logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Simulacro põe à prova capacidade de resposta da Santa Casa em caso de incêndio

Na manhã desta quarta-feira, 28 de fevereiro, realizou-se um simulacro de incêndio na sede da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no Largo Trindade Coelho, onde trabalham cerca de 700 colaboradores.

Eram cerca das 10 da manhã, quando soaram os alarmes instalados no edifício da Santa Casa, devido a uma descarga elétrica que acabou por originar um incêndio. 

Confirmada a gravidade e dimensão da situação, foram desencadeados os procedimentos de segurança e foram chamados ao local efetivos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, os Bombeiros Voluntários de Lisboa, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, a Unidade Local de Proteção Civil da Junta de Freguesia da Misericórdia, a Polícia de Segurança Pública e a Polícia Municipal de Lisboa. Foi prestada assistência a um ferido ligeiro, e os restantes funcionários e visitantes foram evacuados com sucesso. O exercício ficou concluído em 21 minutos.

Para Ana Vitória Azevedo, vice-provedora da Misericórdia de Lisboa e responsável pela área de Segurança, estas ações são importantes “para se verificar se as regras de segurança estão a ser cumpridas e para melhorar eventuais falhas que possam existir”. A responsável enalteceu, ainda, a “grande colaboração dos próprios colaboradores da Santa Casa”, que contribuíram para o sucesso deste simulacro.

“Natal dos Hospitais” voltou a Alcoitão para uma celebração única

Entre os muitos convidados estiveram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e a provedora da Santa Casa, Ana Jorge, que, em entrevista, fez questão de salientar o trabalho desenvolvido pelo Centro de Alcoitão desde o início da sua existência enquanto referência no país na área da Medicina de Reabilitação.

“O hospital ortopédico e o Centro de Alcoitão foram o começo de tudo quanto é reabilitação no nosso país. Foi aqui que começou a primeira instituição dedicada a esta vertente e foi também aqui que se formaram os primeiros enfermeiros de reabilitação e os primeiros terapeutas da fisioterapia da fala e ocupacional. Esta área, juntamente com a área social, tem, neste momento, um manancial de capacidade que pode desenvolver, e tem desenvolvido já, as áreas da investigação para um maior conhecimento, fundamentalmente nas áreas das neurociências, neurodesenvolvimento e doenças neurodegenerativas”. Neste sentido, Ana Jorge anunciou uma novidade: “Temos uma escola que faz parte deste Centro e estamos a criar um outro centro académico e clínico dedicado também à investigação, numa parceria com a Universidade Nova de Lisboa, para podermos desenvolver ainda mais, quer o ensino, quer a área da formação”.

natal dos Hospitais 2023

A provedora elogiou ainda todo o trabalho desenvolvido pela Santa Casa e pelos seus profissionais dedicados, não só na área da saúde, mas na área social: “Temos, em todas as atividades que desenvolvemos, uma grande preocupação com a saúde física e com a saúde mental. A Misericórdia de Lisboa tem um conjunto vasto de equipas multiprofissionais e multidisciplinares que respondem, todos os dias, às necessidades de todos, dos mais novos aos mais velhos. Desenvolvemos um grande trabalho junto das pessoas mais idosas, algumas já com algumas dificuldades cognitivas, e também junto dos mais novos, nos centros de acolhimento. São populações distintas, que precisam de uma atenção muito especial”.

Por seu lado, o Presidente da República destacou algumas das áreas sociais que necessitam de mais atenção por parte de todos, nomeadamente as que englobam os sem-abrigo, os cuidadores informais, os cuidados paliativos e a educação das crianças. A saúde também não foi esquecida, sobretudo pelo facto de o “Natal dos Hospitais” ter como cenário o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão: “Os profissionais de saúde são heróis e heroínas no dia-a-dia na sua dedicação aos mais vulneráveis. O tempo que passam a dar-se aos outros é muito maior do que o que dão a si próprios”.

Natal dos Hospitais 2023

Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda os primeiros anos em que assistiu ao programa pela televisão: “Reuniam-se multidões para ver nas poucas televisões que existiam na altura, há 65 anos. Era O programa!”. E deixou um agradecimento: “O ‘Natal dos Hospitais’ é uma injeção de esperança para o futuro para todos os que estão doentes, que estão numa fase difícil da vida, e que precisam de alento para suportarem a dor, o sacrifício e o sofrimento. Por isso, muito obrigado!”.

Ao longo de todo o dia (das 9h00 às 20h00), foram vários os artistas que passaram pelo espetáculo, assim como figuras conhecidas da televisão, deixando mensagens de esperança e solidariedade.

O programa deu voz ainda a muitas histórias inspiradoras tanto dos profissionais de saúde como de pacientes. Foi o caso de Helena, uma menina se desloca apenas com a ajuda de uma cadeira de rodas, e que fez questão de mandar um ‘recado’ a todos quantos viam o programa: “Se nós, que estamos numa cadeira de rodas e que temos esta limitação, conseguimos lutar pelos nossos sonhos e ultrapassar as dificuldades, todos os outros também conseguem. Acreditem nos vossos sonhos e lutem por eles”.

O Natal dos Hospitais, uma iniciativa inicial do Diário de Notícias, existe desde 1944, sendo que esta foi a 65.ª edição a ser transmitida em direto pela RTP.

Santa Casa adere à Plataforma Portuguesa para a Integridade

No dia 18 de abril, a UN Global Compact Network Portugal, em conjunto com a Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE), promoveu o Fórum para a Integridade, onde se realizou a cerimónia protocolar de renovação das organizações signatárias e a adesão de novas entidades à PPI – Plataforma Portuguesa para a Integridade, no âmbito da iniciativa da ESG Week 2023, que debate os grandes temas da Sustentabilidade, enquadrados nos domínios ESG – Environmental, Social, Governance.

A Misericórdia de Lisboa esteve representada por Rita Paiva Chaves, diretora do Departamento de Qualidade e Inovação da instituição, que assinou o compromisso da Santa Casa no desenvolvimento de medidas anticorrupção e na implementação de políticas que estimulem uma sólida cultura ética e práticas de integridade.

O PPI surgiu como um apelo do setor privado aos governos para que promovam medidas anticorrupção e implementem políticas que estabeleçam sistemas de boa governação. A Call to Action exortou os governos a enfatizar a anticorrupção e a boa governação como pilares fundamentais de uma economia global sustentável e inclusiva e incluí-los como princípios importantes da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

O combate à corrupção, em todas as suas formas, é um dos 10 Princípios do United Nations Global Compact e uma das Metas do ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes da Agenda 2030 da ONU. Este objetivo pressupõe a criação de uma economia global mais sustentável e transparente, nomeadamente através da redução significativa dos fluxos ilegais, financeiros e de armas, da redução substancial da corrupção e do suborno em todas as suas formas e do desenvolvimento de instituições eficazes, responsáveis e transparentes em todos os níveis.

 

Santa Casa faz 525 anos

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) celebra este ano 525 anos de vida. Apesar da efeméride se celebrar oficialmente no dia 2 de julho, a Instituição preparou um vasto programa a pensar nesta data, que arranca já este mês e se estende até novembro. Serão inúmeros eventos que cobrirão todas as áreas de intervenção da Santa Casa.

29/31 MAR – Exposição sobre a história do Património da SCML – Semana da Reabilitação Urbana (Local: LXFactory)

2 MAI – 2.º aniversário da Valor T

MAI – Inauguração do Centro Logístico da SCML

1 JUN – Inauguração da exposição “Séculos de Boas Causas”

3 JUL – Extração da Lotaria Comemorativa dos 525 Anos (Local: Sala de Extrações)

4 JUL – Lançamento do concurso “Património com Arte” (Local: Claustros do Museu de São Roque)

6/7 JUL – Encontro Internacional sob o tema “Risco, Perigo e Resiliência Familiar – Vozes cruzadas da intervenção e investigação” (Local: Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa)

JUL –  Inauguração do Museu Casa Ásia (Local: Largo Trindade Coelho)

1/6 AGO – Participação da SCML na Jornada Mundial da Juventude

OUT –  “Beleza não idade”- desfile de moda de combate ao idadismo, com utentes da SCML (Local: a confirmar)

NOV – Extração da Lotaria Clássica comemorativa dos 240 Anos da Lotaria Nacional

NOV – Inauguração da Concept Store Jogos Santa Casa (Local: Rua Duque de Palmela, Lisboa)

Para o provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, estes 525 anos representam “uma data de especial significado, não apenas pela demonstração da vitalidade e capacidade de antecipar e responder aos desafios de cada época mas, sobretudo, porque é testemunha de uma capacidade ímpar ao serviço do bem público”.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa continua o seu trabalho inquebrantável de apoiar quem mais precisa. Essa é a nossa missão há 525 anos e queremos ser dignos desse património e dessa história. Estamos firmes nesse propósito e empenhados todos os dias em levar por diante esta ambição.

Pode consultar mais informações sobre a História da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa aqui.

Bolsas Sociais EPIS. Por mais e melhor educação

Num ano em que a guerra na Europa e a inflação estão a afetar o nível de vida das famílias, a EPIS e os Messias da associação decidiram aumentar o valor total das bolsas a atribuir nesta edição. A cerimónia de entrega das bolsas aconteceu esta quarta-feira, 18 de janeiro, no auditório da Galp e contou com a presença dos premiados e parceiros desta iniciativa.

Das oito candidaturas à categoria apoiada pela Santa Casa, quatro receberam uma bolsa de estudo, num valor global de 6.600 euros. Este apoio está enquadrado na categoria Mérito Académico no final do 9º ano de escolaridade a nível regional (para escolas de concelhos específicos).

Entre os premiados com estas bolsas da Santa Casa e da EPIS, está Renato Alexandre Morais Borda de Água, que terminou o 9.º ano de escolaridade com média 4,38 e que está a frequentar atualmente o 10.º ano de escolaridade na Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa.

O futuro engenheiro eletrónico esclarece que aquilo que pondera quando pensa no futuro académico é “a dificuldade em pagar pelo mesmo”, frisando que é um aluno “de quadro de excelência” e que este apoio “será uma oportunidade excelente para tirar o máximo proveito das aprendizagens que antecedem o meu ingresso no curso de engenharia eletrotécnica e de computadores”.

Maksym, aluno do concelho de Cascais, foi outros dos premiados. Originário da Ucrânia, onde era desportista e frequentou cursos de programação, conta que a guerra obrigou-o a deixar o país de origem “e a vir para Portugal para sobreviver”, sendo que o sonho é “poder pagar e acabar” o curso de programação online que está a tirar e “também conseguir ajudar e apoiar os meus pais”.

Em situação semelhante está Mohammad Asify, que também recebeu uma bolsa Santa Casa/EPIS, e que em 2021 teve de fugir do seu país de origem, o Afeganistão, devido à instabilidade social e política que se vive naquele território, com a chegada dos Talibans ao poder. Atualmente a estudar na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, em Lisboa, Mohammad que já era uma das maiores promessas daquele país, nesta área, frisa que gostaria de “ser professor e músico” e que com a bolsa “tudo fica mais fácil”.

Já António Massano, que frequenta o 10.º ano, na Escola Secundária Vergílio Ferreira, em Lisboa, acredita que este apoio será “bem-vindo”, comprometendo-se a fazer tudo para “não desapontar aqueles que acreditaram em mim”.

Bolseirtos EPIS

O programa Bolsas Sociais EPIS recebeu, nesta edição, 1.017 candidaturas para as 7 áreas de distinção: boas práticas organizativas de promoção da inclusão social de crianças e jovens; boas práticas organizativas de promoção da sustentabilidade e cidadania ativa; apoio à orientação, formação e inserção profissional de jovens com necessidades especiais; bolsas sociais para o ensino secundário; bolsas sociais para licenciatura (cursos CET e licenciatura); bolsas sociais para mestrados de 2 anos e categorias especiais para o ensino secundário, licenciatura e mestrado.

O programa existe desde 2011 e já permitiu o apoio a 110 escolas e organizações, através de 735 bolsas, num investimento de 1.252 mil euros, através do apoio de 75 investidores sociais.

 

2022 em retrospetiva. O “regresso à normalidade” e o abraçar de novos desafios

Após dois anos plenos de grandes incertezas provocadas pela pandemia de Covid-19, o ano de 2022 assumia-se como auspicioso e desafiante. Perante uma “nova realidade” e um mundo “virado do avesso”, a Santa Casa adaptou-se e continuou a sua jornada com mais de cinco séculos “Por Boas Causas”, devolvendo às pessoas uma normalidade tranquilizadora e um compromisso renovado, de apoiar quem mais necessita.

Se 2021 trouxe vários desafios e muitas mudanças na vida de todos nós, 2022 foi um ano de viragem e onde palavras como solidariedade, amor, dedicação e empenho ganharam um renovado sentido. Recorde aqui algumas das principais ações levadas a cabo pela Misericórdia de Lisboa.

Janeiro

O ano iniciou com uma “chuva de milhões” por toda a Europa. O Euromilhões, através de um sorteio extraordinário, premiou 100 apostadores com um milhão de euros cada. Mas se para alguns o sonho é ser um “milionário excêntrico”, para outros o facto de  poder assistir a uma peça de teatro, através de audiodescrição, é a vitória de uma vida.

Já a terminar o mês levámos os sonhos de algumas crianças, ao cuidado do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão, para dentro do campo da final da Taça da Liga, que ditou o campeão de inverno do futebol nacional.

Fevereiro

Demos a conhecer Fares, Reza e Mahdi, nomes desconhecidos para a maioria das pessoas, mas que com o apoio da Santa Casa encontraram no mundo da moda a tranquilidade e a paz que não tiveram nos seus países de origem.

jovens migrantes modelos

Assistimos ao lançamento da segunda versão do Protocolo de Avaliação Orofacial (PAOF 2), ferramenta e um contributo importante para os avanços na terapia da fala.

Igualmente importante e de grande utilidade é o projeto Holi, o “cérebro” que conquistou a edição do Santa Casa Challenge de 2021, e que demos a conhecer pelas vozes das próprias criadoras.

Ainda em fevereiro, abrimos portas e alargámos a nossa capacidade de resposta aos públicos mais novos, com a inauguração do Núcleo de Infância e Juventude de Mafra.

Março

Perante a situação do conflito armado na Ucrânia e o enorme fluxo de refugiados da guerra, a instituição disponibilizou-se, desde a primeira hora, a criar condições de integração destas pessoas na sociedade portuguesa.

Destaque ainda para a obra de restauro da Igreja da Misericórdia de Évora, que contou com o contributo do Fundo Rainha Dona Leonor no valor aproximado de 300 mil euros.

Ainda em março, organizámos a palestra dedicada ao “Impacto da pandemia nas pessoas mais velhas – estratégias para mitigar os seus efeitos”, que contou com Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade no Brasil e médico gerontólogo, como orador.

Já no final do mês, e juntamente com a Federação Portuguesa de Futebol, quebrámos barreiras ao promover a máxima de “futebol para todos”.

Jovem de 29 anos vai estar pela primeira vez num estádio de futebol

Abril

Assinalámos o Dia Mundial da Saúde relembrando que “os cuidados continuados integrados são um compromisso assumido pela Santa Casa” e que a instituição está a trabalhar para dar mais dignidade à vida das pessoas.

Depois de um interregno de dois anos, a Escola Superior de Educação do Alcoitão e o Centro de Educação e Formação Profissional da Aldeia de Santa Isabel voltaram a marcar presença na maior feira nacional de oferta educativa, Futurália.

A Casa do Impacto apresentou os grandes vencedores da edição deste ano do Santa Casa Challenge, que responderam ao desafio da ação climática, através da educação e transição digital. Ainda neste mês, a Casa do Impacto aumentou a sua rede de parceiros ao assinar um protocolo com o Instituto dos Registos e Notariado para apoiar a criação de projetos de inovação social a serem implementados naquela entidade.

No desporto, demos um novo “IMPULSO” às carreiras duais, premiando mais 50 jovens desportistas talentos nesta área através do já conhecido Programa de Bolsas de Educação Jogos Santa Casa que, em 2022, assumiu uma nova identidade.

Na véspera do 1º aniversário da VALOR T, demos a conhecer as histórias inspiradoras de Ângelo e Alexandre. Dois jovens portadores de deficiência que, nas suas palavras, conseguiram o que tanto ambicionavam: “ser como as outras pessoas”.

Maio

“Dar é receber”. Esta foi uma das mensagens transmitidas na nova campanha do LX Acolhe, da Misericórdia de Lisboa. Vera e Paulo, Marta e Sérgio são alguns dos exemplos que incorporam esta missão de acolher para assim devolver a infância a crianças em risco.

Consciente do valor e poder de uma informação correta e fidedigna, a Santa Casa uniu-se à Rádio Renascença na criação do Prémio de Jornalismo Jovem.

No mês dedicado à diversidade e inclusão, e entre vários exemplos de histórias retratadas, mostrámos ainda que os nossos valores começam em casa. Enquanto instituição responsável, promotora de diversidade e inclusão, lançámos uma campanha dedicada a esta temática, que contou com a participação de alguns rostos da instituição. Esta campanha venceu na categoria “Sustentabilidade e ESG: Social”, um galardão atribuído na cerimónia de entrega do Grande Prémio Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa.

Junho

Junho, um dos meses mais acarinhados pelos lisboetas. Mês de festa, de arraial e acima de tudo de marchas populares. Cumprindo a tradição, vários utentes da instituição voltaram a vestir-se a rigor para descer a Avenida da Liberdade, em uma edição da festa mais “alfacinha” que existe.

Ainda em ambiente de música, rumámos à “cidade do rock”. O Rock in Rio regressou a Lisboa e a Santa Casa voltou a associar-se ao festival de música promovendo a acessibilidade de uma forma ainda mais alargada, não só a pessoas com mobilidade reduzida como também a pessoas com deficiência visual e deficiência auditiva.

Através de dois episódios (vídeo 1 e vídeo 2) demos a conhecer um pouco mais do trabalho feito na nossa Obra Social do Pousal e das histórias que ali habitam. Um local que se tornou a casa de pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento.

Em junho nasce ainda o projeto É Uma Mesa, um espaço de esperança para quem pretende sair das ruas, ao qual a Santa Casa não podia deixar de se associar.

Também no desporto registámos novidades. Os Jogos Santa Casa passam a apoiar mais duas modalidades: voleibol e atletismo.

Julho

No mês do aniversário da instituição, a Santa Casa assina um protocolo com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que estabelece os princípios de colaboração entre as duas instituições na implementação de atividades do projeto Valor T.

De uma parceria estabelecida com o PÚBLICO, nasce o Artéria, o projeto de jornalismo comunitário dedicado ao quotidiano da cidade de Lisboa. Um projeto aberto a todos os que sintam a cidade como sua e tenham vontade de dar a conhecer as histórias que lhe dão vida.

Com vista a exponenciar o apoio da Santa Casa à população deslocada da Ucrânia, em particular crianças entre os 8 e os 14 anos, assinámos um protocolo com a Associação Cultural Êxito das Tendências, que prevê um projeto-piloto a ser implementado no nosso Centro Social de São Boaventura, no Bairro Alto.

Numa aposta na promoção do património da instituição, dinamizámos a iniciativa “Santa Casa Open House”. Um dia aberto ao público interessado em visitar as frações então disponíveis no número 100 da Rua dos Douradores, na freguesia de Santa Maria Maior.

Ainda em julho, o restauro da Igreja da Misericórdia de Coruche venceu a primeira menção honrosa do Prémio Gulbenkian Património. As obras receberam o apoio do Fundo Rainha D. Leonor (FDRL), no valor de 300 mil euros.

Agosto

66 mil consultas depois, o SOL – Saúde Oral em Lisboa comemorou o seu terceiro ano de existência. Este equipamento da Santa Casa tem contribuído para a diferenciação e melhoria da qualidade de prestação de cuidados de saúde oral às crianças e jovens.

O maior certame cultural de Lisboa regressou ao Parque Eduardo VII, com o apoio da Santa Casa. No espaço destinado à instituição, celebrámos a literatura, a história e o voluntariado.

Setembro

No mês de regresso ao trabalho e às atividades escolares, recebemos a visita às nossas creches da Fundação HighScope americana.

Os Jogos Santa Casa reforçaram a sua aposta no desporto ao apoiar a seleção nacional de hóquei em patins masculina e a seleção nacional feminina de futsal.

Setembro é também mês de fado e, uma vez mais com o nosso apoio, este estilo musical voltou a abrilhantar a capital ao acolher o Santa Casa Alfama.

No ano que antecede a Jornada Mundial da Juventude, o provedor da instituição discute os desafios enfrentados pelos mais jovens no nosso país, na conferência “Em Nome do Futuro: Os Desafios da Juventude”, promovida pela Renascença.

 

Outubro

A saúde mental e os idosos estiveram em destaque durante o mês de outubro. Dois temas que ganham particular importância nas Estruturas Residenciais Para Idosos e Centros de Dia da Santa Casa, onde as respetivas equipas procuram, diariamente, dar um pouco mais de sentido e de qualidade de vida aos mais velhos.

Na 11ª cerimónia de entrega dos galardões que reconhecem contributo dos idosos para a sociedade, homenageámos Maria Raquel Ribeiro, falecida em janeiro deste ano e personalidade que dá nome a estes prémios.

Santa Casa apoia primeira escola de pós-graduação na área da saúde em Portugal, a Advanced Health Education (AHED).

Quatro anos depois da sua fundação, a Casa do Impacto apresenta nova identidade visual, novo posicionamento e visão do futuro para o empreendedorismo social.

Já na música, assistimos à 34ª edição da Temporada Música em São Roque, uma iniciativa que vem reforçar a política da instituição de apoio à cultura portuguesa, divulgando, em simultâneo, o seu património histórico e artístico. Nos bastidores, falámos com um grupo estreante desta edição.

Novembro

Logo no início do mês, a Santa Casa voltou a marcar presença na maior cimeira de tecnologia do mundo, WebSummit. Na Feira Internacional de Lisboa, a Casa do Impacto apresentou as novas edições do Triggers e do Santa Casa Challenge e ainda o seu apoio à estreia do documentário “O Sopro do Diabo”, realizado por Leonardo Di Caprio, que revela o desespero vivido pelas vítimas do incêndio que assolou Pedrógão Grande em 2017.

A infância e juventude estiveram em grande destaque este mês. Exemplo disso foi a participação da Santa Casa no seminário “A Criança no Processo Tutelar Cível”. Um seminário que dá continuidade ao trabalho efetuado pela instituição, que assumiu, em 2019, na sequência de um protocolo de cooperação celebrado com o Instituto de Segurança Social- a intervenção em matéria de infância e juventude.

Demos, ainda, voz a Carolina, Kenny e Murilo, três jovens residentes em casa de autonomia da Santa Casa, que, na primeira pessoa, falaram sobre os desafios dos seus percursos de vida.

Depois de Vila Franca de Xira, Amadora e Mafra, Oeiras recebeu uma resposta da Misericórdia de Lisboa centrada na promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens.

Em matéria de prémios e investigação, celebrámos e demos a conhecer os grandes vencedores da 10º edição dos Prémios Santa Casa Neurociências, galardões nos quais a instituição já investiu mais de 4 milhões de euros para apoiar projetos científicos e clínicos destinados a promover avanços no tratamento e recuperação de lesões vertebro-medulares e nas doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento.

 

Dezembro

Maria Odete, Carla e Pedro fazem parte do grupo de dezenas de voluntários que, diariamente, ajudam a Santa Casa a cumprir a sua missão. Dedicam parte da sua vida aos outros, sempre com a mesma entrega, empenho e afeto, e sem esperarem nada em troca.

 

Como manda a tradição nesta época festiva, a instituição promoveu, uma vez mais, a magia do Natal em Lisboa, com a realização do Wonderland, e em Vila Nova de Gaia, com a Praça de Natal.

Dezembro ficou igualmente marcado pelas intensas inundações que afetaram a capital, situação que levou a uma atuação extraordinária por parte da Santa Casa de alojamento de emergência de 25 pessoas.

Quase a fechar o ano, a Santa Casa dá nota da inauguração da creche do Desagravo, no Campo de Santa Clara, revelando ainda a promessa de, em 2023, vir a inaugurar mais duas creches na cidade. Um compromisso assumido entre a instituição e a Câmara Municipal de Lisboa.

 

“Todos Somos Diferentes”. O concurso da Santa Casa que quer combater a discriminação na comunidade educativa

Oito estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho de Lisboa foram distinguidos na sessão de entrega de prémios do concurso escolar “Todos Somos Diferentes”, que se realizou esta segunda-feira, 27 de junho, na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Além da atribuição de um prémio monetário aos melhores trabalhos apresentados nos três escalões – 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, foi, ainda, atribuída uma menção honrosa.

Ao todo participaram nesta edição da iniciativa 264 alunos, 29 professores de nove escolas básicas de oito agrupamentos escolares diferentes da cidade, sendo que foi atribuído a todos os participantes uma pen-drive com o livro digital do concurso e um diploma de participação.

Entre os vencedores do 1º escalão (1º Ciclo), a Escola Básica António Nobre venceu o 1º prémio, na segunda posição destacou-se a Escola Básica Mestre Querubim Lapa e o terceiro lugar foi ocupado pela Escola Básica Sarah Afonso.

No 2.º escalão (2º Ciclo), a Escola Básica Patrício Prazeres conquistou o 1º prémio, a Escola Básica Quinta de Marrocos o 2º prémio e a fechar o pódio ficou a Escola Básica Professora Lindley Cintra.

Por último, no 3.º escalão (3º Ciclo), a Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo alcançou o 1º prémio. Já à Escola Básica Quinta de Marrocos coube o 2º prémio e à Escola Básica Marquesa de Alorna o 3º prémio.

Destaque ainda para a menção honrosa atribuída à turma do 6º ano da Escola Básica Patrício Prazeres.

Numa cerimónia com vários alunos das escolas vencedoras, o provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, salientou que “é na diferença que encontramos a nossa maior riqueza enquanto pessoas”, defendendo ainda que este concurso deve ser “o motor de esperança que os nossos jovens precisam para se tornarem adultos conscientes e participativos”.

“Este projeto tem o grande objetivo de ajudar a que cada um de nós possa ser um agente de mudança para que as nossas escolas e comunidades, no seu todo, possam ser mais inclusivas”, concluiu Edmundo Martinho.

Presentes na cerimónia estiveram, para além do provedor da instituição, os representantes dos agrupamentos escolares vencedores e, ainda, os membros do júri.

Sobre o concurso “Todos Somos Diferentes”

O concurso “Todos Somos Diferentes” foi desenvolvido e enquadrado no âmbito da associação dos Jogos Santa Casa às Lotarias Europeias. Destinado a toda a comunidade escolar da rede pública do concelho de Lisboa, esta iniciativa distingue trabalhos escolares capazes de sensibilizar e mobilizar toda a comunidade educativa para a importância de uma escola integradora e inclusiva das pessoas com deficiência, baseada nos princípios da solidariedade e da diversidade com vista à construção de uma sociedade futura mais coesa e mais justa.

Focado na apresentação de trabalhos coletivos no âmbito da temática “Todos Somos Diferentes”, foram admitidos a concurso trabalhos em suporte multimédia, inovadores, criativos e com impacto social, que traduzissem a temática do concurso e respeitassem os princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

De acordo com o regulamento, os melhores trabalhos de cada escalão – 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, recebem prémios pecuniários, num total de nove atribuições. Estes prémios, que vão de 1.500 euros a 5.000 euros, deveriam ter como objeto a apresentação de projetos a desenvolver na escola, tendo em vista um parque escolar mais inclusivo.

Prémio Jornalismo Jovem Renascença / Santa Casa: candidaturas estão abertas

Jornalistas até aos 35 anos já podem submeter, até 12 de outubro de 2022, trabalhos que incidam sobre os problemas e as perspetivas de futuro que se colocam às gerações mais novas. O Prémio Jornalismo Jovem Renascença / Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que tem como pano de fundo as Jornadas Mundiais da Juventude em 2023, é uma iniciativa da instituição e da Renascença, que se uniram para colocar a sociedade a refletir sobre os problemas da juventude. Além do lançamento do Grande Prémio do Jornalismo Jovem, a parceria prevê também a realização de uma grande conferência dedicada à temática.

Os trabalhos a concurso têm que ter sido publicados entre 1 de setembro de 2021 e 30 setembro de 2022. O prémio tem quatro categorias a concurso e na sua totalidade um valor de 8.500 euros: Prémio Rádio, no valor de 2.500 euros; Prémio Multimédia, no valor de 2.500 euros; Grande Prémio Jornalismo Jovem Renascença / Santa Casa da Misericórdia de Lisboa com o valor de 1.000 euros; Grande Prémio Renascença – no valor de 2.500 euros (dedicado apenas a jornalistas da Renascença).

Recorde-se que o Prémio Jornalismo Jovem foi anunciado no programa da manhã da Renascença, “As três da Manhã”, que teve como convidados o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e o Presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia e Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar.

Na altura, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa sublinhou a importância de reconhecer o trabalho dos jornalistas mais novos: “Aceitámos de imediato este projeto de premiar trabalhos de jornalistas jovens, pois sabemos das dificuldades em que muitas vezes exercem a sua profissão, porque é conhecida a forma como hoje a pressão é imensa. Este é um contributo modesto que queremos dar”, explicou Edmundo Martinho.

Já D. Américo Aguiar referiu os momentos difíceis vividos por muitos jovens “nestes últimos dois anos”. “Há jovens que não deixaram de viver apenas em situações de limite, seja pela questão económica passada, seja pela pandemia que vivemos. Eu acredito que muitos jovens têm tido dificuldades em permitir-se sonhar.”

 

 

Santa Casa e Rádio Renascença lançam Prémio de Jornalismo Jovem

Joana Marques, Ana Galvão e Inês Lopes Gonçalves, as apresentadoras do programa “As Três da Manhã” da Rádio Renascença, receberam na manhã desta sexta-feira, 6 de maio, os responsáveis da Misericórdia de Lisboa e Rádio Renascença. No estúdio, Edmundo Martinho e D. Américo Aguiar explicaram que a iniciativa representa uma vontade de refletir sobre os problemas, desafios e oportunidades que os jovens enfrentam nos dias de hoje e, ao mesmo tempo, de apresentar soluções que permitam que este público acredite no futuro.

O concurso desafia jornalistas até aos 35 anos a apresentarem trabalhos que incidam sobre os problemas, desafios e oportunidades colocados atualmente aos jovens. No valor total de 8500 euros, o Prémio do Jornalismo Jovem divide-se em quatro categorias.

Edmundo Martinho sublinhou a importância de reconhecer o trabalho dos jornalistas mais novos. “Aceitámos de imediato este projeto de premiar trabalhos de jornalistas jovens, pois sabemos das dificuldades em que muitas vezes exercem a sua profissão, porque é conhecida a forma como hoje a pressão é imensa. Nos mais jovens, essa pressão acentua-se e, em muitas circunstâncias, acaba por ser muito pouco estimulante para a atividade. Portanto, este é um contributo modesto que queremos dar”. Segundo o provedor, a iniciativa, além de refletir sobre a problemática, pretende “criar soluções e estimular a criatividade, reconhecendo o mérito do trabalho de jornalistas jovens”.

Por outro lado, D. Américo Aguiar lembrou que “infelizmente, nestes últimos dois anos, há jovens que não deixaram de viver apenas em situação de limite, seja pela questão económica passada, seja pela pandemia que vivemos. (…) Eu acredito que muitos jovens têm tido dificuldades em permitir-se sonhar. Por isso, é muito importante nós fazermos o levantamento, fazermos o estado da nação, daquilo que possam ser os principais problemas e dificuldades.”

Em relação à parceria da Rádio Renascença com a Santa Casa, o presidente do Conselho de Administração da Renascença, afirma que “esta é uma das boas causas que, de facto, temos que abraçar como sociedade e ter a capacidade de olhar para trás e fazer o diagnóstico certo e, depois, ser capaz de lançar o futuro”. Resumidamente, o bispo auxiliar de Lisboa pretende que esta parceria ajude os jovens a sonhar de novo.

Prémio Anual de Jornalismo

O prémio prevê quatro categorias:

  • Prémio Rádio, no valor de 2500 euros;
  • Prémio Multimédia, no valor de 2500 euros;
  • Grande Prémio Jornalismo Jovem Renascença/Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no valor de 1000 euros, que acresce aos 2500 euros do Prémio Rádio ou Multimédia. O valor total deste prémio é, assim, de 3500 euros;
  • Grande Prémio Renascença, dedicada apenas a jornalistas da Renascença, no valor de 2500 euros. Sendo a Renascença uma das entidades promotoras do concurso, por uma questão de transparência, os seus jornalistas têm uma categoria própria a que podem concorrer.

Tendo como pano de fundo as Jornadas Mundiais da Juventude em 2023, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Renascença estabeleceram uma parceria para refletir sobre os problemas da juventude. Uma parceria que além do lançamento do Grande Prémio do Jornalismo Jovem prevê também a realização de uma grande conferência dedicada à juventude. Veja ou reveja a participação de Edmundo Martinho e D. Américo Aguiar no programa “As Três da Manhã”, aqui.

 

Património Santa Casa: uma porta aberta à cidade

Quantos são? Onde ficam? Para que servem? Ou como é que a instituição conseguiu ter um vasto acervo imobiliário? Estas são algumas das questões que povoam a mente dos lisboetas, quando andam pela cidade diariamente e reparam que, em todas as freguesias, em todos os bairros e em diversas ruas, becos e vielas existe um equipamento ou um prédio que pertence à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Para responder a estas e outras questões é necessário recuar cerca de cinco séculos. Fundada em 1498 pela Rainha D. Leonor, a Misericórdia de Lisboa sempre mereceu o reconhecimento da cidade graças às suas obras de caridade. Desde a sua origem que a instituição trabalhou em prol dos mais desfavorecidos, sendo que, para que este propósito fosse concretizado, importava assegurar a subsistência da instituição.

Em 1768, novos subsídios foram concedidos para a criação dos expostos. Esta política protetora da Misericórdia de Lisboa culminaria na doação, à instituição, da Igreja e da Casa Professa de S. Roque (edifício que pertencia à Companhia de Jesus e que, ainda hoje, alberga a sede da Santa Casa).

Tal como em séculos passados, também nos dias de hoje a grande maioria do património da instituição advém da confiança de benfeitores e beneméritos que entregam à instituição os seus bens, na certeza de serem aplicados em favor de quem mais precisa, como explica a administradora da Santa Casa, com o pelouro do património, Ana Vitória Azevedo.

“A Santa Casa tem a oportunidade de se distinguir nesta área de reabilitação do património por ser proprietária de um património muito significativo, obtido na sua maioria através da confiança e da admiração dos seus beneméritos”. Este património entregue à instituição, e que se configura numa das maiores fontes de receitas, destina-se essencialmente a contribuir para a missão diária da Misericórdia de Lisboa de apoiar as “Boas Causas”.

“Existe sempre uma expectativa das pessoas que doam o património à Misericórdia de Lisboa, de que esse património irá ser utilizado para a missão diária da Santa Casa e que irá servir para ajudar nessa missão”. Ana Vitória Azevedo salienta, ainda, que “a instituição preza sempre a reabilitação do património doado, recorrendo à alienação do mesmo, apenas quando tal seja possível e se revele adequado para a angariação de mais receita destinada à promoção das “Boas Causas”.

Entre prédios urbanos e algumas propriedades rústicas, a Misericórdia de Lisboa detém um total de 659 imóveis. Muitos destes são hoje a residência de centenas de pessoas, seja através da permanência em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), seja através de um arrendamento convencional, seja por um necessário e imprescindível cuidado médico exercido numa Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), ou pela permanência numa casa de autonomia destinada apoiar a transição de jovens, para uma autonomia plena na sua vida adulta, ou ainda através dos vários equipamentos da instituição destinados à primeira infância.

“A Misericórdia de Lisboa tem o dever de promover, reabilitar, conservar e rentabilizar o seu património, por forma a garantir projetos e obras inovadoras que respondam as necessidades daqueles que mais precisam” e a criação de novas respostas depende “das necessidades sentidas, num determinado tempo”, acrescenta, ainda, Ana Vitória Azevedo.

Ana Vítoria Azevedo

A Santa Casa possui um considerável património imobiliário em Lisboa, e ocupa o lugar de segundo maior senhorio da cidade, a seguir à Câmara Municipal de Lisboa. Algum deste património, já reabilitado nos últimos anos, tem vindo a ser premiado pela qualidade das intervenções, sobretudo pela adequação dos espaços reabilitados à missão da instituição.

Um desses exemplos é a Quinta Alegre, na Charneca do Lumiar, que arrecadou o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana – Restauro de 2018, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura.

Construído no século XVIII por iniciativa do 2.º Conde de Vilar Maior e 1.º Marquês de Alegrete, o até então degradado e inacessível Palácio do Marquês do Alegrete, na freguesia de Santa Clara, foi reabilitado tendo em conta um dos principais pilares defendidos pela instituição na intervenção e reabilitação do seu património: a intergeracionalidade.

A Santa Casa “tem vindo a desenvolver, nos últimos anos, um conjunto de projetos com conceitos alternativos de resposta para os mais velhos e para os mais novos”, frisando que a Quinta Alegre é um “exemplo perfeito desta política”, acrescentou a administradora com o pelouro do património.

Em julho passado foi a vez do Palácio de São Roque receber uma menção honrosa na categoria de melhor intervenção de Impacto Social, durante a 9ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana.

Respeitar o passado, ponderar o presente e transformar o futuro

Em junho de 2018, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa acompanha as tendências da cidade e cria o seu programa de arrendamento jovem.

A iniciativa que, numa primeira fase, colocou no mercado 24 frações habitacionais localizadas no centro de Lisboa, com um valor de renda 25% inferior ao valor de mercado, veio contribuir para contrariar a tendência de envelhecimento da população nos centros urbanos e possibilitar que jovens que trabalhem ou estudem no município de Lisboa possam também nele residir.

Este ano já entraram no programa mais 8 frações, na Travessa do Rosário, e irão entrar mais 15 apartamentos, localizados na Rua dos Douradores, após licença de utilização. Com este reforço a instituição garante não só a devolução de mais parque habitacional à cidade, como também permite melhores condições habitacionais e financeiras aos jovens que nela pretendem viver.

Rua dos douradores

Outro dos projetos, ainda em curso, mas que irá reabilitar um dos equipamentos emblemáticos da instituição na zona oriental de Lisboa é o novo espaço da Mitra, situado na freguesia de Marvila, junto ao rio Tejo.

O Lisboa Social Mitra vai agregar no mesmo local várias respostas da Santa Casa, com destaque para os pavilhões dedicados à Valor T e à Casa do Impacto.

Ana Vitória Azevedo afirma que a reabilitação da Mitra foi pensada para “criar um conjunto de valências suportadas na inovação e no empreendedorismo, que pretendem facilitar e apoiar as pessoas com mais dificuldades de integração na sociedade”. “O espaço vai acolher projetos de natureza social, económica, ambiental e de empreendedorismo, a par de espaços comunitários”.

Com um investimento a rondar os 10 milhões de euros, o projeto Lisboa Social Mitra vai fazer nascer uma creche, uma academia de formação dedicada à economia social, uma quinta comunitária, um espaço aberto à comunidade com um jardim de lazer, para além de novos espaços de trabalho dedicados ao empreendedorismo social (com a mudança da Casa do Impacto do Convento de São Pedro de Alcântara para o Palácio da Mitra) e da reabilitação da atual ERPI já existente no local.

Exterior

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas