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Oficina de Braille… uma iniciativa para todos

No âmbito da participação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na iniciativa “Livraria Barata – Lugar de Cultura”, teve lugar, a 14 de abril, uma oficina de braille, dinamizada pelo Lar Branco Rodrigues, equipamento da Misericórdia de Lisboa destinado a portadores de deficiência visual. A sessão constituiu uma oportunidade única para conhecer e experimentar os recursos, os materiais, as tecnologias e as estratégias utilizadas para o ensino e integração de pessoas com cegueira e baixa visão.

Os testemunhos

Áliu Baio, 27 anos, é utente do Lar Branco Rodrigues há cerca de nove anos. O jovem guineense perdeu a visão, mas reergueu-se. Na passada quinta-feira, foi  um dos utentes que participaram na Oficina de Braille, mostrando um pouco do seu mundo.

“Esta iniciativa é importante porque podemos mostrar, sobretudo, às pessoas que não têm noção da realidade de como é que um cego escreve ou lê. É uma oficina pedagógica que informa como funciona o braille, como utilizamos um telemóvel ou um computador”, considerou. E continua: “Eu tenho acesso a ferramentas, nomeadamente a um programa (leitor de ecrã), que traduz a informação visual para áudio. Ou seja, eu faço tudo igual, apenas tenho ferramentas diferentes”, concluiu.

Ali mesmo ao lado e perante uma assistência de várias crianças, Duarte Pina, 61 anos, também utente do Lar Branco Rodrigues, mostra como se escreve braille com recurso a uma pauta e punção, e também em máquinas dactilográficas especiais. O utente destacou, ainda, a importância de oficinas como esta, pois, segundo ele, algumas pessoas não acreditam ser possível que uma pessoa com visão aprenda a ler em braille – um paradigma que, pelo desempenho e curiosidade dos participantes na oficina, ficou comprovado ser falso.

Por outro lado, Ana Paula Silva, diretora do Lar Branco Rodrigues, sublinhou que a oficina de braille é uma “oportunidade para conhecer um pouco melhor sobre o percurso da educação especial, da utilização do braille e das novas tecnologias que a pessoa deficiente visual teve ao longo de mais de um século”. Para a responsável da Misericórdia de Lisboa, esta iniciativa teve, acima de tudo, uma grande componente de “inclusão e de troca de experiências”.

“Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”

Ainda no mesmo dia, às 18h00, teve lugar a apresentação do livro “Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”, que contou com a participação especial da agência de talentos – Valor T, da Santa Casa, iniciativa pioneira na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Da autoria de Ana Gomes e com edição do Centro Editorial, da Direção de Cultura da Santa Casa, a obra desvenda uma crónica de pioneirismo, de conquistas e de insucessos, de adaptações e de descompassos, dos esforços de todos aqueles que, herdeiros do legado de Branco Rodrigues, persistem num trilho que continua a ser percorrido na atualidade, em prol da população com deficiência visual, em nome da inclusão plena de todos, para construção de uma sociedade melhor.

Livraria Barata, onde a cultura ganha outra dimensão

A participação da Misericórdia de Lisboa neste ciclo cultural começa já no próximo sexta-feira, 11 de março, às 18h00, com a apresentação do livro “Políticas Públicas na Longevidade”. Uma obra concebida no âmbito da Estratégia Nacional para a Longevidade, com coordenação geral do Centro Editorial da Santa Casa. Esta publicação é o produto final do workshop sobre políticas públicas, dinamizado pela Santa Casa em julho de 2020, e do contributo de vários parceiros sociais, stakeholders e peritos da área.

A sessão de dia 11 de março contará com a presença da coordenadora do grupo de trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade na Santa Casa, Maria da Luz Cabral, do antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade, Paulo Pedroso, e do procurador José de Albuquerque.

A instituição volta a marcar presença na iniciativa, no mês de abril, nomeadamente no dia 14. Entre as 15h30 e as 17h30 realiza-se uma oficina de braille. Uma oportunidade para conhecer e experimentar os recursos, os materiais, as tecnologias e as estratégias utilizadas para o ensino e integração de pessoas com cegueira e baixa visão. Esta oficina estará a cargo do Lar Branco Rodrigues, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, equipamento destinado a pessoas portadoras de deficiência visual congénita ou adquirida.

Ainda no mesmo dia, às 18h00, haverá a apresentação do livro “Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”, que contará com a participação especial da agência de talentos – Valor T, da Santa Casa, iniciativa pioneira na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Durante os meses de março e abril, a Livraria Barata abre as suas portas à cultura e a alguns nomes nacionais emergentes nesta área. O ciclo -que começou este sábado com a inauguração da exposição “The steady hands of a busy mind/As mãos meticulosas de uma mente irrequieta”, da reconhecida artista visual Vanessa Teodoro, patente no espaço até 28 de abril-, vai ainda receber alguns concertos, mesas redondas e espetáculos.

A entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala, com exceção do ateliê destinado a crianças dos 3 aos 5 anos, “Orquestra de papel” com Catarina Anacleto e Francisco Van Epps, que acontece nos dias 26 de março e 30 de abril e que tem um custo de 15€, por criança mais adulto.

Consulte toda a programação da iniciativa “Livraria Barata: Lugar de Cultura”, aqui.

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