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Santa Casa integra a nova Aliança para a Deficiência Visual

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi uma das 13 instituições que se juntaram para a criação da Aliança para a Deficiência Visual (ADV), uma plataforma de cooperação pioneira que tem como meta uma ação mais concertada para a qualificação das práticas e a participação igualitária das pessoas cegas e com baixa visão na sociedade.

A assinatura da carta de compromisso decorreu na passada sexta-feira, 13 de dezembro, no auditório do Instituto Nacional para a Reabilitação, e da parte da Santa Casa estiveram representados o Lar Branco Rodrigues e o Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos (CRNS Anjos).

Isabel Pargana, diretora do CRNS Anjos, explica que, “envolvendo diferentes organizações com características, atribuições, competências, visões e missões distintas, todas da área da deficiência visual, espera-se a criação de um espaço de aproximação, de cooperação e de trabalho, em prol das pessoas com deficiência visual e das suas famílias, assim como dos técnicos que contribuem nas diferentes respostas existentes”.

Lista das 13 instituições envolvidas:

AADVDB – Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga
AAICA – Associação de Apoio à Informação a Cegos e Amblíopes
Associação Bengala Mágica – Associação de Pais, Amigos e Familiares de Crianças, Jovens e Adultos Cegos e com Baixa Visão
Associação Cabra Cega
ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal
ANDDVIS – Associação Nacional de Desporto para Deficiência Visual
ANIP – Associação Nacional de Intervenção Precoce
APEDV – Associação Promotora de Emprego de Deficientes Visuais
ARP – Associação de Retinopatia de Portugal
FNSE – Fundação Nossa Senhora da Esperança
FRMS – Fundação Raquel e Martin Sain
Íris Inclusiva – Associação de Cegos e Amblíopes
SCML – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Oficina de Braille… uma iniciativa para todos

No âmbito da participação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na iniciativa “Livraria Barata – Lugar de Cultura”, teve lugar, a 14 de abril, uma oficina de braille, dinamizada pelo Lar Branco Rodrigues, equipamento da Misericórdia de Lisboa destinado a portadores de deficiência visual. A sessão constituiu uma oportunidade única para conhecer e experimentar os recursos, os materiais, as tecnologias e as estratégias utilizadas para o ensino e integração de pessoas com cegueira e baixa visão.

Os testemunhos

Áliu Baio, 27 anos, é utente do Lar Branco Rodrigues há cerca de nove anos. O jovem guineense perdeu a visão, mas reergueu-se. Na passada quinta-feira, foi  um dos utentes que participaram na Oficina de Braille, mostrando um pouco do seu mundo.

“Esta iniciativa é importante porque podemos mostrar, sobretudo, às pessoas que não têm noção da realidade de como é que um cego escreve ou lê. É uma oficina pedagógica que informa como funciona o braille, como utilizamos um telemóvel ou um computador”, considerou. E continua: “Eu tenho acesso a ferramentas, nomeadamente a um programa (leitor de ecrã), que traduz a informação visual para áudio. Ou seja, eu faço tudo igual, apenas tenho ferramentas diferentes”, concluiu.

Ali mesmo ao lado e perante uma assistência de várias crianças, Duarte Pina, 61 anos, também utente do Lar Branco Rodrigues, mostra como se escreve braille com recurso a uma pauta e punção, e também em máquinas dactilográficas especiais. O utente destacou, ainda, a importância de oficinas como esta, pois, segundo ele, algumas pessoas não acreditam ser possível que uma pessoa com visão aprenda a ler em braille – um paradigma que, pelo desempenho e curiosidade dos participantes na oficina, ficou comprovado ser falso.

Por outro lado, Ana Paula Silva, diretora do Lar Branco Rodrigues, sublinhou que a oficina de braille é uma “oportunidade para conhecer um pouco melhor sobre o percurso da educação especial, da utilização do braille e das novas tecnologias que a pessoa deficiente visual teve ao longo de mais de um século”. Para a responsável da Misericórdia de Lisboa, esta iniciativa teve, acima de tudo, uma grande componente de “inclusão e de troca de experiências”.

“Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”

Ainda no mesmo dia, às 18h00, teve lugar a apresentação do livro “Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”, que contou com a participação especial da agência de talentos – Valor T, da Santa Casa, iniciativa pioneira na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Da autoria de Ana Gomes e com edição do Centro Editorial, da Direção de Cultura da Santa Casa, a obra desvenda uma crónica de pioneirismo, de conquistas e de insucessos, de adaptações e de descompassos, dos esforços de todos aqueles que, herdeiros do legado de Branco Rodrigues, persistem num trilho que continua a ser percorrido na atualidade, em prol da população com deficiência visual, em nome da inclusão plena de todos, para construção de uma sociedade melhor.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas