
Categoria de Artigo: Saúde


Com o lema “Mede as consequências. Mergulha em Segurança”, a campanha “Mergulho Seguro” tem como objetivo alertar e sensibilizar os mais jovens para a prevenção de lesões vertebro-medulares provocadas por acidentes relacionados com mergulhos imponderados (em piscinas, praias ou outras zonas balneares, costeiras ou fluviais), e que constituem uma das maiores causas de situações graves de paraplegia e tetraplegia.
Lançada, em 2013, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), sete anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”.
Totalmente produzida, realizada e editada pela equipa da Direção de Comunicação e Marcas da Santa Casa, a campanha “Mergulho Seguro”, de 2020, será veiculada em vários meios.
Vai (mesmo) mergulhar? Informe-se sobre as medidas de precaução
Antes de mergulhar, avalie primeiramente o espaço, perceba onde há mais profundidade bem como se há rochas envolventes e/ou correntes de água. Evite locais desconhecidos, não vigiados e sem as devidas condições de segurança indicadas para mergulhar. Informe-se, fale com frequentadores do local e com as equipas de nadadores salvadores. Garanta que existe água debaixo de água, para não bater no fundo. Mergulhe em segurança.
Caso presencie um acidente ou suspeite de um caso de eventual lesão da coluna, contacte de imediato o número de emergência médica (112). Não mexa na vítima, pois qualquer movimento pode causar danos maiores e permanentes.

Em entrevista ao programa “Conversa Capital”, da Antena 1 e Jornal de Negócios, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa acredita que é capital, neste momento, assegurar que a pandemia não se transforme num “pesadelo tremendo para muitas pessoas e muitas famílias”. Ao longo da sua intervenção, Edmundo Martinho foi dando nota do “muito preocupante” impacto social que a pandemia está a provocar. Reflexo disso mesmo é o aumento substancial do número de pessoas apoiadas pela Santa Casa.
“Temos necessariamente mais pessoas a recorrerem aos nossos serviços para pedirem apoio em várias dimensões: alimentar, financeiro e alojamento. Temos vindo a apoiar essas pessoas e essa é a nossa obrigação”, considera o provedor.
O apoio acontece também ao nível da saúde como, por exemplo, o protocolo estabelecido com a Universidade Nova para a realização de testes: “Fizemos testes aos colaboradores e utentes que apresentavam sintomas. Mas esse protocolo teve uma amplitude muito mais alargada. Foi um trabalho feito em todos os lares da cidade de Lisboa, fossem eles da Santa Casa ou não. Foram mais de 6 mil testes, quer a funcionários, quer a utentes”.
Do ponto de vista económico, a pandemia teve um “impacto brutal” nas contas da Santa Casa. A redução das receitas, mas ao mesmo tempo um aumento brutal das despesas, resultado do aumento do número de pedidos de apoio, que obrigaram a Santa Casa a aumentar capacidade de resposta, levou a um crescimento da despesa entre 20 a 30%. Já a receita reduziu em 25%. Em 2020, a Santa Casa prevê um prejuízo que pode chegar aos 40 milhões de euros.
Apesar disso, Edmundo Martinho garante que a pandemia não comprometeu os investimentos em curso, como é o caso do Hospital da Cruz Vermelha. “Nós queremos assumir 100% da sociedade. Significa assumir, naturalmente, de forma faseada e dependendo das circunstâncias que viemos a encontrar e que fomos capazes de determinar”. Mas os investimentos na área da saúde não ficam por aqui: “Vamos abrir uma grande unidade de cuidados continuados, em Lisboa, onde era o antigo Hospital da Estrela, que há de abrir em setembro ou outubro deste ano; vamos abrir uma outra unidade mais vocacionada para as demências, em Monsanto”.
Em curso está um plano estratégico para recuperação das contas da Santa Casa. A estratégia passa pela internacionalização dos Jogos Santa Casa, em países como Angola, Brasil e Peru. A nível nacional, Edmundo Martinho relembra que as apostas hípicas arrancam em outubro e que a rede de mediadores será reforçada, com uma perspetiva de mais 1500 novos espaços em meados do próximo ano. “Trabalhámos com a Universidade Nova no sentido de olhar para o território nacional e perceber como podíamos melhorar a cobertura dos jogos sociais do estado”, revela o provedor.
Apesar do acentuado impacto da pandemia nas contas da Santa Casa, o representante máximo da instituição considera que “o ano é perdido do ponto de vista das contas”, mas que é um “ano em que fizemos muitas coisas boas e bonitas. É isso que queremos continuar a fazer”, reforça.
Assista à entrevista integral, aqui.

Esta reabertura decorre de forma condicionada nos horários, nos tempos de consulta, nos tratamentos e sempre de acordo com as orientações técnicas da Direção-Geral da Saúde (DGS) e recomendações da Ordem dos Médicos Dentistas. A funcionar no número 219 da Avenida Almirante Reis, a clínica reabriu no passado dia 15, e promete tratar dos sorrisos das crianças e jovens de Lisboa.
É preciso marcação prévia e será feita triagem por telefone ou e-mail antes da consulta presencial. A temperatura é medida à entrada, é obrigatório o uso de máscara e proteções de calçado. Os profissionais usam equipamento de proteção que inclui bata, fato, máscara, óculos ou viseira, luvas, touca e proteções de calçado.
Um regresso muito aguardado
Joana Monteiro, 50 anos, empregada de limpeza, aguarda no corredor pelo filho de sete anos. É repetente, já veio ao SOL cinco vezes. Já havia algum tempo que aguardava a reabertura. Os dentes do pequeno Leonardo estavam a precisar de cuidados especializados com alguma urgência. Esta quarta-feira, foram recebidos no SOL, para a alegria de mãe e filho.
“Estava numa aflição pelo meu filho”, confessa Joana. “Esta é uma obra muito importante e faz bem a muita gente, porque a saúde não espera, os dentes não esperam”, lembra, elogiando o profissionalismo e o atendimento da equipa do SOL – Saúde Oral em Lisboa.
No corredor, Vítor Santiago, de seis anos, não desvia os olhos do Canal Panda. Veio arrancar um dente. Não teve medo, não chorou e, por isso, recebeu um diploma pela sua valentia. “Agora, vou pôr o dente debaixo da almofada para receber uma moeda”, conta Vítor, sorridente.
Além do dente retirado, Vítor aprendeu que deve ter melhores cuidados de higiene. “Lavo os dentes mais depressa do que devia e também tenho de lavar mais vezes”, admite. “Os médicos são muito fixes”, elogia no final da consulta.
André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, destaca que “garantir a segurança de todos foi a grande preocupação na reabertura do Serviço Odontopediátrico de Lisboa”. No entanto, este regresso “é muito condicionado, porque tem que obedecer a um conjunto de regras e orientações da Direção Geral da Saúde e da Ordem dos Médicos Dentistas”. Normas essas que definem como é que os consultórios e clínicas de Medicina Dentária podem abrir e começar a prestar cuidados de saúde.
O responsável pelo SOL lembra, igualmente, que, além do trabalho de investigação e de formação continua, os colaboradores fizeram uma formação específica – via plataforma Teams – para aprenderem todas as novas instruções e normas necessárias com o objetivo de garantir a segurança de utentes e colaboradores. Cada equipa e cada profissional faz apenas quatro consultas por dia, no máximo, não existindo cruzamentos de equipas. Os gabinetes não são usados duas vezes consecutivamente e as instalações beneficiaram de obras de adaptação do sistema de ventilação, para não haver recirculação de ar.
Para André Brandão de Almeida “o SOL é uma resposta sem paralelo em Portugal, porque permite a universalidade de acesso aos cuidados de saúde, para todas as crianças e jovens até aos 18 anos, que residam ou estudem no concelho de Lisboa, carenciados ou não, oferecendo serviços de grande qualidade”.

Quando Judite desceu no elevador já a filha Ana a aguardava no rés-do-chão na Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) de Santa Joana Princesa, da Santa Casa. “Que saudades que eu tinha, mãe. Saudades suas vou ter sempre”, desabafa Ana, ao mesmo tempo que leva as mãos ao peito. A última vez que se viram foi no início de março, antes do decreto do estado de emergência.
Gerir a distância nem sempre foi fácil. Durante mais de dois meses, os abraços foram dados por videochamada. Por Whatsapp, as auxiliares do lar foram estabelecendo contacto e enviando mensagens aos familiares para garantir que tudo estava bem com os utentes.
“Custou-me muito passar estes dois meses sem estar com a minha mãe. Receber mensagens e vê-la por um ecrã, não chega”, conta Ana.
“Hoje, vem cá alguém?”. Judite faz esta pergunta com uma frequência quase diária. Aos 90 anos, apresenta alguns problemas de ordem cognitiva, que comprometem a memória. As complicações de saúde não parecem colocar em causa os sentimentos. Certo dia, agarrou na mão da diretora da residência, Dina Ramos, e disse-lhe: “tenho saudades”. Dina demorou a perceber que razão levara Judite a proferir uma frase tão diferente do habitual. O contacto com o familiar foi estabelecido logo de seguida. Do outro lado estava a filha, Ana, emocionada, no dia em que completava 66 anos.
Nessa altura, já o país estava em confinamento. Não fosse a pandemia e Judite estaria presente para festejar o aniversário da filha. Na impossibilidade de ir, uma videochamada atenuou a dor da ausência numa data tão especial. A mensagem inesperada de parabéns aconteceu.
“A dona Judite, embora tenha dificuldades em se localizar no tempo e no espaço, teve ali um clique. Sem ninguém lhe dizer nada, ela deu nota de que lhe faltava alguma coisa, de que não estava bem. Era o aniversário da filha e ela sentiu isso”, refere Dina, ao mesmo tempo que aponta para o braço: “arrepio-me sempre que conto este episódio”.
Ainda que sem beijos e abraços, Judite e Ana podem voltar a estar juntas, uma vez por semana, durante um tempo de visita nunca superior a 90 minutos. À entrada para a área de visitas é necessário vestir uma bata cirúrgica descartável, calçar uma proteção para calçado e desinfetar as mãos. Na parede estão orientações da Direção Geral de Saúde (DGS), que têm de ser cumpridas.
Ana contou os dias até poder, finalmente, voltar a ver a mãe. A conversa estende-se pela manhã. O momento é pautado por silêncios, em que o diálogo prossegue apenas com troca de olhares. Ana aproveita para falar da família, dos netos que não puderam vir, da vaidade de Judite e dos “bons cuidados” prestados pelo equipamento. “Durante todo este período, foram incansáveis. Ligavam-me constantemente para dar novidades sobre a minha mãe.
Sempre que saio daqui faço-o com a certeza de que a minha mãe fica bem entregue”, revela.
“Uma vontade muito grande de continuar”
Quando a 11 de maio a DGS anunciou a retoma das visitas nos lares, a diretora da ERPI de Santa Joana Princesa começou por falar com cada um dos residentes e familiares para explicar quais os procedimentos a tomar no momento da visita. Durante todo este período foi percebendo que os utentes sentiam falta de abraços, de afetos dos familiares, ainda que tenham conseguido “dar resposta a todas as necessidades dos utentes”.
Residentes e familiares perceberam que era necessário abandonar rotinas e parar com algumas atividades diárias organizadas pela ERPI. “Deixamos de ter convidados, pessoas que vinham cá fazer atividades conosco. Para incutir alguma normalidade, com as devidas precauções, continuámos a assinalar o aniversário dos utentes, a Páscoa, o Dia do Pai e o Dia da Mãe. Fomos tentando responder àquilo que eles queriam e sentiam necessidade”, revela a responsável.
A diretora orgulha-se de a ERPI ter conseguido, “de um dia para o outro”, dar resposta aos desafios da Covid-19. Foi graças ao esforço de toda a equipa que conseguiram concluir com sucesso a difícil tarefa de explicar aos utentes que, até indicação contrária, “não é permitido sair à rua nem receber visitas”.
“Inicialmente elaborámos o plano de contingência, com apoio de toda a equipa. Depois, claro, tivemos de reajustar rotinas e assegurar que todos os cuidados eram prestados da melhor maneira. Senti uma enorme força de toda a equipa. Estávamos todos juntos pelo objetivo de proteger a nossa residência e os nossos utentes. Isto dá uma vontade muito grande continuar a nossa missão”, realça Dina.
Desde o dia 18 de maio que as Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI’s) da Santa Casa voltaram a abrir as portas aos familiares e amigos dos seus 500 residentes. Algumas já dispõem de novas soluções que transpõem, de forma segura, a distância a que o momento obriga. Na ERPI da Quinta Alegre, uma cortina de plástico com mangas permite abraços.


18 de maio marca o início da segunda fase de desconfinamento. O dever cívico mantém-se, mas, aos poucos, existe a retoma de alguma normalidade. Estão de regresso as visitas aos lares, a reabertura das creches e das unidades de saúde. Tal como recomendado pela Direção Geral de Saúde (DGS), as regras estabelecem o uso obrigatório de máscara em todos os espaços, entre várias outras medidas de prevenção.
Reabertura de respostas da Ação Social
Desde os Centros de Apoio Social aos Centros de Atividades Ocupacionais (CAOs), passando pelas Estruturas Residenciais para a População Idosa (ERPIs), que retomam as visitas de familiares e amigos, até à reabertura das creches, são muitos os equipamentos que reabrem portas esta segunda-feira.
As visitas regressam aos lares.
As visitas passam a ser permitidas em ERPIs, mas com algumas restrições e seguindo sempre as orientações da Direção Geral de Saúde (DGS), que divulgou uma lista de recomendações para que este processo possa ser reiniciado em segurança.
O agendamento das visitas deve ser feito previamente e assegurado pelas estruturas, assim como higienização dos espaços. Cada utente tem direito a uma visita semanal, que não deve exceder os 90 minutos.
Os visitantes estão também obrigados a utilizar máscara durante todo o período de visita e não devem levar quaisquer tipos de objetos para dentro das instituições que prestam apoio a idosos.
A ERPI da Quinta Alegre foi hoje destacada no programa “Bom Dia Portugal”, da RTP, onde foram apresentadas os novos procedimentos. Veja aqui o vídeo (minuto 4).
Crianças voltam às creches, mas com restrições
Higienizar espaços e brinquedos, calçado deixado à entrada da sala e ventilação adequada. Estas são algumas medidas a serem tomadas no regresso das creches.
A DGS determina um número reduzido de crianças por sala, mas sem colocar em causa as atividades lúdico-pedagógicas.
Os mais pequenos devem ser entregues e recebidos pelos encarregados de educação sempre à porta do estabelecimento, devem levar sempre um calçado específico para a creche e, por agora, os seus brinquedos favoritos não vão poder entrar.
Os testes para rastreio de Covid-19 a funcionários das creches foram previamente realizados, de modo a garantir o regresso em segurança de todos. Ainda assim, os funcionários são obrigados a usar máscara cirúrgica durante o horário de trabalho, o que já não causa qualquer estranheza aos mais novos.
Reabertura e novos horários na saúde
A partir de 18 de maio, a maioria das Unidades de Saúde da Santa Casa (USSC) vai estar a funcionar entre as 8h30 e as 18h, como é o caso da Unidade de Saúde do Bº do Armador, Extensão de Saúde de Telheiras (Unidade de Saúde do Bairro Padre Cruz), Unidade de Saúde do Castelo, Unidade de Saúde Dr. José Domingos Barreiro e da Unidade de Saúde do Vale de Alcântara. Já a USSC da Liberdade e a USSC Bairro Padre Cruz reabrem apenas no período da manhã.
O SOL – Saúde Oral em Lisboa reabre a 15 de junho, assim como a Unidade W+, que começa, de forma alternada, a realizar o trabalho biopsicossocial a partir dessa data.
Quais são as principais medidas para as Unidades de Saúde?
As consultas programadas em ambulatório, exames e outros atos clínicos são reativados. As consultas canceladas serão remarcadas diretamente pelas USSC, com prioridade para os casos mais urgentes.
Para garantir a segurança dos utentes e dos profissionais de saúde será realizado o rastreio de temperatura corporal a todos os que entrarem nas unidades de saúde. Será fornecida uma máscara cirúrgica à entrada dos edifícios e disponibilizada solução alcoólica para higienização das mãos. Todas as superfícies serão desinfetadas e serão retirados das salas de espera todos os objetos que possam ser manuseados por muitas pessoas.
Sempre que possível, em função do espaço e condições logísticas, será efetivada a segregação de zonas comuns de forma a evitar a concentração de pessoas. Os utentes não devem fazer-se acompanhar, exceto nas situações absolutamente necessárias.
As regras estão implementadas, garantindo a todos os utentes, visitantes e colaboradores que o regresso será feito da forma mais segura possível.

Santa Casa promoveu 3500 testes em lares
Testar é essencial para prevenir focos de contágio nos lares. No concelho de Lisboa foram feitos testes em 122 unidades residências.

Acalma.online está na net para ajudar a manter a saúde mental
Várias dezenas de psicólogos estão disponíveis de forma gratuita para ajudar a enfrentar as várias frentes desta crise.

Santa Casa reforça cuidados de saúde
Face ao atual estado de emergência decretado por causa da pandemia de Covid-19, a SCML acautelou normas de atuação e medidas de contingência específicas na área da Saúde e Ação Social.