logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Santa Casa volta a marcar presença na Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa

A Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa arrancou na passada terça-feira, dia 9 de abril, e terminou ontem. O palco escolhido foi um dos pavilhões do Lx Factory onde, durante todo o evento, estiveram reunidos vários profissionais do imobiliário para debater diversos temas, desde o simplex dos licenciamentos urbanísticos, até ao papel das instituições na reabilitação e renovação do património imobiliário da cidade, nomeadamente na habitação acessível.

A Misericórdia de Lisboa voltou a marcar presença no evento e, no segundo dia do certame, participou numa mesa redonda dedicada ao tema “Novas formas de viver – Coliving, as residências de estudantes e o senior living”, moderada por Paula Sequeira, da Savills Portugal. No debate participaram Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da instituição, João Seixas, pró-reitor da Universidade NOVA de Lisboa, Rui d’Ávila, administrador da GFH, Hugo Gonçalves, CEO da ReVentures, e Ricardo Kendall, CEO da KKR Investimentos.

De referir que a Santa Casa tem atualmente um plano de investimento de 18 milhões de euros para recuperação do seu património edificado, recorrendo a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU. O objetivo, com a reabilitação do património, é também devolvê-lo à cidade, contribuindo para mitigar os problemas relacionados com a habitação. Este desígnio constitui, de resto, um reforço da própria missão da Santa Casa junto da comunidade.

Este ano, a Misericórdia de Lisboa também destacou neste evento o Fundo Rainha Dona Leonor (FRDL). Criado em 2015 pela SCML num Acordo de parceria com a União das Misericórdias Portuguesas, o FRDL nasceu da convicção de que as Boas Causas devem sair das fronteiras de Lisboa e chegar a todas as Misericórdias do país. Desde essa data, já apoiou 143 projetos – 115 na área social e 28 na área da recuperação do património histórico – num investimento superior a 23 milhões de euros.

A XI edição, organizada pela Vida Imobiliária, com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, reuniu mais de 100 oradores, várias entidades e parceiros, num ciclo de 28 conferências, debates, workshops e seminários jurídicos.

ESSAlcoitão cria Pós-Graduação “pioneira” em fisioterapia de catástrofe

A ESSAlcoitão inicia esta quinta-feira, 11 de abril, uma nova Pós-graduação em Fisioterapia em Contexto de Emergência, Catástrofe e Ação Humanitária. Trata-se da primeira pós-graduação da Europa a debruçar-se sobre esta temática, tendo como entidades parceiras a Organização Mundial de Saúde, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e os Bombeiros Voluntários de Alcabideche.

Com uma base teórica sólida e estruturada em sete unidades curriculares, esta pós-graduação destina-se a fisioterapeutas que trabalham ou pretendem vir a exercer funções em contextos de emergência, catástrofes e crises humanitárias, como operacionais de primeira intervenção e Organizações Não Governamentais.

O curso nasce na sequência de uma tese de mestrado de uma aluna da ESSAlcoitão, a qual coordenará o seu desenvolvimento em conjunto com a professora que a acompanhou na tese.

No final do curso pretende-se que os participantes conheçam a história da reabilitação nestes contextos, compreendam o impacto das catástrofes nas populações, abordem princípios éticos e legais, desenvolvam competências práticas específicas, como intervenções em queimados e politraumatizados, combinando-se com uma abordagem de saúde pública, incluindo a prevenção de doenças e o suporte básico de vida.

O curso terá a duração de 155 horas e terminará com o simulacro de um cenário real de emergência e catástrofe. Esta pós-graduação destaca-se igualmente pela integração da saúde mental e apoio psicossocial, além de preparar os profissionais para uma cooperação nacional e internacional, em contextos multiculturais.

Para mais informações, consulte o link.

A Constituição da República Portuguesa em análise na ESSAlcoitão

A Constituição da República Portuguesa em análise na ESSAlcoitão

O auditório do Centro de Medicina de Reabilitação do Campus do Alcoitão foi o palco para uma “aula” do professor doutor José João Abrantes sobre a Constituição da República Portuguesa, a sua história, a sua evolução, a sua importância e o seu impacto, quer na sociedade que a criou, quer no equilíbrio de poderes e na salvaguarda de direitos, liberdades e garantias para todos, em todas as áreas da nossa vida.

A sessão foi presidida pela provedora da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, e comentada por João Correia, administrador da Santa Casa.

O espírito deste ciclo de conferências foi descrito na intervenção inicial da provedora Ana Jorge, citando um adágio popular na comunidade médica: “um médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe.” O conhecimento acerca do documento mais importante da República Portuguesa é imprescindível para a compreensão de todas as relações em sociedade, laborais, jurídicas, sociais e políticas.

Este foi o mote perfeito para o início de debate, no mês em que se assinalam os cinquenta anos do 25 de abril.

O presidente do Tribunal Constitucional brindou a audiência com uma elucidativa história da Constituição, dando conta do seu percurso, desde a primeira, em 1822, passando depois para a análise de diversas partes que a compõem e de que forma é que impactam a sociedade portuguesa.

Uma máxima de Lacordaire, várias vezes citada na apresentação e no debate que se seguiu, resume bem o conteúdo: “entre o forte e o fraco, entre o rico e o pobre, entre o mestre e o senhor, é a liberdade que oprime e a lei que liberta”.

ARMIL – Continuar a ser Santa Casa para lá da reforma

Aos 87 anos, Preciosa Tomás mantém a ligação à Santa Casa que começou quando tinha 28. Na altura ingressou como colaboradora, e hoje é vogal na ARMIL, a Associação de Reformados da Misericórdia de Lisboa. Fomos conhecer as suas histórias, a de Preciosa e a da ARMIL, mas acabámos por conhecer também uma outra pessoa, que haveria de juntar-se a nós no dia seguinte, e cuja história se confunde com a da própria associação. Mas já lá vamos.

Voltemos ao percurso de Preciosa na Santa Casa, o qual se iniciou há quase 60 anos. “Primeiro vim para a limpeza. Entrava às 5h30. Custava-me tanto sair da cama… mas também era só atravessar a rua!”, começa por contar.

Sete anos mais tarde, Preciosa ‘saltou’ para a cozinha do refeitório, não sem antes completar um requisito obrigatório para que tal acontecesse. “Chamaram-me para a cozinha, mas tinha de ter a 4.ª classe e eu só tinha a terceira. Então, à noite, das 19 às 20 horas, vinha uma professora dar-nos aulas. Íamos umas 10 ou 11. Depois fizemos exame na Rua da Rosa, entrei para a cozinha e estive lá 14 anos”, resume com detalhe.

Queixa-se que as marcas de servir pesados pratos ao balcão ainda se fazem sentir nos dedos da mão, mas adianta que só não ficou mais tempo na função porque quis o destino que a cozinha entrasse em obras, o que fez deslocar o local de trabalho de Preciosa para o Centro de Promoção Social da PRODAC, em Marvila.

Entretanto, deu-se um golpe de sorte: o marido de Preciosa foi chamado para trabalhar na provedoria, mas recusou e deixou uma sugestão. “Indicou-me a mim, porque eu estava triste por estar tão longe. Era uma hora e tal de autocarro! Então chamaram-me para a provedoria e já não me deixaram sair mais. Estive lá 14 anos e reformei-me em 2000”.

Anos mais tarde, Preciosa perdeu o marido e o filho casou, pelo que a solidão era a única companheira em casa. A solução chegou pela insistência de antigos colegas: juntar-se à ARMIL.

Preciosa, da ARMIL, dá uma entrevista

"HÁ SEMPRE QUE FAZER"

À quarta-feira é o dia de Preciosa abrir a porta e fazer o atendimento na associação. Mas a verdade é que a encontrámos… numa terça.

“Como moro aqui ao lado, nos dias em que não me apetece fazer comida, venho almoçar. Venho aí às 11 horas, almoço e depois fico aqui até às 16. Há sempre que fazer! Hoje estivemos a carimbar cartas”, diz, antes de se levantar repentinamente sem justificação. Preciosa dirige-se então à estante e tira um molho de envelopes. Volta para a mesa e desfaz, por fim, a nossa curiosidade: “Vai haver agora um passeio a Fátima e vamos informar os sócios por carta. Temos de pôr três carimbos: o do porte pago, o da ARMIL e o da Santa Casa. A secretaria só nos empresta este da Santa Casa da parte da manhã, então peço-o à quarta-feira e passo a manhã a carimbar. Entrego-o quando vou almoçar e à tarde ponho os outros. A tesoureira e o secretário têm outras coisas para fazer, da escrita e assim. Como eu de escrita não percebo nada, faço isto, e recorto os cartões dos novos sócios…”.

Preciosa conta-nos que a associação tem diversas atividades, como aulas de informática ou ginástica. A esta última não vai, porque sofreu “um acidente no joelho”. Ainda assim, garante que “os dias passam depressa”, ao contrário do que aconteceu durante a pandemia, quando, conta, esteve fechada em casa durante meses. “Ia lá o meu filho levar as compras… eu ia ficando maluca da cabeça!”.

Enumera os quatro provedores que conheceu, mas sublinha que o senhor Américo, que é vice-presidente da associação, sabe bem mais. “Tem quase 90 anos e foi um dos fundadores da associação. Ele é que sabe explicar tudo. Até me admira não ter vindo hoje. Deve ter tido alguma consulta. Mas amanhã está cá”, garante Preciosa, que nos sugere que falemos também com ele para saber mais histórias da ARMIL.

Nós assim fizemos e voltámos no dia seguinte.

O DIA EM QUE IRRITOU A PROVEDORA

Depois de uma primeira tentativa, gorada pela “sagrada” hora de almoço que se faz mais cedo do que contávamos, lá chegamos à fala com Américo Lopes. (É o dia de Preciosa abrir a porta da ARMIL e por isso encontrámo-la novamente).

“Fui presidente até 2017. Agora, sou vice-presidente”, começa por contar Américo. “Se gosto disto? Amigo, eu fui fundador desta instituição. Foi fundada a 17 de maio de 1991. Foi um grupo que se juntou a pensar que os trabalhadores, quando se reformavam, perdiam o contacto e as amizades. Fomos 10 fundadores… parece-me que só eu é que ainda estou vivo.” Preciosa, que estava mesmo ao lado, acrescenta: “De pernas e cabeça está bom, a vista é que é pior”.

Américo Lopes começou a trabalhar na Santa Casa em 1956, “numa sopa dos pobres em Campo de Ourique”, ingressando depois na farmácia Santa Marta. “Tínhamos 13 farmácias espalhadas pela cidade e passei por elas todas em férias dos colegas. Houve uma altura, num verão, em que de manhã estava em Alcântara, até às 17 horas estava em Benfica e depois ainda ia para a Musgueira. Só num dia fazia três farmácias”, relembra com orgulho.

Américo conheceu vários provedores e houve uma que, segundo o próprio, ele conseguiu irritar, numa altura em que andava à procura de novas instalações para a ARMIL.

“Primeiro, não tínhamos local para reunir e depois deram-nos um cubículo ali na Casal Ribeiro. Um dia, num encontro da Casa do Pessoal, encontrei a provedora da altura e perguntei-lhe: Doutora, quando é que temos instalações? Perguntava-lhe tantas vezes que ela nunca mais me pôde ver! Uma vez, num jantar na antiga FIL, ela andava a visitar as mesas, mas quando me viu, aí vai ela! Nem queria ver-me!”, diz Américo entre risos.

A conversa vai fluindo, mas muda para um tom mais sério quando a fita do tempo revela uma antiga ameaça à associação: “Houve uma dirigente que queria fechar isto para uns estudos, mas eu disse-lhe: nem pense! Façam os estudos que quiserem, mas isto não fecha. Só por cima do meu cadáver!”. E não fechou.

Preciosa e Américo, dois membros da ARMIL, falam sobre a associação

"FICAR EM CASA A OLHAR PARA AS PAREDES NÃO RESOLVE NADA"

A ARMIL tem, atualmente, cerca de 250 sócios – já foram mais de 400 – e Américo quer atrair mais gente. Até porque, assegura, as pessoas podem encontrar ali um espaço de conforto nos momentos mais difíceis.

“Eu sei – e infelizmente tenho essa experiência – que quando um familiar parte é um momento muito duro e difícil, mas não podemos ficar em casa a olhar para as paredes, porque isso não resolve nada”, explica o vice-presidente da associação.

E nem os netos devem servir de desculpa: “Há uma coisa que costumo dizer: os pais devem ajudar os filhos naquilo que é possível, mas não os devem substituir e passarem a ser pais novamente [dos netos]. Têm de ter a sua vida normal. Há tempo para tudo.”

A simbólica quota mensal da ARMIL é de um euro, que Américo admite que já devia “ser dois ou três”, mas compreende que “a maior parte dos associados era dos quadros mais baixos e muita gente tem reformas baixas”, pelo que o valor acaba por se ir mantendo. O desafio passa mesmo por conseguir mais sócios para combater a natural lei da vida. “Ainda há pouco tempo conseguimos três novos sócios, mas, entretanto, morreram quatro…”, conta Preciosa.

“Enquanto puder, cá estarei”, completa Américo.

Para já, no horizonte está o passeio a Fátima, o almoço de aniversário da associação e a participação nas marchas populares. Depois disso, na primeira porta à direita, após passar a portaria da Santa Casa, no Largo Trindade Coelho, os planos para a realização de atividades continuarão e os encontros e convívios continuaram a acontecer.

 

Contactos ARMIL:
Tel: 213 235 144
Email: armil.geral@scml.pt

Santa Casa veste o laço azul contra os maus-tratos na infância

“Serei o que me deres… que seja amor”

Esta é a mensagem forte que todos os anos se repete em abril, mês internacional da prevenção dos maus-tratos na infância, ao qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para quem a proteção das crianças é uma das principais prioridades, se volta a associar.

No âmbito desta campanha de sensibilização estão previstas diversas ações, que envolvem diferentes equipamentos da Santa Casa, que culminarão, à semelhança dos anos anteriores, numa iniciativa simbólica, que consiste na formação de um laço humano gigante com crianças e colaboradores da instituição, no dia 30 de abril, às 11h, no Largo Trindade Coelho.

Abril será, assim, um mês de especiais afetos, devidamente assinalados num calendário elaborado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, o qual será divulgado em várias respostas da Misericórdia de Lisboa. Além destas iniciativas, a Santa Casa mudou temporariamente a sua cor institucional no site e nas redes sociais para azul, sensibilizando os leitores para esta temática.

A história do laço azul

Símbolo máximo da luta pela prevenção dos maus-tratos na infância, o laço azul ganhou este significado há 35 anos, nos Estados Unidos da América. No estado da Virgínia, Bonnie Finney viu o seu neto Michael, de apenas três anos, ser vítima de maus-tratos fatais por parte da mãe e do namorado desta. Em consequência, esta avó atou um laço azul à antena do seu automóvel, escolhendo a cor para atuar como lembrança permanente das lesões da criança e iniciando assim uma campanha de sensibilização para prevenir os maus-tratos na infância.

A iniciativa ganhou ênfase, ultrapassou fronteiras e é hoje assinalada em diversos países, no sentido de alertar para a necessidade de defesa de, precisamente, quem menos tem capacidade para se defender: as crianças.

Cartaz da campanha com o slogan "Serei o que me deres... Que seja amor"

Direção-Geral da Saúde distingue SOL na 1.ª edição das Boas Práticas em Saúde Oral

O Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL), valência da Santa Casa, foi distinguido pela Direção-Geral da Saúde (DGS) na 1.ª edição da iniciativa Boas Práticas em Saúde Oral, “pelos relevantes serviços prestados à comunidade e pelo seu comprometimento e dedicação em contribuir para a saúde da população”, segundo pode ler-se no certificado atribuído àquele equipamento.

Esta iniciativa, lançada pela equipa do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral da DGS, visa reconhecer, promover e divulgar ações que contribuam para o aumento da literacia em saúde oral a nível nacional, nomeadamente nas escolas e na comunidade, potenciando a aquisição e a partilha de novos conceitos associados a esta temática.

A cerimónia da 1.ª edição decorreu em Coimbra e teve como elementos do júri Miguel Arriaga e Carla Afonso (DGS), Ana Luísa Costa (membro da Comissão Científica e do Conselho Geral da Ordem dos Médicos Dentistas), Sandra Ribeiro (Associação Portuguesa de Higienistas Orais) e Rui Lima (Direção-Geral da Educação).

André Brandão de Almeida, diretor clínico do SOL, reagiu com orgulho a esta distinção: “Agradeço o reconhecimento e a iniciativa e felicito toda a minha equipa do SOL por todo o empenho e dedicação. São eles os responsáveis pelo sucesso desta missão diária.”

Desde 2019, as crianças e jovens de Lisboa podem recorrer, gratuitamente, a cuidados de saúde oral, graças ao Serviço Odontopediátrico de Lisboa. Todas as crianças e jovens até aos 18 anos, que sejam residentes ou estudem no concelho de Lisboa, são elegíveis e já são milhares aquelas que recorrem a este equipamento, que conta já com cerca de 20 mil utentes e que realiza, em média, quase 200 consultas por dia.

Play Video about Criança sorri para a dentista no SOL

Santa Casa promove programa cultural no âmbito dos 50 anos do 25 de abril

O mês de abril vai marcar o arranque de uma série de eventos culturais que integram o programa dos 50 anos do 25 de abril da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Entre eles, destaca-se o Santa Casa Jazz Fest e a exposição de fotografia ROOF.

Em relação ao Santa Casa Jazz Fest oferece, de 24 a 28 de abril, no Convento de São Pedro de Alcântara, uma grande variedade de propostas dentro do jazz e da música improvisada, com grupos consagrados do jazz nacional, artistas emergentes na cena profissional e ainda apresentações da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas.

Este festival, que marcará o “regresso” do Hot Clube ao centro de Lisboa, nasceu de uma parceria inédita entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Hot Clube de Portugal.

Teresa Nicolau, diretora da Cultura da Santa Casa, explica: “A Misericórdia de Lisboa tem de
estar ao lado de uma data tão importante para a democracia portuguesa como os 50 anos do 25 de abril. Queremos que seja um evento para a comunidade e impactante para Lisboa, a fazer a diferença. O Santa Casa Jazz Fest, que nasceu da vontade de trazer o Hot Clube de Portugal de volta ao centro da cidade, é uma parceria inédita entre a Santa Casa e o Hot Clube. O festival traz ao Convento de São Pedro de Alcântara nomes consagrados do jazz e tem tudo para juntar gente livre, tal como é este género musical.”

Também Pedro Moreira, diretor do Hot Clube de Portugal, se mostra satisfeito com esta parceria: “O Hot Clube Portugal é um dos clubes de jazz mais antigos da Europa e aguarda o regresso à sua casa no centro de Lisboa. O Santa Casa Jazz Fest vai permitir-nos voltar a levar o jazz ao público de Lisboa, isto num contexto que a nós também nos diz muito: os 50 anos do 25 de abril”.

Cartaz com informação do programa do festival

Já de 27 de abril a 9 de junho, a  Santa Casa da Misericórdia de Lisboa recebe a mais recente exposição do premiado fotojornalista português Mário Cruz –  ROOF.

Esta exposição retrata as vidas dos que ficam de fora das estatísticas e de quem vive o lado escondido da crise da habitação, naquele que é o destino turístico número um da Europa. As pessoas retratadas nesta obra têm, muitas vezes, que escolher entre pôr comida na mesa ou pagar a renda. Quando saem para trabalhar, não sabem se terão casa quando voltarem. Carregam um segredo e a vergonha de não terem uma habitação condigna.

Muitas das pessoas foram fotografadas ao longo de uma década, em locais insalubres e indignos. Uns dão lugar a outros, numa cadência sem fim, mas os sítios são os mesmos, acrescidos apenas das marcas deixadas por quem lá passa.

O programa dos 50 anos do 25 de abril da Santa
Casa integra ainda exposições permanentes, visitas guiadas, uma feira do livro,
conferências, sessões de poesia, tertúlias, e muito mais, em iniciativas que
irão decorrer em três espaços da instituição: Convento de S. Pedro de
Alcântara, Sala de Extrações e Antigo Recolhimento das Merceeiras.

Futurália 2024. O futuro começa aqui

ESSAlcoitão e a Valor T – Agência de emprego para pessoas com deficiência, da Misericórdia de Lisboa, estiveram presentes na 15.ª edição da Futurália – Feira de Oferta Educativa, Formação e Empregabilidade, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa, entre os dias 20 e 23 de março.

A captação de novos alunos foi o principal objetivo da ESSAlcoitão que, no seu espaço de exposição (stands), convidou os visitantes da Futurália a conhecer, mais de perto, a oferta educativa que a escola tem na área da fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional.

Por seu lado, a Valor T, enquanto agência de empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência, que apoia talentos e competências e trabalha oportunidades para pessoas e empresas que querem fazer a diferença, contou com um expositor dedicado à empregabilidade.

Para esta agência de empregabilidade da Santa Casa, esta foi mais uma oportunidade para divulgar o projeto e a sua missão, junto dos estudantes e potenciais candidatos.

A Futurália é visitada todos os anos por milhares de estudantes, professores e famílias e este ano teve como mote “Ninguém fica para trás. Educação para todos”, reforçando a importância da aprendizagem e da formação ao longo da vida.

Destaque ainda para uma das novidades deste ano, a Web App Futurália, que funcionou como um autêntico “assistente pessoal” para os visitantes, que podiam, através dela, fazer cálculos de médias, ficar a par das últimas novidades da feira e conhecer o espaço do certame em formato 2D.

Centros de Acolhimento Infantil do Vale Fundão celebraram 50 anos ao serviço da comunidade

Os Centros de Acolhimento Infantil (CAI) do Vale Fundão celebraram ontem os 50 anos desde a sua fundação, numa tarde animada entre colaboradores, pais, crianças e convidados. O evento teve lugar no Salão de Festas do Vale Fundão e contou com a presença de Sérgio Cintra, administrador com o pelouro da Ação Social na Misericórdia de Lisboa.

“Quando o Estado português, há mais de 50 anos, decidiu iniciar os processos de autoconstrução, a Misericórdia foi desafiada a encontrar respostas para a área de infância e juventude. Em 1973, era provedor António Maria de Mendonça Lino Neto, a proposta foi à Mesa e foi autorizada a instalação destes dois centros”, começou por recordar o administrador, sublinhando “a capacidade de todas as equipas pedagógicas da Misericórdia, mas também dos provedores e das Mesas da Santa Casa, que nunca desistiram destas instalações” ao longo dos últimos 50 anos.

Afirmando-se como marvilense, Sérgio Cintra deixou depois um desejo à plateia: “Mais importante do que o que fizemos, é aquilo que queremos construir. Todos estes meninos têm de ter mais capacidade de construir sonhos do que tiveram os pais deles ou os avós”.


Administrador Sérgio Cintra discursa nos 50 anos dos CAI Vale Fundão




Música, sabores e memórias

As celebrações dos 50 anos dos CAI Vale Fundão tiveram direito a dois momentos musicais, com a atuação do grupo Latomania, composto por jovens do Centro Social Comunitário do Bairro da Flamenga e liderado pelo animador e cantor Ruben Matay, e uma pequena sessão de fados, além dos tradicionais parabéns com direito ao respetivo bolo de aniversário.

Pelo palco passaram ainda duas mesas redondas com memórias destas cinco décadas, patentes igualmente numa exposição sobre a história dos CAI Vale Fundão, além de uma mostra de sabores de empreendedores locais na sala anexa do Salão de Festas.

Criados na década de 70, os Centros de Acolhimento Infantil têm atualmente mais de 200 crianças, entre os três meses e os três anos de idade: 135 no CAI Vale Fundão I e 78 no CAI Vale Fundão II.


Ruben Matai e os Latomania atuam nos 50 anos dos CAI Vale Fundão




Terceira conferência da ESSAlcoitão teve como mote a Inteligência Artificial

Decorreu, nesta quarta-feira, no auditório do Centro de Medicina de Reabilitação do Campus de Alcoitão, a terceira conferência do ciclo de conferências “Outros Saberes”. Tendo como orador convidado o professor doutor José Júlio Alferes, diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, o assunto não podia ser mais atual: “A Inteligência Artificial no Ensino e na Investigação”.

A sessão foi presidida pela provedora da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, e comentada por João Sàágua, reitor da Universidade NOVA de Lisboa.

Na sua intervenção, o professor José Júlio Alferes começou por explicar o objetivo da Inteligência Artificial, tendo em conta as suas inúmeras definições. Assim, e antes de tudo, a IA pretende “desenvolver sistemas que exibem comportamento inteligente, e que sejam capazes de aprender. Um sistema de IA, a partir objetivos complexos, decide e age no mundo físico ou digital, possivelmente de forma autónoma, observando o ambiente que o rodeia, aprendendo e raciocinando sobre o conhecimento que detém (aprendido por ele, ou dado à partida)”.

A partir desta definição, o orador convidado desta terceira conferência da ESSA explorou a área científica da IA, através das várias formas de aprendizagem (Machine Learning, Supervised Learning, Deep Learning, entre outras) e demorou-se no ChatGPT, “o último grande responsável pelo aparecimento da IA nos media”, como lhe chamou.

A terminar, José Júlio Alferes deixou alguns alertas para o futuro sobre a o papel que a IA desempenhará no mundo, nomeadamente “a desvalorização de competências humanas, a diminuição de responsabilização e a perda de individualidade, privacidade e controlo”. Para o professor, a IA é um fator de divisão: “os sistemas são caros e consumem enormes recursos; quem não os tiver” arrisca-se a ficar para trás. Haverá também uma “mudança no mundo do trabalho e relações laborais”, acrescentou.

Ciclo de Conferências ESSA

A provedora Ana Jorge, na sua intervenção de boas vindas, lembrou as várias parcerias com a Universidade Nova, destacando a criação recente de um centro académico e clínico dedicado à investigação e ao conhecimento, que incluem a Escola Superior de Saúde do Alcoitão e o hospital de Sant’Ana.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas