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O Santo das Pandemias

O Santo das Pandemias

Há uma nova visita guiada ao Museu de São Roque. Chama-se Pandemias e Religiosidade. É uma iniciativa organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e conta a história das doenças que devastaram a Europa – em especial, a peste bubónica –, e do papel da religião no apoio às populações.

A beleza como inspiração do outro

O Legado de Amália

O Legado de Amália

A Santa Casa apoia a Fundação Amália Rodrigues na sua missão de preservar o património da fadista. Os bilhetes para visitar a sua Casa-Museu contribuem para ajudar os mais desfavorecidos.

Música na Montanha

Música na Montanha

O Festival Internacional de Música de Marvão está de volta. O ponto alto é uma série de quartetos de cordas de Beethoven, em celebração dos 250 anos do nascimento do compositor. Ao todo a edição conta com 30 concertos, nove dos quais com entrada gratuita Uma iniciativa com o patrocínio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Beleza em São Roque

Beleza em São Roque

A exposição O Outro Como Epifania do Belo convida a refletir sobre a beleza daqueles que mais precisam de hospitalidade. Uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a visitar em São Roque até 5 de Setembro.

Prémios Play. Na festa da música portuguesa, a Santa Casa reforçou o apoio à cultura

“Agradeço do fundo do coração ter nascido fadista e por cantar a nossa música portuguesa”. As palavras dirigidas ao público presente no Coliseu dos Recreios parecem sair do coração de Sara Correia. Cada palavra carrega uma mistura de emoção e surpresa, de paixão, quase em jeito de homenagem não planeada à sua mais recente obra, que lhe valeu uma distinção na 3ª edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa. “Do Coração”, o segundo álbum de Sara Correia, lançado em setembro de 2020, venceu o prémio Play “Melhor Álbum de Fado”, categoria onde também estavam nomeados trabalhos de Mariza, Cuca Roseta e Buba Espinho.

A fadista recebeu o galardão das mãos de Filipa Klut, administradora da Santa Casa com o pelouro da cultura, e do fadista Camané. O compromisso assumido com a cultura fez com que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa voltasse a associar-se aos Play, agora na qualidade parceiro cultural, uma relação que se justifica pela forma como esta cerimónia homenageia todos os músicos nacionais.

“A associação da Santa Casa aos Play surgiu naturalmente. Foi fácil pensarmos que era absolutamente clara a nossa ligação a esta cerimónia. Os Play assumem o papel de valorizar os talentos nacionais. É o setor da música a ser elogiado, valorizado e festejado nestes prémios. Portanto, faz todo o sentido estar ao lado destes prémios, uma vez que a Santa Casa tem como eixo estratégico o apoio à cultura e ao talento nacional”, explica Filipa Klut.

“Chegou tão tarde” é o título de uma das faixas do mais recente trabalho de Sara Correia, mas que não pode ser ajustado ao percurso da artista. Sara nasceu numa família de fadistas, começou a atuar aos 12 anos de idade e aos 14 triunfou na “Grande Noite do Fado”. Ontem, aos 28 anos, viu o seu último álbum, “Do Coração”, vencer um prémio Play. Em cada faixa do álbum mora a alma de quem trata o fado por tu, mas sempre com o respeito que a guitarra portuguesa lhe merece.

São 16 anos de uma carreira elogiada pela crítica. Ainda assim, como a própria diz, o “fado requer maturidade” algo que Sara foi conquistando com o tempo. “Este prémio tem todo o sabor pelo facto de ainda ser jovem e porque acho que o fado é algo que se vai ganhando com amadurecimento”, revela. Mas para quem já a viu atuar, por exemplo, na última edição do festival Santa Casa Alfama, sabe que a fadista assume em palco a postura própria de uma veterana.

“É verdade que eu canto desde os meus nove anos, mas penso sempre que tenho de cantar para algo maior. Para mim esta é a grande porta para uma nova geração do fado e principalmente para dizer às pessoas para não terem qualquer timidez”, apela a artista deixando ainda o alerta para a “necessidade de dar continuidade à cultura portuguesa nas mais variadas áreas”.

Cultura que, para Sara, sempre foi “a coisa mais importante do mundo”. E não só a música. “A arte é aquilo que nos aquece e que nos dá a energia que precisamos para a vida”. A única coisa que pede, todos os dias, ao público é que “nunca se esqueça que a arte é a coisa mais maravilhosa que existe e que sem ela não vivemos”. Certo é que, enquanto existir palco, continuaremos a ouvir a voz de Sara Correia, que em cada palavra cantada exalta o fado, “que com orgulho é nosso, que com orgulho é a nossa alma portuguesa”.

Filipa Klut e Sara Correia

“O Outro como epifania do belo”: quando a beleza e a hospitalidade coabitam no mesmo espaço

Cartazes colados na calçada anunciam “O Outro como epifania do belo”. A viagem pela exposição começa no Largo Trindade Coelho. É aqui, junto à escultura da artista Fernanda Fragateiro, que a diretora da Cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Margarida Montenegro, inaugura a exposição polinucleada que, até 5 de setembro, estará patente no Polo Cultural de São Roque, formado pelo Largo Trindade Coelho, Igreja e Museu de São Roque, arquivo e biblioteca da Santa Casa e Brotéria. Devido à proximidade e importância que tem, este polo foi estendido ao Convento de São Pedro de Alcântara que, tal como acontece nos outros locais, estará de portas abertas de terça a sábado, das 10h às 18h, para quem quiser contemplar a exposição.

Quatro artistas plásticos contemporâneos e dois curadores apresentam propostas adequadas a cada um dos espaços, tendo por base o tema da hospitalidade. O tópico foi lançado em 2018 e foram já desenvolvidas várias iniciativas nessa linha, uma vez que o conceito da hospitalidade está intrinsecamente associado à missão da Misericórdia de Lisboa. Esta exposição é isso: uma resposta ao tema da hospitalidade como desígnio para uma cultura do outro. É, ainda, uma tentativa de interrogar artistas e públicos sobre a beleza de quem nos rodeia, seja ela qual for.

“Há cerca de dois anos começámos a perceber que estavam a surgir, no Largo Trindade Coelho, vários espaços culturais. Então achámos que faria sentido criar um polo que se articulasse entre nós todos. Esta exposição é exatamente o fruto dessa articulação, porque a Misericórdia tem uma missão hospitaleira”, destaca Margarida Montenegro.

Como representar o outro? Como trabalhar a relação com a hospitalidade? Estas foram as perguntas de partida para os  trabalhos de André Guedes, Fernanda Fragateiro, Joana Craveiro, Manicómio, Pedro Paixão e Rui Pimentel. Em cada exposição vemos obras que representam, nas mais variadas formas, o outro.

Abertura da exposição de arte contemporânea “O Outro como epifania do belo”

PARApeito: um festival para ser visto à janela

Na segunda edição, a decorrer até ao final de junho, o festival chega aos centros de dia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a escolas primárias, a uma casa de acolhimento e ao Hospital Júlio de Matos, voltando ao Santa Maria, ao Pulido Valente e à Casa Acreditar. Esta quarta-feira, 16 de junho, pelas 14h30, foi a vez dos utentes do Centro Social da Sé serem brindados com um festival para o peito, em plena rua Nova da Trindade.

Natalina Silva, 91 anos, utente do Centro Social da Sé, já estava à janela do número 15 da rua Nova da Trindade, perto do Chiado, dez minutos antes de começar o espetáculo. Estava ansiosa por ver algo diferente. Depois de tanto tempo em isolamento, os utentes dos centros de dia estão sedentos por atividades culturais e contacto com outras pessoas. Vibrou e sorriu com cada movimento da dupla do Circo Caótico. Encantou-se com a performance do casal que fez o espetáculo na rua. Uma vez que tem estado sem contacto com os restantes utentes do centro, por causa da pandemia, esta apresentação dá-lhe alegria e esperança.

“Foi poucochinho! Gostei muito, mas queria mais. Esta atuação fez-me lembrar a minha mocidade. Eu fazia aquilo que a rapariga fez”, recorda. “Eu gosto é de alegria, precisamos todos de alegria depois de tanto tempo isolados e de mais iniciativas desta natureza”, finalizou.

Por outro lado, Maria Luísa Mendonça, 74 anos, e há dez anos no Centro Social da Sé, também lamenta os tempos difíceis da pandemia e do isolamento que a obrigou a afastar-se dos seus amigos do centro. Por esta razão, Maria Mendonça considera que “estes espetáculos são importantes, fazem-nos bem, são terapia para o corpo e para a mente”, disse, acrescentando que é “necessário mais iniciativas deste género”.

Rapariga a fazer acrobacias

Um festival que quebra o isolamento e recupera a confiança

Fernando Pinto, diretor da Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) Colinas, da Misericórdia de Lisboa, sublinha que “o festival PARApeito visa quebrar o isolamento e é um importante contributo para que reaprendamos a confiança na copresença, depois de tantos meses condicionados”, explicando “que as atividades resumem-se a pequenos solos artísticos (música, circo, teatro, histórias, malabarismo, dança), concebidos também para o espaço exterior (ruas, largos, pracetas) e para serem vistos da janela”.

“Sabe-se hoje que as medidas adotadas para controlar a pandemia contribuíram para que o número de pessoas com sintomas moderados e graves de ansiedade, depressão e stress pós-traumático aumentassem”, lembra o responsável da UDIP Colinas. “Temos de estar atentos ao estado emocional e psicológico dos utentes, em especial daqueles que já antes da pandemia se encontravam numa situação de maior vulnerabilidade psicossocial, como é o caso de muitas pessoas idosas que tinham como espaço de sociabilidade os centros de dia. O desafio é agora ajudar estas pessoas a retomar uma ‘normalidade’, criando condições para que percam o medo e ganhem novamente confiança. A arte pode dar aqui um contributo importante”, nota.

Fernando Pinto recorda que já decorreram dois pequenos solos artísticos no Centro Polivalente Social São Cristóvão e São Lourenço, o “Monstro Coletivo” e o “Coração nas Mãos”, destacando uma reação “muito positiva” dos utentes.

Para Susana Alves, diretora da associação Lugar Específico, o nome do festival tem duas interpretações: “a ideia de se levar Cultura a um lugar onde as pessoas estão protegidas atrás do seu parapeito”, mas também “levar algo para o peito” de quem assiste aos espetáculos.

“O Festival PARApeito é isso, a possibilidade de fazer um festival, cumprindo as regras e indo ao encontro das pessoas que estiveram mais fragilizadas e mais isoladas durante esta temporada. E, por outro lado, criar condições para os artistas poderem trabalhar”.

Idosos à janela

O Festival

O “Festival PARApeito” é uma iniciativa da Lugar Específico, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. Tem como objetivo combater o isolamento dos afetados pela pandemia e, em simultâneo, apoiar os artistas em situação de vulnerabilidade. No âmbito desta iniciativa decorrem pequenos solos artísticos concebidos para trazer algum conforto aos espectadores.

Nesta segunda edição foram propostos cinco coletivos de artistas com diferentes linguagens artísticas, tendo sido escolhidos pela Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) Colinas, como solos artísticos: o Monstro Coletivo, o Coração nas Mãos e o Circo Caótico. Os espetáculos aconteceram a 12 de maio e 9 de junho no Centro Social Polivalente de São Cristóvão e São Lourenço. Já no Centro Social da Sé decorreu esta quarta-feira o primeiro e o próximo está marcado para 25 de junho.

O fado está de volta a casa

Os dias 24 e 25 de setembro são as datas apontadas para a edição de 2021 do Santa Casa Alfama, dedicada ao fadista Carlos do Carmo, falecido no passado dia 1 de janeiro. O cartaz deste ano – que será revelado na íntegra, brevemente – vai voltar a contar com algumas das maiores vozes do fado nacional.

Pelo quarto ano consecutivo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se a este festival, na qualidade de naming sponsor, reforçando assim o seu apoio à cultura nacional. Um apoio que, num período particularmente difícil para este setor, assume uma importância ainda maior.

Além dos concertos no Palco Santa Casa, outro dos pontos altos do festival será, à semelhança de edições anteriores, um espetáculo de video mapping dedicado à vida de Carlos do Carmo, que será projetado na fachada do Terminal de Cruzeiros de Lisboa e, ainda, uma exposição sobre o criador de “Canoas do Tejo”.

A homenagem ao cantor de “Os Putos” passa ainda pela inclusão de um tema do seu repertório, nas atuações de todos os fadistas.

O festival centra-se em diferentes palcos no típico bairro lisboeta, sendo o palco Santa Casa, em frente ao rio Tejo, o principal e onde está previsto um espetáculo de homenagem a Carlos do Carmo, com vários intérpretes. Neste palco atuam, no dia 24, Camané e Sara Correia.

No dia seguinte, 25 de setembro, sobe ao mesmo palco um dos destaques da edição deste ano, o jovem fadista Miguel Moura, que foi uma das presenças no Palco Futuro, na edição de 2020.

Saiba mais sobre o festival no site oficial.

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