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Santa Casa entrega Prémio Revelação nos galardões da música portuguesa

Num espectáculo cheio de talento e de cor, apresentado por Filomena Cautela, Ana Markl e Joana Gama, a música portuguesa voltou a reunir centenas de pessoas para aplaudirem os 46 nomeados em 13 categorias.

A noite ficou marcada por várias actuações de artistas portugueses, desde Camané, Diogo Piçarra, Matias Damásio, Mariza, entre tantos outros e pela atribuição dos galardões a Ana Moura, a grande vencedora desta quinta edição dos prémios, que recolheu os de melhor álbum do ano, com o disco “Casa Guilhermina”, de crítica e de melhor artista feminina.

Outro dos momentos altos da ocasião aconteceu com a homenagem, emotiva, a Sérgio Godinho, ovacionado de pé pela plateia. O cantor-compositor recebeu o Prémio Carreira das mãos do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, agradeceu a distinção e assistiu a uma homenagem protagonizada por Jorge Palma, Diogo Piçarra e Manuela Azevedo, dos Clã, em conjunto com a banda que acompanha o artista desde há muito tempo, Os Assessores. Sérgio Godinho fez questão de elogiar a música portuguesa: “a cultura faz-se também da música, e muito da música. No Brasil, ela foi sempre reconhecida como parte integrante da cultura e aqui tem de ser cada vez mais. A prova é esta pujança e criatividade permanente”.

A Santa Casa fez-se representar, uma vez mais, pela administradora com o pelouro da Cultura, Filipa Klut, que, em conjunto com o artista revelação de 2022, Euclides, entregou o Prémio Revelação deste ano a Nena, autora de “Ao Fundo da Rua”, o seu primeiro trabalho de originais. Nena não escondeu a alegria ao ouvir o seu nome, fez questão de repetir algumas vezes o quão “contente” se sentia e para agradecer a todos por acreditarem e gostarem das suas canções.

Prémios play 2023

A propósito da associação da Santa Casa a esta iniciativa, Filipa Klut fez questão de frisar a aposta da instituição “no apoio à cultura e ao talento nacional, com a música portuguesa a assumir um papel central. A música é universal, é inspiradora e geradora de laços emocionais duradouros e a música portuguesa transporta em si a génese da portugalidade, celebrando a lusofonia em toda a sua diversidade. Como tal, a SCML tem privilegiado a promoção de iniciativas na área da música, desde a nossa Temporada Musical de São Roque, este ano na 35.ª edição, à presença em festivais tradicionais e festividades populares, ao patrocínio do Santa Casa Alfama, entre outras iniciativas, o histórico diz-nos que o trabalho que temos realizado em prol da democratização do acesso à cultura musical, e à cultura no geral, tem alcançado resultados”.

A administradora fez ainda largos elogios aos Play: “são os prémios oficiais da música portuguesa, premeiam os maiores sucessos da música produzida em Portugal e nos países de expressão portuguesa e, embora tão recentes (esta é apenas a 5.ª edição), desempenham já um papel muito relevante, diria mesmo incontornável, no panorama cultural e artístico nacional. A associação da Santa Casa a estes prémios tem sido uma oportunidade única, pois temos testemunhado, de perto, o impacto positivo que os mesmos têm no panorama da música portuguesa. É um orgulho poder celebrar a música portuguesa, reconhecer o talento e o trabalho dos artistas. É muito gratificante sabermos que, desta forma, estamos a contribuir para este impacto transformador, na promoção e valorização da música portuguesa. É também uma forma de concretizarmos a nossa missão, enquanto Santa Casa, de apoio à cultura e às artes em Portugal”.

A ocasião ficou também marcada pela presença de 50 jovens de várias instituições da Santa Casa que tiveram oportunidade de assistir a este que é um dos maiores eventos nacionais da música portuguesa.

Jovens nos prémios play 2023
residências assistidas

Do trauma à estabilidade familiar: a resposta nos maus tratos infantis

Os dias são sempre agitados na Casa de Acolhimento Santa Teresinha. Atualmente, esta unidade da Santa Casa acolhe 15 crianças e jovens entre os quatro e os 14 anos, numa espécie de minissociedade na qual se criam rotinas e, sobretudo, laços.

“Não são irmãos e não se pode dizer que tenham uma relação de irmãos, mas acaba por ser semelhante. Os mais velhos ajudam muito os mais novos e, às vezes, até em questões mais profundas”, explica a psicóloga Susana Câmara, que trabalha na Casa desde 2019.

Ali chegam crianças e jovens vindos de situações de maus tratos, muitas vezes resultantes de negligência da família, e a primeira resposta a ser dada pelos profissionais que os acolhem passa por oferecer-lhes segurança.

“O acolhimento é quase como um trauma adicional, mesmo para a família. Nos primeiros tempos tem de existir previsibilidade e rotinas, porque isso vai dar segurança à criança. Tem de haver um racional comum a todos, de regras que eles conhecem, saberem quem vai estar de turno, quem são os adultos que os esperam, para aos poucos irem baixando as defesas e começarem a sentir-se seguros”, relata Susana.

Naturalmente há regras a cumprir e a adaptação de cada um exige paciência, como detalha Sofia Lima, educadora da Casa de Acolhimento Santa Teresinha.

“Tem de haver regras numa casa destas e algumas acabam por não respeitar a individualidade de cada uma das crianças ou jovens. Dou um exemplo: um deles pratica um desporto e chega às 20 horas. Há de vir cheio de fome para sentar-se à mesa, mas não pode, porque a regra do grupo é tomar banho antes. Uma das grandes dificuldades que temos é poder adequar as regras a cada jovem, de forma que não choque diretamente com o grupo em si. É um grande desafio”.

Na maioria dos casos, as situações são trabalhadas de forma a reintegrar as crianças e jovens na família, o que demora, em média, cerca de um ano. No entanto, apesar de mudarem de casa, as crianças estão sempre em contacto com os familiares.

“À partida é sempre esse o objetivo, até por respeito à criança e aos seus vínculos. A questão dos maus tratos vem muitas vezes de uma incapacidade de cuidar, porque não se foi cuidado nem se aprendeu uma ligação de afetos e segurança. Temos de contrariar esse ciclo que passou de geração em geração. Não atuamos só com a criança, mas também com a família. Inicialmente a família está sempre aqui, faz parte das nossas rotinas. Ajudam a dar banho, a preparar a mochila, nos trabalhos de casa e, às vezes, juntam-se a nós numa refeição. Ao longo desta rotina é que se vão trabalhando as pequenas coisas”, diz a psicóloga.

Titulo h3

Os dias são sempre agitados na Casa de Acolhimento Santa Teresinha. Atualmente, esta unidade da Santa Casa acolhe 15 crianças e jovens entre os quatro e os 14 anos, numa espécie de minissociedade na qual se criam rotinas e, sobretudo, laços.

“Não são irmãos e não se pode dizer que tenham uma relação de irmãos, mas acaba por ser semelhante. Os mais velhos ajudam muito os mais novos e, às vezes, até em questões mais profundas”, explica a psicóloga Susana Câmara, que trabalha na Casa desde 2019.

Ali chegam crianças e jovens vindos de situações de maus tratos, muitas vezes resultantes de negligência da família, e a primeira resposta a ser dada pelos profissionais que os acolhem passa por oferecer-lhes segurança.

“O acolhimento é quase como um trauma adicional, mesmo para a família. Nos primeiros tempos tem de existir previsibilidade e rotinas, porque isso vai dar segurança à criança. Tem de haver um racional comum a todos, de regras que eles conhecem, saberem quem vai estar de turno, quem são os adultos que os esperam, para aos poucos irem baixando as defesas e começarem a sentir-se seguros”, relata Susana.

Naturalmente há regras a cumprir e a adaptação de cada um exige paciência, como detalha Sofia Lima, educadora da Casa de Acolhimento Santa Teresinha.

“Tem de haver regras numa casa destas e algumas acabam por não respeitar a individualidade de cada uma das crianças ou jovens. Dou um exemplo: um deles pratica um desporto e chega às 20 horas. Há de vir cheio de fome para sentar-se à mesa, mas não pode, porque a regra do grupo é tomar banho antes. Uma das grandes dificuldades que temos é poder adequar as regras a cada jovem, de forma que não choque diretamente com o grupo em si. É um grande desafio”.

Na maioria dos casos, as situações são trabalhadas de forma a reintegrar as crianças e jovens na família, o que demora, em média, cerca de um ano. No entanto, apesar de mudarem de casa, as crianças estão sempre em contacto com os familiares.

“À partida é sempre esse o objetivo, até por respeito à criança e aos seus vínculos. A questão dos maus tratos vem muitas vezes de uma incapacidade de cuidar, porque não se foi cuidado nem se aprendeu uma ligação de afetos e segurança. Temos de contrariar esse ciclo que passou de geração em geração. Não atuamos só com a criança, mas também com a família. Inicialmente a família está sempre aqui, faz parte das nossas rotinas. Ajudam a dar banho, a preparar a mochila, nos trabalhos de casa e, às vezes, juntam-se a nós numa refeição. Ao longo desta rotina é que se vão trabalhando as pequenas coisas”, diz a psicóloga.

Provedora na apresentação da exposição

Palácio Paiva de Andrade

Integrado numa pequena rua no Bairro Alto, em Lisboa, o Palácio Paiva de Andrade, agora conhecido como Centro Social de São Boaventura, tomando por empréstimo o nome da rua onde se encontra, guarda dentro das suas paredes uma história de dor e amor ao próximo.

Em memória da filha precocemente falecida aos 22 anos, vítima de tuberculose, a sua mãe, Carolina Picaluga Paiva de Andrade determinou em testamento a criação de um instituto de ensino destinado a acolher 22 alunas oriundas de famílias carenciadas. O palácio, outrora palco de animados serões musicais onde se ouvia o piano tocado pela filha Luísa e onde o pai, Jacinto Paiva de Andrade, apresentava a sua coleção de arte aos convidados, figuras influentes da história da cidade, é agora uma referência no apoio à comunidade em Lisboa.

A morte intempestiva da jovem Luísa calou para sempre as gargalhadas no palacete e décadas mais tarde deu voz a um mito onde a paixão e o assombramento voltam a habitar o espaço. É sobre ela que paira uma neblina mística, que envolve o seu quarto, intocado por vontade testamentária desde a sua morte.

Quarto da menina

Carolina Augusta Picaluga Paiva de Andrade morre em 1912 e no seu testamento deixa a Santa Casa como herdeira do seu património, principalmente como executora dos seus desejos. As vontades de Carolina não eram apenas as suas, mas também do falecido marido Jacinto, unidos na intenção de perpetuar o nome da filha. Segundo a vontade de Carolina, deveria ser resguardado o quarto da casa do Instituto onde faleceu Luísa e colocar junto do seu leito algumas flores.

Quando a instituição recebeu o Instituto Luísa Paiva de Andrade, deu continuidade ao projeto da fundadora e, no cumprimento do seu desejo referido, manteve o quarto interdito até ao final da década de 80, quando problemas estruturais no espaço obrigaram à abertura da divisão. Na altura da reabertura do quarto, os relatos foram de estupefação ao constatar que um espaço esquecido no último piso do edifício, fechado à chave, permanecia mobilado como há cem anos e cheio de memórias pessoais de uma rapariga que nele tinha morrido em circunstâncias trágicas.

Centro São Boaventura

Reza a lenda que a jovem Luísa se terá enamorado por um jardineiro da casa. Esta paixão terá sido contrariada pelos seus pais, que a encerraram no quarto e é neste período de confinamento que a jovem se vê infetada pelo vírus da tuberculose, que lhe leva a vida. Os pais, angustiados pelo remorso de terem contribuído para a infelicidade da filha, decidiram imortalizar o seu nome através da criação do instituto com o seu nome e posteriormente com a preservação do seu quarto intacto por anos.

Nos dias de hoje, e continuado o legado da benemérita, a Santa Casa reestruturou o espaço, respeitando a vontade de Carolina em manter o “quarto da menina” fechado, e colocou aí um centro intergeracional que dá resposta a centenas de jovens e idosos. No Centro Social de São Boaventura há respostas para várias faixas etárias. Há lugar para os mais velhos e os mais novos, sem haver barreiras a limitar os espaços de uns e de outros ou atividades em que a idade seja critério de exclusão.

São Boaventura

No piso inferior do palácio, agora funciona uma ludoteca e um espaço de inclusão digital com computadores e uma impressora à disposição, com vista privilegiada para o jardim da casa. Já no piso superior existe um centro social, que fomenta um cruzamento de gerações espontâneo, onde em algumas ocasiões se encontram netos e avós, num convívio familiar e coeso. Existem várias iniciativas conjuntas, como passeios e oficinas ou projetos desenvolvidos com outras entidades e instituições.

O centro social está aberto de segunda a sexta-feira e é frequentado por dezenas de pessoas, muitas das quais almoçam e lancham no espaço. Para os que precisam, há também balneários para tomar banho, serviço de lavandaria e uma carrinha que faz o transporte de regresso a casa.

Misericórdia de Lisboa subscreve iniciativa ambiental da European Lotteries

Os temas da sustentabilidade (ESG – Environment, Social and Governance) são hoje parte integrante de estratégias de gestão e de negócio das organizações, assim como das suas marcas e da comunicação sobre as mesmas, e da boa relação com as partes interessadas. É a pensar nisto que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através do Departamento de Jogos, juntou-se à Iniciativa Ambiental da EL e desde 2020 tem vindo a desenvolver e a operacionalizar uma estratégia de sustentabilidade dos Jogos Sociais. Assim, e desde há três anos, que o Departamento de Jogos prevê nos processos aquisitivos de produção e fornecimento de jogo, com exclusão da lotaria nacional, que o papel deve possuir certificação FSE (Sistema de Certificação Floresta). Atualmente, o papel utilizado é de origem mista, fibras virgens e fibras recicladas, à semelhança do que já acontece também com a bilhética, incluindo os recibos de apostas. A instituição compromete-se igualmente a melhorar e diminuir a emissão de gases com efeito de estufa decorrente da sua atuação diária. Neste âmbito, além da separação das emissões atualmente monitorizadas (emissões diretas provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela organização, emissões indiretas provenientes de energia elétrica consumida e emissões indiretas provenientes das atividades diárias), a instituição pretende ampliar o universo de monitorização, identificar oportunidades de redução, definir metas e indicadores e operacionalizar as medidas necessárias para a sua concretização.

Santa Casa adere à Plataforma Portuguesa para a Integridade

No dia 18 de abril, a UN Global Compact Network Portugal, em conjunto com a Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE), promoveu o Fórum para a Integridade, onde se realizou a cerimónia protocolar de renovação das organizações signatárias e a adesão de novas entidades à PPI – Plataforma Portuguesa para a Integridade, no âmbito da iniciativa da ESG Week 2023, que debate os grandes temas da Sustentabilidade, enquadrados nos domínios ESG – Environmental, Social, Governance.

A Misericórdia de Lisboa esteve representada por Rita Paiva Chaves, diretora do Departamento de Qualidade e Inovação da instituição, que assinou o compromisso da Santa Casa no desenvolvimento de medidas anticorrupção e na implementação de políticas que estimulem uma sólida cultura ética e práticas de integridade.

O PPI surgiu como um apelo do setor privado aos governos para que promovam medidas anticorrupção e implementem políticas que estabeleçam sistemas de boa governação. A Call to Action exortou os governos a enfatizar a anticorrupção e a boa governação como pilares fundamentais de uma economia global sustentável e inclusiva e incluí-los como princípios importantes da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

O combate à corrupção, em todas as suas formas, é um dos 10 Princípios do United Nations Global Compact e uma das Metas do ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes da Agenda 2030 da ONU. Este objetivo pressupõe a criação de uma economia global mais sustentável e transparente, nomeadamente através da redução significativa dos fluxos ilegais, financeiros e de armas, da redução substancial da corrupção e do suborno em todas as suas formas e do desenvolvimento de instituições eficazes, responsáveis e transparentes em todos os níveis.

 

Prémios Marketeer 2023, os galardões que celebram o marketing nacional

Os Prémios Marketeer reconhecem, anualmente, o que de melhor se faz nas áreas da Comunicação, Marketing e Publicidade em Portugal. Na categoria “Jogos da Sorte”, destaque para as nomeações de alguns jogos do portefólio dos Jogos Santa Casa, designadamente o Euromilhões, o PLACARD, Raspadinha e o Totobola.

Recorde-se que, em 2023, “o jogo mais excêntrico do país” foi distinguido, pelo sexto ano consecutivo, nestes galardões, onde venceu na categoria “Jogos da Sorte”.

As votações para a 15.ª edição dos galardões já estão abertas, ficando a votos mais de 250 finalistas, num total de 35 categorias. A lista de nomeados resulta de um cruzamento de avaliações por parte da redação e do conselho editorial da Marketeer. A par do trabalho desenvolvido pelas marcas, os Prémios Marketeer pretendem reconhecer também as melhores agências de Comunicação, de Meios e de Branding e Publicidade.

À semelhança dos anos anteriores, há ainda dois prémios de atribuição direta e, assim, não sujeitos a votação por parte do público. Em 2022, o galardão de Marketeer do Ano ficou nas mãos de Rui Miguel Nabeiro, CEO, da Delta Cafés, enquanto Pedro Santa Clara, diretor da 42 Lisboa, conquistou o prémio Big Fish.

As votações terminam no dia 31 de maio. Os vencedores serão conhecidos numa cerimónia que decorrerá no Convento do Beato, em Lisboa, no dia 4 de julho.

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão faz 57 anos e apresenta a primeira parede de escalada adaptada em Portugal

Não é, porém, uma parede de escalada ‘normal’. É adaptada para que possa ser utilizada por doentes com patologias neurológicas, tanto em idade adulta como em idade pediátrica, num projeto original, inovador e ambicioso, com inúmeros benefícios para os utentes, e em que o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão será, mais uma vez, precursor no incentivo à prática de uma modalidade desportiva.

De acordo com vários artigos que têm sido publicados nos últimos anos, a escalada adaptada proporciona um ganho de força, de flexibilidade e de coordenação motora, mas também a elevação da autoestima e a promoção da inclusão social em doentes com patologias neurológicas, nomeadamente Ataxia, Lesões Vertebro-Medulares, Traumatismo Cranioencefálico, Esclerose Múltipla, sequelas de Acidente Cerebrovascular, e também por doentes amputados ou com patologia ortopédica.

Já nas crianças que apresentem um quadro de Paralisia Cerebral, as conclusões apontam para uma melhoria da força de preensão manual, do controle postural e da mobilidade funcional.

A literatura atual indica-nos que esta prática proporciona inúmeros benefícios, como o aumento da força, flexibilidade, resistência, estabilidade postural, equilíbrio e coordenação; melhoria da concentração, da memória e da comunicação; aumento da autoestima e controlo do medo; e favorecimento da sensação de bem-estar e de equilíbrio, incentivando novos relacionamentos, conexões e apoio de pares.

Esta experiência tem sido implementada noutros países como os Estados Unidos da América, Alemanha, Áustria e Reino Unido, que introduziram a escalada adaptada como uma terapia de reabilitação, adquirindo paredes artificiais para ginásios de fisioterapia tanto em hospitais como em clínicas de reabilitação.

Em Portugal, a realidade da escalada adaptada é ainda muito diferente da que se vive lá fora. Existem apenas algumas instituições, como o Clube de Escalada de Braga (CEB), a CERCI e a APPACDM (no norte do país), que desenvolvem já algumas atividades neste domínio. De salientar, por exemplo, a criação, em 2015, do Campeonato Nacional de Escalada Adaptada pelo CEB, com o apoio da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, que contou com uma excelente participação dos atletas nacionais, alguns com apuramento para o Campeonato do Mundo.

Neste contexto, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, enquanto centro de reabilitação de referência nacional e pioneiro na prática do desporto adaptado, reúne as condições ideais para promover a prática da escalada adaptada pelos seus utentes e nada melhor do que a data do seu aniversário para dar o primeiro passo nesta ‘montanha’ inovadora. Até porque esta pode ser a força motivadora para que os utentes procurem restabelecer o contacto com o mundo que os rodeia, abandonando a inatividade e o sedentarismo e procurarem uma integração social, em que conjugam a prática desportiva com o convívio entre pares e a superação das suas limitações, servindo de exemplo e de inspiração para outras pessoas com patologia similar.

Como funciona?

A escalada em paredes artificiais é muito segura: os utentes irão escalar em top rope, ou seja, ficarão presos por uma corda colocada no topo da parede, sendo a segurança assegurada por pessoas experientes e habilitadas para o efeito. As equipas de apoio estarão sempre presentes, a trabalhar diretamente com os utentes.

Esta infraestrutura agora disponibilizada foi financiada pela Câmara Municipal de Cascais após uma candidatura conjunta por parte da Associação de Desportos de Aventura Desnível e da médica do CMRA, Filipa Dionísio.

A sua inauguração abriu as comemorações do 57.º aniversário do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão no dia 20 de abril, que contou ainda com a apresentação do projeto “Um programa de intervenção para crianças com transtorno do espectro do autismo: capacitação do cuidador e nível de satisfação”, com o  concerto “Música nos Hospitais” e com uma entrega de prémios relativa aos concursos “Rodas Paper” e “Master Chef Cake Design Alcoitão”.

Projeto para famílias de crianças com Perturbação do Espectro do Autismo premiado internacionalmente

No âmbito do COTEC-ESLA Collaboration for Impact Award (divulgado pela Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala e Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais), as equipas de Terapia da Fala e Terapia Ocupacional do Serviço de Reabilitação Pediátrica e de Desenvolvimento do Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão (CMRA) concorreu com um projeto que ficou apurado entre os 4 finalistas.

No dia 30 de março, a equipa composta pelas terapeutas Catarina Cavaco, Marina Moreira e Joana Lopes defendeu este trabalho numa apresentação internacional, tendo vencido por unanimidade. O projeto visa uma intervenção multidisciplinar, dirigida a famílias de crianças com Perturbação do Espectro do Autismo até aos 4 anos.

Falámos com a equipa responsável por este projeto:

Que projeto desenvolveram? 

O projeto submetido a concurso, baseia-se num programa de intervenção multidisciplinar do SRPD (Serviço de Reabilitação Pediátrica e de desenvolvimento), direcionado para famílias com crianças com Perturbação do Espetro do Autismo, até aos 4 anos. É uma abordagem centrada na funcionalidade e pretende capacitar os cuidadores, para que possam promover o desenvolvimento da criança nas áreas da comunicação, linguagem, planeamento motor, comportamento, autorregulação e o brincar nas rotinas do dia a dia.

Em que âmbito? 

Numa perspetiva de intervenção mais colaborativa, envolvendo a família, trazendo benefícios quer para os cuidadores, que se sentem mais capacitados, quer para as crianças que continuam a ser estimuladas em todos os contextos naturais, potencializando assim as oportunidades de desenvolvimento.

A que conclusões chegaram? 

Concluímos que de um modo geral as famílias sentem-se muito satisfeitas com o acompanhamento realizado, com uma maior consciência das oportunidades que podem criar para promover o desenvolvimento dos seus filhos, referindo um maior empoderamento com ferramentas/estratégias para fazer face aos desafios diários.

Verificou-se, ainda, que as crianças alteram o seu perfil, demonstrando uma evolução, de acordo com os objetivos terapêuticos definidos.

Para os serviços de saúde traduz-se numa mais valia, pois reduz o tempo de intervenção e os recursos humanos necessários. Ainda na perspetiva da equipa, contribuiu para um crescimento e valorização do trabalho cooperativo.

Qual foi a vossa maior motivação para concorrerem a este prémio?  

Quando as associações que nos representam APTF (Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala) e APTO (Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais), divulgaram este concurso internacional, entendemos que preenchíamos os requisitos exigidos e que seria uma oportunidade de expor internacionalmente, um trabalho já de alguns anos, que se tem vindo a ajustar, consoante as necessidades das famílias e das crianças, e que continua a ser implementado numa perspetiva futura.

Quem são as integrantes do projeto e qual a área de trabalho dentro do CMRA? 

A Equipa do SRPD do CMRA, no regime ambulatório, está maioritariamente envolvida neste projeto multidisciplinar. O médico fisiatra é o responsável de caso e as crianças/famílias são acompanhadas em Terapia da fala, Terapia ocupacional, Psicologia, sendo também realizado um atendimento ao nível do Serviço Social (direcionado às famílias e à articulação com os agentes pedagógicos).

Em que consiste este prémio? 

Este prémio resulta de uma ligação conjunta entre as duas entidades máximas da Terapia da Fala e da Terapia Ocupacional a nível Europeu – ESLA e COTEC. É o primeiro prémio deste tipo a ser atribuído e destina-se a reconhecer o trabalho de parceria entre as duas vertentes Terapia da Fala e Terapia Ocupacional.

Santa Casa e Sporting Clube de Portugal juntam-se para realizarem projetos de inovação e desenvolvimento social

Créditos da fotografia: Sporting Clube de Portugal

Foi no último domingo que a Misericórdia de Lisboa e o Sporting Clube de Portugal firmaram um protocolo no sentido de desenvolverem formas de colaboração que permitam concertar intervenções e realizar projectos de inovação e desenvolvimento social.

A oficialização da parceria decorreu no Estádio José Alvalade e contou com a presença do administrador executivo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, do presidente do conselho diretivo do Sporting CP, Frederico Varandas, e de André Bernardo, vice-presidente do emblema leonino.

Na ocasião, Sérgio Cintra destacou a importância desta ação: “O que fazemos na Santa Casa e o que o Sporting CP faz também muitas vezes é ajudar a construir sonhos. Não importa se as pessoas têm 94 anos ou se são mais novas. Só o facto de verem uma camisola verde e branca faz com que o sorriso seja o maior do Mundo e que tudo o resto fique para segundo plano”.

O responsável lembrou as dezenas de crianças de casas de acolhimento e das equipas de apoio à família da Santa Casa que visitaram a Academia Cristiano Ronaldo no final de Março.

“Não sei se conseguimos imaginar a extensão da alegria, são memórias que ficam para o resto da vida. Para aquelas crianças, poderem dizer com orgulho aos colegas de escola que estiveram na Academia com o Jubas e a conversar com o Paulinho, mostrando quase como um troféu as fotografias que tiraram, é absolutamente indescritível. Se há forma de construirmos sonhos, esta é necessariamente uma delas e só podemos agradecer ao Sporting CP por essa oportunidade”.

Este domingo ficou também marcado na memória de seis crianças, residentes nas Casas de Acolhimento de Santo António e de Santa Teresinha, ambos equipamentos da Santa Casa, que tiveram oportunidade de assistir à partida entre o Sporting CP e o FC de Arouca num dos camarotes do Estádio José Alvalade.

Grupo de jovens no estádio de Alvalade a assistir ao Sporting vs Arouca

 

Casa do Impacto mostrou projetos à ministra alemã dos Assuntos Europeus

A Casa do Impacto acolheu esta segunda-feira, 17 de abril, a visita de Tiago Antunes, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, e de Anna Lührmann, ministra de Estado dos Assuntos Europeus e do Clima da Alemanha. O objetivo foi conhecer alguns dos projetos ali criados relativos a várias temáticas como transição verde e digital ou impacto social.

A comitiva percorreu e conheceu algumas das muitas valências da Casa do Impacto, tendo iniciado a visita na Academia de Código e terminado na Sala da Bica, já depois da habitual fotografia de grupo no terraço do antigo convento.

Com a ponte feita pelo anfitrião Nuno Comando, diretor de Unidade de Capacitação e Incubação da Casa do Impacto, Tiago Antunes e Anna Lührmann tiveram, posteriormente, oportunidade de conhecer alguns jovens empreendedores, que apresentaram as suas startups e trocaram argumentos com os responsáveis políticos, numa sessão informal produtiva para todos.

Fazendo um resumo, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus mostrou-se agradado com os trabalhos apresentados.

“Esta é a Casa do Impacto e vocês, claramente, estão a tentar causar impacto. É interessante ver como tentam ter lucro, obviamente, mas da maneira certa, de forma sustentável e ética”, referiu Tiago Antunes.

“Temos a pasta dos Assuntos Europeus e a União Europeia é mesmo isso: junta pessoas com diferentes realidades, mentalidades, culturas, histórias e tradições”, lembrou o Secretário de Estado.

visita à Casa do Impacto

Por seu lado, Anna Lührmann aproveitou uma das ideias apresentadas, relativa à tentativa de aproximação dos jovens à política, para descrever o seu trajeto profissional, lembrando que também ela pautou por esse lema desde cedo e deixando algumas questões à plateia.

A finalizar, Nuno Comando agradeceu a visita dos dois responsáveis políticos e frisou que a Casa do Impacto está sempre aberta a sinergias que possam alavancar o cumprimento da sua missão, na procura de soluções inovadoras na resolução de problemas e necessidades sociais e ambientais, de acordo com os valores promovidos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

“Um polo único”

Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, mostrou-se satisfeita pela visita de Anna Lührmann e Tiago Antunes, destacando a singularidade daquele espaço.

“A Casa do Impacto é um polo único no contexto português, que trabalha com todos os setores para democratizar o acesso ao Impacto e à inovação com propósito, que ao longo dos últimos anos tem suscitado o interesse de vários intervenientes políticos nacionais e internacionais. Foi por isso uma honra receber a visita da Ministra alemã para os Assuntos Europeus e Clima e do Secretário de Estado para os Assuntos Europeus do governo português, para mostrar in loco o trabalho que temos desenvolvido junto desta comunidade de fazedores, bem como para criar os primeiros alicerces para as pontes que queremos construir com mercados altamente desenvolvidos e competitivos, como o alemão”, referiu.

“As startups da Casa do Impacto, continuam a crescer e as suas soluções podem trazer inovação para problemas societais além-fronteiras, pelo que é importante dar-lhes ferramentas para que consigam garantir uma maior sustentabilidade financeira crescendo noutros mercados e contribuindo, em simultâneo, para resolver os maiores problemas de um mundo global”, terminou Inês Sequeira.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas