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Jornadas de Sant’Ana debateram a Instabilidade Patelo-Femoral e regressam em 2025

As Jornadas de Sant’Ana 2024, que decorreram no passado dia 20 de setembro, no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, contaram com a participação de um extenso painel de peritos na patologia patelo-femoral, provenientes de hospitais de todo o norte e centro do país.

A Instabilidade Patelo-Femoral foi, de resto, o tema central das jornadas, cujas palestras revelaram-se de alto interesse científico e foram complementadas por apresentação de casos clínicos sobre vários gestos cirúrgicos. A alectomia, reconstrução dos ligamentos patelo-femoral medial e tibio-femoral, a osteotomia da tuberosidade anterior da tíbia e a trocleoplastia foram alvo de revisão e de discussão dinâmica, sendo o resultado pedagógico final muito satisfatório. As Jornadas contaram com a presença de Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, e de André Brandão de Almeida, administrador da Misericórdia de Lisboa com o pelouro da Direção de Saúde.

O feedback final foi positivo e os participantes elogiaram, ainda, as excelentes condições logísticas do Centro, bem como todo o apoio de bastidores e de restauração. Estas jornadas terão novamente lugar dentro de um ano, em data ainda a definir, e serão focadas na Instabilidade do Cotovelo e Punho.

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão assinala Dia Mundial do Cancro

O Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão não quis passar ao lado do Dia Mundial do Cancro e organizou uma iniciativa que juntou vários utentes, familiares, cuidadores e profissionais do centro.

Para além de sensibilizar para o tema, o evento “Escalar Contra o Cancro” quis sublinhar a importância da superação individual associada à prática de exercício físico, como forma de ajudar no combate a uma doença que causa, anualmente, 10 milhões de mortes no mundo.

Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, mais de um terço dos casos de cancro pode ser evitado e outro terço pode ser curado se detetado precocemente e tratado adequadamente. No entanto, existem alguns fatores que podem ser fulcrais para evitar esta doença, como são exemplo disso não fumar, manter um peso saudável, comer de forma saudável ou fazer exercício físico de forma regular.

No dia do evento os convidados presentes foram desafiados a superarem-se, através da subida da parede de escalada adaptada do Centro (a primeira do género em Portugal), que foi inaugurada em abril do ano passado, no âmbito das comemorações do 57.º aniversário do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.

Nesta parede os utentes escalam em top rope, ou seja, ficam presos por uma corda colocada no topo da parede, sendo a segurança assegurada por pessoas experientes e habilitadas para o efeito. As equipas de apoio estão sempre presentes, a trabalhar diretamente com os utentes.

Veja alguns dos momentos da iniciativa na galeria abaixo:

Escalada

Utentes do CMRA na ação "Escalar Contra o Cancro"

Parede de escalada adaptada do CMRA

Terapeutas do CMRA

Equipa de apoio

Provedora presta homenagem à Professora Doutora Graça Andrada

A Professora Doutora Graça Campos Andrada, simplesmente Dra. Graça, partiu no dia 28 de outubro, após uma longa vida, sempre muito ativa, apesar dos seus 91 anos.

Recordo a Dra. Graça, enquanto jovem médica nos corredores do Hospital de Santa Maria, em que se comentava que uma pediatra tinha vindo dos EUA com a especialidade de reabilitação. Nesse tempo, não entendi muito bem o que significava. Mais tarde, tive a oportunidade de fazer um curso de 35 horas no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) e também outros no Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, onde voltei a testemunhar a sua capacidade de inovação na área da reabilitação.

É por isso que, enquanto médica pediatra, mas também na qualidade de Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), não posso deixar, neste momento, de fazer uma justa e sentida homenagem à Dra. Graça, pelo seu contributo na área da reabilitação e pelo que representou para as crianças portadoras de deficiência e no apoio aos pais e famílias.

A Dra. Graça ficará para sempre ligada ao Centro de Medicina Física e Reabilitação de Alcoitão, tendo assumido logo na sua abertura a direção do serviço de pediatria, por onde passaram médicos que fizeram a especialidade de fisiatria, alguns neuropediatras e pediatras. A dinâmica que introduziu neste serviço ao nível da organização, com um funcionamento invulgar de rigor e curiosidade científica, contribuiu para que o CMRA fosse, desde logo, um centro de referência nacional e internacional, tendo sido um modelo que serviu para os outros centros, que mais tarde abriram no país.

Muito se deve à Dra. Graça o entusiasmo e profissionalismo que contagiava os outros serviços do CMRA.

A Dra. Graça foi também diretora do Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (CPCCG), que desde há alguns anos está sob a gestão da SCML. Neste centro, em que o apoio às crianças faz toda a diferença na sua vida e das suas famílias, dinamizou a formação, quer de terapeutas – em técnicas muito dirigidas para a Paralisia Cerebral –, quer de médicos, nomeadamente pediatras em desenvolvimento infantil, trazendo para Portugal instrumentos de avaliação do desenvolvimento de reconhecido valor científico.

A Dra. Graça imprimia um grande dinamismo ao centro e um apoio inestimável a quem por lá passava, deixando recordações em todos. A sua preocupação com o futuro do “seu” centro manteve-se até aos dias de hoje, cabendo agora à SCML manter o CPCCG vivo e rejuvenescê-lo, para que as crianças e famílias possam continuar a sentir o apoio e a segurança que necessitam nestas situações, continuando como uma referência nacional na área da Paralisia Cerebral.

A obra da Dra. Graça ficará para sempre, assim como os seus ensinamentos, que marcaram várias gerações de profissionais, sendo um potencial que temos o dever de manter vivo.

Obrigado, Dra. Graça.

Ana Jorge, pediatra

Provedora da SCML

Crédito fotografia: Manuel V. Botelho

Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão

O processo sobre a construção do Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão assenta numa investigação profunda sobre o que de melhor se fazia na altura pelo mundo fora. José Guilherme de Melo e Castro, subsecretário de Estado da Assistência Social em 1955, pôs em marcha um conjunto de ações e procedimentos – desde logo envolvendo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa –, que passaram por visitas a Inglaterra e a Nova Iorque, para melhor conhecer as políticas de saúde e, em especial, dos centros de reabilitação, além dos mais reputados médicos da especialidade.

Dois acontecimentos levaram à evolução para a concretização desta infraestrutura: em julho de 1956, são publicados os estatutos da Liga Portuguesa dos Deficientes Motores; e em 1957, Melo e Castro é nomeado provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cargo que lhe permitiu concretizar o projeto do ‘seu’ centro sob a iniciativa desta instituição, e que inaugura a 2 de julho de 1966, na presença do Presidente da República da altura, Almirante Américo Tomás.

Sendo uma obra pioneira, desde a génese, o seu nascimento requer que se encontrem respostas para que a tornem possível. E é durante este processo que surge a ideia da criação do Totobola, uma inovação que nasce, mais uma vez, pela cabeça e mão de Melo e Castro e da Santa Casa, cujas receitas se destinaram a financiar a obra e funcionamento do CMRA e da sua escola de terapeutas, bem como de outros estabelecimentos da área da ação social, saúde e desporto, por todo o país.

Assim, em 1961, foram criadas, por decreto-lei, as Apostas Mútuas Desportivas, designadas por Totobola. A sua administração e exploração competiam à Misericórdia de Lisboa e o respetivo rendimento líquido foi consignado expressamente, e em partes iguais, ao fomento da educação física e atividades na modalidade de reabilitação de diminuídos físicos.

As primeiras notícias do Centro de Reabilitação de Alcoitão

Nas suas viagens pelo mundo à procura dos melhores exemplos na área da medicina de reabilitação, Melo e Castro conhece Howard A. Rusk, um médico da especialidade, de Nova Iorque, que será mentor de Santana Carlos, futuro diretor do Centro de Alcoitão. O encontro entre Rusk e Carlos viria a revelar-se decisivo para a tomada de decisão de construir um centro de raiz. O médico americano aplicou com enorme sucesso este modelo enquanto médico militar na II Guerra Mundial, com a universidade de Nova Iorque a disponibilizar-lhe algumas alas nos hospitais de Bellevue e Goldwater, para se dedicar à reabilitação de civis. Entre outras ações, promoveu campanhas publicitárias e de informação pública, destacando-se a sua colaboração semanal com o New York Times.

Corria o verão de 1958, quando Howard Rusk, aquando de uma viagem pela Europa, chega a Portugal, facto que correu logo pelos jornais portugueses na altura. As notícias davam conta de que a sua chegada tinha como objetivo “apreciar e estudar, com as entidades responsáveis, os planos do Centro de Reabilitação de Diminuídos Físicos, o primeiro a ser instalado no nosso país, cuja construção […] ainda se iniciará no decurso do ano corrente, em Alcoitão, no concelho de Cascais”. Ou ainda: “custará 25 mil contos um Centro de Reabilitação de Diminuídos Físicos a construir por iniciativa da Misericórdia de Lisboa”.

 

A arquitetura

O projeto de arquitetura do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão ficou a cargo de Sebastião Formosinho Sanchez. A obra do autor inseria-se, nos anos de 1950 e 1960, numa linha de continuidade do Modernismo – um movimento de ideias visto sob a perspetiva de que a tecnologia e o design ajudariam a mudar uma sociedade cheia de desigualdades e a recuperar da I Guerra Mundial.

Para Formosinho Sanchez, o Centro de Alcoitão foi a sua maior obra na qual quis projetar um ambiente acolhedor, propício à cura, um ambiente de “quase casa”, tentando encontrar uma nova linguagem para os edifícios hospitalares que resistisse à ideia de “frio e de branco” dos hospitais. O edifício desenvolve-se em estreita relação entre a paisagem natural e o espírito do lugar, uma zona com forte influência do oceano e da serra de Sintra, com os jardins e parque envolventes a constituírem um exemplo de projeto de arquitetura paisagista do Modernismo.

 

CMRA Espaço Interior

História recente

Durante 40 anos, o Centro de Medicina de Alcoitão foi único no país. E apostou, logo no início da sua existência, na educação de profissionais da área da reabilitação, com a integração, em 1966, da Escola de Reabilitação de Alcoitão (ERA), convertida, mais tarde, na Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA), um estabelecimento privado de ensino superior politécnico e o primeiro, em Portugal, com cursos de Fisioterapia, de Terapia Ocupacional e de Terapia da Fala.

Hoje, com mais de meio século de existência, continua a prover serviços pioneiros e exclusivos, apostando na tecnologia inovadora e na melhoria das condições de acolhimento dos utentes. 

Um dos equipamentos mais extraordinários do Centro de Alcoitão é o exosqueleto. Foi adquirido em 2016 e é único em Portugal. Trata-se de um dispositivo robótico que consiste num fato biónico ajustável ao utilizador, tendo várias áreas de aplicação. Na área da saúde é utilizado em reabilitação, permitindo que pessoas com alterações neuromusculares dos membros inferiores possam realizar a posição de pé e treino de marcha, conferindo-lhes maior mobilidade, autoconfiança, força, flexibilidade e resistência. A sua utilização como meio de intervenção terapêutica proporciona um aumento da funcionalidade e da independência da pessoa, indo ao encontro dos principais objetivos da reabilitação. As suas características são, assim, imprescindíveis e essenciais na reabilitação da população que acede ao Centro.

Em 2021, requalificou o seu Laboratório de Marcha, o único equipamento de análise do movimento a nível nacional, atualmente, dedicado à atividade clínica. Em que consiste? Num meio complementar de diagnóstico, que fornece informações indispensáveis para a tomada de decisões clínicas fundamentadas.

Já este ano, por ocasião das comemorações do seu 57.º aniversário, o Centro inaugurou a ‘parede de escalada’, uma infraestrutura adaptada para utilização por parte de doentes com patologias neurológicas, tanto em idade adulta como em idade pediátrica, num projeto original, inovador e ambicioso, com inúmeros benefícios para os utentes, e de incentivo à prática de uma modalidade desportiva. 

Atualmente, o Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão dispõe de 150 camas para internamento, organizadas em três serviços, de acordo com o grupo etário e regime de prestação dos cuidados. Conta também com as unidades de residências assistidas, destinadas a utentes com incapacidade motora.

Mergulhos mal calculados – a história de dois exemplos de superação

Igor tem 34 anos. Nasceu na Moldávia e vive em Portugal há 20 anos. Em 2019, numa festa de aniversário, e apesar de “ter experiência em mergulhos e natação”, mergulhou numa piscina, a pouca profundidade. Fraturou a C7, o que lhe provocou tetraplegia incompleta. Esteve no Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão entre 2020 e 2022, tendo passado por vários internamentos e tratamentos ambulatórios.

“É, de facto, muito importante alertar a sociedade sobre os mergulhos e brincadeiras nas praias e piscinas. Pensamos que estas situações só acontecem aos outros, mas não. E se estas campanhas de sensibilização forem feitas por pessoas como eu, que passaram por isto, mais impacto terão nos recetores”, diz Igor.

Esta é uma posição partilhada também por Henrique, 50 anos e 32 de tetraplégico. Também ele mergulhou “numa piscina pouco profunda. Bati no fundo e fraturei a C4, C5 e C6. O perigo está sempre lá, tal como quando conduzimos uma viatura”. Por isso, considera que “todas as campanhas que possam existir são bem-vindas, o que não invalida que seja feito um trabalho mais amplo, sobretudo nas escolas e nas idades mais jovens, pois quando ganhamos alguma autonomia e não temos tanta supervisão dos adultos, e se tivermos recebido informação sobre os perigos que existem quando mergulhamos no desconhecido, talvez consigamos evitar alguns acidentes destes”.

Tanto Igor como Henrique insistem na prevenção como a melhor forma de evitar males maiores, alguns deles sem retorno: “É preciso que sejamos responsáveis. Não fazer uma coisa tão simples como, por exemplo, brincar aos empurrões à volta das piscinas, porque tudo acontece num segundo e esses ambientes têm tudo para correr mal”, insiste Igor. Henrique assina por baixo: “O que eu digo às pessoas é que se divirtam, sim. Mas na hora de mergulhar, não custa nada verificar primeiro o local onde o vão fazer. Além disso, não fazer mergulhos para os quais não se está apto – mergulhar bem exige coordenação motora, alguma força e técnica”.

Apesar das situações limitativas que vivem, estes dois exemplos de superação mantêm muita esperança no futuro. Igor pratica rugby em cadeira de rodas no Casa Pia e atletismo adaptado na associação Jorge Pina, tendo já praticado outras modalidades adaptadas como surf, andebol e cross fit. “Apesar de ter recuperado muito após o acidente, tenho esperança que a ciência ainda nos ajude a recuperar mais movimentos. Quem sabe, voltar a conseguir subir mais alguns metros”. Já Henrique espera continuar a trabalhar como analista de sistemas. “Apesar de a tetraplegia obrigar a uma constante adaptação ao dia a dia, seja no trabalho ou em ambiente mais social, a exigência física e mental é muito grande. Mas espero conseguir, tal como até aqui, integrar-me em todos os aspetos da vida”.

Com o lema “Mede as consequências. Mergulha em Segurança”, a campanha “Mergulho Seguro” tem como objetivo alertar e sensibilizar os mais jovens para a prevenção de lesões vertebro-medulares provocadas por acidentes relacionados com mergulhos imponderados (em piscinas, praias ou outras zonas balneares, costeiras ou fluviais), e que constituem uma das maiores causas de situações graves de paraplegia e tetraplegia.

Lançada, em 2013, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), dez anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”.

E porque nunca é demais lembrar, antes de mergulhar, avalie primeiramente o espaço, perceba onde há mais profundidade bem como se há rochas envolventes e/ou correntes de água. Evite locais desconhecidos, não vigiados e sem as devidas condições de segurança indicadas para mergulhar. Informe-se, fale com frequentadores do local e com as equipas de nadadores salvadores. Garanta que existe água debaixo de água, para não bater no fundo. Mergulhe em segurança.

Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão, onde as pequenas batalhas trazem grandes vitórias

Criado em 1999, o Centro de Mobilidade resultou numa parceria entre o Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão (CMRA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e o projeto Fiat Autonomy, com o objetivo de estudar alternativas para a condução para pessoas com mobilidade reduzida. A possibilidade de conduzir de forma autónoma um veículo automóvel expande ainda mais a liberdade de movimento de pessoas com alguma deficiência motora e facilita deste modo a sua participação enquanto cidadãos. Desde a sua criação, já passaram pelo centro mais de 4000 utentes.

“O primeiro simulador consistia num modelo da Fiat. Permitia a realização de diversos testes para avaliação da força muscular de cada membro, da destreza manual nas manobras de volante, e ainda permitia avaliar a coordenação oculomotora, realizar um despiste de deficits auditivos e do campo visual, entre outros”, realça Filipa Faria, diretora do serviço de reabilitação do Centro.

A ideia principal deste “simulador” é que quem viu a sua capacidade de conduzir afetada por doença neuromuscular, paraplegia, lesão ou envelhecimento, tenha ou não carta de condução, possa voltar ao volante através de uma avaliação à aptidão para a condução adaptada.

“Avaliamos sobretudo pessoas com incapacidades motoras resultantes de doenças (como o AVC, esclerose múltipla, síndrome de Guillain-Barré, doenças neuromusculares, mielites, neuropatias, entre outras) lesões ou traumatismos (lesões medulares, amputados dos membros ou TCE – Traumatismo Crânio Encefálico, entre outros)”, explica Filipa Faria.

Constituída por dois fisiatras, três terapeutas ocupacionais, um psicólogo e um engenheiro biomédico, a equipa clínica do projeto testa a destreza dos utentes para conduzir, apesar das suas limitações. “Todas podem ser avaliadas no Centro de Mobilidade, mesmo que não tenham carta de condução. Na realidade, a avaliação no Centro de Mobilidade destina-se a indivíduos cuja capacidade de condução foi afetada por doença, lesão ou mesmo envelhecimento ou que tenham tido uma alteração do seu estado funcional que possa afetar a sua capacidade de conduzir de forma segura”, esclarece a diretora.

A avaliação final do utente e a elaboração do relatório tem a duração de cerca de uma a duas horas, se for necessária a avaliação psicotécnica, é agendada essa avaliação e realizado um relatório final. Sempre que existam dúvidas sobre a aptidão psicotécnica é realizada uma avaliação psicológica específica para a condução utilizando a bateria de testes de Viena.

“Testamos força, destreza, coordenação oculomotora, despistamos alterações sensoriais, cognitivas e propomos as adaptações necessárias para a condução. Com o relatório da avaliação no Centro de Mobilidade, os candidatos que não têm ainda carta de condução poderão dirigir-se a uma escola de condução que disponha de veículos adaptados para tirar a carta”, frisa a médica.

Nos últimos anos, são vários os casos de sucesso que já passaram pelo Centro de Mobilidade. Após a avaliação final e depois de realizarem as adaptações necessárias aos veículos, muitos destes doentes, sobretudo paraplégicos, “puderam voltar ao trabalho, levar os filhos à escola, ir ao supermercado e participar de forma independente e ativa na vida familiar e social”, concluiu Filipa Faria.

CMRA sensibiliza para os riscos de mergulhos mal calculados

Entre os dias 26 e 29 de julho, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), equipamento da Santa Casa, realiza duas ações de sensibilização, em praias do concelho de Cascais, na da Poça, no Estoril e na praia de Carcavelos, com o objetivo de alertar e sensibilizar os mais jovens para a prevenção de lesões vertebro-medulares provocadas por acidentes relacionados com mergulhos imponderados, que constituem uma das maiores causas de situações graves de paraplegia e tetraplegia.

Presente nestas ações vão estar alguns colaboradores do CMRA  que, ludicamente, através de alguns jogos e entrega de brindes, vão “testar” os conhecimentos da população para esta problemática.

Campanha “Mergulho Seguro”

Em 2013 a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia juntaram esforços para lançar uma campanha sobre a temática dos mergulhos mal calculados, sobretudo no público mais jovem. Desde então, a instituição tem vindo a reforçar e a sensibilizar sobre este tema através de uma campanha de comunicação designada “Mergulho Seguro”, que assume, em 2020, uma nova versão produzida internamente. Nove anos depois, o alerta mantém-se atual.

Sabia que…

– 96% dos acidentes provocados por mergulhos imponderados resultam em lesões da coluna cervical, sendo que 15% desses acidentes originam tetraplegias?

– E que estes acidentes ocorrem maioritariamente entre maio e setembro e em ocasiões de lazer, especialmente em piscinas, mas também nas restantes zonas balneares, costeiras ou fluviais?

Não se esqueça: mergulhe em segurança, porque “mais vale prevenir do que remediar”.

“Estar na final da Taça de Portugal foi o melhor presente que a Santa Casa me podia dar”

No relvado ultimam-se os preparativos para a grande final da Taça de Portugal Placard. Falta cerca de uma hora para a bola começar a rolar no Estádio Nacional, mas as bancadas já começam a ficar preenchidas com adeptos de FC Porto e CD Tondela. Esta final marca o regresso da prova rainha do futebol português à “casa mãe” depois de nas últimas duas edições ter sido realizada à porta fechada, no Estádio Cidade de Coimbra.

Nesta Taça de Portugal Placard, a Santa Casa e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) querem, uma vez mais, que a festa do futebol seja para todos. A parceria entre as duas instituições, no âmbito da responsabilidade social, permitiu que ninguém ficasse de fora. Junto à linha lateral do relvado ficou instalada a bancada mais especial desta final: uma área destinada a pessoas com mobilidade reduzida, preenchida por utentes do Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão (CMRA), Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian e Obra Social do Pousal. Uma bancada completamente preparada para acolher pessoas com necessidades especiais e/ou com mobilidade reduzida, permitindo aos utentes da Misericórdia de Lisboa vivenciarem uma experiência única.

 

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão classifica paraciclistas da Associação Salvador

Na bola da final da Taça da Liga estavam os sonhos das crianças do CMRA

Além do confronto entre Sporting CP e SL Benfica, as atenções da final da Allianz Cup 2021-2022 também estiveram voltadas para a bola de jogo. No esférico necessário para os craques das duas equipas brilharem no relvado, estavam desenhados os sonhos das crianças ao cuidado do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), que aproveitaram cada espaço branco da bola para ilustrarem as suas relações com o futebol. A bola única resulta de uma iniciativa da Fundação do Futebol e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que deram um toque especial à final da Taça da Liga.

desenhos de crianças do CMRA na bola da final da taça da liga

O objetivo é transmitir uma mensagem de esperança para estas crianças e jovens, que, diariamente, enfrentam grandes desafios nos seus tratamentos de reabilitação. Luís Estrela, coordenador da Fundação do Futebol, vê esta iniciativa como uma forma de colocar as crianças e jovens do CMRA no epicentro do jogo de futebol, ao mesmo tempo que demonstra que “o futebol é muito mais que 90 minutos”, pois o espaço mediático que o futebol ocupa “dá-lhe a responsabilidade de intervenção na sociedade”.

Mas a participação especial dos utentes ao cuidado do CMRA na Taça da Liga não ficou por aqui. Adeptos especiais puderam dar um apoio especial às equipas finalistas da Allianz Cup 2021-22. À chegada ao Estádio Municipal de Leiria, nos dois jogos da final four e na grande final, os jogadores do Sporting CP, SL Benfica, CD Santa Clara e Boavista FC procederam à interação, através de videowall, com utentes do CMRA e do Centro de Capacitação D. Carlos I, equipamento sob a alçada da Misericórdia de Lisboa.

Ruben Amorim cumprimenta utentes do CMRA

Veja o vídeo

Créditos vídeo: Twoplay

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

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