mas de grande em talento. E a prova disso é que fomos o segundo país mais premiado no ano passado num concurso europeu, e este ano uma agência portuguesa recebeu o grand prix, em Cannes”.

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Valor T promove encontro com entidades do tecido empresarial português

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a CIP – Confederação Empresarial de Portugal assinaram, esta quinta-feira à tarde, 7 de julho, na Mitra – Polo de Inovação Social, um protocolo que estabelece os princípios de colaboração entre as duas instituições na implementação de atividades do projeto Valor T.

Foi um evento que teve de tudo. Acima de tudo, emoção e esperança. Primeiro foi um encontro entre empresas e candidatos. Depois, assinou-se um protocolo entre a Santa Casa e a Confederação Empresarial de Portugal. No primeiro momento, ouviram-se testemunhos de empresas e de candidatos (que, entretanto, estão a trabalhar). “Oportunidade de ouro”, “feliz”, “orgulhoso”, “voltei a acreditar”, “sinto-me parte de algo”, foram algumas das palavras mais proferidas pelos candidatos.

Por outro lado, as empresas valorizaram o trabalho da Valor T. Segundo os empresários, a agência de empregabilidade veio preencher uma lacuna no mercado de trabalho, fazendo a ponte entre os candidatos e as empresas. Neste encontro, os empresários classificaram os candidatos de “bravos e transformadores”, pela forma como se entregam no trabalho e pelo caráter transformador desta experiência.

Na sua intervenção, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, sublinhou que este evento tem dois grandes objetivos: celebrar um ano da Valor T e a assinatura do protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a CIP. “Passado um ano da criação da Valor T – e não foi um ano particularmente fácil – podemos hoje dizer que uma parte da ambição que tínhamos está mais perto de se concretizar. É um sinal que estamos no caminho certo. O outro grande objetivo deste evento era a assinatura deste protocolo com a Confederação Empresarial de Portugal. Um passo importante para as empresas, para os candidatos, para a inclusão e para o trabalho digno para todos. A assinatura deste protocolo é um estímulo adicional para continuarmos o nosso trabalho.”

Já António Saraiva lembrou que “estamos associados a este projeto desde o início e com bastante empenho. Sendo a CIP a confederação das empresas, cabe às empresas fazer diferente, fazer melhor. O talento não tem género e não é exclusivo daqueles que não são portadores de deficiência.” O presidente da CIP defendeu, ainda, que assinatura deste protocolo representa um “valor civilizacional”, acrescentando que “há que transformar as mentalidades” e que “não podemos deixar ninguém para trás”.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, elogiou a iniciativa e disse que “estamos a construir em conjunto uma sociedade mais inclusiva”. A representante do Governo classificou os candidatos como “bravos transformadores”, sublinhando “o poder transformador do trabalho, da inclusão e da transformação da sociedade”.

Celebrar um trabalho de todos

A ocasião, inserida nas festividades dos 524 anos da SCML, foi assinalada por um encontro de comemoração entre a Valor T e as empresas que se associaram a este projeto. Dos parceiros fazem parte empresas como El Corte Inglés, Altice, Inditex, Jerónimo Martins, SONAE, CUF, Santander, Media Capital, entre muitas outras. Estiveram igualmente presentes dirigentes da Santa Casa, representantes do Governo, da Presidência da República, do Município de Lisboa, entre outros.

Lançada a 1 de maio de 2021, a Valor T tem por missão apoiar as pessoas com deficiência na procura e concretização do seu potencial profissional através de um processo de promoção de empregabilidade centrado na valorização do talento e mérito dos candidatos e no acompanhamento e partilha de oportunidades pelas entidades empregadoras.

Desde a sua criação, mais de 150 empresas estão registadas na plataforma da Valor T e a colaborar ativamente para a integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Contabilizam-se, ainda, cerca de 1500 candidatos registados. A Valor T conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

Testemunhos de empresas que trabalham com a Valor T

João Antunes, responsável pela aquisição de talentos do Grupo INDITEX, referiu que “sempre fez sentido para nós incluir pessoas que realmente necessitam e dar-lhes oportunidade de começar uma vida nova. Faz parte dos nossos valores e princípios enquanto empresa.”

Graça Rebôcho, diretora de Recursos Humanos na Altice Portugal, considerou que “foi muito positivo estar aqui hoje e ouvir os testemunhos de diversas pessoas que já estão incluídas neste projeto. Nós aderimos ao programa desde o início, porque temos várias iniciativas ligadas à inclusão, portanto, este é mais um passo para contribuir para a empregabilidade das pessoas com deficiência.”

A música que toca diretamente o coração

A música que toca diretamente o coração

O final do ano letivo trouxe um momento muito especial para as crianças do núcleo da Misericórdia da Orquestra Geração: os seus dotes artísticos foram postos à prova, num concerto que teve como cenário o bonito Convento de São Pedro de Alcântara, e que juntou na audiência técnicos, familiares e amigos dos jovens músicos.

“Álbum de Família”. A série infantil que quer construir um mundo melhor

Lançado no passado dia 1 de junho, programa “Álbum de Família” centra-se na família Silva, em particular na Julieta e no Xavier, as duas crianças protagonistas de série. Todos os domingos, há um episódio novo, às 12h30, na SIC K. Semana após semana, ambos são confrontados com várias problemáticas do mundo que os rodeia, que tentam resolver com histórias e canções. Tudo isto, enquanto se acompanha o percurso dos Silva como família de acolhimento. Ou seja, o tema do acolhimento familiar é transversal a todos os episódios.

“Medos e Pesadelos”, “Vegetais e Alimentação Saudável”, “Segurança na Rua”, “Somos Todos Diferentes”, “Amor e Família”, “Inclusão Social” ou “Animais de Estimação” são algumas das muitas temáticas abordadas ao longo dos episódios.

Álbum de Família

A origem do programa e o apoio da Santa Casa

Recentemente, foram desenvolvidos alguns materiais de apoio direcionados para a divulgação e acompanhamento das medidas em vigor no âmbito do acolhimento familiar, promovendo esta resposta como sendo mais adequada em alternativa ao acolhimento residencial. Neste contexto, no último ano foi desenvolvida uma campanha publicitária que contribuiu para o sucesso da medida, com o objetivo de recrutar famílias de acolhimento e promover o esclarecimento da sociedade nesta matéria.

A temática do acolhimento familiar e a necessidade de esclarecer a sociedade portuguesa nesta matéria estiveram na origem da decisão da Misericórdia de Lisboa associar-se a este programa televisivo. Os materiais foram desenvolvidos através de pesquisa e de suporte técnico dos colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com reuniões de trabalho e de ajustamento dos conteúdos, tendo daí surgido a série “Álbum de Família”.

“Álbum de Família”

Esta série infantil de dez episódios – e mais de uma centena de vídeos com apoios dos ministérios da Educação e da Cultura – enquadra vários temas associados à família, nomeadamente o quotidiano da família Silva e o seu percurso até se tornar numa família de acolhimento. Os episódios remetem para a rede institucional da Santa Casa e para as características do processo, permitindo informar e chamar a atenção para esta realidade, assim como para os benefícios para as crianças e famílias envolvidas.

Ana Gaspar, técnica da Unidade de Adoção, Apadrinhamento Civil e Acolhimento Familiar da Santa Casa, defende que “o programa promove a realidade do acolhimento familiar, divulgando-a junto do público infantil e das suas famílias”, sublinhando “a qualidade pedagógica dos conteúdos”. Emocionada, diz que “os guiões estão muito realistas e os episódios são muito interessantes. É uma série humana com os valores certos e que, de uma forma lúdica e divertida, passa uma mensagem bonita para as crianças”.

“Além do apoio financeiro, a Misericórdia de Lisboa colaborou na elaboração dos guiões e na construção das personagens, para que a mensagem passada fosse ajustada à realidade e ao contexto do acolhimento familiar”, nota.

Sensibilizar a sociedade portuguesa sobre a temática do acolhimento familiar. Nas palavras de Ana Gaspar, o objetivo é “promover o exercício da parentalidade positiva, em geral, e divulgar a realidade do acolhimento familiar, ‘naturalizando-a’  junto de um público potencialmente candidato a constituir-se como família de acolhimento.

Por último, a técnica da Misericórdia de Lisboa faz um balanço “muito positivo”, explicando que o projeto tem um “enorme potencial de aprofundamento”.

Criança deitada no chão do quarto a pintar

Acolhimento familiar da Santa Casa

O acolhimento familiar da Santa Casa promove os direitos das crianças, proporcionando-lhes um ambiente familiar, indispensável ao seu bem-estar físico e emocional. Receber uma criança é dar-lhe o afeto, segurança e a confiança essenciais ao seu desenvolvimento. É fazer a diferença. O acolhimento familiar é uma solução temporária, mas essencial para defender crianças em perigo. Nos casos em que é necessário encontrar uma alternativa à sua família, o acolhimento familiar constitui-se como medida prioritária de colocação de uma criança, decorrendo até que a família da criança desenvolva condições para dela voltar a cuidar ou, caso tal não se revele viável, se identifique outro contexto familiar com caráter permanente.

 

 

“A Beleza das Pequenas Coisas” – parte 2

Rui Pinto da Costa é parte fundamental da Obra Social do Pousal. A sua dedicação e comportamento admiráveis fazem com que seja acarinhado por todos. Essa é também a forma de retribuírem a Rui o cuidado que tem com todos aqueles que habitam no Pousal.

Por vezes, Ana Xavier encontra a paz na igreja. É na pequena capela do Pousal que pensa naqueles que ama, que pede a Deus um mundo melhor. Hoje, é mais fácil arrancar um sorriso a Xavier. Aprendeu a viver aqui depois de um início menos feliz. “As pessoas boas” que encontrou nesta resposta da Santa Casa foram decisivas para que hoje chame casa ao Pousal.

Trazer a vida às dezenas de pessoas que residem na estrutura residencial para pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento é a missão desta resposta da Santa Casa, que conta com uma equipa multidisciplinar focada nas necessidades dos utentes.

Veja aqui a segunda parte da reportagem “A Beleza das Pequenas Coisas”, que conta a história de utentes da Misericórdia de Lisboa, para quem, muitas vezes, só importa “ter um dia feliz”.

A beleza das pequenas coisas (parte 2)

“Todos Somos Diferentes”. O concurso da Santa Casa que quer combater a discriminação na comunidade educativa

Oito estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho de Lisboa foram distinguidos na sessão de entrega de prémios do concurso escolar “Todos Somos Diferentes”, que se realizou esta segunda-feira, 27 de junho, na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Além da atribuição de um prémio monetário aos melhores trabalhos apresentados nos três escalões – 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, foi, ainda, atribuída uma menção honrosa.

Ao todo participaram nesta edição da iniciativa 264 alunos, 29 professores de nove escolas básicas de oito agrupamentos escolares diferentes da cidade, sendo que foi atribuído a todos os participantes uma pen-drive com o livro digital do concurso e um diploma de participação.

Entre os vencedores do 1º escalão (1º Ciclo), a Escola Básica António Nobre venceu o 1º prémio, na segunda posição destacou-se a Escola Básica Mestre Querubim Lapa e o terceiro lugar foi ocupado pela Escola Básica Sarah Afonso.

No 2.º escalão (2º Ciclo), a Escola Básica Patrício Prazeres conquistou o 1º prémio, a Escola Básica Quinta de Marrocos o 2º prémio e a fechar o pódio ficou a Escola Básica Professora Lindley Cintra.

Por último, no 3.º escalão (3º Ciclo), a Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo alcançou o 1º prémio. Já à Escola Básica Quinta de Marrocos coube o 2º prémio e à Escola Básica Marquesa de Alorna o 3º prémio.

Destaque ainda para a menção honrosa atribuída à turma do 6º ano da Escola Básica Patrício Prazeres.

Numa cerimónia com vários alunos das escolas vencedoras, o provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, salientou que “é na diferença que encontramos a nossa maior riqueza enquanto pessoas”, defendendo ainda que este concurso deve ser “o motor de esperança que os nossos jovens precisam para se tornarem adultos conscientes e participativos”.

“Este projeto tem o grande objetivo de ajudar a que cada um de nós possa ser um agente de mudança para que as nossas escolas e comunidades, no seu todo, possam ser mais inclusivas”, concluiu Edmundo Martinho.

Presentes na cerimónia estiveram, para além do provedor da instituição, os representantes dos agrupamentos escolares vencedores e, ainda, os membros do júri.

Sobre o concurso “Todos Somos Diferentes”

O concurso “Todos Somos Diferentes” foi desenvolvido e enquadrado no âmbito da associação dos Jogos Santa Casa às Lotarias Europeias. Destinado a toda a comunidade escolar da rede pública do concelho de Lisboa, esta iniciativa distingue trabalhos escolares capazes de sensibilizar e mobilizar toda a comunidade educativa para a importância de uma escola integradora e inclusiva das pessoas com deficiência, baseada nos princípios da solidariedade e da diversidade com vista à construção de uma sociedade futura mais coesa e mais justa.

Focado na apresentação de trabalhos coletivos no âmbito da temática “Todos Somos Diferentes”, foram admitidos a concurso trabalhos em suporte multimédia, inovadores, criativos e com impacto social, que traduzissem a temática do concurso e respeitassem os princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

De acordo com o regulamento, os melhores trabalhos de cada escalão – 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, recebem prémios pecuniários, num total de nove atribuições. Estes prémios, que vão de 1.500 euros a 5.000 euros, deveriam ter como objeto a apresentação de projetos a desenvolver na escola, tendo em vista um parque escolar mais inclusivo.

Orquestra Geração. “Adoro tocar. Foi amor à primeira vista”

São jovens talentosos e estão na Orquestra Geração da Santa Casa. Muitos sonhavam um dia tocar numa orquestra. Outros nem sabiam que a música um dia iria fazer parte das suas vidas. Hoje, estão rendidos. A orquestra faz parte do seu dia a dia. Amanda, Ávyla e Alan são três dos vários jovens que integram a Orquestra Geração Santa Casa. São irmãos e partilham a mesma paixão: a música.

No passado sábado, 25 de junho, cerca de 40 jovens e crianças tocaram e encantaram no concerto final do ano letivo. Se o nervosismo dominou os momentos que antecederam o espetáculo, a alegria e o orgulho dominaram os rostos de crianças, pais e responsáveis da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa após a atuação.

Os testemunhos

“A música é terapia, é paixão e um estimulante para a vida em todas as suas dimensões”, dizem os três. Amanda Semonnetti, 18 anos, é a primogénita. “A orquestra aproximou-nos enquanto família. Mas nem sempre é fácil conciliar o papel de irmã mais velha e a música”, confessa, entre sorrisos.

“Eu adoro tocar. Foi amor à primeira vista. Faz-me feliz e sentir bem comigo”, sublinha. “Quero continuar a fazer parte da orquestra, sem ser algo profissional, pela alegria que me dá”. Sobre a Orquestra Geração Santa Casa, Amanda não tem dúvidas: “é um projeto muito importante, pois a música une-nos e acrescenta valor a vida de cada um”.

O mais novo chama-se Alan, tem 14 anos, e toca violino. Também está no projeto desde o início. “A música completa-me. Fico tranquilo e focado. É bom para mim tocar. Esta experiência abre-me novos horizontes e tenho oportunidade para conhecer outras pessoas”, remata.

Por outro lado, Ávyla Semonetti, a irmã do meio, com 16 anos, confessa que sente “algum nervosismo no início dos espetáculos. Mas depois de começar a tocar, os nervos dão lugar à alegria”, frisa.

Ávyla destaca a alegria de tocar e o propósito do projeto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. “Fazer parte da orquestra é especial. Estamos os três juntos a fazer o que mais gostamos. Este projeto ajuda-me a sair de casa, tira-me da rotina e posso conhecer outras pessoas”, finaliza.

Transformar vidas

Com o poder de transformar vidas, a música assume um papel de extremo relevo na vida destes jovens. Na Orquestra Geração Santa Casa encontraram uma vocação adormecida, mas, acima de tudo, um abrigo seguro e um propósito que os une.

António Santinha, diretor da Unidade de Apoio à Autonomização da Santa Casa, sublinha que “o projeto geração, com quatro anos de experiência, prova que é possível colher frutos do investimento realizado. Neste momento, contamos com cerca de 40 músicos, divididos por três níveis, e dois grupos de instrumentos: sopros e cordas”.

“O empenho deste grupo de músicos enche-nos o coração de orgulho”, destaca, com emoção, sublinhando os “benefícios do envolvimento dos pais neste projeto”. O responsável nota que “o projeto nunca parou, mesmo em contexto de pandemia”, explicando que “as crianças e professores mantiveram contacto através das plataformas digitais”.

“Os dias das apresentações são de facto mágicos, tanto para crianças como para as famílias. Nestes dias, todos se sentem muito especiais e alvo de grande atenção, o que é absolutamente transformador”. Para terminar, António Santinha fez questão de lembrar o importante trabalho dos professores e staff, que ao longo do ano, contribuem para o sucesso e impacto do projeto”, finalizou.

A Orquestra Geração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é um projeto com o objetivo de constituir uma orquestra juvenil na instituição. Para o efeito, foi criado um protocolo de colaboração com o Projeto Orquestra Geração Sistema Portugal. A essência do projeto é o trabalho social. A Orquestra Geração Santa Casa não é um conservatório, não é uma escola de música, é um trabalho social que através da música, da prática de orquestra de conjunto, faz um trabalho de grupo, um trabalho social.

Orquestra Geração Concerto final de ano letivo

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas