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Santa Casa apresenta resultados de 2024

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) obteve, em 2024, um resultado líquido positivo de 30,3 M€, que compara com os 2,5 M€ obtidos em 2023.

A receita corrente ascendeu a 293,8 M€, registando um crescimento de 4,2% face ao ano anterior (281,9 M€) e de 34% em comparação com 2020 (218,6 M€).

O Relatório de Gestão & Contas 2024 da SCML apresentado esta terça-feira (13) reflete a melhor prestação financeira da Misericórdia de Lisboa dos últimos cinco anos, consolidando o crescimento do Saldo Global (corrente + capital) para 22 M€ (em 2023 foram 14,5 M€) e do Saldo de Gerência para 69,5 M€. Com este valor, a SCML está em boas condições para alcançar um dos principais objetivos do Plano de Reestruturação: garantir, em 2027, um Saldo de Gerência no valor de 100 M€.

Em 2024, o investimento foi de 22,6 M€, destacando-se a área do património, através de obras de reabilitação em prédios de rendimento (7,4 M€) e de atividade (4,4 M€). De notar também que as receitas de capital, no valor de 4,8 M€, resultaram, em larga medida, de processos de desinvestimento em participações não estratégicas (Fundo Core Restart e Clínica Cuf-Belém).

Em matéria de despesa corrente, registou-se em 2024 um aumento de 2,8 M€ face a 2023, contabilizando no total 253,8 M€, o qual se justifica, sobretudo, pelo crescimento nos gastos com pessoal (+9,1 M€), resultantes de um conjunto de medidas/processos transversais à SCML, tais como o novo Acordo de Empresa e a atualização do salário mínimo. De notar ainda que as principais áreas da despesa corrente são a Ação Social (56,2%) e a Saúde (24,4%).

Da parte da receita corrente, a principal rubrica diz respeito à distribuição dos resultados dos jogos sociais (198,6 M€), representando 67,6% do total da receita corrente da SCML, tendo-se verificado um acréscimo de 4,0% face a 2023 (+7,5 M€), resultante da boa prestação alcançada pelas vendas jogos sociais do Estado em 2024.

Em termos de balanço, a SCML apresentava a 31 de dezembro de 2024 uma situação de grande solidez, com um ativo de 813,2 M€, capitais próprios de 693,2 M€ e um passivo de 120,0 M€.

Relativamente à missão da SCML, verificou-se um reforço na atividade da Ação Social, área core, registando-se um aumento no acompanhamento a pessoas mais idosas em centros de dia (+5%) e em ERPI (+1%) e pelas equipas técnicas da SCML (+3%). Também no apoio à infância e juventude, área onde a SCML atua ao nível do Distrito de Lisboa, verificou-se no ano transato, face a 2023, um crescimento do número de crianças em creches e creches familiares da SCML (+7%), dos jovens em animação socioeducativa (+17%), mais crianças e jovens integradas em famílias adotantes e em período de pré-adoção (+6%) e em situação de adotabilidade (+5%). Registou-se ainda um aumento nas crianças e jovens acompanhadas pelas equipas de intervenção em capacitação familiar da SCML, quer ao nível das crianças sinalizadas (+7%), quer ao nível das famílias admitidas (+7%). Verificou-se igualmente um aumento do número de processos de acompanhamento técnico de assessoria ao tribunal (+4%).

Resultante do reforço das respostas sociais por parte da SCML em 2024, registou-se também um aumento de 15% no alojamento temporário e de emergência a pessoas em situação de sem-abrigo, assim como o acompanhamento a mais 34 pessoas face a 2023 beneficiárias de proteção internacional, perfazendo um total de 817 requerentes intervencionados pelas equipas da SCML no ano transato.

Ainda em 2024, na Residência temporária Pós-hospitalar de Sant’Ana foi colocado em prática o Protocolo de Cooperação entre a SCML e o Instituto da Segurança Social, I.P., a Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. e a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, I.P., com a utilização das 27 vagas destinadas a pessoas adultas que, tendo Alta Clínica, permanecem nos hospitais por motivos sociais. Usufruíram pela primeira vez desta resposta 70 pessoas.

Na Saúde, a outra área fundamental da ação da SCML, no ano de 2024 destaca-se a assinatura de um protocolo/acordo de cooperação, que possibilitou a atribuição de médico de família a mais 5 700 utentes da área de influência da ULS Santa Maria, garantindo a continuidade da colaboração com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este acordo também permitiu renegociar o valor anual por utente inscrito, resultando num acréscimo de receita de 173 451€, fortalecendo assim a sustentabilidade e resiliência financeira da SCML. De sublinhar ainda o crescimento nas consultas médicas ao domicílio (+3%), nas consultas de enfermagem ao domicílio (+2) e nas consultas de Nutrição, Terapia da Fala, e Terapia Ocupacional (+1%). Também na área da saúde mental, registou-se um crescimento de 3% em relação ao ano anterior nas consultas efetuadas, num total de 29 360.

Ao nível do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), destaca-se a revisão das condições subjacentes ao acordo celebrado entre o SNS e o CMRA, com a atualização dos valores de referência que se encontravam desajustados para as condições de elevada especialização proporcionadas por aquele Centro. A adenda ao acordo alinha os novos valores com os demais Centros de Reabilitação Especializados, aumentando em 4,1 M€ o valor anual de financiamento. Destaca-se o crescimento do total de utentes tratados em ambulatório (+4%), utentes tratados em internamento (+6%) ou dos atos terapêuticos em ambulatório (+8%).

Também a oferta de Cuidados Continuados Integrados da SCML foi reforçada em 2024 face a 2023, em mais 15 camas, com a contratualização com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados para a Unidade Maria José Nogueira Pinto, correspondendo a 588 utentes, e 71 233 dias de internamente, numa taxa de ocupação da capacidade instalada em cerca de 94%.

Jogos Santa Casa entregam ao Estado quase 900 M€

O ano de 2024 registou o maior valor de sempre de prémios pagos pelos Jogos Santa Casa aos apostadores, totalizando €2.073,2M€. Os Jogos Santa Casa alcançaram também o segundo melhor resultado da sua história em termos de vendas brutas, com um volume de 3.142,9 M€ (apenas superado em 2019), correspondendo a 895,7 M€ entregues ao Estado, através da Distribuição de Resultados a Beneficiários (673 M€) e do Imposto do Selo (211,6 M€), o maior de sempre gerado pela venda dos jogos sociais.

A boa prestação dos jogos sociais do Estado em 2024 permitiu ainda o maior volume de sempre de remunerações pagas a mediadores, no valor de 247,9 M€, com impacto significativo nas economias locais e emprego, atendendo ao facto de a grande maioria dos mediadores dos Jogos Santa Casa serem pequenos negócios familiares.

No âmbito do portefólio dos Jogos Santa Casa, em 2024 destaca-se o EuroDreams (lançado a 6 de novembro de 2023), tendo registado 106 M€ em vendas no seu primeiro ano completo. Este valor contribuiu para o crescimento das Apostas Mútuas, que registaram um aumento de 6,8% face a 2023, passando de 742 M€ para 792 M€. Já a Lotaria Nacional verificou uma redução de 3,1%, com as vendas a diminuírem de 80 M€ em 2023 para 78 M€ em 2024. Relativamente à Lotaria Instantânea, registou um crescimento marginal de 0,6%, subindo de 1.836 M€ para 1.848 M€, mantendo a nível de representatividade no portefólio (58,8%). Por fim, o Placard registou uma redução de 10%, com as vendas a descerem de 472 M€ em 2023 para 425 M€ em 2024.

No âmbito do combate ao jogo ilegal e da promoção de jogo responsável, os JSC reforçaram o seu compromisso, com um investimento de 1 M€, nomeadamente através de um lançamento de uma campanha inédita “Saber Parar Também é Ganhar”, mas também através da modernização tecnológica, com revisão/atualização de processos e procedimentos na área do jogo responsável, assim como com a instalação de novos terminais de jogo nos pontos de venda, que incluem diversas inovações tecnológicas, entre as quais se salienta a possibilidade de leitura de cartões de identificação pessoal (por exemplo, Cartão de Cidadão) que, por sua vez, irá reforçar os procedimentos existentes que auxiliam os mediadores na verificação da idade dos apostadores ou mesmo numa futura utilização um cartão de apostador, que se pretende implementar.

“Retoma da normalidade”

Paulo Sousa, Provedor da Misericórdia de Lisboa, lembrou o “período difícil” que a Instituição atravessou nos quatro anos anteriores e frisou que estes resultados “marcam uma inversão de tendência”, resumindo 2024 como “um ano de retoma da normalidade”.

O Provedor, que foi acompanhado na apresentação dos resultados pelos restantes membros da Mesa (Rita Prates, André Brandão de Almeida, David Lopes, Ângela Guerra e Luís Rego), lembrou igualmente que esta apresentação “já não acontecia há vários anos” e que “é também uma das formas de dar corpo ao compromisso de transparência” da Santa Casa.

Recordando que estes resultados “são todos reinvestidos” na atividade da Instituição, e que esta possibilidade “é um privilégio”, Paulo Sousa terminou a apresentação agradecendo aos parceiros da Santa Casa e, em especial, aos seus colaboradores, a quem atribuiu o título de “obreiros destes resultados”, com a justificação de que “souberam, num contexto difícil e de mudança, responder ao desafio que lhes foi lançado”.

Consulte todos os detalhes do Relatório de Gestão & Contas de 2024.

Santa Casa tem recrutamento aberto

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem processos de recrutamento abertos, com vagas para a contratação de profissionais em diferentes áreas.

Saiba mais nos links abaixo:

 

Primeira extração da Lotaria Nacional aconteceu há 240 anos

Em 1783, a rainha D. Maria I autorizou a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a realizar uma lotaria anual com o objetivo de arrecadar fundos para instituições de caridade, sob a supervisão da Fazenda Real. No entanto, a primeira extração da Lotaria só ocorreu no ano seguinte, a 1 de setembro de 1784, na atual Sala do Brasão do Museu de São Roque. O sorteio durou 34 dias e envolveu a emissão de milhares de bilhetes.

No sentido de dar a conhecer esta parte da história da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a direção da Cultura da Santa Casa e os Jogos Santa Casa prepararam um conjunto de iniciativas que começam já no próximo dia 1 de setembro.

Assim, nesse domingo, data que marca a primeira extração, a Sala de Extrações receberá duas visitas guiadas, às 11h30 e às 15h, durante as quais será explicado como era feita a extração e o motivo pelo qual a primeira durou tanto tempo.

No dia 5 de setembro, quinta-feira, às 11h, ocorrerá, também na Sala de Extrações, uma conversa com Jorge Nuno Silva, matemático e professor aposentado da FCUL, presidente da Associação Ludus e cofundador do Circo Matemático; Pedro Leitão, diretor da Unidade de Jogo Responsável dos Jogos Santa Casa; e Pedro Leandro, pregoeiro da Lotaria. Sob o tema “A Extração da Lotaria Nacional em conversa”, e com moderação de Teresa Nicolau, diretora da Cultura da SCML, serão discutidos tópicos como a probabilidade de ganhar um prémio, a lógica matemática dos jogos, a dinâmica da extração, os ritos envolvidos do início ao fim da sessão e o conceito de jogo responsável. Depois, segue-se a extração da Lotaria, às 12h30.

No dia 7 de setembro, o Museu de São Roque receberá jogos de tabuleiro tradicionais, numa iniciativa em parceria com a Associação Ludos. Das 10h às 18h, crianças e adultos estão convidados a conhecer novos jogos e a visitar a Sala de Extrações da Lotaria Nacional.

Além destas atividades, durante toda a semana de comemoração dos 240 anos da Lotaria Nacional, de 1 a 8 de setembro, das 10h às 18h, será possível visitar a exposição temporária “As memórias da primeira Extração da Lotaria Nacional do Arquivo Histórico da SCML”, no Museu de São Roque. Entre os itens expostos estarão a primeira extração da Lotaria Nacional e o decreto de autorização do jogo assinado pela Rainha D. Maria I.

Todas as atividades são gratuitas e limitadas ao número de vagas disponíveis. As únicas que exigem inscrição prévia são as visitas guiadas de 1 de setembro, sendo necessário contactar o Serviço de Públicos e Desenvolvimento Cultural da Direção da Cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pelos telefones 213240869, 213240887, 213240865 ou pelo email culturasantacasa@scml.pt.

Uma semana para celebrar mais de cinco séculos

Está a chegar ao fim a semana de comemorações dos 526 anos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Têm sido dias repletos de atividades em várias áreas, também elas personificadoras do trabalho diário da Misericórdia de Lisboa em diversas vertentes.

As festividades arrancaram logo na manhã da passada segunda-feira, 1 de julho, com a partida das crianças e jovens para a viagem do Prémio de Mérito 2024. Também nessa manhã começaram as sessões de educação para a saúde da população de Lisboa, com presença contínua ao longo da semana no Largo Trindade Coelho, numa iniciativa do Projeto RADAR.

Ainda na segunda-feira, a Sala de Extrações acolheu uma conversa com personalidades da Casa do Artista sobre as suas memórias da Lotaria e dos Pregões dos Cauteleiros, seguindo-se a extração da Lotaria Especial dos 526 anos da Santa Casa.

Já o dia do aniversário iniciou-se com uma visita guiada à Sala de Extrações e Provedoria, antes da Missa de Aniversário que encheu a Igreja de São Roque, presidida por D. Alexandre Palma, Bispo Auxiliar Eleito do Patriarcado de Lisboa. Este foi, também, o dia em que a Santa Casa homenageou, na Sala de Extrações os reformados e os colaboradores com 25 anos de casa.

Na parte da tarde, o Jardim do Abacateiro, no Convento de São Pedro de Alcântara, acolheu o tradicional cantar de parabéns à instituição e o respetivo bolo de aniversário. No final do dia realizou-se o concerto evocativo da Temporada Música em São Roque pelo grupo “Altos do Bairro”, na Igreja de São Roque.

No dia 3 o destaque foi para o almoço na Mitra, no qual participaram utentes da residência local, que ouviram o fado cantado, uma vez mais, por Matilde Cid. Também na Mitra aconteceu a visita à exposição ATELIER, do conceituado artista plástico Pedro Cabrita Reis. Já ontem, a Residência Faria Mantero acolheu a cerimónia de entrega dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria.

As comemorações estendem-se até amanhã e ainda há muito para ver, desde, por exemplo, a Feira do Livro que esta tarde vai decorrer no Claustro Padre António Vieira, no Museu de São Roque, até ao concerto de amanhã da Orquestra Geração, na Igreja de São Roque.

Consulte o programa completo.

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa celebra 526.º Aniversário com semana de atividades

Entre os dias 1 e 6 de julho, a Santa Casa oferece um programa diversificado, que inclui concertos, visitas guiadas a espaços normalmente fechados ao público e a Extração da Lotaria Especial de Aniversário. É objetivo da instituição abrir as suas portas e aproximar-se da comunidade, pelo que o mote das comemorações deste ano é “A Casa de Todos”.

A programação tem início no dia 1 de julho, com sessões de educação para a saúde promovidas pelo projeto Radar. Nesse mesmo dia, a mítica Sala de Extrações recebe o evento “Os artistas das nossas vidas”, onde figuras como Simone de Oliveira, Carlos Paulo e Lurdes Norberto partilharão as suas memórias da Lotaria e dos Pregões dos Cauteleiros. Depois, será realizada a Extração da Lotaria Especial dos 526 Anos, que contará com a apresentação do ator José Raposo.

No dia 2 de julho, haverá visitas guiadas à Provedoria e à Sala de Sessões, nas quais os visitantes poderão ver o Livro Fundacional da instituição: “Compromisso manuscrito e iluminado de 1520”. Às 11h, a Igreja de São Roque celebrará a missa dos 526 anos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, presidida pelo Bispo Eleito Auxiliar do Patriarcado de Lisboa, D. Alexandre Coutinho Lopes de Brito Palma.

Ao final da tarde, às 19h, a Igreja de São Roque recebe o grupo “Altos do Bairro”, num concerto evocativo da Temporada Música em São Roque. O grupo apresentará a obra “Leçons de Ténèbres”, composta por François Couperin em 1714, para a liturgia da Semana Santa na Abadia Real de Longchamp.

A programação continua nos dias seguintes, com visitas guiadas ao Museu de São Roque e à exposição “Atelier” de Pedro Cabrita Reis (dia 3), além de aberturas ao público do Hospital de Sant´Ana e do Convento de São Pedro de Alcântara (dia 4). Na sexta-feira, 5 de julho, haverá uma aula de fitness no Largo Trindade Coelho e visitas ao novo museu Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo e à Brotéria. Por fim, no último dia, 6 de julho, o Arquivo Histórico da Santa Casa estará aberto para visitas e, às 18h, a Igreja de São Roque recebe um concerto da Orquestra Geração Santa Casa.

Todas as visitas têm lotação limitada e requerem marcação prévia, através dos contactos 213 240 869/87/65 ou culturasantacasa@scml.pt.

O programa completo das comemorações está disponível aqui.

Estas celebrações oferecem uma oportunidade única para se conhecer melhor a história e o trabalho da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, reafirmando o seu compromisso com a cidade e com a comunidade.

Marcha da Santa Casa é única!

Não sabemos bem como descrever esta noite. Será um misto de emoção e ternura que partilhamos ao acompanhar esta marcha? Ou será, acima de tudo, um privilégio imenso presenciar, vivenciar, acompanhar, abraçar e estar perto de alguns dos protagonistas que tornam este evento tão especial?

Na verdade, é tudo isto.

Ao longo de dois meses de ensaios matinais intensos (estamos a falar de várias horas!), pessoas de todas as idades, dos 20 até aos quase 90 anos, reuniram-se diariamente para dar o melhor de si. Mulheres e homens, jovens e idosos, todos com um propósito comum: celebrar a Missão, a Cultura e a História da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e levá-la a descer a Avenida, no Dia de Santo António.

Apesar de intensos, os ensaios foram, antes do mais, momentos de camaradagem e apoio mútuo. Paulo Jesus, coreógrafo que os acompanha há sete anos, é uma figura central neste processo. Os seus ‘gritos’, ‘palavras’ e ‘aconchegos’ são mais do que simples instruções. São a força motriz que mantém todos os participantes unidos e motivados. O respeito e a admiração que ele inspira são palpáveis, e a sua paixão pelo que faz é contagiante e evidente.

A marcha da Santa Casa não é apenas uma apresentação, é uma expressão de identidade e um tributo à história da Misericórdia de Lisboa. Cada passo e cada movimento coreografado contam uma história e homenageiam uma tradição secular, lembrando cada Boa Causa da Instituição fundada há quase 526 anos pela Rainha D. Leonor. Ver estas pessoas, de diferentes gerações, unidas pelo amor à dança, à cultura, à Boa Causa, faz desta uma experiência única.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa desempenha, há séculos, uma função fulcral na cidade e este é um motivo mais do que suficiente para dar “vivas” à Marcha da Santa Casa!

Uma viagem aos segredos do Arquivo Histórico da Santa Casa

Um legado para o presente e para o futuro. Celebra-se no próximo domingo, dia 9 de junho, o Dia Internacional dos Arquivos e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem, no seu Arquivo Histórico, um exemplo de preservação da história da instituição, da cidade e até mesmo do país.

“O tesouro da nossa história guarda-se em arquivo. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa comemora 526 anos, com a missão sempre segura de cumprir as 14 obras de Misericórdia que a Rainha Dona Leonor propôs. São as pessoas mais carenciadas e desprotegidas que estão sempre no coração da Misericórdia. São séculos de solidariedade e humanismo, que têm o seu legado preservado no Arquivo Histórico da Santa Casa. Toda a documentação está conservada e guarda-se esta ‘memória’ do passado para deixar a marca para o futuro. Nas comemorações do Dia Internacional dos Arquivos, a 9 de junho, a Santa Casa realça o papel fundamental dos arquivos, na salvaguarda das Boas Causas, ao longo dos séculos da SCML”, realça Francisco d’Orey Manoel, diretor do Arquivo Histórico.

É através dos inúmeros testemunhos presentes no Arquivo Histórico da Santa Casa, sob os mais variados formatos, que podemos conhecer, por exemplo, a estrutura orgânica da instituição, as suas funções e as atividades da Misericórdia de Lisboa ao longo do seu percurso, que conta já com mais de cinco séculos de história.

É trabalho do Arquivo, e das pessoas que nele colaboram, reunir, organizar, descrever, conservar, divulgar e disponibilizar o acervo documental da Santa Casa e da sua biblioteca histórica.

A documentação está devidamente acondicionada em cerca de seis quilómetros lineares de prateleiras e é constituída, sobretudo, por documentos em suporte de papel, pergaminho, fotografias e registos sonoros. Devido ao grande terramoto de 1755, e ao violento incêndio que se seguiu, a Misericórdia de Lisboa viu destruído grande parte do seu património e documentação, conservando-se assim no Arquivo, sobretudo, documentos de meados do século XVIII até aos dias de hoje.

Entre os exemplares historicamente ricos do Arquivo da Santa Casa encontram-se, por exemplo, os “sinais” das crianças expostas na roda de Lisboa ou o Compromisso da própria instituição.

Toda esta documentação carece da maior atenção no seu tratamento e conservação, num trabalho, por norma, invisível ao público, mas sobre o qual pode agora ficar a conhecer um pouco mais através de uma viagem aos segredos do Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Veja o vídeo:

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Novos membros da Mesa tomam posse

Os novos membros da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tomaram posse, esta segunda-feira, numa cerimónia presidida pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, e pelo provedor Paulo Sousa. Foram assim empossados a vice-provedora, Rita Prates, e os vogais David Lopes, Ângela Guerra, André Brandão de Almeida e Luís Carvalho e Rego.

Perante uma plateia repleta de colaboradores na Sala de Extrações, o provedor Paulo Sousa salientou que é hora de continuar a cumprir a “nobre missão” da instituição. “Estou certo de que, juntos, vamos conseguir enfrentar os desafios que o futuro nos reserva. Um futuro que é comum a todos os trabalhadores, que com tanto empenho têm levado a cabo a nobre missão de apoiar os cidadãos de Lisboa, particularmente os mais vulneráveis”, explicou o provedor na sua intervenção, lembrando ainda as palavras do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa: “Conto com todos. Todos, todos, todos.”

Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, também falou à plateia na Sala de Extrações, apresentando e dando as boas-vindas aos novos membros da Mesa. “Pelo mérito profissional, mas também pelo perfil humano – porque gerir a Santa Casa não é gerir uma empresa – de todos os membros da Mesa que hoje tomam posse, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está, sob a direção do senhor provedor, em boas mãos e nas melhores condições para cumprir a sua missão”, referiu a ministra.

Rita Prates, nova vice-provedora, é advogada, com mestrado pela King’s College – University of London, especializada em Regulação e Concorrência, mentora e fundadora da Associação VilaComVida, tendo ainda sido representante nacional junto da Comissão Europeia, OCDE, ICN (International Competition Network) e ECN (European Competition Network).

Já David Lopes é licenciado em Gestão de Empresas, com uma pós-graduação internacional na Cornell University e Chicago Kellogg University. Foi chefe de missão da Câmara Municipal de Lisboa na Jornada Mundial da Juventude, administrador executivo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, gestor da Parque Expo e do Oceanário de Lisboa e cofundador e administrador da Fundação Gil.

Quanto a Ângela Guerra, é licenciada em Direito, com pós-graduação em Gestão e Administração da Saúde. Foi vice-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Pinhel e membro da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.

Por seu lado, André Brandão de Almeida tem formação em medicina dentária e foi coordenador e diretor clínico do SOL, Serviço Odontopediátrico de Lisboa, equipamento da Santa Casa criado em 2019.

Luís Carvalho e Rego é licenciado em Administração e Gestão de Empresas e foi subdiretor do Banco BPI entre 2021 e 2023. Foi ainda presidente da IPSS Jardim Infantil dos Anjos e participou nas equipas de Assessoria Económica e Financeira no Ministério da Saúde no âmbito das Parcerias Público-Privadas.

Novo provedor da Santa Casa tomou posse

Paulo Alexandre Duarte de Sousa tomou hoje posse como novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, frisando que aceitou o convite “com orgulho, mas também com sentido de responsabilidade. Orgulho porque a Santa Casa é uma instituição de inestimável utilidade pública, porque a sua missão é trazer bem-estar às pessoas, a começar pelos mais desprotegidos. Sentido de responsabilidade porque, estando ciente dos graves desafios que a instituição enfrenta hoje, irei enfrentá-los honrando sempre o seu legado histórico”, referiu à preenchida plateia da Sala de Extrações.

Paulo Alexandre Duarte de Sousa prometeu “dedicação aos trabalhadores e às equipas da Santa Casa”, bem como “às múltiplas atividades da instituição”, recordando as “Obras da Misericórdia e o seu Compromisso”.

Numa cerimónia em que esteve igualmente presente o primeiro-ministro Luís Montenegro, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, descreveu o novo provedor como “um gestor de vasta e reconhecida experiência profissional, mas também com provas dadas na área social”.

“O desafio maior é garantir que a Santa Casa continua a dar a melhor resposta assistencial, sobretudo aos mais desprotegidos e desfavorecidos”, assegurou a ministra, referindo que, em breve, será anunciada a composição da restante Mesa e deixando uma “mensagem de confiança a todos os que constroem diariamente a Santa Casa”.

Ministra Maria Rosário Palma Ramalho, primeiro ministro Luís Montenegro e o novo provedor

Com 56 anos, o novo provedor da instituição é licenciado em Gestão de Empresas pelo ISEG e pós-graduado em Gestão Bancária e em Estratégias de Exportação. Conta com uma vasta experiência em cargos de administração, como a presidência da Comissão Executiva do Banco Comercial e de Investimentos, S.A., a Direção Central de Financiamento Imobiliário da Caixa Geral de Depósitos e a presidência do Conselho de Administração da Wolfpart, SGPS.

Na área social, Paulo Alexandre Duarte de Sousa foi vice-presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, fazendo parte da Direção do Núcleo da Costa do Estoril durante dois mandatos. Tem também experiência em matérias relacionadas com o setor imobiliário, tendo sido responsável pela criação do Mercado Social de Arrendamento. O agora provedor da Misericórdia de Lisboa foi, ainda, o responsável do consórcio composto pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana e pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos para gestão de um Fundo de Desenvolvimento Urbano, no âmbito da Iniciativa Comunitária JESSICA, vocacionada para a Reabilitação e Regeneração Urbanas.

Memórias de abril

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas