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Um jogo onde todos ganham

Foi um dia diferente para os cerca de duzentos jovens da Santa Casa que assistiram ao jogo solidário a favor da UNICEF, no último domingo, 5 de setembro, no estádio do Restelo. Um jogo amigável que uniu no mesmo relvado várias figuras conhecidas do mundo do desporto e da cultura.

Organizada pela Fundação do Futebol – Liga de Portugal, a iniciativa quis proporcionar a crianças e jovens de várias instituições de Lisboa uma tarde única e, ao mesmo tempo, angariar fundos para a organização mundial de apoio às crianças.

Vestidos a rigor com as camisolas dos seus ídolos, o público chegava ao estádio. De sorrisos no rosto e gargantas afinadas, reconheciam alguns dos “craques” que já estavam no relvado para o aquecimento pré-jogo.

O primeiro momento de alegria foi quando Toy, conhecido cantor de música popular portuguesa, entre toques na bola, chegou perto da vedação e, num simpático gesto, cumprimentou a assistência entusiasta. O cântico já preparado foi solto: “Vais ganhar, vais jogar, vais marcar, todo o jogo, todo o jogo”, numa referência a um dos últimos sucessos musicais do cantor.

Paulo, 15 anos, foi um dos mais efusivos. Entre várias fotografias e alguns incentivos de apoio dos colegas, foi o primeiro a descer até ao muro que separava a bancada do relvado, para cumprimentar o cantor. “Desde sempre que me lembro de ouvir o Toy lá em casa. A minha mãe é uma fã dele e prometi-lhe que tirava uma foto com ele para colocarmos no corredor”, afirmou o jovem, enquanto mostrava a selfie aos amigos.

Já Luís, 16 anos, e Diego, 13, ambos apaixonados por futebol, não tinham dúvidas: “o Luisão é o melhor jogador que aqui está e vai marcar vários golos”, destacando, ainda, que a iniciativa “foi uma das melhores que tivemos este ano na Santa Casa”.

Pouco antes das 18h00, as equipas subiam ao relvado. De um lado, a equipa da UNICEF composta por Nélson Pereira na baliza, Paulo Battista, Hugo Leal, David Carreira e Fernando Mendes no setor mais recuado; Marco Costa, Jorge Corrula e Silas no meio-campo; Fradique, Edite e Pedro Fernandes, o trio mais ofensivo. Com Toni a treinador, no banco de suplentes estavam outros nomes conhecidos do grande público como Paulo Santos, Pedro Alves, António Ferreira, Filipe Gaidão, Nelson Rosado, Sérgio Rosado, Chakall, Mickael Carreira, Rúben da Cruz, Rodrigo Gomes e a “arma secreta”, o que viria a ser o homem do jogo, Francis Obikwelu.

Do outro lado do campo, a formação da Fundação do Futebol – Liga de Portugal, com Helton a guarda-redes titular; Luis Marvão, Ricardo Rocha e Jorge Andrade numa linha de três; João Pinto, Chainho, Pedro Teixeira, Simão Sabrosa e Alan no apoio à dupla de avançados Nuno Gomes e Carla Couto. Manuel Fernandes, técnico da equipa, contou ainda com um banco de suplentes composto por Quim, Raminhos, Luciano Gonçalves, Toy, Dino D’Santiago, Conguito, João Pedro Pais, Daizer, Ana Silva e José Condessa. Os árbitros da partida foram Pedro Henriques e Eunice Mortágua.

Apesar do nulo no marcador até ao final do primeiro tempo, não faltaram alegria e emoção nas bancadas. A cada toque, jogada ou remate das equipas, os espetadores retribuíam com cânticos de apoio e carinho.

Já no intervalo, várias crianças e jovens da instituição foram convidadas a entrar no relvado para, por breves momentos, confraternizarem com os seus ídolos.

Os irmãos Hugo, 16 anos, e Tiago, 15, quase como numa corrida de 100 metros rasos, foram os primeiros a viver o momento inesquecível. O prémio era uma fotografia e a troca de algumas palavras com o cantor Dino D’Santiago. Entre a timidez e o espanto de estarem a poucos centímetros do seu ídolo, rapidamente as palavras presas começaram a soltar-se. “Somos teus fãs, adoramos a tua música. És o maior que aqui está”, realçaram os irmãos.

Ao longe, Ana, mãe dos jovens, tirava algumas fotografias do momento e, entre sorrisos e lágrimas de alegria, confidenciava que “conhecer o Dino era um sonho para eles”. “Eles estavam em pulgas. Desde manhã que estavam à espera de vir para o estádio. Hoje, lá em casa não se ouviu outra coisa senão a música do Dino. Como mãe, estou feliz e orgulhosa pelos meus filhos”, dizia Ana entre alguns cliques, para mais tarde recordar.

Para o início da segunda parte, as equipas foram alteradas. Estava dado o apito para o começo da segunda parte. O jogo morno que se tinha assistido na primeira metade, aquecia agora. E um herói improvável tinha saltado do banco para abrir o marcador. Num remate digno de uma medalha de ouro, Francis Obikwelu marcou o primeiro golo do jogo, e logo de seguida confirmou o seu estatuto de melhor em campo ao marcar o segundo para equipa da UNICEF. Só nos últimos dez minutos de jogo, a antiga estrela do Sporting Clube de Braga, Alan, marcava a favor da equipa da Fundação do Futebol– Liga de Futebol.

O resultado não sofreu mais alterações, mas o mais importante estava alcançado. A angariação de verbas para apoiar a UNICEF foi um sucesso, através desta iniciativa que ficará na memória de todos os espetadores e participantes.

António Santinha, diretor da Unidade de Apoio à Autonomização da Santa Casa, salienta que “este tipo de ações é muito importante para as crianças e dá-nos um sentimento de dever cumprido. É sempre gratificante vermos os nossos jovens felizes e a divertirem-se”. Considera ainda que “esta é uma iniciativa muito bem conseguida, com uma vertente solidária de peso, no qual queríamos estar presentes. Todos nós temos o dever e a obrigação de proporcionar um futuro melhor e condigno a todas as crianças”, concluiu o responsável.

“Mostrar a todos que é possível”. A inclusão saiu à rua no World Bike Tour

À chegada à Avenida da Liberdade, Felisbina Gomes está radiante. Rápido faz a passagem da cadeira de rodas para a handbike, para cedo ajustar o veículo às suas necessidades. Aos 57 anos, é muitas vezes o desporto que a faz sair da cama, que lhe dá vontade de seguir em frente. Entra com o espírito competitivo que a caracteriza para todos os desportos que pratica: ciclismo adaptado, vela adaptada ou, até mesmo, uma simples aula de ginásio. Hoje, na partida para mais uma edição do World Bike Tour (WBT), deixou a competitividade de lado. Paira no ar uma alegria, que se sente em cada palavra pronunciada pelos oito utentes do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), que marcaram presença no evento apoiado pelos Jogos Santa Casa.

Na edição do ano passado, tudo correu bem. Chegou ao Parque das Nações disposta para percorrer mais dez quilómetros se fosse necessário. Este ano, existem duas subidas no percurso entre Lisboa e Oeiras que a preocupam. Teme que só com a força dos braços não consiga ultrapassar esses obstáculos.

“Esta prova não vai ser fácil. Tenho noção de que vai exigir esforço, mas estamos cá para nos ajudarmos uns aos outros. Estamos cá para nos divertirmos um bocadinho. Isto é desporto, diversão e convívio, que são coisas muito importantes”, realça.

Tudo isto só é possível graças às handbikes cedidas pela Misericórdia de Lisboa e que tantas alegrias têm proporcionado aos utentes do CMRA. As primeiras handbikes chegaram ao CMRA em 2017. Felisbina foi das primeiras a experimentar o “novo brinquedo”. Tem a certeza que sem elas “jamais seria possível praticar ciclismo”, até porque é “um material caro e que nem todos têm capacidade para adquirir”. “Agradeço muito à Santa Casa por esta oportunidade que nos dá de, através das handbikes, podermos ter uma vida um pouco mais normal”, refere.

GALERIA

Mulheres de grande pedalada. Primeira Volta a Portugal feminina já está na estrada

Era uma pretensão do ciclismo feminino há muito tempo. A Volta inaugural chegou em 2021, com um percurso total de 259,3 quilómetros, divididos por quatro etapas, quase um século depois da primeira edição masculina ajudar a cimentar a popularidade de uma das modalidades mais acarinhadas no país.

Depois de anos e anos a pedalar, 85 mulheres fazem história com a realização da primeira Volta a Portugal feminina em bicicleta. É um sonho que se torna realidade para estas ciclistas, mas também para centenas de jovens praticantes da modalidade que veem este dia como um estímulo e passo fundamental na afirmação do ciclismo feminino em Portugal.

A Volta, que arrancou esta quinta-feira e termina no domingo, 5 de setembro, é composta por um pelotão de 14 equipas, entre formações portuguesas, espanholas e britânicas. Ao todo, são 85 atletas, de nove nacionalidades, com o primeiro dorsal a pertencer à veterana Celina Carpinteiro.

 

TESTE – NOVAS FUNCIONALIDADES

Super Laminhas: a história infantil que explica o que é uma casa de abrigo

“Olá, bem-vindo(a) à nossa casa! Eu sou o Super Laminhas e vou contar-te uma história! Era uma vez uma família de lamas, os Lamix, primos dos camelos, que tiveram que fugir da sua casa por não se sentirem felizes nem em segurança”. É assim que começa a obra que foi apresentada esta terça-feira à tarde, 31 de agosto, na Feira do Livro de Lisboa.

Com edição da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, “A história do Super Laminhas na Casa Maria Lamas” é uma obra infantil que relata as aventuras de uma família até ao momento em que a mesma foi para uma casa secreta, para se sentir em proteção e segurança. A autoria é de Emanuel Carvalho; Joana Magalhães; Mónica Brazão; Paula Dias e Paula Passarinho; a paginação e ilustração de Raquel Pinho e a revisão de Marta Rosa.

Os autores desta obra são os técnicos da Casa Maria Lamas, uma resposta da Misericórdia de Lisboa, que tem como objetivo oferecer habitação protegida a mulheres (com ou sem filhos) vítimas de violência doméstica e em perigo de vida.

Com diferentes valências, mas de forma multidisciplinar, os técnicos da Casa Maria Lamas apoiam e trabalham em conjunto com estas famílias, com o objetivo de conseguir que as mesmas reorganizem a sua vida, reconstruam a sua rede de suporte, para conseguirem viver de forma autónoma e em segurança.

Apaixonados pelo seu trabalho, os autores desta obra sentem-se “orgulhosos e felizes” pelo lançamento de um livro que será uma ferramenta de trabalho para crianças, mães e profissionais. Incentivados por Paula Dias, diretora da Casa Maria Lamas, começaram em 2020, fruto de “muito trabalho” e da “necessidade de criar um manual para crianças”, que pudesse explicar o que é uma casa de abrigo, como funciona e qual a importância para as suas vidas, contam Emanuel Carvalho, Joana Magalhães, Mónica Brazão e Paula Passarinho. O mais difícil foi concentrar a informação de uma forma “acessível e básica” para crianças, lembram.

De uma forma simples e clara, é explicado em que consiste a resposta de casa de abrigo, para apaziguar as crianças durante a etapa de acolhimento. Além de relatar o percurso da família Lamix, desde a entrada na Casa Maria Lamas até à etapa final (de autonomização), esta narrativa aborda alguns temas que podem ajudar os mais novos no processo de adaptação à casa de abrigo.

Uma obra que ajuda crianças e mães

De acordo com os autores, a entrada numa casa de abrigo é acompanhada de grande angústia, confusão, insegurança. Situação com a qual, muitas vezes, as próprias mães não conseguem entender, pois também elas vivem um momento de grande dificuldade, em que necessitam de um suporte externo à sua dor e ansiedade. Assim, “A história do Super Laminhas na Casa Maria Lamas” permite ajudar crianças e mães nesta fase das suas vidas: “quando a mãe lê o livro ao filho, ela própria está a absorver e a organizar a informação”, dizem os autores.

Cada caso é um caso e a resposta da equipa é ajustada à realidade da família. “Os primeiros tempos são muito difíceis para estas mulheres. Têm dificuldade em confiar, vêm muito fragilizadas, assustadas. Estas famílias, no seu ambiente natural, são sujeitas a uma enorme pressão psicológica e física”, revelam, acrescentando que não é necessário apresentar queixa para entrar numa casa de abrigo.

A Casa Maria Lamas

Esta resposta, lançada em 2006 pela Misericórdia de Lisboa, tem como objetivo oferecer habitação protegida a mulheres (com ou sem filhos) que são vítimas de violência doméstica e que se encontram em perigo de vida. Divide-se em dois apartamentos, geograficamente distantes que, em conjunto, podem receber sete famílias, com quartos e tamanhos ajustados ao número de elementos da família. O primeiro apartamento iniciou a sua atividade em junho de 2006. Já o segundo apartamento em junho de 2008.

A equipa técnica desta resposta social é composta por uma diretora, uma psicóloga, uma assistente social, uma educadora social e um jurista. A permanência numa casa de abrigo tem um limite de seis meses, podendo ser prorrogada, por duas vezes, por mais seis meses, mediante a necessidade que essa família apresente em manter-se nesta habitação protegida, ou porque a consolidação de uma autonomia financeira ou laboral ainda não permitiu a sua autonomização plena do agregado.

O equipamento é gerido sob o paradigma do bem-estar das famílias que recebem de forma profissional e igualmente afetiva, promovendo, assim, uma maior confiança entre as partes. Fator que permite uma intervenção mais eficaz por parte das equipas.

Apoiar a cultura não nos assusta. Misericórdia de Lisboa continua a apostar no cinema de terror

Continuar a promover, incentivar e exibir filmes de terror produzidos em Portugal é um dos objetivos do MOTELX, que regressa a Lisboa entre os dias 2 e 13 de setembro. Nesta missão de apoiar a produção cinematográfica portuguesa, a Misericórdia de Lisboa assume-se como principal aliada. Pela primeira vez com o apoio da Santa Casa, o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa 2021 vai atribuir um valor monetário de cinco mil euros à película vencedora, nesta que é também uma aposta na revelação de novos talentos do emergente cinema de terror nacional.

Para este que será um dos momentos altos da 15ª edição do festival de cinema de terror, a organização contabilizou cerca de 80 curtas submetidas, mas apenas 12 foram selecionadas para disputarem o prémio mais importante do MOTELX. Estes 12 filmes estarão também em competição para o Méliès D’Argent – Melhor Curta Europeia, juntamente com mais 11 curtas de realizadores europeus.

O MOTELX é já um habitué do programa cultural da cidade de Lisboa, que traz até às salas da capital o que de melhor se faz no cinema de terror. Segundo a organização do certame, a produção e o sucesso deste género “tem vindo a aumentar”, assim como a adesão do público a este evento. A associação da Misericórdia de Lisboa à iniciativa surge com o propósito de apoiar a cultura e os seus agentes, mas, sobretudo, com o intuito de impulsionar o talento de jovens cineastas portugueses e permitir que o seu trabalho seja reconhecido dentro e fora de portas.

O terror instalado no Largo

Se entre os dias 2 e 4 de setembro vir cenas de terror projetadas nos muros da Biblioteca de Alcântara, em fachadas de prédios do Cais do Sodré ou nas paredes que formam o Largo Trindade Coelho, não será de estranhar. A julgar pelo sucesso das edições anteriores, prevê-se um warm-up com muitas pessoas a deambularem pelas ruas de Lisboa, fãs de cinema de terror que querem marcar presença nestas iniciativas únicas – e de entrada livre -, que acontecem antes do arranque oficial da 15ª edição do festival.

Em 2021, a cultura volta a sair à rua. Com a cumplicidade da Santa Casa, o Largo Trindade Coelho recebe uma sessão de cinema ao ar livre no sábado anterior ao início do MOTELX, uma tradição que se mantém desde 2018. No dia 4 de setembro, às 21h30, será exibido um clássico do cinema de terror, nesta que é a forma encontrada pelo MOTELX para marcar a rentrée cultural.

Mas o arranque oficial das sessões de warm-up do festival acontece dois dias antes, a 2 de setembro, na Biblioteca de Alcântara. A partir das 21h30 estará em exibição “Rapsodo”, um espetáculo que promete levar o público a viajar pelo universo do terror e do fantástico, através do storytelling de Maria João Luís, José Anjos, Miguel Borges e Vítor Alves da Silva, e do cosmo sonoro de NOISERV.

Já no Cais do Sodré, a encenação pictórica de Edgar Pêra, “Vizões do Ego”, estará pela Travessa de São Paulo, entre os dias 3 de setembro e 3 de outubro, das 19h00 às 00h00. Ao longo deste mês, o público poderá assistir à primeira incursão de Edgar Pêra no mundo da pintura, feita através das lentes do teatro expressionista e do cinema fantástico.

De 7 a 13 de setembro, o terror passa da rua para uma das salas mais emblemáticas de Lisboa: o Cinema São Jorge, morada cativa do certame. Durante sete dias serão exibidos mais de 70 filmes, com um cartaz composto por obras para todo o tipo de públicos.

“Uma Casa com Cultura”. Santa Casa volta a marcar presença na Feira do Livro

A Feira do Livro de Lisboa está de regresso e, com ela, a oportunidade para conhecer e adquirir as novidades publicadas após o desconfinamento. Na 91ª edição do certame, a Santa Casa marca presença, pela nona vez consecutiva, com a promoção de atividades infantis, oficinas criativas, concertos, apresentações de livros e mesas redondas. Conheça o programa completo, aqui.

A edição deste ano, a “segunda maior da história” da Feira do Livro, não obrigará os visitantes a apresentar teste negativo à Covid-19 ou o certificado digital, mas será obrigatório o uso de máscara. A iniciativa (que decorre no Parque Eduardo VII) conta com a participação de 131 expositores, distribuídos por 325 pavilhões, que trazem ao evento seis centenas de marcas editoriais.

À semelhança do ano passado, a organização irá assegurar todas as medidas de higiene e segurança, de acordo com as recomendações em vigor, garantindo que a Feira do Livro de Lisboa será realizada com todas as condições de segurança e saúde para expositores e visitantes.

Localizado junto à entrada mais próxima do Marquês de Pombal, do lado direito, o espaço (stand) da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai recriar o ambiente de uma livraria.

Além de pretender dar a conhecer algumas obras literárias mais relevantes, a acessibilidade no recinto é outra das preocupações da Santa Casa, na edição deste ano. A instituição vai disponibilizar cadeiras de rodas aos visitantes que delas necessitarem para se locomover. Uma ação que traduz a preocupação da Misericórdia de Lisboa em contribuir para que a Feira da Livro seja verdadeiramente inclusiva.

Uma programação a não perder

Margarida Montenegro, diretora da Cultura da Santa Casa, sublinha que a participação da Misericórdia de Lisboa na 91ª edição da Feira do Livro de Lisboa “procura divulgar o acervo editorial da instituição através de um programa diversificado de lançamentos e apresentações de edições com autores e oradores de renome, com um leque de promoções e descontos atrativos para todos”.

Os eventos culturais promovidos pela Santa Casa começam na sexta-feira, 27 de agosto, às 16h00, no Auditório da APEL, com a apresentação da obra “O Voluntariado na SCML – uma história de dedicação”.

De entre as várias publicações e iniciativas em destaque, a responsável pela Cultura da Santa Casa salienta “uma edição dedicada a São Francisco Xavier, outra aos “enjeitados ou expostos”, o quarto volume da Coleção Património sobre o Convento de São Pedro de Alcântara, um livro dedicado ao voluntariado na instituição, uma mesa-redonda sobre políticas públicas de longevidade, em torno de edição com o mesmo nome, no âmbito da Estratégia Nacional para a Integração da Longevidade e o catálogo da exposição “Um Rei e três Imperadores-Portugal, China e Macau ao tempo de D. João V”.

Particular destaque, também, para o lançamento da obra “A história do Super Laminhas na Casa Maria Lamas”, no dia 31 de agosto, às 17h00, um livro infantil, com edição da Santa Casa, que relata as aventuras que a família Lamix passou até viver numa casa secreta, para se sentir protegida e em segurança.

PROGRAMAÇÃO CULTURAL DA SCML – FEIRA DO LIVRO 2021

 

Jogos Paralímpicos. A força de Carina Paim é o retrato da ambição portuguesa em Tóquio

Nos últimos dias, a vida de Carina Paim resume-se a um objetivo: representar bem Portugal nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. É assim há três semanas. Têm sido dias duros, com treinos intensivos e pesquisa de estratégias que permitam minimizar o impacto do fuso horário do Japão no desempenho da atleta. Aos 22 anos, a especialista nos 400 metros corre para os Jogos Paralímpicos com objetivos repartidos por etapas: chegar à final, melhorar a marca pessoal e depois, quem sabe, conquistar uma medalha.

Tudo parece alcançável quando se fala de uma atleta campeã europeia em Berlim, bronze nos mundiais do Dubai, presença nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro e, agora, Tóquio. Não há segredo para isto. As conquistas de Carina fazem-se de trabalho diário, dedicação, sofrimento, de uma boa relação com o treinador, descanso e boa alimentação. Tudo faz parte, tudo é segredo.

Mas na preparação para Tóquio, a pandemia alterou muita coisa. Carina não parou de treinar, mas os treinos no exterior foram trocados pelos de interior, que é como quem diz, a pista de tartan foi substituída pela passadeira. Tudo diferente durante uma época atípica, mas o mais próximo possível da normalidade. “Foi uma época muito difícil. Não sei o que posso atingir, mas objetivos tenho sempre, claro”, realça.

Capela de Nossa Senhora das Necessidades ganha nova vida graças ao Fundo Rainha Dona Leonor

Os peregrinos e outros visitantes da Capela e Santuário de Nossa Senhora das Necessidades, situada na freguesia da Soalheira, no Fundão, têm, agora, ainda mais razões para visitarem este monumento. O espaço de oração e devoção à Senhora das Necessidades, que é também a sede da Misericórdia da Soalheira, foi alvo de obras de conservação e restauro no âmbito do Fundo Rainha Dona Leonor, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A inauguração da obra aconteceu no passado domingo, dia 22 de agosto.

O apoio de cerca de 126 mil euros concedido pela Misericórdia de Lisboa permitiu proceder à recuperação deste património histórico, que data de 1694. Entre muitas outras alterações, as obras de requalificação do espaço, agora concluídas, possibilitaram recuperar a cobertura, substituir o soalho, instalar um sistema de deteção de incêndios e retirar elementos espúrios, permitindo, assim, recuperar a qualidade e harmonia desta capela.

Outra grande intervenção tem que ver com o restauro e conservação da pintura e das peças de arte sacra, através do tratamento e conservação das carpintarias em atelier. Foram realizados procedimentos de limpeza de poeiras, como a remoção de resíduos tóxicos e o reforço das lacunas para dar resistência às telas, um trabalho que revelou as cores originais e vários detalhes arquitetónicos destas peças de arte.

 

O Fundo Rainha Dona Leonor surgiu em 2015 com o objetivo de ajudar as misericórdias em causas sociais prioritárias e inovadoras, contribuindo para a coesão social e territorial do país. Até ao momento foram aprovados 143 projetos, de norte a sul do país, 115 de equipamentos sociais e 28 de património histórico, num valor superior a 23 milhões de euros.

SOL – Saúde Oral em Lisboa: há dois anos a cuidar dos sorrisos dos mais jovens

O SOL – Saúde Oral em Lisboa, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa, situa-se no coração da cidade, mais concretamente na Avenida Almirante Reis nº 219. Foi inaugurado a 20 de agosto de 2019, e é uma resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a todas as crianças e jovens (dos 0 aos 18 anos) residentes ou estudantes em Lisboa.

Um SOL que brilha para todos. Os cuidados prestados são isentos de pagamento, independentemente da condição social ou económica dos pacientes. Para validar a inscrição neste equipamento da Misericórdia de Lisboa, basta apresentar o documento de identificação e, através do recurso a um leitor de cartões, é verificada a morada de residência e a idade. Desde a sua abertura, a procura aos serviços do SOL tem tido um crescimento notório.

Dois anos depois, um balanço positivo

Em apenas dois anos, mais de 9.000 pessoas, de 38 nacionalidades, solicitaram os cuidados do SOL – Saúde Oral em Lisboa, e foram realizadas cerca de 40.000 consultas. Os tipos de consultas dividiram-se entre Endodontia (1.000), Telemedicina (1.500), Ortodontia (2.600), Cirurgia Oral (2.700), Dentística Operatória (7.000), Medicina Dentária Preventiva/Higiene Oral (12.300), Medicina Dentária Generalista (13.000).

André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, faz um balanço positivo destes dois anos de funcionamento do serviço odontopediátrico da Misericórdia de Lisboa e destaca a importância do trabalho preventivo na saúde oral das crianças e jovens.

“Estes dois anos mostraram uma realidade que nos obriga, ainda, a tratar mais do que prevenir. A nossa abordagem ainda é muito curativa. De tratamentos recorrentes. De milhares de crianças com necessidades de vários tipos de tratamento. Temos que, progressivamente, alterar essa resposta, para que seja cada vez mais uma resposta preventiva, de tratamento precoce, de mudança de hábitos, envolvendo a família e a comunidade”.

André de Almeida explica que “a ocorrência de infeção e dor podem alterar os hábitos alimentares e do sono. E estes impactos nas atividades quotidianas não se circunscrevem à criança, acabam também por afetar a sua família e, por essa via, a sociedade em geral. Também sabemos que as doenças orais afetam desproporcionalmente os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade, estando intimamente ligadas ao status socioeconómico e aos determinantes sociais mais amplos”, alerta.

O coordenador e diretor clínico deste serviço acredita que “o SOL pode constituir essa abordagem inovadora que se traduzirá na obtenção de ganhos em saúde e na mudança efetiva de comportamentos, contribuindo decisivamente para a melhoria dos índices das doenças orais na nossa população e para a consciencialização dos pais/cuidadores sobre a importância do trabalho preventivo e precoce, por forma a melhorar a saúde oral e a qualidade de vida das crianças. É um enorme desafio e um longo caminho! Mas que faremos sem receio, com total disponibilidade e procurando a excelência clínica, apostando na investigação, na formação continuada e não deixando ninguém para trás”, finaliza.

Desde a inauguração, a equipa do SOL trabalhou em vários projetos de investigação: 15 revisões bibliográficas; duas apresentações clínicas em congressos; 11 protocolos/guidelines; nove guias/orientações para pais/cuidadores; seis casos clínicos; quatro estudos e um volume de cadernos técnicos.

Estudo do SOL conclui que crianças ingeriram mais produtos açucarados nos primeiros meses da pandemia

Um dos exemplos dos vários projetos da equipa do SOL é o mais recente estudo sobre os hábitos alimentares das crianças, realizado durante o período de confinamento. Este revelou que, nos primeiros meses da pandemia, as crianças ingeriram mais produtos açucarados do que era habitual. Mas que também consumiram mais fruta fresca.

Com base em respostas recolhidas junto de 1.566 crianças, entre os 0 e os 18 anos, os autores do estudo concluíram também que houve algumas alterações também ao nível do sono e da frequência com que se lavaram os dentes.

Consulte o referido estudo na íntegra, aqui.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas