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Mitra vai acolher exposição “Ouro Branco” dedicada ao mármore português

Os pavilhões da Mitra, espaço da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, vão acolher a exposição “Ouro Branco”, dedicada ao mármore português. De 28 de maio a 28 de julho, duas dezenas de artistas nacionais e estrangeiros vão expor as suas reinterpretações da singularidade deste recurso natural tão marcante no nosso país.

A escolha da Mitra – Polo de Inovação Social para albergar esta exposição, marca, uma vez mais, aquele icónico e histórico espaço da cidade de Lisboa como um destino aliciante para a realização de eventos, designadamente na área da cultura, à semelhança do que aconteceu em 2024 com a exposição “Atelier”, do conceituado artista plástico Pedro Cabrita Reis.

A exposição “Ouro Branco”, uma organização do projeto Território, promete refletir as profundas interligações entre a terra, a cultura, a criatividade e a qualidade de produção do mármore português, funcionando, ao mesmo tempo como uma homenagem a este recurso natural não renovável.

O mármore tem uma longa e umbilical história com o artesanato português, para além do uso escultural e arquitetónico que tem tido no país ao longo dos séculos. De resto, a sua extração remonta já ao período romano.

A exposição “Ouro Branco” estará patente na Mitra de 28 de maio a 28 de julho e terá entrada gratuita, podendo ser visitada de segunda-feira a sábado, das 11 às 18 horas.

Santa Casa Jazz Fest de regresso a Lisboa

Vários concertos com artistas consagrados e emergentes do panorama nacional irão animar a capital portuguesa durante quatro dias, os quais contarão igualmente com as apresentações da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas. O Santa Casa Jazz Fest, uma iniciativa que se repete pela segunda vez, só é possível mediante a parceria inédita entre a Misericórdia de Lisboa e o histórico Hot Clube de Portugal (HCP), com as duas entidades a estarem unidas no compromisso de promover a cultura e a música jazz em Lisboa, este ano também com o apoio da autarquia lisboeta, através do Lisboa Cultura.

“O programa pretende dar a conhecer as várias vertentes do jazz contemporâneo praticado em Portugal, com a ideia da complementaridade de estéticas e revelando sempre diferentes visões artísticas e práticas musicais singulares e apelativas”, explica Pedro Moreira, presidente do HCP.

Por outro lado, a responsável pela Direção da Cultura da Santa Casa, Teresa Nicolau, prefere destacar a diversidade de públicos que acorrem ao Santa Casa Jazz Fest: “No festival, existem públicos muito diferenciados. Temos as pessoas que vêm ouvir os concertos da Escola de Jazz, como os que assistem aos concertos com nomes do jazz português bastante conceituados”.

Nesta sua segunda edição, o Santa Casa Jazz Fest retoma algumas das suas principais linhas de orientação, com o jazz a criar um “espaço de liberdade, de expressão e de partilha”, acrescenta o responsável, destacando ainda o “carácter intimista dos espaços” onde irão decorrer as apresentações: o Convento de São Pedro de Alcântara e a Quinta Alegre, que irão transformar-se em locais de convívio e de promoção do jazz.

A primeira edição do Santa Casa Jazz Fest ocorreu em 2024, no âmbito das comemorações organizadas pela Santa Casa para assinalar o 50º aniversário do 25 de abril de 1974.

Quer saber o que o espera no Santa Casa Jazz Fest? Leia a mini-entrevista com Teresa Nicolau.

Teresa Nicolau

Teresa Nicolau, a responsável pela Direção da Cultura da Santa Casa

“Queremos trazer à nossa casa o maior número de pessoas”

Teresa Nicolau é uma experiente jornalista especializada nas Artes e na Cultura que, desde 2023, desempenha as funções de Diretora da Cultura da Misericórdia de Lisboa. Nesta curta entrevista, a responsável explica a aposta da Santa Casa neste evento exclusivamente dedicado ao jazz e as expetativas da instituição para a edição deste ano.

Porquê a realização deste evento em edifícios da Santa Casa?

O Santa Casa Jazz Fest nasceu há um ano com a intenção de abrir espaços do património cultural – que é absolutamente extraordinário – da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Sendo o convento de São Pedro de Alcântara um sítio absolutamente central, quis a Direção da Cultura fazer com que este género de evento acontecesse dentro da nossa casa.

Quais as expectativas da instituição relativamente a esta segunda edição do Santa Casa Jazz Fest?

No ano anterior tivemos praticamente os concertos sempre esgotados, com a Igreja de São Pedro de Alcântara bem cheia. Acho que criámos realmente um acontecimento lisboeta. A expectativa é sempre a melhor e esperamos, nesta segunda edição, ter a participação do ano anterior. Esperamos também que esteja sol, para podermos usufruir dos jardins de São Pedro de Alcântara.

Porquê a aposta da Santa Casa num evento exclusivamente dedicado ao jazz?

O Hot Club é uma instituição cultural de Lisboa e não tem, neste momento, um espaço que lhe seja dedicado (dentro da cidade) para poder fazer os seus concertos. Por outro lado, além desta necessidade do Hot Club, houve também a intenção da Santa Casa em oferecer um outro tipo de festival de música, diferente da Temporada de Música em São Roque, que é a nossa “joia da coroa”. Pensámos: porque não criar uma resposta cultural-musical diferente em relação à música que apresentamos todos os anos? Queremos ser o mais ecléticos possível e trazer a nós, à nossa casa, o maior número de pessoas.

 

Para conhecer o programa do Santa Casa Jazz Fest e descobrir todas as novidades da edição deste ano, aceda à página criada propositadamente para este evento:

Embaixadores Sul-Americanos Visitam Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo

A Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo recebeu a visita de 8 embaixadores de países da América do Sul acreditados em Portugal: Brasil, El Salvador, Argentina, Paraguai, Perú, República Dominicana, Panamá e México.

O encontro, promovido pelo colecionador Francisco Capelo, teve como objetivo estreitar laços culturais e explorar futuras colaborações entre a instituição e os países representados.

Durante a visita, os diplomatas tiveram a oportunidade de conhecer a vasta coleção de arte asiática reunida por Francisco Capelo ao longo de mais de duas décadas. Composta por cerca de 1.300 peças provenientes de 14 países asiáticos, a coleção abrange um período que vai do século III a.C. até ao início do século XX. As obras, selecionadas com base na sua raridade, integridade e valor estético, estão expostas num edifício seiscentista cuidadosamente restaurado para este fim.

David Lopes e Ângela Guerra, administradores da Santa Casa, estiveram presentes no evento, dando as boas-vindas a todos os membros do corpo diplomático.

Francisco Capelo, conhecido pelo seu papel na criação de instituições culturais como o Museu da Marioneta e o Museu do Design e da Moda (MUDE), tem vindo a direcionar o seu interesse para a América do Sul. Nos últimos anos, tem realizado viagens frequentes à região, com o intuito de aprofundar o seu conhecimento sobre as culturas locais e enriquecer o seu acervo com peças representativas do património cultural sul-americano.

A iniciativa reforça o papel da Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa como um espaço/plataforma de diálogo intercultural.

Celebre o Dia Internacional dos Museus no Museu de São Roque e na Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo

É já no próximo domingo, 18 de maio, que o Museu de São Roque e a Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo vão assinalar o Dia Internacional dos Museus. Para tal foi preparada uma programação especial que promete cativar os visitantes destes espaços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Logo a partir das 10 horas arranca a exposição “Museu de São Roque – 120 anos em fotografias”, uma mostra fotográfica que vai percorrer e destacar os momentos mais emblemáticos do Museu de São Roque ao longo dos seus 120 anos de existência. Em primeiro plano estarão as diferentes soluções museográficas e museológicas à luz da época e das respetivas exigências. O objetivo é que o público compreenda melhor a relevância do museu na cidade de Lisboa, assim como deixar espaço para a reflexão sobre a sua evolução.

Por outro lado, a música também terá um papel relevante neste Dia Internacional dos Museus no Museu de São Roque. A partir das 16 horas haverá música no Claustro com o espetáculo “Let’s Roque”, pela mão do Hot Club de Portugal, uma referência no jazz nacional, que promete apresentar uma experiência cultural descontraída, fazendo a ponte entre a tradição e a contemporaneidade. Num ambiente acolhedor e intimista, a ideia prende-se com o reforço da relação do Museu de São Roque com diferentes expressões artísticas, atraindo desta forma novos públicos e promovendo o próprio espaço como um local de encontro e celebração cultural.

Por fim, este dia marcará a divulgação d’A Obra Eleita, a obra favorita do público. O processo de votação está a decorrer – pode votar aqui – e vai eleger a peça predileta entre uma seleção de 20 obras icónicas do Tesouro da Capela de São João Batista. A peça vencedora será destacada de forma especial no museu e servirá de ponto de partida para futuras atividades, como visitas temáticas ou projetos educativos.

teatro de sombras

Teatro de Sombras está de regresso

Também a Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo preparou um evento especial para assinalar o Dia Internacional dos Museus. A partir das 18 horas, o teatro de sombras está de regresso, desta vez com a sessão “A Viagem do Tenshô”.

A história gira em torno da viagem dos primeiros cristãos, quatro meninos japoneses, que chegaram a Portugal, e estará a cargo de Beniko Tanaka, que tem já no seu histórico várias colaborações, shows e performances de marionetes de sombra japonesas, sozinha e em colaboração com diversas instituições.

A peça, com manipulação das marionetas de sombras japonesas ao vivo, inspira-se e baseia-se em factos históricos do livro “Do Japão para o Alentejo”, por Tiago Salgueiro e é acompanhada pelos tambores de Tetsuro Naito e a flauta de Tomoko Takeda (em gravação).

A sessão é gratuita, mas requer marcação prévia. Mais informações através dos números 213 235 250 | 213 235 401.

Razões mais do que suficientes para celebrar o Dia Internacional dos Museus com uma visita ao Museu de São Roque e à Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo!

Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo faz parte do roteiro do Open House Lisboa 2025

A Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo faz parte do Open House Lisboa 2025, organizado pela Trienal de Lisboa, que regressa este ano para mostrar ao público 72 espaços da cidade.

 

Integrada na rede internacional Open House Worldwide, esta iniciativa, da qual fazem parte mais de 60 cidades em todo o mundo, tem como objetivo gerar conhecimento e acessibilidade ao património da cidade, através de visitas gratuitas a espaços emblemáticos e de reconhecido valor arquitetónico e patrimonial.

Este ano o Open House Lisboa conta com 23 estreias, das quais faz parte a Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo. Assim, nos dias 10 e 11 de maio, das 10h às 18h, será possível visitar gratuitamente este espaço museológico, sendo que sábado, às 11h00, a visita será acompanhada pelo arquiteto Joao Pedro Falcão de Campos, e no domingo, às 15h00, as honras serão feitas pelo designer Filipe Alarcão.

A 14.ª edição do Open House conta com 72 espaços, 4 percursos urbanos, 21 visitas acessíveis, 11 actividades Plus e 9 atividades dedicadas às famílias.

 

Saiba mais em Open House 2025 – Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo

Museu de São Roque celebra Dia Internacional dos Museus – Vote na sua obra preferida

O Dia Internacional dos Museus (18 de maio) será assinalado no Museu de São Roque, um espaço icónico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com um programa que inclui um concerto, uma exposição de fotografia e um desafio para eleger a obra preferida do público, unindo, desta forma, música, arte e história.

Começando pela exposição, cuja inauguração coincide precisamente com esta efeméride, terá o nome “Museu de São Roque – 120 anos em fotografias” e vai destacar os momentos mais emblemáticos do Museu ao longo da sua centenária existência, bem como as diferentes soluções museográficas e museológicas à luz da época e das respetivas exigências. O objetivo é mostrar aos visitantes a relevância do Museu de São Roque na cidade, abrindo também espaço para uma reflexão sobre a sua evolução.

Em termos de música, a programação passa pelo concerto “Let’s Roque”. A partir das 16 horas, o claustro do Museu vai transformar-se num palco de música ao vivo, numa experiência cultural descontraída proporcionada pelo Hot Club de Portugal, referência no jazz Nacional. Num ambiente acolhedor e intimista, pode esperar-se uma ligação entre a tradição e a contemporaneidade.

Por fim, a iniciativa “A Obra Eleita” pretende reunir as preferências do público. Até ao dia 17 de maio, uma seleção de 20 obras icónicas da coleção do Museu estará a votações – pode fazê-lo aqui – e os resultados serão anunciados no Dia Internacional dos Museus. A obra vencedora terá um destaque especial no Museu e servirá de ponto de partida para futuras atividades, como visitas temáticas ou projetos educativos.

Com esta programação, sairá certamente reforçada a ligação da comunidade ao Museu de São Roque, por forma a garantir que a sua história continue a ser devidamente valorizada e projetada no futuro. Participe no Dia Internacional dos Museus!

Concerto assinala os 500 anos da morte da Rainha D. Leonor

Os 500 anos sobre a morte da Rainha D. Leonor, fundadora da Misericórdia de Lisboa, serão assinalados com um concerto especial no dia 2 de maio, dia do seu nascimento, às 19 horas, na Igreja de São Roque. Numa iniciativa da Santa Casa, em parceria com a Égide – Associação Portuguesa das Artes, este emblemático espaço da cidade de Lisboa vai acolher um final de dia diferente com o espetáculo “Missa Grande”, de Marcos Portugal.

O famoso compositor luso-brasileiro (1762-1830) é conhecido na Europa sobretudo pela sua criação dramática e em Portugal e no Brasil pelo seu no repertório litúrgico. “Missa Grande” é uma obra escrita em forma concertata, em alternância e diálogo entre o coro e os solistas, tendo-se constituído como um paradigma da música religiosa portuguesa de finais do século XVIII e século XIX. Para além da sua beleza intrínseca, este facto está na origem da sua escolha para este concerto.

A entrada será gratuita, embora limitada à lotação da Igreja de São Roque. Venha assistir ao concerto e participe nesta homenagem a uma das mulheres mais influentes na História de Portugal.

19 horas, Igreja de São Roque

“Missa Grande”(c.1782-90) de Marcos Portugal (1762-1830)
Carla Caramujo (soprano 1), Solistas do Coro e Coro Voces Caelestes, Irene Lima (violoncelo), Adriano Aguiar (contrabaixo), André Fernandes (órgão), Sérgio Fontão (direção musical).

Logo da Égide - Associação Portuguesa das Artes

Dia Mundial do Livro assinalado com conversa sobre o legado da benemérita Delmira Maçãs

No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Livro, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa promoveu esta quarta-feira, 23 de abril, uma conversa especial dedicada à vida e ao legado de Delmira Maçãs, uma das maiores beneméritas da instituição.

A sessão decorreu no CLIC-LX – Centro Local de Informação e Coordenação de Lisboa, e reuniu naquele espaço colaboradores, membros da comunidade e convidados especiais que recordaram o percurso inspirador de Delmira Maçãs.

Ao longo da conversa, conduzida por Rita Valadas, antiga diretora do Centro Editorial da Santa Casa e uma das responsáveis pela publicação da obra da benemérita, e por João Corrêa-Cardoso, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, destacou-se o impacto das suas doações no desenvolvimento de projetos sociais e culturais promovidos pela Santa Casa.

“Delmira Maçãs não era apenas uma benemérita. Era uma mulher culta, com uma inteligência acima da média e com uma visão clara do que queria”, destacou Rita Valadas, sublinhando a importância de manter viva a memória “de uma mulher que sempre demonstrou carinho pela ajuda ao outro”.

O evento contou ainda com o testemunho de um amigo de Delmira Maçãs e a leitura de excertos da obra da benemérita, revelando um lado mais íntimo da sua personalidade e das motivações por detrás das suas ações.

Delmira Maçasã nasceu a 11 de abril de 1923, e cresceu junto de personalidades que a marcaram definitivamente em termos culturais. António Maçãs, seu pai, e o padrinho António Leite Vasconcelos, fundador do atual Museu Nacional de Arqueologia, foram algumas das figuras da sua vida. Em 2007, aos 84 anos, viria a falecer e, não tendo herdeiros diretos, legou todos os seus bens à Misericórdia de Lisboa, na condição de que esta publicasse todos os seus manuscritos (16 livros) que escreveu. Estes livros desvendam a vida da autora desde o seu tempo de estudante até à sua relação com o quotidiano e com a vida passada entre o seu Alentejo, a Azambuja e a vida na capital.

Santa Casa acolhe lançamento do segundo volume da trilogia “Revolução, Pá!”

No próximo dia 28 de abril, às 16h30, a Sala das Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa volta a ser palco de memórias e histórias sobre liberdade. É aqui que será apresentado o segundo volume da trilogia “Revolução, Pá!”, com a presença da autora Ana Gomes.

Intitulado “O povo unido jamais será vencido”, este novo volume dá continuidade ao trabalho iniciado com “Revolução, Pá! O 25 de abril na Misericórdia de Lisboa”, obra inaugural da coleção promovida pelo Centro Editorial da Santa Casa. Se o primeiro livro mergulhava no turbilhão de mudanças que o 25 de Abril trouxe ao país e à instituição, nesta nova edição o olhar abre-se para os coletivos que se formaram internamente como é exemplo a Comissão dos Representantes do Pessoal da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Comissão de Delegados, as Brigadas Revolucionárias dos Trabalhadores da instituição, ou ainda, a assembleia geral de trabalhadores, de 18 de abril de 1975, conhecido pelo dia D do saneamento das chefias na Misericórdia de Lisboa.

A autora, Ana Gomes, conduz-nos por uma narrativa vibrante onde os protagonistas são os coletivos que emergiram nos primeiros tempos da Revolução, dentro da própria Misericórdia de Lisboa. O livro capta este momento em que a liberdade passou a ser vivida em conjunto com esperança, ação e voz coletiva.

“O projeto editorial “Revolução, pá” nasceu da vontade de contar a história do 25 de Abril na Santa Casa, de conhecer e dar a conhecer as transformações, os episódios e as batalhas ocorridos nestes dias da descoberta democrática no país, mas à escala da instituição”, conta a autora.

A apresentação será um convite à memória viva, à reflexão e ao diálogo sobre o passado que molda igualmente o presente da Santa Casa e de Portugal.

A Entrada é livre, sujeita à lotação da sala.

Livros Santa Casa: Os veículos que espalham o conhecimento sobre a Misericórdia

Chegar ao Centro Editorial da Santa Casa significa entrar no interior do Convento de São Pedro de Alcântara, subir escadinhas estreitas e percorrer longos e frios corredores, os mesmos onde há muitos séculos cirandavam os religiosos da Ordem de São Francisco. Atualmente, é no primeiro piso que está sedeado o serviço que produz anualmente cerca de 14 obras sobre temas tão diversos como a Rainha D. Leonor, património, jogo, ação social, sem esquecer as demais áreas de atuação da instituição.

“Mais do que um produtor de livros, o Centro Editorial deve ser reconhecido como um agente facilitador para divulgar conhecimento da Santa Casa”, começa por explicar Samuel Esteves, diretor do Centro Editorial desde 2012, quando foi convidado a substituir a “criadora” do serviço, Rita Valadas.

Nestes 13 anos que passaram, muito mudou. O livro transformou-se, com o digital a conquistar espaço ao papel, e o Centro Editorial da Misericórdia de Lisboa foi ”forçado” a acompanhar as mudanças e a adaptar-se aos novos tempos: as obras expostas nos escaparates ainda existem, coexistindo agora com os inevitáveis livros digitais, que enchem a loja online da Santa Casa e aos quais se pode aceder através de um simples clique.

Entretanto, também a reduzida equipa de escritores foi alargada – hoje são 10 -, fazendo parte do grupo dois ex-jornalistas, um historiador, um especialista em História de Arte, entre outros. Um grupo de peso, justificável pela “importância da oferta” literária da Santa Casa que, segundo Samuel Esteves, “é notável”.

Samuel Esteves (à direita) juntamente com alguns dos escritores do Centro Editorial

Samuel Esteves (à direita) juntamente com alguns dos escritores do Centro Editorial

A oferta é diversificada, destinando-se a um público-alvo também diversificado e, acima de tudo, muito específico: estudantes, leitores de cariz religioso que procuram informação sobre arte sacra ou sobre a dimensão religiosa da instituição, sem esquecer o saber acumulado ao longo de séculos de atuação na Ação Social. E se dúvidas persistissem quando à procura destas obras, as mesmas dissipar-se-iam na Feira do Livro anual, com o espaço da Santa Casa a ser procurado por muitos e muitos visitantes.

Mas não só de vendas (na Casa Ásia, na Loja do Museu ou na Loja Online) “vive” o Centro Editorial . Além dos clientes à consignação, como livrarias ou editoras, cerca de 1.500 cadernos públicos foram já oferecidos a todas as misericórdias e bibliotecas municipais do país, sendo também enviados para universidades ou outras instituições. Percebe-se, uma vez mais, a razão pela qual os livros são os “veículos” da Misericórdia de Lisboa: afinal, são eles que “transportam conhecimento sobre a instituição”, como refere Samuel Esteves.

PRODUÇÃO NO PERÍODO 2012-2024

Edições Publicadas: 182

Média anual de edições produzidas: 14

N.º de edições digitais online: 154

N.º de downloads: 2.882

Ofertas institucionais: 97.974

Livros, livros e mais livros

Coleção Reliquiarum, Coleção Património, Cadernos Técnicos, Sebentas, Catálogos de exposições e roteiros, Coleção Beneméritos, Cadernos Solidários… Estes são alguns exemplos da produção do Centro Editorial da Santa Casa, produção essa que aumenta de ano para ano. Deste serviço saem muitas mais obras, algumas delas com reconhecido sucesso, como é o caso do “Caderno de Exercícios de Estimulação Cognitiva”, um livro que foi lançado durante a pandemia de COVID-19 e que é considerado por Samuel Esteves como um “verdadeiro sucesso de vendas”, sempre “muito procurado” na Feira do Livro.

O livro – resultado de uma ideia do Espaço Santa Casa – destina-se aos idosos e pode ser encontrado na FNAC ou na Porto Editora, sendo constituído por exercícios criados pelos técnicos da Unidade de Animação Sócio Educativa (UASE) para estimular o desenvolvimento cognitivo.

Em contagem decrescente está o lançamento de uma outra obra, o segundo volume de “É a Revolução, Pá”, já no próximo dia 28. Ou, mais para a frente, o livro “Princesa Leonor, Rainha de Portugal e Fundadora da SCML”, em português, braille e em versão audiolivro para o público infanto-juvenil, ou ainda “História da SCML no feminino”, entre muitas outras que estão em preparação.

“A faturação da Feira do Livro representa, em média, cerca de 21% da faturação global”
Samuel Esteves

Segundo volume da trilogia "Revolução, Pá!", o qual será lançado no dia 28

Segundo volume de uma trilogia, o qual será lançado no dia 28

Perfil

Com 20 anos de “casa”, Samuel Filipe Henriques Esteves estreou-se na Misericórdia de Lisboa como subdiretor da Ação Social, em dezembro de 2005. Formado em Sociologia, o “salto” para o Centro Editorial ocorre em 2012, onde se mantém desde então, orgulhando-se das 182 obras publicadas sob a sua supervisão, as quais permitem que o conhecimento perdure no tempo. Afinal, como faz questão de referir, “o que não se escreve, o que não fica protegido de forma organizada e escrita, irá desaparecer”, razão pela qual considera que o que ficar para a posteridade constitui “uma questão de responsabilidade social”.

Não se julgue, porém, que uma década à frente do Centro Editorial é sinónimo de trabalho concluído. Na lista de trabalho por realizar está a app Cultura Santa Casa, um projeto que está atualmente em fase de “avaliação tecnológica”.

“Muitos descarregamentos dos nossos livros nem sequer ocorrem em Portugal. Para mim, é um motivo de muito orgulho quando sei que uma assistente social de Luanda descarregou um livro técnico da Misericórdia”
Samuel Esteves

Samuel Esteves

Samuel Esteves

Dia Mundial do Livro

Assinala-se no dia 23 o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, uma efeméride instituída em 1995, na 28ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, com o propósito de encorajar a leitura, promover a proteção dos direitos de autor e destacar a importância dos livros enquanto elemento basilar da educação e do progresso de uma sociedade.

Este ano, o Rio de Janeiro (Brasil) é a Capital Mundial do Livro, sendo a primeira cidade de língua portuguesa a receber este título – que é concedido pela UNESCO -, sucedendo a Estrasburgo.

As cidades designadas como Capital Mundial do Livro da UNESCO comprometem-se a promover o livro e a leitura junto de todas as idades e grupos, dentro e fora das fronteiras nacionais, assim como a organizar um programa de atividades para o ano.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas