logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Santa Casa acolhe encontro sobre Envelhecimento Ativo e Bem-Estar na Terceira Idade

Nos dias 13 e 14 de novembro, a Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, acolheu um encontro que reafirmou o compromisso de Portugal com a promoção de um envelhecimento ativo e saudável ao longo de toda a vida. 

Este evento teve como base a visão estabelecida pelo movimento global das Nações Unidas “Década do Envelhecimento Saudável” e que foi reforçado pelo Lisbon Outcome Statement, que foi apresentado no Summit on Healthy Ageing, realizado em Lisboa, e que define linhas prioritárias para um envelhecimento saudável na Europa.

O encontro de trabalho, que contou com a participação do administrador da Santa Casa, André Brandão de Almeida, organizado pela Direção-Geral da Saúde, reuniu representantes nacionais e internacionais que analisaram os dados recolhidos em 43 países e 170 cidades europeias. A partir desta análise, foram identificadas 18 ações prioritárias para o futuro da estratégia “Ageing is Living: A Strategy for Promoting a Lifetime of Health and Well-being in the WHO European Region (2026–2030)”, selecionadas a partir de 55 propostas iniciais.

As ações consideradas prioritárias distribuem-se por quatro áreas principais, como a prevenção ao longo do curso de vida, a transformação dos ecossistemas de cuidados por meio de modelos integrados e centrados na pessoa, a criação de ambientes inclusivos que facilitem a participação em todas as fases do ciclo de vida e o combate ao idadismo, promovendo equidade no acesso a cuidados e oportunidades para todas as pessoas seniores.

Para André Brandão de Almeida esta foi um importante encontro de trabalho entre a Direção-Geral da Saúde e a WHO Regional Office for Europe, dedicado à reflexão conjunta sobre o futuro do envelhecimento ativo e saudável na região europeia, que focou “em temas centrais da missão diária da instituição”.

Com este encontro, Portugal reforça seu papel ativo e colaborativo na construção da nova estratégia europeia para o envelhecimento saudável, contribuindo para uma visão comum de que envelhecer é viver com dignidade, inclusão, saúde e bem-estar ao longo de todo o ciclo de vida.

Santa Casa reforça presença no Wonderland com espaço dedicado às suas respostas sociais

A 10.ª edição do Wonderland Lisboa, o maior mercado de Natal do país, abre esta sexta-feira, 28 de novembro, e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, parceira do evento desde o início, através dos Jogos Santa Casa, vai reforçar a sua presença institucional com muitas novidades.

O destaque vai para um novo espaço pedagógico da Misericórdia de Lisboa, dedicado às respostas sociais e equipamentos da Santa Casa e à forma como os Jogos Sociais do Estado são distribuídos em prol da sociedade em todo o país. Também o Acolhimento Familiar e o voluntariado da Instituição estarão em destaque neste espaço, no qual os visitantes poderão saber mais sobre estes temas e ainda adquirir produtos feitos pelos utentes da Misericórdia de Lisboa.

De regresso estará também a presença da Lotaria, o mais antigo jogo da Santa Casa, que recentemente assinalou 242 anos de história. Com três pontos de venda (stand, quiosque e rulote), além dos tradicionais cauteleiros, os Jogos Santa Casa voltam a ser patrocinadores do Wonderland, evento por onde passou, em 2024, mais de um milhão de pessoas.

Como em anos anteriores, os Jogos Santa Casa vão proporcionar dois dias mágicos: o primeiro, a 9 de dezembro, dedicado aos utentes seniores dos equipamentos da Santa Casa e o segundo, a 17 de dezembro, para os utentes mais novos. Assim, todos poderão usufruir das diversas atrações do Wonderland, como a tradicional roda gigante, os carrosséis ou a pista de gelo, em tardes de convívio, animação e muitos sorrisos.

Apesar de abrir já esta sexta-feira, a inauguração oficial do Wonderland está agendada para sábado, 29 de novembro, a partir das 18h30, no Parque Eduardo VII, com a presença de Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A 10.ª edição do Wonderland, com produção da TVI e da NIU e com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, vai decorrer até 4 de janeiro. Saiba mais na página oficial do Wonderland Lisboa.

Presentes com história e esperança no Centro de Apoio Social de São Bento

Quase cinquenta pessoas encontram aqui, todos os dias, uma “janela de oportunidades”: formação, ocupação e, sobretudo, dignidade. O CASSB é um espaço onde a inclusão se faz com paciência e talento, e onde cada utente descobre que ainda tem muito para dar. Para os guiar e ajudar, contam com uma equipa de formadores. Não. De monitores. Ou será que são técnicos? Não interessa o nome ou o cargo. Acima de tudo, uma equipa que motiva, diariamente, os utentes que ali procuram e encontram um propósito.

O primeiro andar: a cozinha que alimenta mais do que o corpo e o ateliê de costura e da pasta de papel

No primeiro andar do Centro, temos a cozinha, liderada pela chef Lucinda, e na qual seis utentes preparam perto de cem refeições diárias. O cheiro dos tachos enche o espaço, mas o que realmente se sente é o orgulho. Como o do Sr. Coelho que faz este trabalho há 28 anos, ali.

As refeições servem quem trabalha no Centro, chegam a utentes diferenciados que ali vão comer e, muitas vezes, seguem para casa, como jantares que levam consigo. Há também pratos vendidos, porque aqui o trabalho tem valor e gera autonomia. Cada refeição é, ao mesmo tempo, sustento e símbolo de inclusão.

três pessoas na cozinha do centro de apoio social de são bento
Chef Lucinda ao centro
utente do centro social de apoio de são bento ajuda na cozinha
Sr. Coelho

Saímos da cozinha e, também no primeiro andar, encontramos arte. Uma arte que devolve confiança numa sala onde o papel de jornal ganha nova vida. Cortado em tiras finas, transformado em pasta e moldado com calma, torna-se pedra maleável nas mãos dos utentes. Francisco, monitor do CASSB, responsável pelo trabalho da pasta de papel, explica: “Cada caso é um caso. Para alguns, o foco é artístico; para outros, é sensorial. O simples ato de moldar traz tranquilidade.” Ao lado, Catarina David, monitora que nos acompanha nesta visita, acrescenta: “Vamos sempre reencontrando um novo dom nos nossos artesãos. É um ajuste constante.”

Aqui, nada se desperdiça. O que não serve transforma-se em arte. Turistas que visitam a loja do CASSB levam consigo peças únicas, carregadas de simbolismo e emoção. Nenhuma é igual à outra, porque cada uma guarda a marca de quem a criou.

Catarina descreve-nos alguns dos rostos e das mãos que contam histórias: “A Jéssica dedica-se ao detalhe, cria peças muito delicadas, quase frágeis, mas cheias de força interior. Já o Ilídio, apesar de algumas limitações de motricidade, encontrou na pasta de papel a possibilidade de criar em grande escala.”

Por outro lado, o Ilídio conta-nos a sua história em discurso direto: “Fui criado com a mãe da minha mãe nos Açores até aos 18 anos. E antigamente, como não havia luz elétrica, a família toda reunia-se à volta da lareira, com a luz de candeeiro a petróleo. Então, tive o prazer de fazer estes trabalhos à mão com a minha avó e a minha mãe, foram elas que me ensinaram estas coisas Todos estes pontos são feitos à mão”, remata com orgulho.

Catarina David acrescenta: “O Ilídio borda todos estes pontinhos, a que chamámos ‘pontinhos de afeto, memórias dos Açores’.”

Por sua vez, a Ana teve de procurar uma imagem que lhe falasse ao coração, e escolheu representar a Virgem com o Menino em rolinhos de papel.

O resultado é que cada peça moldada é mais do que um objeto: é memória, identidade e autoestima transformadas em arte.

utente do centro social de apoio de são bento mostra dois sacos que costurou
Sr. Ilídio
utente do centro apoio de são bento, sentada, a dobrar rolos de papel
D. Ana

O rés-do-chão da carpintaria e da loja

No rés-do-chão, o som da madeira a ser trabalhada mistura-se com conversas e risos. Paulo, monitor, orienta os utentes na carpintaria, pintura e trabalhos manuais. Aqui, a maioria são homens. Alguns trazem consigo experiências de vida que se refletem no trabalho. Como o Miguel Vivas, antigo serralheiro civil, que reencontrou na madeira uma forma de expressão. Se um utente não se sente à vontade num ateliê, pode mudar. Porque o CASSB acredita que cada pessoa merece encontrar o espaço onde se sente segura e confiante.

Olhar para o futuro

Entre colagens, costuras e pratos servidos, há também projetos que se preparam para sair à rua. O presépio do CASSB vai marcar presença nas exposições do Espaço Santa Casa, da Santa Casa, e os produtos artesanais estarão à venda no Wonderland Lisboa e na Feira de Natal do Largo [Trindade Coelho, onde se situa o edifício central da Misericórdia de Lisboa]. Cada peça vendida é mais do que um objeto adquirido: é o reconhecimento do talento dos utentes e a sustentabilidade de um projeto que une inclusão e criatividade.

Por isso, nesta quadra festiva, apoiar o CASSB é também oferecer presentes com significado. As peças de artesanato disponíveis na loja e nas feiras natalícias são únicas, feitas à mão e carregadas de histórias de superação. Ao comprar uma destas criações, cada pessoa leva para casa não apenas um objeto, mas um pedaço de esperança e autoestima dos artesãos que o produziram. É um gesto solidário que transforma vidas e dá ainda mais brilho ao Natal.

Centro de Apoio Social de São Bento (CASSB)

Morada: Rua de São Bento, 140 à Travessa da Arrochela | 1200-820 Lisboa

Contacto: 213 913 060 *custo de chamada local

 

utente do centro social de apoio de são bento a pintar uma peça
Sr. José Costa
dois homens e duas mulheres, responsáveis pelo centro social de apoio de são bento
Da esq. para a dir.: Francisco, Paulo, Maria João e Catarina

Episódio de uma creche da Santa Casa “salta” para as páginas de um livro

Tudo começou com uma situação corriqueira, que ocorre em todos os estabelecimentos infantis e em casas onde habitam crianças: brinquedos e livros desarrumados e os constantes alertas dos adultos para a possível ocorrência de uma queda. A repetição diária desta situação na sala das crianças de dois anos no Parque Infantil Santa Catarina levou a que Soraia Pereira, uma Técnica de Ação Educativa de 37 anos, inventasse uma história para “sensibilizar” os mais pequenos para o “risco de se correr” com os objetos espalhados pelo pavimento.

“O grupo demonstrou tanto interesse, que me pediu para contar a história novamente”, explica a autora no prefácio do livro. E a repetição constante de uma história que tinha sido inventada “no momento”, o sucesso gerado entre os mais pequenos e a pedagogia contida no conto levou a que a funcionária da Misericórdia de Lisboa transpusesse o pequeno conto para o papel, mas desta vez em forma de verso, para que fosse “mais interessante e cativante” para os mais novos.

Com o conto escrito, o passo seguinte consistiu em ilustrar a história, uma tarefa que esteve a cargo de Ana Gomes, do Núcleo de Design da Direção de Comunicação, que procurou igualmente inspiração numa criança. Desta vez, no seu filho Vasco, de dois anos:

“Ele [o Vasco] poderia perfeitamente personificar o Zé [o protagonista da história]. Essa ligação pessoal trouxe uma dimensão única ao projeto, tornando cada detalhe das ilustrações mais genuíno e próximo da realidade que vivo diariamente”, explicou a ilustradora, adiantando que o processo criativo prolongou-se por dois meses, tendo sido “muito fluído” pela proximidade que a profissional tem com o público-alvo, mas também “pelo valor afetivo envolvido”.

Ana Gomes e Soraia Pereira

A ilustradora Ana Gomes (à esquerda) e a autora Soraia Pereira (à direita)

Se a Santa Casa foi uma fonte de inspiração inesperada, a importância do livro “O Trambolhão do Zé” prevê-se maior do que se poderia pensar inicialmente. Afinal, a obra retrata vivências que ocorrem em contexto de creche, algo que é raro, conforme faz questão de sublinhar Maria João Barros, coordenadora pedagógica da Direção de Infância, Juventude e Família (DIIJF):

“O livro tem como intuito partilhar vivências e situações que acontecem no dia a dia de uma escola. Existem, até ao momento, poucas histórias em contexto de sala, podendo esta história, de uma forma didática, ser utilizada como ferramenta de trabalho”, explicou.

Uma opinião partilhada pela autora do conto, que admite acreditar que “esta história possa ser utilizada como ferramenta de trabalho, de forma didática, para que todos os profissionais da área da educação a possam explorar com os seus grupos de crianças”.

Com uma produção de 250 exemplares, “O Trambolhão do Zé” destina-se, nesta fase inicial, ao “universo” da Misericórdia de Lisboa. Posteriormente será “colocado à venda em livrarias”, revela a coordenadora pedagógica da DIJF.

Jovens da Santa Casa expõem obra na Feira do Livro de Fotografia de Lisboa

“Click! Olhares entre filmes e fotografias” é o título da obra que irá representar a Misericórdia de Lisboa, uma obra em forma de fotolivro, no qual “cinco histórias distintas apresentam diferentes universos transformados em fotofilmes”, como é o caso de uma menina emigrante que chega a uma escola nova, um maluco que persegue pessoas na mata, um assassino cego no encalce de um grupo de jovens, um rapaz sonhador de monstros e um inusitado cão flamejante.

As histórias e as fotografias são da autoria de Yasmin Silva, Rosinha Brito, Tatiana Baptista, Diego Silva, Salvador Fradão, jovens do grupo de Animação Socioeducativa do Centro Social Polivalente do Bairro Padre Cruz, que contaram ainda com a ajuda dos demais colegas. Com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos, os jovens autores integram o grupo dos Artistas Secretos Especiais, um projeto sob orientação de Sara Cruz (Monitora de Tempos Livres) e de Pedro Augusto (Animador Sociocultural).

A participação da Santa Casa num dos mais importantes eventos de fotografia de Lisboa remonta há alguns meses, com o envio do fotolivro com as cinco histórias criadas e fotografadas pelos jovens da instituição para a organização da Feira do Livro de Fotografia. A iniciativa gerou frutos: o trabalho produzido foi selecionado para estar presente no evento.

Uma experiência que promete ser “diferenciadora” para os jovens artistas, segundo Sara Cruz, uma das mentoras dos Artistas Secretos Especiais, devido à “exposição em público de uma criação dos jovens”, aliada à promoção da expressão artística e da participação cultural.

Páginas do fotolivro Click

Lançada em 2010, a Feira do Livro de Fotografia de Lisboa apresenta-se como um certame que agrega praticantes e amantes de fotografia, sendo ainda um local onde se pode consultar ou comprar livros com trabalhos fotográficos. A exposição permite ainda o contacto direto com fotógrafos, editores, livreiros e outros profissionais do contexto do livro e da fotografia.

Além do Mercado de Fotolivros, o evento irá integrar uma Exposição de Maquetas, um espaço de autores e pequenos editores, assim como uma zona reservada à apresentação de projetos fotográficos autorais, entre muitas outras surpresas.

Patente de sexta a domingo no Arquivo Municipal de Lisboa, a 15.ª Feira do Livro de Fotografia de Lisboa estará de portas abertas a todos os que a queiram visitar. Para mais informações, consulta do programa e horários, aceda à página do Arquivo Municipal de Lisboa.

Santa Casa inaugura nova valência inclusiva na Residência Branco Rodrigues

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa inaugurou uma nova valência na Residência Branco Rodrigues (RBR), na Parede, reforçando um projeto histórico dedicado ao acolhimento de jovens com deficiência visual e alargando-o, agora, a estudantes normovisuais em situação de vulnerabilidade social.

A cerimónia reuniu diversas entidades públicas e do setor social, destacando-se as intervenções de Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa Misericórdia de Lisboa, Maria do Rosário Palma Ramalho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e de Nuno Piteira Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Estiveram ainda presentes Andre Brandão de Almeida, Ângela Guerra, Luis Rego e Rui Garcês, administradores da Santa Casa, bem como o Presidente da ACAPO, Rodrigo Santos, a Presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, Sónia Esperto, o Presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Informática da Segurança Social, Luís Farrajota, além de representantes da União das Misericórdias Portuguesas, da Associação Montepio, do Conselho Diretivo do Instituto de Informática da Segurança Social (repetido) e da Associação Promotora do Ensino dos Cegos.

Na sua intervenção, Rita Prates sublinhou o propósito transformador desta nova etapa: “Aos futuros residentes, desejo que encontrem aqui não apenas um espaço para viver, mas uma oportunidade para crescer, aprender e levar consigo a capacidade de valorizar e aceitar a diferença, dentro e fora destas paredes.” Realçando ser esta uma resposta mais inclusiva, perfeitamente alinhada com a missão da Santa Casa. Um projeto enaltecido por Maria do Rosário Palma Ramalho, destacando também a sua dimensão verdadeiramente inclusiva.

Originalmente criada para acolher jovens e adultos cegos ou com baixa visão, impossibilitados temporariamente de viver no seu contexto familiar devido à frequência de estudos secundários, técnicos ou universitários, a RBR dá agora um passo significativo no seu percurso de inclusão.

Com a nova valência, este equipamento da SCML passa também a receber estudantes normovisuais, preferencialmente bolseiros, que frequentem o ensino superior ou técnico-profissional e que se encontrem em situação de vulnerabilidade social, continuando a prioridade de admissão a ser dada às pessoas com deficiência visual.

A Residência dispõe agora de capacidade para 49 residentes, distribuídos por quartos individuais, duplos e triplos, oferecendo serviços essenciais como limpeza, lavandaria, mentoria, fornecimento de roupa de cama e higiene pessoal, e refeições diárias.

O objetivo é promover o sucesso escolar, a autonomia, a estabilidade emocional, a autoestima e a integração social, num ambiente seguro e acolhedor.

A história da Residência Branco Rodrigues remonta ao início do século XX, quando surgiu o então Instituto de Cegos Branco Rodrigues, projeto pedagógico vanguardista concebido por José Cândido Branco Rodrigues, pioneiro na educação de pessoas cegas em Portugal.

Hoje, a Santa Casa continua a honrar esse legado, adaptando-o aos desafios contemporâneos e ampliando o seu alcance. Um legado centenário que foi renovado para o futuro.

Esta inauguração representa mais um compromisso da Misericórdia de Lisboa com a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e preparada para acolher todos, independentemente das suas circunstâncias.

Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo acolhe sessão do Congresso Internacional dedicado ao mecenato de D. Leonor

Rainha de Portugal entre 1477 e 1525 e fundadora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, D. Leonor destacou-se pela influência política, pela profunda religiosidade e pelo papel pioneiro na criação das Misericórdias, instituições que viriam a moldar a assistência social em Portugal. Culta, devota e detentora de significativo poder, desenvolveu um vasto programa de mecenato artístico e religioso, fundando casas religiosas, encomendando obras de arte e patrocinando livros, incluindo algumas das primeiras edições impressas no país.

O Congresso Internacional, organizado pelo Instituto de Estudos Medievais (IEM-NOVA FCSH) e pelo Centro de Estudos de História Religiosa (UCP-CEHR), decorre entre 27 e 29 de novembro em três locais: Biblioteca Nacional de Portugal (dia 27), Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo (dia 28) e Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha (dia 29). A coordenação científica está a cargo de Delmira Espada Custódio, João Luís Fontes, Maria Adelaide Miranda e Maria Filomena Andrade.

Além de reunir um expressivo conjunto de conferencistas nacionais e internacionais, o encontro pretende aproximar o público do património associado à rainha, através de visitas guiadas e exposições temáticas, bem como da realização das sessões em espaços que conservam acervos relacionados com o seu mecenato.

O evento conta com apoio institucional da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, da Biblioteca Nacional, da União das Misericórdias Portuguesas, entre outras entidades culturais e públicas. As inscrições decorrem até 24 de novembro, com acreditação disponível para professores do ensino básico e secundário.

Com a celebração do V Centenário da morte de D. Leonor, o congresso pretende renovar o olhar sobre uma das figuras femininas mais influentes da história portuguesa, cujo impacto político, religioso e cultural permanece visível cinco séculos depois.

Consulte o programa completo aqui.

Informações e inscrições aqui.

imagem alusiva ao congresso: o mecenato da rainha d. leonor

Relançada campanha nacional “Todos Juntos Pelo Acolhimento Familiar”

A campanha nacional “Todos Juntos Pelo Acolhimento Familiar”, criada há um ano numa parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Casa Pia de Lisboa e o Instituto da Segurança Social, foi esta quinta-feira, 20 de novembro, relançada, com uma apresentação que decorreu no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, no Dia Internacional dos Direitos das Crianças.

Sendo o Acolhimento Familiar uma medida de promoção dos direitos e de proteção das crianças, foi esta a data escolhida, assinalando a aprovação da Declaração dos Direitos da Criança, em 1959, e a adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança pelas Nações Unidas, em 1989, ambas neste mesmo dia.

Numa manhã preenchida, Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, deu o pontapé de saída nos trabalhos, aos quais assistiu Rita Prates, Vice-Provedora da Misericórdia de Lisboa.

“Temos três entidades gestoras do Acolhimento Familiar: a Casa Pia de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Instituto da Segurança Social. Estes três organismos faziam as suas campanhas de forma isolada e, há um ano, lançámos-lhes o desafio para se juntarem e fazerem uma campanha a nível nacional. Foi assim que nasceu o “Todos Juntos Pelo Acolhimento Familiar”, uma campanha de sensibilização, de informação e de destruição de mitos”, sumarizou Clara Marques Mendes.

Apesar de sublinhar que ainda há trabalho a fazer, até porque o acolhimento residencial ainda predomina, a secretária de Estado divulgou os números positivos alcançados por esta campanha no último ano, passando de 388 para 504 o total de famílias de acolhimento certificadas. “Este é o caminho certo”, concluiu.

Seguiu-se uma conferência que arrancou com Benjamin Perks, que desempenha o cargo de Head of Advocacy and Campaigns na UNICEF, cuja apresentação versou sobre os problemas que afetam as crianças na sua infância e as consequências que daí advêm para o seu futuro.

Posteriormente o debate estendeu-se à saúde mental infantojuvenil pelas vozes de Paula Carrinho, diretora técnica da Casa de Acolhimento Especializado Solar da Praia, Ricardo Rodrigues, diretor do Centro de Capacitação D. Carlos I, da Santa Casa, e Rita Teixeira, pedopsiquiatra e terapeuta familiar, com moderação de Helena Gonçalves, Procuradora-Geral Regional de Lisboa.

A jornada terminou com a apresentação do livro “100 anos – Declaração dos Direitos das Crianças”, de Paulo Macedo, jurista da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, que contou também com a presença de Maria João Fernandes, vice-presidente da referida Comissão, e com a moderação de Teresa Nicolau, diretora da Cultura da Santa Casa.

Família de Acolhimento multiplicou o amor com a chegada de um bebé: “É avassalador!”

Mariana Coimbra Martins e o marido têm três filhos, com três, seis e oito anos. Uma família já grande, mas que há seis meses ficou maior: tornaram-se uma Família de Acolhimento e receberam um bebé com apenas um mês de vida. A ideia de ajudar alguma criança a precisar de um lar surgiu há mais tempo e a Santa Casa foi um destino natural na pesquisa de Mariana sobre o assunto.

“Costumo dizer que ter só serve para dar. Se eu tenho, se tenho amor e tenho tempo, é-me quase impossível dizer não a uma criança que tem o direito a ter um colo e uma casa”, resume Mariana, para quem tudo começou com uma recolha de informação online, antes da inscrição na formação da Misericórdia de Lisboa.

Num “processo exaustivo, mas que por si só já valia a pena”, esta família participou numa formação em grupo e teve visitas domiciliárias de técnicas especializadas. “Fomos avaliados até ao tutano e ainda bem! Os sentimentos de medo acompanhavam-nos, embora a vontade e a coragem ganhassem”, admite.

Play Video about Mãe de Família de Acolhimento com bebé ao colo à janela

Finalmente, deu-se a chegada do novo membro da família e tudo mudou lá em casa.

“Veio, obviamente, alterar muitas rotinas e dinâmicas familiares. Mas creio que não se consegue medir o que crescemos enquanto casal e enquanto família. No outro dia, o nosso filho mais velho dizia: ‘Mãe, nós estamos mesmo diferentes desde que este bebé chegou!’ E isso é mesmo verdade! Muda a nossa perspetiva da vida, posiciona-nos de outra forma e ajuda-nos a perceber o que de verdade importa. Acredito muito que o amor é mesmo um motor para vivermos bem a nossa vida”, afirma a mãe desta Família de Acolhimento.

Mariana confessa que toda a família ficou mais tolerante com o mundo à sua volta, tudo graças a uma criança que, apesar de ter ganho uma casa, também deu muito a ganhar aos seus novos cuidadores: “É avassalador. Ganhamos muito mais do que este bebé. Das situações que mais nos comoveram neste processo foi a forma como, tão naturalmente, os nossos três filhos acolheram este bebé, que não é irmão deles e que não é nosso filho, mas que é nosso! Embora não vá pertencer-nos para o resto da vida”.

“Os miúdos vieram ter connosco a dizer que já queriam preparar o Natal e nós dissemos que ainda era cedo. Mas quando um dos nossos filhos nos diz ‘Mãe, este é o único Natal que o bebé vai estar connosco’, foi impossível não nos arrepiarmos e não alterarmos a nossa resposta.”

Sobre esse momento de despedida, que há de acontecer, mas ainda não tem data marcada, Mariana tenta preparar-se a si e aos seus desde o primeiro dia: “Um dos desafios é tornar esta questão presente diariamente. Desde o início os nossos filhos souberam no que consistia este projeto. Vai doer e vamos chorar, mas é sinal de que cumprimos bem a nossa missão. E o nosso amor por este bebé poderá permanecer de outra forma, se assim for desejo de quem ficar com ele”.

Acolher mais crianças no futuro? Mariana não fecha a porta à ideia, mas quer primeiro viver esta experiência transformadora por completo: “Queremos ser uma família de amor ilimitado e de número indeterminado, por isso queremos acreditar que vamos estar sempre disponíveis para viver esta missão por muitos anos e acolher muitos bebés e crianças. Mas acho importante passar primeiro por esta transição. Devemos ser realistas: nem todas as fases da nossa vida nos permitem acolher esta missão”.

Uma medida de proteção

Este e outros casos de Acolhimento Familiar resultam, primeiramente, de uma medida de proteção da criança, como explica Patrícia Bacelar, diretora do Núcleo de Acolhimento Familiar da Santa Casa.

“Oferece à criança um ambiente seguro, estável e afetivo, enquanto as equipas técnicas avaliam a capacidade real da família de origem e exploram toda a rede familiar alargada. Durante este período, são assegurados direitos essenciais da criança: proteção, saúde, estabilidade, educação, vínculo familiar, participação e projeto de vida. Quando esgotadas todas as possibilidades de retorno à família de origem, o projeto de vida contempla uma resposta familiar permanente, sempre centrada no superior interesse da criança”, assegura.

Para esta responsável da Misericórdia de Lisboa, o caso deste bebé é um exemplo de alguém que encontrou nesta Família de Acolhimento “um espaço para crescer e construir o seu futuro com dignidade, num caso que demonstra como o acolhimento protege, avalia e transforma vidas”.

Saiba mais sobre Acolhimento Familiar.

Misericórdia de Lisboa realizou hasta pública para venda de imóveis

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa realizou esta quarta-feira, 19 de novembro, a terceira hasta pública de imóveis. A sessão teve lugar na Sala de Extrações e foram adjudicados cinco dos nove imóveis em questão, num total de 2.190.000€.

Os valores arrecadados com a hasta pública serão integralmente revertidos para os projetos sociais da instituição, que atua em áreas como saúde, educação, cultura e assistência social, bem como, para a recuperação de património da Santa Casa.

Esta é uma medida que se encontra no Plano de Reestruturação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que contempla um Programa de Investimento e Desinvestimento, que define as linhas de orientação de algumas das medidas estratégicas que a instituição está a implementar, nomeadamente a Alienação de Ativos Imobiliários e Participações Societárias Não Relevantes, garantindo, desta forma, a sustentabilidade a médio e longo prazo da Misericórdia de Lisboa.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas