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Santa Casa inaugura nova valência inclusiva na Residência Branco Rodrigues

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa inaugurou uma nova valência na Residência Branco Rodrigues (RBR), na Parede, reforçando um projeto histórico dedicado ao acolhimento de jovens com deficiência visual e alargando-o, agora, a estudantes normovisuais em situação de vulnerabilidade social.

A cerimónia reuniu diversas entidades públicas e do setor social, destacando-se as intervenções de Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa Misericórdia de Lisboa, Maria do Rosário Palma Ramalho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e de Nuno Piteira Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Estiveram ainda presentes Andre Brandão de Almeida, Ângela Guerra, Luis Rego e Rui Garcês, administradores da Santa Casa, bem como o Presidente da ACAPO, Rodrigo Santos, a Presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, Sónia Esperto, o Presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Informática da Segurança Social, Luís Farrajota, além de representantes da União das Misericórdias Portuguesas, da Associação Montepio, do Conselho Diretivo do Instituto de Informática da Segurança Social (repetido) e da Associação Promotora do Ensino dos Cegos.

Na sua intervenção, Rita Prates sublinhou o propósito transformador desta nova etapa: “Aos futuros residentes, desejo que encontrem aqui não apenas um espaço para viver, mas uma oportunidade para crescer, aprender e levar consigo a capacidade de valorizar e aceitar a diferença, dentro e fora destas paredes.” Realçando ser esta uma resposta mais inclusiva, perfeitamente alinhada com a missão da Santa Casa. Um projeto enaltecido por Maria do Rosário Palma Ramalho, destacando também a sua dimensão verdadeiramente inclusiva.

Originalmente criada para acolher jovens e adultos cegos ou com baixa visão, impossibilitados temporariamente de viver no seu contexto familiar devido à frequência de estudos secundários, técnicos ou universitários, a RBR dá agora um passo significativo no seu percurso de inclusão.

Com a nova valência, este equipamento da SCML passa também a receber estudantes normovisuais, preferencialmente bolseiros, que frequentem o ensino superior ou técnico-profissional e que se encontrem em situação de vulnerabilidade social, continuando a prioridade de admissão a ser dada às pessoas com deficiência visual.

A Residência dispõe agora de capacidade para 49 residentes, distribuídos por quartos individuais, duplos e triplos, oferecendo serviços essenciais como limpeza, lavandaria, mentoria, fornecimento de roupa de cama e higiene pessoal, e refeições diárias.

O objetivo é promover o sucesso escolar, a autonomia, a estabilidade emocional, a autoestima e a integração social, num ambiente seguro e acolhedor.

A história da Residência Branco Rodrigues remonta ao início do século XX, quando surgiu o então Instituto de Cegos Branco Rodrigues, projeto pedagógico vanguardista concebido por José Cândido Branco Rodrigues, pioneiro na educação de pessoas cegas em Portugal.

Hoje, a Santa Casa continua a honrar esse legado, adaptando-o aos desafios contemporâneos e ampliando o seu alcance. Um legado centenário que foi renovado para o futuro.

Esta inauguração representa mais um compromisso da Misericórdia de Lisboa com a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e preparada para acolher todos, independentemente das suas circunstâncias.

Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo acolhe sessão do Congresso Internacional dedicado ao mecenato de D. Leonor

Rainha de Portugal entre 1477 e 1525 e fundadora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, D. Leonor destacou-se pela influência política, pela profunda religiosidade e pelo papel pioneiro na criação das Misericórdias, instituições que viriam a moldar a assistência social em Portugal. Culta, devota e detentora de significativo poder, desenvolveu um vasto programa de mecenato artístico e religioso, fundando casas religiosas, encomendando obras de arte e patrocinando livros, incluindo algumas das primeiras edições impressas no país.

O Congresso Internacional, organizado pelo Instituto de Estudos Medievais (IEM-NOVA FCSH) e pelo Centro de Estudos de História Religiosa (UCP-CEHR), decorre entre 27 e 29 de novembro em três locais: Biblioteca Nacional de Portugal (dia 27), Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo (dia 28) e Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha (dia 29). A coordenação científica está a cargo de Delmira Espada Custódio, João Luís Fontes, Maria Adelaide Miranda e Maria Filomena Andrade.

Além de reunir um expressivo conjunto de conferencistas nacionais e internacionais, o encontro pretende aproximar o público do património associado à rainha, através de visitas guiadas e exposições temáticas, bem como da realização das sessões em espaços que conservam acervos relacionados com o seu mecenato.

O evento conta com apoio institucional da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, da Biblioteca Nacional, da União das Misericórdias Portuguesas, entre outras entidades culturais e públicas. As inscrições decorrem até 24 de novembro, com acreditação disponível para professores do ensino básico e secundário.

Com a celebração do V Centenário da morte de D. Leonor, o congresso pretende renovar o olhar sobre uma das figuras femininas mais influentes da história portuguesa, cujo impacto político, religioso e cultural permanece visível cinco séculos depois.

Consulte o programa completo aqui.

Informações e inscrições aqui.

imagem alusiva ao congresso: o mecenato da rainha d. leonor

Relançada campanha nacional “Todos Juntos Pelo Acolhimento Familiar”

A campanha nacional “Todos Juntos Pelo Acolhimento Familiar”, criada há um ano numa parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Casa Pia de Lisboa e o Instituto da Segurança Social, foi esta quinta-feira, 20 de novembro, relançada, com uma apresentação que decorreu no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, no Dia Internacional dos Direitos das Crianças.

Sendo o Acolhimento Familiar uma medida de promoção dos direitos e de proteção das crianças, foi esta a data escolhida, assinalando a aprovação da Declaração dos Direitos da Criança, em 1959, e a adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança pelas Nações Unidas, em 1989, ambas neste mesmo dia.

Numa manhã preenchida, Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, deu o pontapé de saída nos trabalhos, aos quais assistiu Rita Prates, Vice-Provedora da Misericórdia de Lisboa.

“Temos três entidades gestoras do Acolhimento Familiar: a Casa Pia de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Instituto da Segurança Social. Estes três organismos faziam as suas campanhas de forma isolada e, há um ano, lançámos-lhes o desafio para se juntarem e fazerem uma campanha a nível nacional. Foi assim que nasceu o “Todos Juntos Pelo Acolhimento Familiar”, uma campanha de sensibilização, de informação e de destruição de mitos”, sumarizou Clara Marques Mendes.

Apesar de sublinhar que ainda há trabalho a fazer, até porque o acolhimento residencial ainda predomina, a secretária de Estado divulgou os números positivos alcançados por esta campanha no último ano, passando de 388 para 504 o total de famílias de acolhimento certificadas. “Este é o caminho certo”, concluiu.

Seguiu-se uma conferência que arrancou com Benjamin Perks, que desempenha o cargo de Head of Advocacy and Campaigns na UNICEF, cuja apresentação versou sobre os problemas que afetam as crianças na sua infância e as consequências que daí advêm para o seu futuro.

Posteriormente o debate estendeu-se à saúde mental infantojuvenil pelas vozes de Paula Carrinho, diretora técnica da Casa de Acolhimento Especializado Solar da Praia, Ricardo Rodrigues, diretor do Centro de Capacitação D. Carlos I, da Santa Casa, e Rita Teixeira, pedopsiquiatra e terapeuta familiar, com moderação de Helena Gonçalves, Procuradora-Geral Regional de Lisboa.

A jornada terminou com a apresentação do livro “100 anos – Declaração dos Direitos das Crianças”, de Paulo Macedo, jurista da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, que contou também com a presença de Maria João Fernandes, vice-presidente da referida Comissão, e com a moderação de Teresa Nicolau, diretora da Cultura da Santa Casa.

Família de Acolhimento multiplicou o amor com a chegada de um bebé: “É avassalador!”

Mariana Coimbra Martins e o marido têm três filhos, com três, seis e oito anos. Uma família já grande, mas que há seis meses ficou maior: tornaram-se uma Família de Acolhimento e receberam um bebé com apenas um mês de vida. A ideia de ajudar alguma criança a precisar de um lar surgiu há mais tempo e a Santa Casa foi um destino natural na pesquisa de Mariana sobre o assunto.

“Costumo dizer que ter só serve para dar. Se eu tenho, se tenho amor e tenho tempo, é-me quase impossível dizer não a uma criança que tem o direito a ter um colo e uma casa”, resume Mariana, para quem tudo começou com uma recolha de informação online, antes da inscrição na formação da Misericórdia de Lisboa.

Num “processo exaustivo, mas que por si só já valia a pena”, esta família participou numa formação em grupo e teve visitas domiciliárias de técnicas especializadas. “Fomos avaliados até ao tutano e ainda bem! Os sentimentos de medo acompanhavam-nos, embora a vontade e a coragem ganhassem”, admite.

Play Video about Mãe de Família de Acolhimento com bebé ao colo à janela

Finalmente, deu-se a chegada do novo membro da família e tudo mudou lá em casa.

“Veio, obviamente, alterar muitas rotinas e dinâmicas familiares. Mas creio que não se consegue medir o que crescemos enquanto casal e enquanto família. No outro dia, o nosso filho mais velho dizia: ‘Mãe, nós estamos mesmo diferentes desde que este bebé chegou!’ E isso é mesmo verdade! Muda a nossa perspetiva da vida, posiciona-nos de outra forma e ajuda-nos a perceber o que de verdade importa. Acredito muito que o amor é mesmo um motor para vivermos bem a nossa vida”, afirma a mãe desta Família de Acolhimento.

Mariana confessa que toda a família ficou mais tolerante com o mundo à sua volta, tudo graças a uma criança que, apesar de ter ganho uma casa, também deu muito a ganhar aos seus novos cuidadores: “É avassalador. Ganhamos muito mais do que este bebé. Das situações que mais nos comoveram neste processo foi a forma como, tão naturalmente, os nossos três filhos acolheram este bebé, que não é irmão deles e que não é nosso filho, mas que é nosso! Embora não vá pertencer-nos para o resto da vida”.

“Os miúdos vieram ter connosco a dizer que já queriam preparar o Natal e nós dissemos que ainda era cedo. Mas quando um dos nossos filhos nos diz ‘Mãe, este é o único Natal que o bebé vai estar connosco’, foi impossível não nos arrepiarmos e não alterarmos a nossa resposta.”

Sobre esse momento de despedida, que há de acontecer, mas ainda não tem data marcada, Mariana tenta preparar-se a si e aos seus desde o primeiro dia: “Um dos desafios é tornar esta questão presente diariamente. Desde o início os nossos filhos souberam no que consistia este projeto. Vai doer e vamos chorar, mas é sinal de que cumprimos bem a nossa missão. E o nosso amor por este bebé poderá permanecer de outra forma, se assim for desejo de quem ficar com ele”.

Acolher mais crianças no futuro? Mariana não fecha a porta à ideia, mas quer primeiro viver esta experiência transformadora por completo: “Queremos ser uma família de amor ilimitado e de número indeterminado, por isso queremos acreditar que vamos estar sempre disponíveis para viver esta missão por muitos anos e acolher muitos bebés e crianças. Mas acho importante passar primeiro por esta transição. Devemos ser realistas: nem todas as fases da nossa vida nos permitem acolher esta missão”.

Uma medida de proteção

Este e outros casos de Acolhimento Familiar resultam, primeiramente, de uma medida de proteção da criança, como explica Patrícia Bacelar, diretora do Núcleo de Acolhimento Familiar da Santa Casa.

“Oferece à criança um ambiente seguro, estável e afetivo, enquanto as equipas técnicas avaliam a capacidade real da família de origem e exploram toda a rede familiar alargada. Durante este período, são assegurados direitos essenciais da criança: proteção, saúde, estabilidade, educação, vínculo familiar, participação e projeto de vida. Quando esgotadas todas as possibilidades de retorno à família de origem, o projeto de vida contempla uma resposta familiar permanente, sempre centrada no superior interesse da criança”, assegura.

Para esta responsável da Misericórdia de Lisboa, o caso deste bebé é um exemplo de alguém que encontrou nesta Família de Acolhimento “um espaço para crescer e construir o seu futuro com dignidade, num caso que demonstra como o acolhimento protege, avalia e transforma vidas”.

Saiba mais sobre Acolhimento Familiar.

Misericórdia de Lisboa realizou hasta pública para venda de imóveis

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa realizou esta quarta-feira, 19 de novembro, a terceira hasta pública de imóveis. A sessão teve lugar na Sala de Extrações e foram adjudicados cinco dos nove imóveis em questão, num total de 2.190.000€.

Os valores arrecadados com a hasta pública serão integralmente revertidos para os projetos sociais da instituição, que atua em áreas como saúde, educação, cultura e assistência social, bem como, para a recuperação de património da Santa Casa.

Esta é uma medida que se encontra no Plano de Reestruturação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que contempla um Programa de Investimento e Desinvestimento, que define as linhas de orientação de algumas das medidas estratégicas que a instituição está a implementar, nomeadamente a Alienação de Ativos Imobiliários e Participações Societárias Não Relevantes, garantindo, desta forma, a sustentabilidade a médio e longo prazo da Misericórdia de Lisboa.

Orquestra Metropolitana de Lisboa no Concerto de Natal da Santa Casa

O Maestro Pedro Amaral irá assumir a liderança do concerto (juntamente com Carla Pereira como Corne inglês), fazendo com que a Igreja da Misericórdia se torne, a partir das 21h00, o local com os mais belos sons da cidade, os quais serão reproduzidos por uma das mais emblemáticas e conceituadas orquestras portuguesas.

No programa do Concerto de Natal da Santa Casa constam as criações de Joseph Haydn e Krzysztof Penderecki, dois compositores católicos que sobrepuseram, em várias ocasiões, a criatividade artística e a devoção religiosa. O Concerto de Natal da Santa Casa reúne as obras que, de forma mais ou menos explícita, traduzem essa dualidade.

Consulte o programa e participe:

Penderecki Adagietto da ópera Paraíso Perdido

J. Haydn Sinfonia N.º 26, Lamentazione

K. Penderecki Chaconne em Memória de João Paulo II

J. Haydn Sinfonia N.º 84, In nomine Domini

Pedro Amaral maestro

Carla Pereira Corne inglês

Lotaria Nacional celebra 242 anos com extração especial

A extração especial dos 242 anos da Lotaria Nacional decorreu esta terça-feira (18), numa cerimónia transmitida em direto no programa Praça da Alegria, da RTP1, levando o momento festivo a milhares de portugueses.

A sessão contou com a presença dos administradores da instituição André Brandão de Almeida, Luís Rego e Rui Garcês, e da vice-provedora Rita Prates, que relembrou que a Lotaria foi concedida à instituição pela rainha D. Maria I, com o propósito de apoiar os mais vulneráveis, missão que se mantém até hoje.

O evento integrou também um momento cultural de grande simbolismo, com a atuação do cantor Marco Rodrigues, acompanhado por João Domingos (guitarra clássica), Pedro Vieira (guitarra portuguesa) e Óscar Graça (teclas). Além de ter interpretado três temas icónicos da música portuguesa (“Tempo”, “Gaivota” e “Lisboa, Menina e Moça”), o cantor surpreendeu com uma letra original, chamada de “Lotaria”, dedicada à efeméride, evocando o seu papel na realização de sonhos e na união dos portugueses:

Tantos sonhos se cumpriram
Na estória da lotaria
Tantas pessoas sorriram
Também vou sorrir um dia.

Vamos lá fazer a festa
Que sai uma em cada três!
E também, se não for desta,
Prá semana anda outra vez.

Podes levá-la pra casa
Dá-la à família toda
Quem tem fé nunca se atrasa
Porque é hoje que anda a roda.

Despacha-te a fazer planos
Que a taluda dá-lhes voz
Por muitos e muitos anos
Quem vai ganhar somos nós.

Nesta que foi a 46.ª extração da Lotaria Clássica em 2025, os números premiados foram: 28 027, que garantiu o primeiro prémio no valor de 1 milhão e 200 mil euros; o 33 054, correspondente ao segundo prémio de 120 mil euros; e o 34 577, que atribuiu o terceiro prémio de 60 mil euros.

quatro homens em momento artístico da extração da lotaria clássica

Comissões Sociais de Freguesia partilharam boas práticas no encontro anual

Decorreu esta terça-feira, 18 de novembro, o VI Encontro Anual de Comissões Sociais de Freguesia da Cidade de Lisboa. O Pavilhão Municipal da Junta de Freguesia de Alvalade acolheu esta iniciativa organizada pela Rede Social de Lisboa e subordinada ao tema “Partilha de práticas”.

O objetivo passou por dar visibilidade ao trabalho desenvolvido por cada Comissão Social de Freguesia (CSF), evidenciando o seu impacto e relevância para o desenvolvimento da cidade, bem como promover a troca de experiências entre as diversas comissões presentes.

Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, marcou presença e participou na sessão de abertura da Comissão Tripartida, juntamente com Sandra Marcelino, diretora adjunta do Centro Distrital de Segurança Social, e Maria Luísa Aldim, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa.

Para Rita Prates, estes encontros funcionam como “um espaço vivo de colaboração, onde reforçamos laços, partilhamos experiências e nos sentimos inspirados pelo caminho que cada grupo e cada território vai fazendo, nesta senda de tornar a cidade mais inclusiva e mais socialmente justa”.

A Vice-Provedora da Misericórdia de Lisboa aproveitou ainda para agradecer “a todos os profissionais que diariamente assumem os seus diferentes papéis neste trabalho junto das comunidades locais”, particularmente os colaboradores da Santa Casa que integram as diferentes CSF, a quem reconheceu “dedicação, competência e um profundo sentido de missão”.

A manhã foi então preenchida por testemunhos e reflexões, a par de uma mostra das diversas Comissões Sociais de Freguesia com stands espalhados pelo pavilhão, onde cada uma delas apresentou os seus projetos, iniciativas e boas práticas, numa lógica de trabalho em rede.

Recorde-se que a Rede Social de Lisboa é uma estrutura de governança local que visa a articulação e congregação de esforços entre os agentes sociais ativos no concelho, com o objetivo de combater a pobreza e a exclusão social, promovendo o desenvolvimento integrado, a inclusão e a coesão social.

Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque acolhe exposição “Filhos de todos… filhos de quem? Os expostos da roda de Lisboa”

Foi inaugurada esta segunda-feira, 17 de novembro, a exposição “Filhos de todos… filhos de quem? Os expostos da roda de Lisboa”, na Galeria de Exposições Temporária do Museu de São Roque, da Santa Casa.

A iniciativa parte de uma abordagem curatorial inédita, que convida todos os visitantes a refletir sobre o abandono infantil, os sistemas de acolhimento, a identidade e a memória, partindo dos sinais deixados com as crianças expostas na roda: bilhetes manuscritos, pequenos objetos, imagens, entre outros. Os visitantes podem ainda observar obras de Leonardo da Vinci, Almada Negreiros, Graça Morais, Júlio Pomar e Paula Rego.

Organizada em quatro núcleos principais, que vão desde o contexto histórico e social do abandono infantil até a uma reflexão sobre os percursos de vida, as marcas da institucionalização e a construção da identidade destas crianças, a inauguração contou com a presença da vice-provedora da Santa Casa, Rita Prates e dos administradores da instituição, André Brandão de Almeida, Luís Rego e Rui Garcês.

Durante a inauguração, a vice-provedora, destacou a importância da exposição, considerando que esta mostra é uma oportunidade única de reflexão sobre o passado, o presente e o futuro.

Teresa Nicolau, diretora da Cultura Santa Casa, descreveu a exposição como “uma história universal de comoção, de como mães e pais, entregavam os seus filhos na Roda dos Expostos”.

“Quando olhamos para cada um destes sinais estamos a contar a história de uma pessoa e esperança que elas carregavam em si. Recebemos, ainda hoje, várias pessoas na Santa Casa que vêm à procura da história de alguém que tenha sido deixado nesta Roda ao nosso cuidado, e é isso que queremos transmitir nesta exposição, o carinho, o cuidado e um pedaço do legado também ele deixado pela Rainha D. Leonor, fundadora desta casa”, disse Teresa Nicolau.

Já Francisco D’Orey, diretor do Arquivo Histórico da instituição, enaltece a candidatura de todo este espólio a Registo da Memória do Mundo da UNESCO, que acredita que “possa salvar e ajudar a preservar este conjunto de sinais”.

“Reunimos vários parceiros e trabalhamos durante bastante tempo para conseguirmos entregar a candidatura a esta distinção. Esta exposição é mais um elemento que quisemos valorizar na candidatura e ao mesmo tempo enaltecer os expostos e o trabalho todo desenvolvido pela Santa casa”, conclui o responsável.

A Misericórdia de Lisboa conserva perto de noventa mil sinais de expostos, organizados em cinco séries documentais, com datas entre 1658 e 1939. Trata-se da maior coleção de documentos deste tipo a nível mundial. A exposição integra-se na candidatura destas séries ao Registo Internacional da Memória do Mundo da UNESCO, apresentada em parceria com outras instituições nacionais e internacionais.

“Filhos de todos… filhos de quem? O exposto da roda de Lisboa” estará patente na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque até 29 de março de 2026, de terça-feira a domingo, das 10h às 12h e das 13h30 às 18h. Encerra no dia 1 de janeiro e durante as celebrações litúrgicas.

“Neste Natal, dá mais de ti!”

Tendo como destinatários os jovens entre os 16 e os 25 anos, o convite que é lançado pela Misericórdia de Lisboa promete espalhar magia e solidariedade no Natal lisboeta, transformando a mais acarinhada altura do ano em momentos de ajuda e de partilha. O primeiro desses momentos irá decorrer entre 28 de novembro e 4 de janeiro, altura em que os jovens voluntários irão assumir o papel de Embaixadores das Boas Causas no recinto do Wonderland. Nesse período, os jovens terão como funções ajudar a equipa que estará no stand da instituição a acolher visitantes, promover o espírito solidário e apoiar as ações no terreno, como fazer embrulhos ou dar apoio a pessoas com mobilidade reduzida.

Nesta ação, os turnos serão flexíveis (com prioridade para os fins de semana e feriados) e as os requisitos para participar são apenas dois: ter 16 anos como idade mínima e muita vontade em ajudar.

Noutro período, de 26 de novembro a 6 de janeiro, uma outra ação irá estar no terreno, mais concretamente nos equipamentos da Santa Casa. Nas “Pinturas Solidárias” o desafio consiste em pegar em pincéis e trinchas e juntar-se a outros voluntários para pintar alguns edifícios sociais da instituição, numa experiência que permitirá contactar com outros jovens e contribuir para a requalificação dos edifícios.

Nesta missão, os turnos serão de meio-dia ou todo o dia, sendo apenas necessário escolher os dias e os horários do voluntariado e avançar com a inscrição.

Ajude a divulgar estas iniciativas entre os seus filhos (e não só) e, se pertencer à faixa etária até aos 25 anos, aproveite este Natal para fazer a diferença. Aceda à página do Voluntariado da Santa Casa e inscreva-se em nome das “Boas Causas”.

O voluntariado jovem “Mais de Ti” é uma das vertentes do programa de voluntariado da Santa Casa, que possibilita a prática do altruísmo e da solidariedade de forma desinteressada. A participação em ações de voluntariado representa o primeiro passo rumo a uma maior consciência social, conduzindo à perceção individual da importância de cada um na construção de sociedades mais empáticas, solidárias e equilibradas.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

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