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Santa Casa participa na Expo Real 2021

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa marcou, pela primeira vez, presença na Expo Real, um evento que reuniu os mais influentes stakeholders de todos os setores do mercado imobiliário internacional.

A instituição integrou o stand coletivo da agência Invest Lisboa, onde apresentou alguns dos seus projetos que vão colocar no mercado de arrendamento um número significativo de frações habitacionais. Alguns exemplos são o prédio na Rua Jau (obra concluída), o projeto de edifícios para arrendamento na Av. das Forças Armadas e o espaço na Rua Sousa Martins (ainda em fase de obra).

Igualmente patente neste espaço, esteve o projeto (já concluído) na Av. José Malhoa, destinado a diversos serviços da instituição, bem como o antigo quartel do Rio Seco, na freguesia da Ajuda, que fará nascer uma área habitacional com alguns espaços destinados ao comércio e serviços.

Paralelamente aos vários expositores, o programa da Expo Real 2021 contemplou também algumas conferências temáticas que se centraram no impacto da pandemia de Covid-19 no setor e na proteção climática, e que decorreram nos habituais fóruns, espalhados pelos cinco pavilhões.

O evento visa facilitar os negócios entre investidores, clientes finais, autoridades locais, profissionais da área de hospitalidade, players industriais e de logística e outros profissionais do setor imobiliário.

No stand de Lisboa estiveram também presentes as seguintes empresas e instituições, a Câmara Municipal de Loures, a Essentia – Consultores S.A., a IMGA Asset Management, o Município de Almada e a NEWCO Corporate Services SA.

Palácio de São Roque recebe menção honrosa

Na corrida à 9ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana (PNRU) estiveram 87 projetos, oriundos de 23 concelhos, de norte a sul do país. A maioria dos projetos a concurso (56%) são de uso habitacional, seguidos dos de impacto social (20%), de turismo (13%) e, por fim, dos projetos de comercial e serviços (11%). As categorias a concurso incluem: Cidade de Lisboa; Cidade do Porto; Impacto Social; Residencial; Turismo; Comércio & Serviços; Reabilitação Estrutural; Restauro; Intervenção inferior a 1.000 m2 e Sustentabilidade.

Com o Alto Patrocínio do Governo de Portugal, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura, a iniciativa tem como objetivo reconhecer anualmente os melhores projetos de reabilitação e requalificação urbana desenvolvidos em Portugal, que representam uma maior valia para a sociedade, nas suas diversas valências.

Destaque, na edição deste ano, para o Palácio de São Roque, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que recebeu uma menção honrosa na categoria de melhor intervenção de Impacto Social. Já em 2018, a Quinta Alegre, antigo Palácio do Marquês de Alegrete, na Charneca do Lumiar – hoje um espaço residencial intergeracional da instituição – venceu o prémio na categoria Restauro.

Os vencedores da edição de 2021 foram eleitos por um júri independente constituído pelo economista João Duque, os arquitetos João Carlos Santos e João Santa-Rita, o engenheiro Manuel Reis Campos e pelo coordenador do projeto “Reabilitar como Regra”, Raimundo Mendes da Silva. O prémio na área da Sustentabilidade contou com a assessoria técnica da ADENE – Agência Nacional de Energia e da imobiliária Savills.

Palácio de São Roque

Sobre o Palácio de São Roque

Exemplo da arquitetura palaciana, e cuja data de construção remontará a meados do século XVII, resulta de várias alterações, evoluções e melhoramentos levados a cabo ao longo de três séculos e meio de história.

Sob o mote de “trazer a cidade para dentro do edifício”, o projeto de reabilitação procurou tornar o palácio mais permeável à cidade, estando este de portas abertas, para a fruição de todos. A sua história e os aspetos originais foram preservados, de forma a oferecer um complemento cultural inigualável na oferta da Igreja e Museu de São Roque.

O projeto de reabilitação prevê a criação de um espaço museológico para acolher a “Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo”, bem como de um espaço de restauração.

A abertura, ainda sem data prevista, do Palácio de São Roque à cidade de Lisboa é de grande impacto na comunidade, não só pela natureza do edifício, como também pelo seu novo uso, um novo museu, que fortalece a oferta turística, dinamizando toda a zona comercial circundante.

Escadas Palácio de São Roq

Promover a diversidade por uma sociedade mais inclusiva

No último dia da 16ª edição da Semana da Responsabilidade Social, a Misericórdia de Lisboa promoveu uma sessão de debate dedicada ao tema “Promover a inclusão, por uma sociedade onde todas as pessoas tenham lugar”. Neste fórum discutiram-se algumas das ideias-chave do trabalho desenvolvido pela instituição no que respeita ao combate às desigualdades e à melhoria da qualidade de vida do indivíduo, bem como no âmbito da atuação conjunta com várias entidades no sentido de promover uma sociedade “mais igual, mais justa, onde todos tenham lugar”.

Na sessão de abertura, o provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, salientou a particular importância destes temas, devido à atual situação imposta pela crise pandémica de Covid-19. Os desafios que se colocam neste âmbito são vários e “a inclusão é um dos pontos centrais para assegurar a sustentabilidade das sociedades”, realçou.

Edmundo Martinho acrescentou, ainda, que “todas as organizações devem entender que têm um papel crucial a desempenhar na sociedade” para que seja possível caminharmos no sentido de “uma comunidade mais justa e equilibrada”.

Outra das preocupações apresentadas pelo responsável máximo da Santa Casa foi a marginalização, por parte da sociedade, de alguns grupos que têm “particulares vulnerabilidades”, dando como exemplo as pessoas em situação de sem-abrigo e os migrantes. Para Edmundo Martinho é necessário “assegurar que o nosso mundo e as nossas comunidades tenham ou criem ferramentas para que as pessoas, independentemente do seu passado, tenham condições para uma vida cada vez mais digna e feliz”.

Após a intervenção do provedor houve lugar a um painel de discussão moderado por Rita Paiva Chaves, diretora do Departamento da Qualidade e Inovação da Santa Casa, no qual participaram vários representantes da instituição: Vanda Nunes, diretora da Unidade de Missão: Valor T – Talento e Transformação; Mário Rui André, diretor da Unidade de Missão: Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades; Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas e Nuno Prata, diretor de Recursos Humanos.

Ampliar a diversidade de género, idade ou condição é um dos fatores imprescindíveis nas organizações do século XXI. Foi a pensar nestes assuntos que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com o Alto Patrocínio da Presidência da República, criou a agência de empregabilidade Valor T. Uma agência que promove a inclusão de pessoas portadoras de deficiência.

Na sua intervenção, Vanda Nunes referiu que a iniciativa surgiu com a finalidade de ser “uma agência de empregabilidade focada e dirigida para a pessoa com deficiência”.

“Há diversas áreas de deficiência que exigem diferentes respostas. E o facto de a Santa Casa ter partido para este projeto é um contributo que queremos dar para que possamos olhar cada pessoa com as suas particularidades, não do ponto de vista assistencialista ou da deficiência, mas do talento e da capacidade que cada um tem”, concluiu a responsável.

Para Nuno Prata existe, ainda, “um longo caminho a ter no mundo empresarial, para uma incorporação total destes conceitos”, frisando que a Santa Casa tem desenvolvido esforços no sentido de “ser um exemplo de inclusão e diversidade no local de trabalho”.

Outros dos projetos que a instituição tem levado a cabo, em conjunto com vários parceiros do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades, é o RADAR, que surge com o objetivo identificar as necessidades, expetativas e oportunidades da população 65+ de Lisboa. Mário Rui André frisou que o programa “pretende ser um instrumento estratégico de sistematização de um conjunto de medidas na área da longevidade e do envelhecimento que visem adaptar Lisboa para uma verdadeira cidade para todas as idades”. “A idade não deve ser a origem de qualquer tipo de exclusão social e a nossa missão é olhar para a idade das pessoas como um fator potenciador da riqueza das sociedades”, reforçou ainda.

Já Maria João Matos defendeu que “a Santa Casa tem como princípio orientador na sua comunicação pilares como a inclusão e diversidade”. A diretora de Comunicação e Marcas da instituição explicou que “todos eventos apoiados pela Santa Casa têm sempre presente o exemplo da política de patrocínio útil, assente na promoção da inclusão e da integração social”.

Igualmente destacado foi o apoio anual que os Jogos Santa Casa dão ao desporto, assumindo-se como a marca que mais apoia o desporto nacional. “Queremos fazer diferente, queremos apoiar o desporto e criar condições para que todas as pessoas possam ter as mesmas oportunidades de singrar no seu desporto”, concluiu Maria João Matos.

Reveja a participação da Santa Casa, na 16ª edição da Semana da Responsabilidade Social, aqui.

16ª Semana da Responsabilidade Social

Esta edição aconteceu entre os dias 21 e 25 de junho e reuniu representantes do Governo, organismos públicos, empresas, universidades, parceiros sociais, economia social e agentes culturais em várias conferências.

O encontro mais uma vez debateu a importância da implementação de boas práticas de responsabilidade social, sustentabilidade e inclusão no seio das organizações, no âmbito de uma economia global cada vez mais desafiante. O evento decorreu em dois grandes fóruns, onde foram abordados temas como os contributos do trabalho remoto para a sustentabilidade e os imperativos da mesma, a ética e a integridade nas organizações, os desafios e as estratégias para a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal ou o bem-estar organizacional, entre outros.

“Planeta, Pessoas e Propósito” foi o tema escolhido para a edição deste ano. A iniciativa, que decorreu online, foi organizada pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial, em parceria com a Global Compact Network Portugal, da qual a Santa Casa faz parte desde 2018.

Património Santa Casa, um compromisso sem idade

A edição deste ano da Semana da Reabilitação Urbana voltou a ter o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e ficou marcada por um programa rico em conferências e mesas redondas onde se discutiram vários temas atuais, como a estratégia de longo prazo para a renovação dos edifícios, o plano de recuperação e resiliência, a habitação acessível e o impacto da pandemia na reabilitação urbana.

A participação da Santa Casa na VIII edição desta iniciativa visou dar a conhecer o que tem sido feito em matéria de património da instituição e da sua reabilitação, bem como apresentar novos projetos em curso. Neste âmbito, foi promovida a conferência “A Habitação ao Longo da Vida e o Impacto da Pandemia”, que marcou o início do último dia deste evento.

Nesta sessão, foi ainda apresentado o espaço que vai nascer no Beato, o Lisboa Social Mitra, que agregará no mesmo local várias respostas da instituição, com destaque para os pavilhões dedicados à Valor T e à Casa do Impacto.

Ana Vitória Azevedo, administradora da Misericórdia de Lisboa, abriu a conferência destacando que a reabilitação da Mitra foi pensada para “criar um conjunto de valências suportadas na inovação e no empreendedorismo, que pretendem facilitar e apoiar as pessoas com mais dificuldades de integração na sociedade”.

Nesse sentido, salvaguardou ainda que “o espaço vai acolher projetos de natureza social, económica, ambiental e de empreendedorismo, a par de espaços comunitários”.

Com um investimento a rondar os 10 milhões de euros, o projeto Lisboa Social Mitra vai fazer nascer uma creche, uma academia de formação dedicada à economia social, uma quinta comunitária, um espaço aberto à comunidade com um jardim de lazer, para além de novos espaços de trabalho dedicados ao empreendedorismo social (com a mudança da Casa do Impacto do Convento de São Pedro de Alcântara para o Palácio da Mitra) e da reabilitação da atual Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) já existente no local.

Ana Vitória Azevedo salientou, ainda, que a Santa Casa “tem vindo a desenvolver, nos últimos anos, um conjunto de projetos com conceitos alternativos de habitação para os mais velhos e para os mais novos”, frisando que o Centro Intergeracional Ferreira Borges, que será inaugurado a 14 de maio é “o exemplo perfeito desta política”.

A par desta nova valência, a Misericórdia de Lisboa está também a desenvolver projetos que vão colocar no mercado de arrendamento um número significativo de frações habitacionais, que “permitem num mesmo edifício coexistirem e interagirem diferentes faixas etárias”, destacou a administradora na sua intervenção. Alguns exemplos desta atuação da instituição são o prédio existente na Rua Jau (obra concluída), o projeto de edifícios para arrendamento na Av. das Forças Armadas e o espaço na Rua Sousa Martins (ainda em fase de obra).

No final da manhã desta quarta-feira, 13 de maio, houve ainda lugar a uma Mesa Redonda, moderada por Sofia Alçada, diretora do Impulso Positivo, onde participaram Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Misericórdia de Lisboa; Ricardo Sousa, da Century 21; Aline Guerreiro, CEO do Portal Construção Sustentável; Ana Sepúlveda, CEO da 40+Lab; Sandra Marques Pereira, socióloga, e Rui Alves e Teresa Rodeia, da RA+TR Arquitetos.

Na sua intervenção, Helena Lucas sublinhou que a Santa Casa “desenvolve uma ampla e diversificada intervenção na reabilitação do seu património”, salientando que “é necessário que todo o nosso edificado esteja preparado, tanto para ser utilizado por mais novos, como por mais velhos”. “Todos os projetos que temos em curso promovem a intergeracionalidade. Acreditamos que esta componente é fundamental para uma habitação inclusiva e acessível”, concluiu a responsável.

A Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa é uma iniciativa da revista Vida Imobiliária e conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, das Ordens Profissionais e principais associações do setor.

Simultaneamente aos debates principais que decorreram, ao longo dos três dias desta iniciativa, tiveram também lugar um conjunto de sessões paralelas, organizadas por várias entidades e empresas como o LNEC, a Confidencial Imobiliário, o LiderA, o Revigrés e o Portal da Construção Sustentável.

Obras de ampliação e remodelação da Residência Faria Mantero estão concluídas

Durante seis meses, o equipamento residencial da Misericórdia de Lisboa, destinado a acolher “pessoas idosas, cultas, de mérito e necessitadas”, foi alvo de obras. A intervenção resultou em três apartamentos independentes de tipologia T0 + 1, dotados com zona de estar/dormir, kitchenette (equipada com eletrodomésticos), roupeiros, casa de banho, televisão, telefone, internet e ar-condicionado.

O projeto oferece também uma sala polivalente, numa estrutura autónoma, para atividades lúdicas/aprendizagem, e ainda uma lavandaria equipada com duas máquinas industriais, uma de lavagem e outra de secagem, uma calandra e um ferro de engomar com caldeira.

Residência Mantero Faria após obras

Mais conforto, autonomia e qualidade de vida para os utentes

Esta intervenção abre novas opções de residência àqueles que ainda dispõem de alguma autonomia na realização das tarefas diárias, dentro da sua habitação, apesar da sua mobilidade reduzida, e espelha a constante evolução das respostas sociais da Santa Casa, através dos espaços adequados e preparados em termos de conforto e ergonomia para cada situação.

Um exemplo na arquitetura e na vontade de ‘fazer o bem’

O equipamento residencial foi legado, em 1974, por um dos maiores beneméritos da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa no século XX, Enrique Mantero Belard, com o encargo de aí instalar uma residência destinada a acolher “pessoas idosas, cultas, de mérito e necessitadas”, a qual deveria denominar-se de “Residência Faria Mantero”.

Mas esta “casa” não é apenas um exemplo de generosidade. Projetada pelo arquiteto Vasco Regaleira no final da década de 30 do século passado, é um exemplar do revivalismo que caracterizou a arquitetura portuguesa dos anos 40.

É também na Residência Faria Mantero, no coração do Restelo, que habitualmente decorre a entrega anual dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria. Criados em 1987, estes galardões cumprem a vontade expressa em testamento por Enrique Mantero Belard, reconhecido como um dos últimos grandes beneméritos portugueses.

Outro dos deveres para a Santa Casa, decorrentes da aceitação deste legado, foi aumentar, logo que possível, a capacidade de residentes deste equipamento.

A instituição assumiu os inovadores encargos impostos, dando corpo a uma resposta pioneira não só no universo da Santa Casa, como também à escala nacional. Partilhando e participando da ousadia do benemérito, a Misericórdia de Lisboa inaugurou uma nova modalidade de assistência no país, que ainda hoje gere e procura melhorar em prol dos utentes ali residentes.

A alegria de partilhar uma clínica em vida

A alegria de partilhar uma clínica em vida

 

José Augusto Matos e Silva quis assegurar o futuro da Clínica Oriental de Chelas. Deixa-a para a Santa Casa, que em contrapartida se compromete a criar uma unidade de cuidados paliativos e um centro de referência de senologia.

Mausoléu dos Benfeitores da Misericórdia de Lisboa foi restaurado

A obra de restauro representa a importância da preservação do património da instituição, na sua maioria proveniente da confiança dos seus benfeitores.

O Mausoléu de Benfeitores da Misericórdia de Lisboa viu a sua grandiosidade ser recuperada, após uma obra que implicou ações de limpeza, restauro e proteção do património. O monumento apresentava alguns danos causados pela ação dos agentes climáticos e pela corrosão química provocada pelos dejetos dos pombos.

Foram retificados os sistemas de recolha e drenagem de águas pluviais e levada a efeito a erradicação das aves. Simultaneamente, foram corrigidos diversos danos, tais como eflorescências e cripto eflorescências, pintura e paredes que se apresentavam em más condições, fungos, líquenes e algas, em particular, nas fachadas tardoz e lateral direita. A ação das aves foi corrigida nos terraços, designadamente pelos detritos acumulados nas caleiras, nas crostas negras e fissuras.

Mausoléu dos Benfeitores (ANTES)Antes Mausoléu restauradoDepois

 

O Mausoléu

Em 1903, a administração da Misericórdia de Lisboa decidiu mandar construir um Mausoléu com o propósito de homenagear a memória dos seus benfeitores. O arquiteto Adães Bermudes foi encarregue de traçar o projeto. Os trabalhos de construção terminaram em 1909.

O monumento fica situado na zona de entrada do cemitério do Alto de São João, do lado esquerdo. Impressiona qualquer um pela elegância das suas formas e pela qualidade do trabalho da pedra. Adães Bermudes planeou um mausoléu amplo, com planta cruciforme em cruz grega.

A concretização esteve a cargo dos canteiros da Oficina de João Machado, dos melhores canteiros de Coimbra que utilizaram materiais pétreos, oriundos de várias pedreiras, incluindo a chamada “pedra de Ançã”, da região de Coimbra e de conhecida fragilidade mineralógico-estrutural.

Os trabalhos de alvenaria foram entregues ao mestre João da Cruz, de Lisboa, os vitrais à Oficina de Cláudio Martins, pintor e mestre vitralista, e a porta em ferro ao serralheiro António Santos. Composto por capela e cripta no piso abaixo do solo, tem capacidade para até 40 túmulos. Tanto o interior como o exterior revelam elaborado trabalho em pedra, metal e vitrais.

Os beneméritos

Compreender os beneméritos no seio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa exige percorrer a história da instituição, desde a sua fundação, até aos dias de hoje. Debaixo do manto da generosidade e altruísmo dos benfeitores da Santa Casa, há a certeza no escrupuloso cumprimento da sua vontade, contribuindo em grande medida para a prossecução da missão de boas causas da instituição.

Clínica Oriental de Chelas doada à Misericórdia de Lisboa

A escritura de doação da Clínica Oriental de Chelas (Clínica de Chelas) à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi assinada, esta terça-feira, 13 de outubro, na Sala de Extrações, por Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, e pelo casal Matos da Silva.

Os beneméritos pretendem que a Misericórdia de Lisboa abra um serviço para apoio domiciliário na área de cuidados paliativos, bem como que a Clínica de Chelas se torne uma referência na área da senologia. Por outro lado, a Misericórdia de Lisboa compromete-se a manter o nome da clínica e a não alterar a sede das atuais instalações.

Edmundo Martinho sublinhou que esta doação representa um “enriquecimento” da capacidade da Santa Casa para prestar serviços e cuidados de saúde e uma “responsabilidade muito grande”. O provedor da instituição expressou a sua “gratidão e profundo reconhecimento” ao casal Matos e Silva pela sua decisão, garantindo que a Santa Casa tratará “da Clínica Oriental de Chelas com o empenho, determinação e qualidade que merece, respeitando e honrando o seu legado”.

Por outro lado, os beneméritos consideram que “este é um momento importante” para ambas as partes. “A obra construída pelo Doutor Matos da Silva não poderia acabar e a Santa Casa era a entidade com vocação para continuar esta obra com a precedência que ela tem tido até agora. Por isso, não tiveram qualquer dificuldade em eleger esta instituição como aquela que deveria ser a destinatária da doação da Clínica Oriental de Chelas”, reforçou o advogado representante do casal.

Doação da Clínica de Chelas

Sobre a Clínica de Chelas
Fundada em 1978, sob a designação comercial de Policlínica Central de Chelas, iniciou a sua atividade médica nas áreas de Enfermagem, Radioscopia e Clínica Geral.

Mais tarde, alterou a sua designação para Clínica Oriental de Chelas (Clínica de Chelas) e passou a implementar novas valências nas áreas das análises clínicas, medicina dentária, imagiologia (ecografia geral, mamografia, eco-dopler e ortopantomografia). Hoje em dia, constitui uma referência no campo da Ecografia Obstétrica.

A reabilitação urbana tem causas sociais

A VII Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa arrancou no passado dia 7 de julho, num palco exclusivamente virtual – depois de ter sido adiada em abril, devido à pandemia da Covid-19. O evento vai decorre até 9 de julho. O programa da edição deste ano conta com sessões plenárias, apresentações de empresas e serviços, formação e máxima interação com os expositores, para um debate focado na reabilitação, regeneração e reutilização na cidade de Lisboa.

Na conferência “Inovação social na cidade – Um desafio ainda mais presente em tempos de crise”, realizada esta quarta-feira, 8 de julho, esteve em destaque o papel da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, enquanto promotora da reabilitação urbana, e o contributo da instituição para uma sociedade mais equilibrada. As diversas iniciativas de empreendedorismo social da Casa do Impacto também estiveram em evidência nesta conferência.

Património; Semana da Reabilitação Urbana

Preservar, valorizar e rentabilizar o património da Santa Casa

Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património (DGIP) da Santa Casa, sublinhou que em tempos de crise “o objetivo da Misericórdia de Lisboa continua a ser o mesmo: intervir em todo o património, uma vez que é um dever intemporal desta instituição cuidar do seu património”.

“Este trabalho tem sido desenvolvido com grande responsabilidade, e com o compromisso de o preservar, valorizar e rentabilizar, com a finalidade de criar respostas sociais e gerar receitas que possam reverter para as causas apoiadas e para a atividade desenvolvida pela instituição, designadamente nas áreas da ação social, da saúde, da educação e da cultura”, acrescentou ainda.

Na sua intervenção, apresentou dois filmes de projetos que são um exemplo de como o passado se cruza e convive com o presente e com o futuro: o Convento de São Pedro de Alcântara que soube receber a Casa do Impacto e os 11 pavilhões que se preparam para receber o projeto “Lisboa Social”. Ambos constituem património de épocas diferentes e foram, ou ainda vão ser, como é o caso do projeto “Lisboa Social”, alvo de intervenções distintas que visam a adaptação e a transformação dos mesmos em respostas de impacto social e inovação.

No debate “O empreendedorismo social e a comunidade Business Angel”, moderado Sofia Alçada, diretora do Impulso Positivo, Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, começou por explicar o propósito deste ecossistema da Santa Casa. “A Casa do Impacto é uma plataforma de inovação e de empreendedorismo social, dinamizadora de uma série de ações no domínio do empreendedorismo, destinada a apoiar projetos de responsabilidade e impacto social”.

Inês Sequeira considera que, em tempo de pandemia, a Misericórdia de Lisboa “ganha ainda mais destaque e mais responsabilidade. A inovação e as novas respostas serão cada vez mais importantes numa organização como a Santa Casa”, sublinhando que, nesta altura, a instituição tem um papel ainda mais relevante, sobretudo na resposta aos problemas sociais.

ENTREVISTA DO PROVEDOR AO PÚBLICO | “É NECESSÁRIO REPENSAR E ENQUADRAR A GESTÃO DO PATRIMÓNIO DA SCML”

Redescobrir Lisboa com a SCML

Redescobrir Lisboa com a SCML

 

Voluntários da SCML ajudam a comunidade sénior a sair de casa e conhecer parte do património da cidade, como o convento de São Pedro de Alcântara e a sumptuosa capela dos Lencastres.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas