Cantar espanta males da terceira idade
Aumentar o bem-estar dos mais idosos através do canto e da expressão vocal foi a ideia que esteve na base da criação do ‘Grupo de Canto para Seniores’.
Cantar espanta males da terceira idade
Aumentar o bem-estar dos mais idosos através do canto e da expressão vocal foi a ideia que esteve na base da criação do ‘Grupo de Canto para Seniores’.
Plataforma 55+ já criou histórias felizes
A plataforma que ocupa pessoas com mais de 55 anos em várias áreas encontrou tecto na Casa do Impacto, o ‘hub’ da Santa Casa para empresas que promovem soluções inovadoras do ponto de vista social.
Para esta obra, a Santa Casa da Misericórdia de Alenquer conseguiu um financiamento de 142.500,00 euros, que resulta de uma candidatura ao Fundo Rainha D. Leonor, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em colaboração com a União das Misericórdias Portuguesas.
A cerimónia de inauguração foi presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
Privilegiada pela localização, no largo da Câmara Municipal, esta igreja destaca-se pela dimensão e simplicidade exterior em contraste com os acabamentos interiores de maior qualidade. A igreja, de 1595, apresentava-se em mau estado a nível da conservação dos retábulos e do teto.
A intervenção permitiu devolver a grandeza e a qualidade deste património, bem como reabrir devolver o espaço à comunidade. Além do culto, será possível integrar mais espaços num percurso de visita a uma região tão importante do ponto de vista cultural e turístico, uma vez que o tempo degradou mas não adulterou os elementos originais deste património.
O Fundo Rainha D. Leonor foi criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em parceria com a União das Misericórdias Portuguesas, para apoiar os valores e as atividades das Misericórdias de todo o País, no princípio da autonomia cooperante.
O primeiro dia da conferência Portugal Economia Social 2019, ficou marcado pela presença da diretora do Departamento de Economia e Empreendedorismo Social (DEES) e da Casa do Impacto da Santa Casa, Inês Sequeira, que apresentou alguns dos projetos que a instituição tem vindo a desenvolver ao nível do empreendedorismo com impacto, revelando ainda algumas novidades para o início de 2020.
“Quisemos iniciar por fases, a parte do investimento veio mais à posteriori. Porque considerámos que o ecossistema precisava de se tornar um pouco mais maduro e ter mais projetos. Eram sempre os mesmos. Precisávamos de fomentar o pipeline”, explanou Inês Sequeira na a sua intervenção. “No início, o nosso trabalho foi mais no apoio da inovação e da capacitação, onde fomentámos mais programas de capacitação para que surgissem novas ideias e novos empreendedores que criassem novos projetos”, referiu ainda.
Para a responsável pelo hub de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia, é essencial que o apoio dado aos novos empreendedores não assente exclusivamente na vertente económica, porque ao “investir apenas na vertente económica, sem um acompanhamento permanente, corremos um risco muito maior que estes projetos falhem e acabem por ruir”.
De maneira a colmatar esta situação, a Misericórdia de Lisboa, através da Casa do Impacto, começou por desenvolver alguns mecanismos de apoio a novos players que pretendem mudar o ecossistema de empreendedorismo social.
Desde então, destacam-se o lançamento, em 2018, o Santa Casa Challenge – com um primeiro prémio no valor de 15 mil euros – e, mais recentemente, o lançamento da call para se tornarem investidores sociais da iniciativa Projetos de Impacto – inserida na iniciativa pública do Portugal Inovação Social. Coordenada pelo DEES da Misericórdia de Lisboa, “Projetos de Impacto” vai financiar e ajudar a potenciar projetos inovadores em várias áreas, estimulando ainda a filantropia. Este é um investimento, promovido em conjunto com o Banco Montepio, no valor total de 1 milhão e 350 mil euros, que posiciona ambas as entidades como as maiores investidoras sociais do país.
A estratégia da Santa Casa passa, futuramente, pela atribuição de apoios assentes numa “filantropia estratégica”, reforçou ainda Inês Sequeira na sua intervenção, no fórum Portugal Economia Social.
Já o segundo dia do evento, 11 de dezembro, foi assinalado com a participação de Maria da Luz Cabral, coordenadora da Unidade de Missão da Santa Casa, num painel de discussão onde foi dado a conhecer o projeto “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”. Um programa pioneiro que a Santa Casa tem vindo a trabalhar, de forma integrada, com a Câmara Municipal de Lisboa, o Instituto de Segurança Social, a Administração Regional de Saúde e a Polícia de Segurança Pública, e que visa responder a questões relacionadas com a longevidade, recriando estratégias que transformem, em oportunidade, as vulnerabilidades associadas a uma população lisboeta com mais anos de vida e com níveis de isolamento e solidão inquietantes.
Organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, este evento visou proporcionar a partilha de conhecimentos e expetativas relativamente a questões relacionadas com a longevidade e a melhoria da qualidade de vida, nomeadamente em torno dos três eixos estratégicos do programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades“: Vida Ativa, Vida Autónoma e Vida Apoiada.
Na sessão de abertura, em que participaram o provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, foi discutida a lógica da intervenção partilhada para problemas transversais a todos, bem como, as questões relacionadas com o papel que as pessoas mais velhas podem ocupar nas sociedades modernas.
Na sua intervenção, Edmundo Martinho, dirigiu as suas primeiras palavras a todos os parceiros que integram o programa, destacando que “o programa só é possível e viável devido a este esforço de parceria, de partilha de objetivos e recursos, mas, sobretudo de ambições”.
Para o provedor, este segundo simpósio foi “um lugar para perceber todos os desafios que temos pela frente em questões de longevidade, mas, essencialmente, as soluções que podemos testar, as que podemos pôr em prática e, fundamentalmente, ajudar-nos a perceber as nossas fragilidades e aquilo que podemos melhorar para aumentar a qualidade de vida dos cidadãos de Lisboa, mas, em boa medida, também a nível nacional”.
Uma ideia igualmente defendida pelo secretário de Estado da Segurança Social. Sobre o programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, Gabriel Bastos não tem dúvidas de que este “será um instrumento transformador da cidade, tornando-a mais inclusiva e participativa a todas as pessoas”. O secretário de Estado explicou ainda que “é necessário um esforço concertado, por parte de todos os atores sociais, no sentido de uma estratégia coerente e integrada”, de forma a “testar soluções e apontar caminhos alternativos”.
Durante o encontro, foram também apresentados os resultados, apurados até ao momento, do projeto Radar. No decorrer do último ano, dezenas de técnicos superiores, formando equipas multidisciplinares, da Misericórdia de Lisboa, percorreram diariamente as ruas da capital para conhecerem esta população e perceberem quais são os seus maiores desafios e expetativas.
De acordo com os dados revelados esta sexta-feira, já foram identificados cerca de 23.500 idosos que se encontram sozinhos. Deste número, apenas foram registadas duas pessoas que se encontravam no nível 1 de carência, o mais gravoso, encontrando-se cerca de 92% no nível 5, o menos crítico.
Também no mesmo universo, 10% foram registados como não tendo médico de família. Entre as maiores dificuldades apontadas pelos mais velhos, estão os obstáculos na higiene e limpeza das suas casas, bem como a necessidade de cuidados de saúde. Cerca de 92% dos idosos identificados revelou ainda não receber acompanhamento de instituições de apoio social.
Para o administrador de ação social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, um dos oradores da última mesa redonda do simpósio, dedicada ao tema dos direitos na longevidade, “o Radar foi essencial para constatarmos que as expetativas destas pessoas variam de território para território. A resposta deve ser sempre individualizada e numa lógica de partilha entre todos os nossos parceiros”, frisando que “na mesma freguesia a resposta não pode, nem deve ser igual. O que um vizinho do primeiro andar necessita não é o mesmo que o vizinho do segundo andar precisa”.
Durante dois dias de discussão alargada, em torno da temática da longevidade, este simpósio contou ainda alguns momentos lúdicos, com particular destaque para a atuação da reconhecida cantora Anabela que, em 2018, concorreu ao Orçamento Participativo com o projeto “Grupo de Canto para Seniores”. Uma ideia que saiu vencedora nesse concurso e que tem como objetivo de aumentar o bem-estar dos mais idosos através do canto.
PSP e Santa Casa unidas no combate à solidão
A grande maioria dos idosos em Lisboa estão sozinhos ou vivem apenas com outros idosos, o que os deixa numa situação de maior fragilidade e desamparo.
O evento decorreu esta quinta-feira, 21 de novembro, no auditório da Assembleia Municipal de Lisboa e contou com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).
Muitos se têm questionado sobre qual é o segredo para uma longevidade plena, com qualidade e, acima de tudo, feliz. Foi através destes três eixos orientadores que, ao longo de todo o dia, foram debatidos, em algumas mesas redondas, estas problemáticas. A questão era apenas uma: “é possível adicionar vida aos anos?”.
Infelizmente, a resposta nem sempre é positiva. No entanto, das várias discussões e mesas redondas que compunham o programa, saíram algumas linhas orientadoras para um futuro esperançoso, a curto prazo.
Sérgio Cintra, administrador de ação social da Santa Casa, fez questão de enaltecer esse facto, na sessão de abertura da conferência, frisando que “a longevidade é hoje encarada de uma maneira diferente. É responsabilidade da Misericórdia de Lisboa garantir que as pessoas possam viver mais anos em qualidade, de uma maneira participativa e não alheada da sociedade”.
“A Misericórdia de Lisboa tem, muitas das vezes, que concretizar sonhos e a plenitude de uma felicidade com longevidade faz-se em alguns casos, com pequenos gestos, como levar alguns utentes a concretizar o sonho de descer a Avenida da Liberdade durante o desfile das Marchas Populares”, frisou o administrador.
Embora as instituições tenham um papel fulcral para uma longevidade com felicidade, existem ainda alguns paradigmas que devem ser ultrapassados. A inclusão do olhar científico e académico no trabalho diário da instituição é, na perspetiva de Sérgio Cintra, “essencial”.
“Muitas das vezes as questões da longevidade são determinadas por decisores políticos, não tendo sustentação científica. Nós [SCML] lançámos três prémios relacionados com esta problemática, os Prémios Santa Casa Longevidade, que consideramos ser um estímulo para a academia se debruçar e colaborar connosco”, concluiu Sérgio Cintra.
Depois das considerações iniciais, seguiu-se uma Mesa Redonda, subordinada ao tema “Os novos desafios da longevidade com felicidade, para uma maior cidadania e vivência de todos numa lógica inclusiva”, que contou com a participação da coordenadora da Unidade de Missão da Santa Casa, Maria da Luz Cabral, que apresentou a todos os presentes o programa pioneiro da instituição “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” que visa a promoção de políticas integradas para a longevidade, que se traduzem em 3 eixos estratégicos: Vida Ativa, Vida Autónoma e Vida Apoiada.
Para a coordenadora da Unidade de Missão da Santa Casa, “é necessário dar voz a estas pessoas. Durante muitos anos, esta população não foi ouvida e com este programa queremos ir ao encontro das suas necessidades e expetativas”.
Focado numa pedagogia de proximidade, o programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, agrega várias medidas com vista à melhoria da qualidade de vida e de bem-estar da população com mais de 65 anos, impulsionando também a manutenção e a promoção da autonomia e da prestação de cuidados qualificados.
Ao longo de 2019, através do projeto RADAR, que está inserido num dos eixos estratégicos do programa, já foram sinalizados mais de 20.000 idosos na cidade de Lisboa criando, desta maneira, “um mapa estratégico para a nossa atuação”, frisou Maria da Luz Cabral.
Durante o dia, foram ainda discutidas questões relacionadas com a vertente económica e científica na longevidade.
Operadora salvou uma vida
A operadora da linha conseguiu através do telefone impedir a evolução de um AVC.
Este é o segundo mandato de Edmundo Martinho à frente do Grupo de Trabalho sobre Envelhecimento da UNECE, depois de em 2017, ter sido nomeado pela primeira vez, para a presidência do grupo.
O Grupo de Trabalho sobre Envelhecimento da UNECE é uma organização intergovernamental, criada em 2008, que se reúne anualmente no mês de novembro, em Genebra. Os objetivos deste grupo são: contribuir para a implementação dos compromissos assumidos pelos Estados Membros, orientar o trabalho da UNECE no terreno na área do Envelhecimento, promover a cooperação internacional, partilha de experiências e discussão de políticas de Envelhecimento, consciencializar para as consequências do Envelhecimento na região da UNECE e criar sinergias dentro e fora da Comissão.
Indo ao encontro desta realidade, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem vindo a desenvolver, em parceria com outras entidades locais e nacionais, alguns projetos para a promoção e prolongamento da vida autónoma da população com mais de 65 anos.
Um desses programas é o “Lisboa, Cidade de Todas as Idades“, que consiste numa estratégia para a cidade e tem como missão dar uma resposta integrada à população com mais de 65 anos, na senda da longevidade, promovendo ações de cidadania participativa com vista a maiores índices de autonomia e independência.
O projeto pretende diminuir o isolamento social da população de idade avançada que vive em Lisboa com o maior e mais ambicioso programa de investimento na rede de cuidados, apoio domiciliário ou a requalificação do espaço público, tornando-o mais amigo da população 65+.
Sobre a UNECE
A Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa foi criada em 1947. É uma entre cinco comissões regionais das Nações Unidas. As outras são a Comissão Económica para África, a Comissão Social e Económica para a Ásia e o Pacífico, a Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas e a Comissão Económica e Social para a Ásia Ocidental.
O objetivo da UNECE é promover a cooperação económica entre os seus Estados membros. Esta Comissão tem 56 Estados Membros, entre Europa, América do Norte e Ásia. Todos os membros das Nações Unidas podem contribuir para o trabalho da UNECE.
Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, foi um dos convidados para a sessão de abertura deste que é um evento de referência na área dos serviços sociais a nível europeu. Presidida pelo presidente do conselho diretivo do Instituto de Segurança Social, Rui Fiolhais, esta sessão contou também com a presença do presidente da European Social Network (ESN), Christian Fillet.
Para Edmundo Martinho “todos devem fazer um esforço para incluir a coprodução no seu trabalho”, concluindo que o fórum da ESN deve ser um local de excelência para a “partilha de boas práticas” de maneira a que “o trabalho desenvolvido diariamente atenda às expectativas das pessoas”.
Subordinado, este ano, ao tema “Coprodução e Cuidados Comunitários” – “coprodução” aqui entendida como a participação igualitária das pessoas e profissionais em todas as fases do planeamento, prestação e avaliação dos serviços sociais -, este fórum foi palco de vários debates e workshops em torno de três pilares principais: a coprodução na Europa e os seus desafios, a melhoria da qualidade dos serviços sociais e o desenvolvimento de um guia de coprodução europeia.
No painel dedicado às Práticas Inovadoras – que contou com Maria da Luz Cabral, diretora da Unidade de Missão da Santa Casa – foi, ainda, apresentado o programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades“, que visa promover políticas integradas para a longevidade, assentes em 3 grandes eixos estratégicos – Vida Ativa, Vida Autónoma e Vida Apoiada.
A European Social Network é uma rede de mais de 125 membros de 33 países composta por associações nacionais, departamentos públicos de ação social, regiões, condados e municípios, agências de financiamento e regulação, universidades e outras organizações de pesquisa e desenvolvimento social.